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PROJETOS E PRÁTICAS DE AÇÃO PEDAGOGICA: PRATICAS EM EDUCAÇÃO INFANTIL PARA DIVERSIDADE LIVIA FERREIRA COSTA RA 1807352 UNIVERSIDADE PAULISTA Campinas 2018 • RESUMO • Este projeto aborda a importância da orientação pedagógica direcionada à diversidade para uma escola bem preparada para incentivar o desenvolvimento da identidade e da diversidade na orientação. Tratei da inclusão mostrando o significado da palavra e trouxe o termo para a orientação: escola e orientação para a diversidade. A partir dessa compreensão apresento algumas orientações para a introdução dos temas do desenvolvimento da identidade e da orientação para o reconhecimento e respeito às diferenças. São orientações para todos os envolvidos nessa orientação: Orientadores, educadores, diretores, funcionários, família e sociedade. PALAVRAS-CHAVE: ESCOLA; ORIENTAÇÃO, ORIENTAÇÃO, AUTONOMIA, DIVERSIDADE; INCLUSÃO. • Sumário • INTRODUÇÃO 8 • PÚBLICO ALVO 9 • OBJETIVOS 9 • Objetivo geral: 9 • Objetivos específicos: 9 • EMBASAMENTO TEÓRICO 10 • DESENVOLVIMENTO - ESCOLA INCLUSIVA e Orientação para diversidade 12 • PERCURSO METODOLÓGICO 13 • RECURSOS 14 • CRONOGRAMA DE ATIVIDADES 14 • AVALIAÇÃO 14 • REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 16 • INTRODUÇÃO • O estudante tem seu jeito próprio de compreender o mundo e é partindo de observações e estabelecendo relações com a realidade e como meio que ela aprende e assim segue na construção de sua identidade. Neste processo de construção, em busca de sua autonomia a criança percorre diversos caminhos. Cabe ao professor, identificando os conhecimentos prévios que o aluno tem sobre si mesmo e os que rodeiam e criando metodologias de apoio, facilitar este processo. • Um dos maiores desafios que pais, professores e profissionais que trabalham com crianças têm é ajudá-las a acreditar nas suas capacidades, tendo confiança em si mesmas. • O tem o objetivo de favorecer novas interações e ampliar o conhecimento da criança a respeito de si mesma e dos outros, visando responder a problematizações relacionadas à própria identidade e características, reconhecimento das características dos colegas e respeito às próprias características e às dos colegas, sejam similares ou diferentes das próprias, conduzindo à convivência tolerante e construtiva. • O motivo do foco em autoconsciência, reconhecimento e respeito às particularidades dos colegas é que muitas dessas crianças aprendem a esconder suas dificuldades criando comportamentos como, por exemplo, ficar quieta dentro da sala para não ser notada, mau comportamento entre muitos outros, essas atitudes muitas vezes as isolam socialmente. • PÚBLICO ALVO • • Alunos da orientação educacional • • OBJETIVOS • • Objetivo geral: • • Reconhecer o estudante como um ser social e histórico, criar meios de aquisição de conhecimento de si mesmo e do mundo que a rodeia, a fim de possibilitar à criança a construção plena de sua identidade e reconhecimento da identidade dos colegas com respeito às particularidades de cada um. • • Objetivos específicos: • • Identificar e reconhecer aspectos de seu próprio corpo e dos colegas • Respeitar e valorizar a si mesmo e aos outros • Estimular nas crianças o gosto pelo fazer artístico levando-as à reflexão sobre questões artísticas e estéticas de forma significativa • Estimular o a criatividade do estudante e auxiliar em seu desenvolvimento motor; • Escrever o nome próprio e conhecer o dos colegas • Conhecer a história de seu nome e dos colegas • Promover e estimular a linguagem oral: Através de descrições • Estimular a imaginação e a criatividade • EMBASAMENTO TEÓRICO • Considerando que a identidade e autonomia na PRATICAS EM EDUCAÇÃO INFANTIL é uma linguagem corporal capaz de explorar o cognitivo do estudante o desenvolvimento motor, além de um facilitador do processo de aprendizagem. O artigo 17 do ECA dispõe que o direito ao respeito será garantido se observada a inviolabilidade da integridade física , psíquica e moral , abrangendo a preservação da imagem , da