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Escola, Currículo e Cultura 01)Pierre Bourdieu e Jean-Claude Passeron desenvolveram teorias apoiadas no conceito de capital. Como esse conceito pode ser utilizado no âmbito da teoria do currículo? R= O currículo escolar está baseado na cultura dominante. Por isso, crianças pertencentes às classes dominantes facilmente compreendem o código utilizado, que lhes é familiar. O mesmo não ocorre com crianças pertencentes às classes dominadas. 02) Christian Baudelot e Roger Establet argumentam que, na sociedade capitalista, o sistema escolar é dualista. Isso significa que: R= A rede primária e profissionalizante, destinada a fornecer uma mão de obra de execução, é oposta à rede secundária e superior, que prepara para o exercício das funções de concepção e de comando. 03) A organização curricular reflete as práticas socioculturais. Para colocá-la a serviço de uma educação crítica e formadora da cidadania, é preciso haver: R= Interação entre as diversas culturas, que têm linguagens e identidades próprias, com vistas à transformação das relações culturais e sociais. 04) Alguns estudiosos do currículo, como Silva (2002), escrevem sobre a existência de um “currículo oculto” na educação escolar. A respeito desse conceito, é incorreto afirmar que: R= Os rituais, as regras e a organização do espaço escolar não contribuem para o ensino do currículo oculto. 05) De acordo com Pacheco (2005), os estudos sobre as origens do currículo demonstram que o termo aparece vinculado às transformações na forma de organização da escola, a fim de garantir maior eficiência escolar. Por isso, pode-se afirmar que o termo currículo, no campo educacional, apresenta-se como um princípio de racionalidade, ou seja: R= Aparece vinculado à necessidade de ampliação do atendimento escolar e, por isso, de proporcionar maior controle, padronização e eficiência educacional. 06) Michael Apple discute, no seu texto “A política do conhecimento oficial: faz sentido a ideia de um currículo nacional?”, sobre o processo de implementação e concretização do currículo oficial no cotidiano da escola. Partindo das suas análises, quando vemos um grupo de professores em uma escola debatendo a construção do currículo, analisando as relações entre o currículo oficial, o contexto escolar e a prática pedagógica, devemos considerar que: R= Os professores têm autonomia para lidar com o currículo nas instâncias de planejamento, articulando e sistematizando um currículo de acordo com as necessidades e o contexto da escola. 07) Em relação aos conhecimentos que compõem o currículo, Michael Apple aponta que: R= Devemos nos preocupar com as formas pelas quais certos conhecimentos são considerados como legítimos em detrimento de outros, vistos como ilegítimos, ao contrário do que preconizavam os modelos tradicionais, cujo conhecimento existente era tomado como dado e inquestionável. 08) Os debates sobre o multiculturalismo no Brasil tomaram corpo ao final do século XX. Sobre práticas escolares, assinale a afirmativa que corresponde a uma orientação concernente ao multiculturalismo: R= Uma prática pedagógica voltada para a diversidade étnica, cultural e linguística. 09) Os Parâmetros Curriculares Nacionais podem ser considerados: R= Um pilar para a transformação de objetivos, conteúdos e didáticas do ensino. 10) Conforme o Parecer CNE/CEB 11/2010, as Diretrizes Curriculares definidas em norma nacional pelo Conselho Nacional de Educação são orientações que devem ser necessariamente observadas na elaboração dos currículos e dos projetos político-pedagógicos das escolas. Essa elaboração é de responsabilidade: R= Das escolas, seus professores, dirigentes e funcionários, com a indispensável participação das famílias e dos estudantes.