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Uma visão filosófica do Ser Humano( Versão Final)

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O Ser Humano
·	O que é Ser "Humano"?
·	Quando nos referimos a Essência Humana temos três dimensões: é um ser que tem alma ou espírito; é livre; é capaz de elaborar valores e atuar de acordo com eles; vive em sociedade e tem uma história, porque é capaz de evoluir de forma constante; possui uma linguagem convencional humana e é capaz de produzir cultura.
·	 Homem X Animal
·	O Homem é um ser animal através de características comuns como: estar vivo; possuir um corpo (matéria viva organizada); está sujeito as mesmas leis que governam todas as matérias vivas; tem mobilidade; instinto de autopreservação para sua sobrevivência. Se diferencia dos animais por: agir sobre a natureza de forma intencional e planejada; por possuir consciência (autoconsciência); capacidade de transformar a natureza para adaptá-la às suas necessidades e ser racional. 
·	O ser humano graças à capacidade que tem o seu cérebro de acumular experiências, criou a cultura que é o conjunto de conhecimentos e valores de um povo e que são transmitidos de geração a geração. Os outros animais que vivem na natureza não criam cultura, eles agem de acordo com o instinto que é um ato "cego" onde é ignorada a finalidade da própria ação. A sua única preocupação é a de resolver problemas relacionados ao momento presente.
·	Natureza Humana
·	O Homem como ser racional, ele é capaz de: refletir, emitir juízos, dominar e modificar a natureza através de técnicas; elaborar conceitos e ideias; tem um conhecimento ilimitado é capaz de compreende a si mesmo e às coisas que o rodeiam. O Homem ao buscar seus fins, a partir de seus valores: torna-se efetivamente humano, isto é, tornar-se pessoa com características singulares de um sujeito pensante.
·	Como ser pensante, ele se projeta para o futuro em busca do infinito; o impulsiona para à ação racionalizada. Assim, é através do pensamento e da raciocínio que o homem resgata o que ele já praticou (o passado), possibilitando-o compreender melhor o presente e projetar melhor o futuro de forma mais adequada e promissora. Esse processo faz com os conhecimentos adquiridos sejam, constantemente, renovados, o que permite e garante o avanço e progresso de cada geração em relação a seus antepassados.
·	O Homem como ser psíquico, possui uma identidade própria e esta lhe garante uma singularidade, necessita de afeto, compreensão, aceitação, autoestima e auto respeito, é dotado de sentimento e este o faz ter aspirações, desejos e necessidades buscando novas alternativas e perspectivas.
·	Com todas estas características, o Homem não consegue viver sozinho; necessita compartilhar sua existência com os demais sujeitos sendo de sua natureza/essência ser social e consequentemente político. Toda a produção da existência humana é um convite permanente para a ação, o que permite caracterizar o homem como um ser da práxis;
·	O Homem como ser da Práxis que vem a ser toda ação humana caracterizada pela finalidade, consciência, liberdade e responsabilidade, onde encontramos o pensar e o agir. O homem, através do trabalho, da ciência e da tecnologia transforma o mundo em seu próprio mundo, ou seja, à sua própria imagem. Assim, o homem modifica constantemente o que está ao seu redor.
·	O Homem modificando o que está ao seu redor, o homem intervém no curso da história, renova e inova sua existência pessoal e coletiva, transformando o mundo e transformando-se a si mesmo por meio de sua ação, que se fundamenta na racionalidade, liberdade e intencionalidade da consciência, Ele tem consciência do tempo, como consequência, ele percebe a sua finitude quando reconhece o ciclo da vida: nascer, crescer, amadurecer e morrer. Assim, ele não se satisfaz com o que é agora: Está em constante procura de ser melhor!
·	Ao mesmo tempo que o Homem aspira por novas possibilidades, ele está consciente de suas limitações e compreende que é um ser finito que procura a perfeição e o absoluto. Para sair dessa situação contraditória, o Homem (o Ser Humano )  se lança na esfera espiritual e, aí, ele adora, cultua, reverencia forças e divindades consideradas entidades superiores e transcendentais através dos ritos e mitos por ele criado.
·	Diante desse mundo hostil e de uma realidade indecifrável, ele reza, arrepende-se, pede perdão pelos erros cometidos e invoca proteção e segurança de um Deus que condensa as ideias de infinidade, perfeição e completude.
A Formação do Ser Humano: Uma Visão Filosófica
A racionalidade humana, com sua exclusividade, suscita reflexões sobre sua origem profunda, sua finalidade e sua natureza. A Filosofia se ocupa com particular sagacidade da busca pelas respostas às questões colocadas. Como se constrói o ser humano em sua dimensão biológica, psicológica e social? Como se define o ser resultante da interação destas dimensões?
Em sua constituição, o ser humano, ente complexo e de difícil definição, constrói-se a partir de um universo imenso de variáveis e interferências. As matrizes determinantes do comportamento humano são imprecisas, difusas em seu universo relacional, e a análise destas matrizes costuma ser balizada por correntes filosóficas distintas, que partem de pressupostos distintos. Não cabe, no entanto, buscar definir ou erigir uma destas como a “correta” ou “mais confiável”, mas sim perceber que o ser humano é uma mescla de todas as concepções possíveis.