identidade , da autonomia , dos valores , ideias e crenças , dos espaços e objetos pessoais. • Segundo o Referencial Curricular Nacional para Orientação Educacional, “o desenvolvimento da identidade e da autonomia estão intimamente relacionados com os processos de socialização...” como o brincar de faz de conta, que é necessário para as que as crianças possam reconhecer as relações entre ela e o outro e possa conhecer a si mesma. Este ato de brincar torna-se essencial para o desenvolvimento do estudante. Para Kishimoto (2002), “A brincadeira é uma prática riquíssima para o desenvolvimento do estudante em seus aspectos emocional, social e cognitivo”. • A construção da identidade se dá por meio das interações do estudante com o seu meio social. Aescola de PRATICAS EM EDUCAÇÃO INFANTIL é um universo social diferente do da família, favorecendo novas interações, ampliando desta maneira seus conhecimentos a respeito de si e dos outros. A auto-imagem também é construída a partir das relações estabelecidas nos grupos em que o estudante convive. De acordo com Arendt (1972, p. 247): • • • “A orientação é o ponto em que decidimos se amamos o mundo o bastante para assumirmos a responsabilidade por ele e, com tal gesto, salvá-lo da ruína que seria inevitável não fosse à renovação e a vinda dos novos e dos jovens. A orientação é, também, onde decidimos se amamos nossas crianças o bastante para não expulsá-las de nosso mundo e abandoná-las os seus próprios recursos, e tampouco arrancar de suas mãos a oportunidade de empreender alguma coisa nova e imprevista para nós, preparando-as em vez disso com antecedência para a tarefa de renovar um mundo comum.” • Um ambiente rico em interações, que acolha as particularidades de cada indivíduo, promova o reconhecimento das diversidades, aceitando-as e respeitando-as, ao mesmo tempo em que contribui para a construção da unidade coletiva, favorece a estruturação da identidade, bem como de uma autoimagem positiva. • Neste âmbito, este projeto tem como objetivo, o conhecimento global do ser humano: conhecendo seu corpo, ampliando conceitos de higiene e saúde, descobrindo que o indivíduo está presente em todas as comunidades, relacionando-se como outros seres e com todo o ambiente onde vive e identificando e analisando diferenças, conceitos, preconceitos, características, valores de toda uma sociedade a qual ele está inserido. • Sendo assim, por meio deste projeto pretendemos levar ao conhecimento de nossos alunos um ambiente simples e natural e como devemos cuidar deste ambiente em que vivemos. Conforme VYGOTSKY (1987), “o meio transforma o indivíduo, por isto, por meio de estratégias pré-estabelecidas, colocaremos os alunos em contato com este mundo maravilhoso.”. • DESENVOLVIMENTO - ESCOLA INCLUSIVA e orientação para diversidade • • A orientação na perspectiva escolar é uma questão de direitos humanos, e os indivíduos devem fazer parte das escolas independente de suas características particulares e procedência de grupos sociais, as quais devem modificar seu funcionamento para incluir todos os alunos igualmente. Esta é a mensagem que foi claramente transmitida pela Declaração de Salamanca (1994, Conferência Mundial Sobre Orientação Especial, UNESCO) em defesa de uma sociedade para todos partindo do princípio fundamental de que todas as pessoas devem aprender juntos, independente de quaisquer dificuldades ou diferenças que possam ter, que pode ser tomado como exemplo para inclusão não apenas das crianças com deficiências, mas de todas independente das opressões estruturais que recaiam sobre as mesmas. • • De acordo com o dicionário Larousse (1999), o termo incluir tem como sinônimos, compreender,abranger, encerrar, inserir, envolver, implicar, somar, entre outros. Segundo Sassaki, Incluir é trocar, entender, respeitar, valorizar, lutar contra exclusão, transpor barreiras que a sociedade criou para as pessoas. É oferecer o desenvolvimento da autonomia, por meio da colaboração de pensamentos e formulação de juízo de valor, de modo a poder decidir, por si mesmo, como