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Estesiologia “Órgãos dos Sentidos” Parte I Profa. Dra. Marta Luppi • 5 sentidos – Audição – Olfato – Paladar – Visão – Tato Propiciam relação do animal com o meio em que vive - sobrevivência depende da percepção do ambiente em que vivem. Ouvir predadores, ver obstáculos, farejar outros animais – distinguir invasores de membros de seu grupo, sentir gosto de substâncias nocivas em seu alimento, etc. O corpo percebe o que está ao redor – através de receptores especializados. Órgão da visão = Olho • Receber estímulos de luz do ambiente → registra e converte em um sinal elétrico → transportado para o encéfalo - onde a imagem final é formada; • Neurônios receptores com moléculas fotossensíveis → são transformadas quimicamente por impulsos de luz e reagem com a atividade neural das células vizinhas; • Visão → um sistema complexo, envolve todas as partes do olho, algumas estruturas anexas e diversas áreas do encéfalo. ● Bulbo do olho; ● Anexos: músculos oculares, pálpebras, aparelho lacrimal; ● Nervo óptico; ● Área visual do córtex cerebral. Bulbo Ocular • Forma e tamanho - variação entre espécies e indivíduos. • Proporcionalmente ao corpo: o gato possui o maior, seguido pelo cão, o equino e o bovino. O suíno tem menor bulbo. • As expressões anterior (à frente) e posterior (atrás) são usadas para descrever a localização ao invés de rostral e caudal, e temporal e nasal são usadas ao invés de lateral e medial. Olho da presa x olho do predador Amplo campo visão binocular: boa percepção de profundidade Pouca visão binocular, mas ampla visão periférica Animal: Marmota – aluna Tânia Bulbo Ocular 3 camadas: ● Túnica fibrosa: esclera e córnea; ● Túnica vasculosa: corióide, corpo ciliar e íris; ● Túnica interna do bulbo: retina. Interior do bulbo do olho → 3 câmaras ● Câmara anterior → entre a córnea e a íris; ● Câmara posterior → entre a íris, o corpo ciliar e a lente; ● Câmara vítrea → posterior à lente e corpo ciliar, cercada pela retina. Túnica Fibrosa → camada externa: a esclera e córnea. Esclera - esbranquiçada e opaca, envolve 3/4 posteriores do bulbo. Córnea - transparente, cobre a parte anterior. Se encontram na junção corneoescleral ou limbo da córnea. Córnea • Transparente e avascular; • Recebe nutrientes pela difusão de moléculas das alças capilares na junção corneoescleral, da lâmina lacrimal pré-córnea e do humor aquoso. Túnica Vasculosa - Úvea Se interpõe entre a esclera e a retina. Funções: vascularização, suporte e regulação do formato da lente, regulação do tamanho da pupila e produção do humor aquoso. ▪ Corióide; ▪ Corpo ciliar; ▪ Íris – continuação anterior do corpo ciliar. Gato Cão Bovino Equino • As margens pupilares superior e inferior da íris de ruminantes e equinos - grânulos irídicos; • Parece que os grânulos irídicos secretam humor aquoso. Tapete Lúcido Fundo de olho - Bovino Fundo de olho - Gato Área de reflexão da luz, as células do tapete lúcido contém bastonetes; Faz os olhos dos animais brilharem ao olharem em direção à luz; Suínos não possuem tapete; Adaptação noturna – por refletir a luz incidente – aumenta estímulo de células receptoras sensíveis a luz na retina – auxilia a visão em locais noturnos. Túnica Nervosa • Retina • Bastonetes e os cones - células receptoras fotossensíveis da retina. • Os bastonetes - receptores extremamente sensíveis para preto e branco (noite); • Os cones - especializados para a visão de cores (dia). Lente - estrutura transparente e biconvexa. No adulto, a