Os gregos, no entanto, com sua tradição racionalista irredutível, conceberam o homem como senhor de sua própria constituição e destino. Xenófanes dizia que os deuses são, na verdade, criação do homem dentro de seu contexto, afirmando que, se os bois pudessem descrever seus deuses, eles certamente teriam aspecto de bois, e se os lobos pudessem descrever seus deuses, por certo seriam lobos. Epicuro afirmava que os deuses estão em um ponto tão distante do universo que sua existência não influencia o destino dos homens, que se constituem a partir de suas próprias escolhas e opções, do meio que os cerca e das matrizes culturais que os absorvem.
Esta tradição foi herdada pela filosofia medieval. Santo Tomás de Aquino chegou a cunhar a expressão Tábula Rasa para descrever a constituição do homem, ou seja, uma “folha em branco” onde, ao longo da vida, o homem escreve sua própria história e define, a partir de suas impressões, sua essência e natureza. Esta visão admite e consolida, portanto, a noção de que a construção do ser humano está intimamente, indissociavelmente, ligada ao meio em que esse homem se insere. (Detalhe: a expressão Tábula Rasa é erroneamente atribuída ao filósofo inglês John Locke. Isto constitui, no entanto, uma imprecisão.)
Esse entendimento do determinismo, a que o entendimento do homem está sujeito, ganhou força ao longo da história da Filosofia com os pensadores racionalistas, como Renè Descartes, que formulou longo discurso a respeito da importância dos sentidos na percepção do mundo que cerca o homem, como forma de extrair conhecimento desta realidade que o cerca através da observação para, então, constituir opiniões e posicionamentos.
A filosofia romântica do século XVIII, em especial a dos filósofos idealistas alemães como Hegel (pronuncia-se “Rêguel”), retomou a noção de que o homem possui em sua natureza uma dimensão espiritual elevada, genericamente chamada de Geist (pronuncia-se “Gáist”), que deve ser atingida através da evolução do homem em sua constante busca pelo conhecimento. Enxerga-se, aqui, novamente, a noção de que o ser humano é um ser em construção, dinâmico, cuja busca constante pela perfeição é o grande motor de sua evolução. Depreende-se, assim, um ser cuja construção depende de uma atitude de busca, que não nasce “pronto e acabado”, mas sim como uma obra a ser lapidada.
A filosofia contemporânea, no entanto, lançou certo olhar pessimista sobre a natureza humana, existente em função dos horrores das grandes guerras mundiais, do uso sistemático da inteligência e do brilhantismo do homem para a construção de armas mais eficientes, dos genocídios e da eugenia. Autores como Jean-Paul Sartre sugeriram, nafilosofia existencialista, a idéia de que a essência do ser humano se constrói tanto a partir das escolhas que nós mesmos fazemos quanto das escolhas que outros fazem por nós, cercando-nos com um universo imprevisível de variáveis que concorrem para a determinação de nossa essência. Sartre resume sua concepção na frase: “Eu sou aquilo que fiz com aquilo que fizeram de mim.”
·	
·	A Presença da Filosofia na Vida do Ser Humano
A filosofia esta presente em todas as reflexões do homem. Sejam elas espirituais, humanísticas, racionais ou religiosas...pois a filosofia é o 'amor a sabedoria' (em latim). 
Então ela esta ai para contribuir no nosso dia-a-dia para refletirmos e analisarmos nossos atos conceitos e pensamentos... e conflitarmos com linhas de pensamentos diferentes, ela esta aí para fazer com que a humanidade aguce o seu modo de pensar e abra a mente para todas as possibilidades de um raciocínio e experimente debater de modo saudável opiniões diferentes.
A filosofia antiga trouxe à tona, em suas origens, a noção de que o ser humano se define a partir da vontade dos deuses, como se a natureza humana fosse constituída a partir de um projeto de vontade divina minimamente sujeito à interação da racionalidade e da vontade do próprio homem, do meio que o cerca e das condições contextuais em que este homem se insere. É uma visão algo fatalista, onde a miséria e a dúvida acompanham o homem como um fardo, um castigo que decorre da vontade inquestionável dos deuses
A filosofia foca questões da existência humana, mas diferentemente da religião, não é baseada na revelação divina ou na fé e sim na razão. Desta forma, a filosofia pode ser definida como a análise racional do significado da existência humana, individual e coletivamente, com base na compreensão do ser. Apesar de algumas semelhanças com a ciência, muitas das perguntas da filosofia não podem ser respondidas pelo empirismo experimental.
Enfim, a construção do ser humano é, inegavelmente, como queríamos demonstrar, multideterminada, multivariável. A filosofia comprova, com o desenvolvimento de suas concepções, a noção de que esta construção é fruto de um determinismo biológico pelas limitações orgânicas que a corporeidade impõe a todos nós, de um determinismo social pelo contato inevitável com o universo de outros seres que nos cercam, de um determinismo histórico pelo caráter definitivo que certas decisões impõe às nossas possibilidades, de um determinismo psicológico pela vinculação total de nossa natureza à particularidade de nossa forma pessoal de ver o mundo, ainda temperada por um certo ingrediente imponderável e imprevisível que, em última análise, é o grande responsável pela imensa diversidade humana.
Webgrafia(s):
http://olhar-filosofico.blogspot.com.br/2012/03/visao-da-antropologia-filosofica-sobre.html - Acesso em: 28/08/2014
http://filomundo.blogspot.com.br/2010/02/natureza-e-cultura-diferencas-entre-o.html - Acesso em: 28/08/2014
http://www.bemparana.com.br/noticia/112671/a-formacao-do-ser-humano-uma-visao-filosofica - Acesso em 29/08/14

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