agir nas diferentes circunstâncias da vida (Sassaki, 1997, p. 41). • PERCURSO METODOLÓGICO • • Para se alcançar os objetivos propostos nesse projeto, pode-se realizar as seguintes estratégias: • Atividades com o nome; • Linguagem oral; • Pesos e medidas; • Criatividade, imaginação e dramatização; • Expressões gráficas: desenho, pintura, traçado e pontilhado; • Recorte e colagem com material diverso; • Desenho livre e dirigido; • Expressão corporal; • Conversas e debates relacionados ao tema; • Recortes e colagens; • Jogo das letras móvel; • Músicas; • Confecção de um painel com os nomes; • Construção da chamadinha viva com nomes; • Painel de aniversário; • Mural das vogais; • Girafa de medidas (altura); • RECURSOS • • Folha xerocada de atividade; • Lápis; • Tesoura; • Violão; • Cola; • Pincel; • Tinta guache; • Lápis de cor e giz de cera; • Papel; • Cartolina • • CRONOGRAMA DE ATIVIDADES • • Por se tratar de um dos eixos do referencial curricular nacional o qual pode ser utilizado como apoio para o desenvolvimento do planejamento das aulas, o projeto pode durar qualquer período entre 3 meses e o ano letivo. • AVALIAÇÃO • • Assim deverá ser feita a avaliação em crianças da Orientação educacional: Não deve ser realizada como forma de medir conhecimentos, mas como ponto de partida para novas descobertas, servirá como diagnóstico das necessidades dos alunos, ao mesmo tempo em que será usada pela educadora como forma de transformar sua prática. • Dessa forma, durante o projeto será avaliada as atitudes dos alunos, se houve mudança de comportamentos e atitudes, para se preciso, ocorrer uma mudança na prática educativa para se alcançar os objetivos propostos. • Registro das atividades realizadas pelas crianças e reflexão sobre a prática. Será constante e contínua levando em consideração os processos vivenciados pelas crianças, resultado de um trabalho intencional de nós professores. • “Professor nenhum é dono de sua prática se não tem em mãos, a reflexão sobre a mesma. Não existe ato de reflexão, que não nos leve a constatações, dúvidas e descobertas e, portanto, que não nos leve a transformar algo em nós, nos outros e no mundo. ” Madalena Freire • REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • • ARENDT, H. A crise da orientação. In: Entre o passado e o futuro. São Paulo: Perspectiva, 1972, p. 221-247. • • BRASIL. LDB, Lei 9394 – 24 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Orientação Nacional. Brasília: Ministério da Orientação, 1996. • • BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto do estudante e do Adolescente e dá outras providências. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm>. Acesso em: 10/04/2014 • • • • BRASIL. Referencial Curricular Nacional para a Orientação Educacional. Ministério da Orientação e do Desporto. Secretaria de Orientação Fundamental. 3 volumes. Brasília: MEC/SEF, 1998. • • GASBARRO, Ana Lúcia Marques. Estrutura e organização da escola de orientação educacional. São Paulo: Editora Sol, 2011. • • KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O Brincar e suas Teorias. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002. • • PONTES, Verônica Maria de Araújo; ALENCAR, Daniela Deyse Silva de. O brincar na orientação educacional: um olhar sobre os(as) professores(as) e sua prática pedagógica. Disponível em: . Acesso em: 10/04/2014 • • SANTOS, Santa Marli Pires dos. Brinquedoteca: Sucata vira brinquedo. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. • • VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 4ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991. • • ALVES, Denise de Oliveira; GOTTI, Marlene de Oliveira O. Atendimento Educacional Especializado – concepção, princípios e aspectos organizacionais. In: BRASIL. Ministério da Orientação. Secretaria da Orientação Especial. Ensaios pedagógicos. Brasília: MEC/SEESP, 2006, p.267-272. • • BRASIL. Constituição (1988). Constituição da RepúblicaFederativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. •
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