lente é avascular, os nutrientes são obtidos pela difusão dos humores aquoso e vítreo. MEIOS DIÓPTRICOS Córnea, humor aquoso, cristalino e humor vítreo. Formam o aparelho dióptrico do olho. Função - convergir sobre a retina os raios de luz focados.. Fundo de olho normal cão Fonte: http://www.oftalmobricci.com.br/site/fundoscopia---clearview.html Fundo de olho normal cão Fundo de olho - Coloboma de nervo óptico cão Atrofia progressiva de retina Fonte: http://www.oftalmologianimal.com.br/2012/05/atrofia- progressiva-de-retina-apr-em.html Anexos do Olho • Órbita – cavidade do crânio que contém o bulbo e maioria de seus anexos; • Corpos adiposos extraorbitais preenchem a fossa temporal. • Em animais muito magros, esses corpos adiposos são reduzidos e os olhos afundam na órbita, conferindo uma aparência de sofrimento à face. Anexos do Olho Músculos extrínsecos ●Músculos retos dorsal, ventral, medial e lateral; ● Músculos oblíquos dorsal e ventral; ● Músculo retrator do bulbo do olho; ● Músculo levantador da pálpebra superior. São inervados principalmente pelo nervo oculomotor (III); Exceções: músculo oblíquo dorsal→ nervo troclear (IV); Músculo reto lateral e a parte lateral do músculo retrator do bulbo do olho → nervo abducente (VI). Anexos do Olho • Pálpebras: Superior, Inferior e Terceira Pálpebra; • Pregas musculofibrosas: cobrem a face anterior do olho para bloquear luminosidade, proteger a córnea e ajudar a manter a córnea úmida. • Terceira Pálpebra (Membrana Nictante) – desliza sobre o olho, quando ele sofre retração (proteção), apresenta tecido linfóide. • Movimento natural → remover ciscos e corpos estranhos que penetrem no olho. Atua similar a um limpador de para-brisas de carro. Olho esquerdo do cão: terceira pálpebra e o aparelho lacrimal. 1, canalículo superior; 2, carúncula lacrimal; 3, ducto nasolacrimal; 4, glândula da terceira; pálpebra; 5, ponto lacrimal; 6, terceira pálpebra; 8, pupila; 9, glândula lacrimal. Vídeo de cirurgia da sepultamento da glândula da terceira pálpebra Recolocação da Glândula da Terceira pálpebra "Cherry-Eye" em um Sharpei (MORGAN POCKET TECHNIQUE) https://www.youtube.com/watch?v=ZOazXya5p eU • Carúncula lacrimal - ângulo medial do olho. • Óstio do ducto nasolacrimal - se abre nas margens da pálpebra próximo ao ângulo medial do olho. Pálpebras • Presença de cílios e contêm várias glândulas: Glândulas sebáceas e sudoríparas; • Glândulas tarsais → glândulas sebáceas modificadas, presentes nas duas pálpebras → produzem a camada oleosa superficial da lâmina lacrimal; • A secreção oleosa lubrifica a córnea, impede o transbordamento de lágrimas e retarda a evaporação. Aparelho lacrimal • O aparelho lacrimal inclui as estruturas responsáveis pela produção, dispersão e eliminação das lágrimas; • A lâmina lacrimal protege o olho - fundamental para a manutenção da transparência da córnea; • Produção lacrimal insuficiente resulta em opacificação; ● Glândula lacrimal; ● Glândulas da terceira pálpebra; ● Canalículos lacrimais; ● Saco lacrimal; ● Ducto lacrimonasal. Ceratoconjuntivite seca em cães – comprometimento na qualidade ou quantidade do filme lacrimal - inflamação da conjuntiva e córnea, dor e redução da visão. Diagnóstico: Teste lacrimal de Schirmer. Fonte: ORIÁ, A.P. et al. Ceratoconjuntivite seca em cães. PUBVET, Londrina, V. 4, N. 30, Ed. 135, Art. 914, 2010. disponível em: http://www.pubvet.com.br/uploads/6126840155d2c3cea6e2329e0c8706d7.pdf Córnea pigmentada
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