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JEMB - dezembro de 12 - Prancha 1 ANÁLISE DE CICLOS DE MOTORES TÉRMICOS José Eduardo Mautone Barros JEMB - dezembro de 12 - Prancha 2 Princípios de Termodinâmica Grandezas L [m] t [s] M [kg] g [m/s2] F [N] τ [N.m] T [K] P [Pa] N [rad/s] PM [kmol/kg] Pot[W] Runiversal = 8314 kJ/(kmol.K) Outras unidades: 1 atm = 101325 Pa 1bar = 105 Pa 1 HP = 745,7 W 1 CV = 0,986 HP 1ª Lei da Termodinâmica • Para sistemas fechados • Desprezando as energias cinética e potencial 𝑑𝐸 = 𝛿𝑄 − 𝛿𝑊 𝑑𝑈 = 𝛿𝑄 − 𝛿𝑊 dQ(+) dW(-) JEMB - dezembro de 12 - Prancha 3 Princípios de Termodinâmica Gás Ideal • Constante do gás R = Runiversal/PMgás Atmosfera padrão (para motores) • 101325 Pa (1 atm) • 30°C (303,15 K) • 34% UR • Razão de calores específicos do ar = 1,4 • Constante do gás (Rair) = 287,04 J/kg/K 𝑃 = 𝜌𝑅𝑇 JEMB - dezembro de 12 - Prancha 4 Ciclos termodinâmicos Processos de compressão e expansão Isentrópico (entropia constante, n = γ = cp/cv) Isotérmico (temperatura constante, n = 1) Isobárico (pressão constante, n = 0) Isocórico (volume constante, n = -∞) Politrópico (real) 1n 2 1 n1n 1 2 1 2 ν ν P P T T JEMB - dezembro de 12 - Prancha 5 Ciclos termodinâmicos Ciclo de Carnot Máquina térmica ideal H L H LH H net Carnot T T 1 Q QQ Q W η Processos: 1-2 expansão isotérmica 2-3 expansão isentrópica 3-4 compressão isotérmica 4-1 compressão isentrópica W Q JEMB - dezembro de 12 - Prancha 6 Ciclos termodinâmicos Ciclo Otto (queima a volume constante) Motores de ignição a centelha Processos: 0-1 admissão isobárica 1-2 compressão isentrópica 2-3 queima isocórica 3-4 expansão isentrópica 4-1 exaustão isocórica 1-0 exaustão isobárica 0 1 c1γ c Otto V V r r 1 1η JEMB - dezembro de 12 - Prancha 7 Ciclos termodinâmicos Ciclo Diesel (queima a pressão constante) Motores de ignição por compressão Processos: 0-1 admissão isobárica 1-2 compressão isentrópica 2-3 queima isobárica 3-4 expansão isentrópica 4-1 exaustão isocórica 1-0 exaustão isobárica 2 3 γ 1γ c Diesel V V β 1βγ 1β r 1 1η JEMB - dezembro de 12 - Prancha 8 Ciclos termodinâmicos Ciclo Misto (Sabathé ou Sieliger) Motores Otto e Diesel Processos: 0-1 admissão isobárica 1-2 compressão isentrópica 2-3 queima isocórica 3-4 queima isobárica 4-5 expansão isentrópica 5-1 exaustão isocórica 1-0 exaustão isobárica 2 3 3 4 γ 1γ c Sabathé P P α V V β 1βγα1-α 1βα r 1 1η JEMB - dezembro de 12 - Prancha 9 Ciclos termodinâmicos Comparação entre ciclos Para ciclos com a mesma razão de compressão, o ciclo mais eficiente é o ciclo Otto (quant. calor menor, maior expansão) ηth Otto 0,525 Sabathé 0,500 Diesel 0,380 γ = 1,3 rc = 12 Q/(cvT) = 8,525 JEMB - dezembro de 12 - Prancha 10 Ciclos termodinâmicos Comparação entre ciclos Para ciclos Otto e Diesel com a mesma pressão máxima de operação, o ciclo mais eficiente é o ciclo Diesel (quant. calor menor, maior expansão) JEMB - dezembro de 12 - Prancha 11 Ciclos termodinâmicos Comparação entre ciclos A taxa de compressão do ciclo Otto é limitada pela detonação do combustível Para o ciclo de Diesel e Sabathé foi considerado um valor de α = β = 2 JEMB - dezembro de 12 - Prancha 12 Ciclos termodinâmicos Comparação entre ciclos ideal, simulado e real JEMB - dezembro de 12 - Prancha 13 Ciclos termodinâmicos Outros ciclos Ciclo Stirling (Motor de combustão externa) 1-2 e 3-4 são processos isotérmicos Ciclo Brayton (Turbina a gás) ciclo aberto (4-1) H LH Stirling T TT η γ1γ c Brayton r 1 1η JEMB - dezembro de 12 - Prancha 14 Ciclos termodinâmicos Ciclo Otto real Ciclo indicado para o motor FIRE FLEX 1.3 8V, queimando E94, com taxa de compressão de 11:1, ECU Motec M400 a 2500 rpm JEMB - dezembro de 12 - Prancha 15 Ciclos termodinâmicos Ciclo Otto real Diferenças: A – Perda de calor pelas paredes B – Queima finita C – Abertura antecipada da válvula de exaustão D – Perdas de bombeamento Plena carga Carga parcial JEMB - dezembro de 12 - Prancha 16 Ciclos termodinâmicos Ciclo Otto real Efeito da abertura das válvulas de admissão e exaustão Efeito do avanço de ignição JEMB - dezembro de 12 - Prancha 17 Ciclos termodinâmicos Outros ciclo Otto ideais Considerando carga parcial Considerando uso de um sobrecarregador (turbo ou compressor) JEMB - dezembro de 12 - Prancha 18 Ciclos termodinâmicos Ciclo Otto real Curva de pressão no cilindro em um ciclo do motor de ignição por centelha JEMB - dezembro de 12 - Prancha 19 Ciclos termodinâmicos Ciclo Diesel real Diferenças: A – Perda de calor pelas paredes B – Queima finita (tipo Sabathé) C – Abertura antecipada da válvula de exaustão D – Perdas de bombeamento JEMB - dezembro de 12 - Prancha 20 Ciclos termodinâmicos Índices de eficiência Velocidade média de rotação (rpm) Massa de ar na admissão ideal (kg) - é a massa máxima que poderia ser admitida no cilindro (r0.Vd). Eficiência volumétrica (%) - definida como a massa de ar admitida no motor pela massa de ar na admissão ideal. Massa de ar admitida no motor no ciclo (kg) Vazão mássica ideal de admissão (kg/h) Vazão mássica média admitida (kg/h) Massa de gás retida no cilindro no final do ciclo (kg) Eficiência de retenção (hex) (Trapping efficiency) (%) - definida como a massa de ar retida no cilindro pela massa de ar admitida no cilindro. JEMB - dezembro de 12 - Prancha 21 Ciclos termodinâmicos Índices de eficiência Razão estequiométrica ar/combustível, em massa Razão ar/combustível, em massa - é a razão entre a massa total de ar admitida e massa total de combustível injetada. Fator lambda Razão de compressão volumétrica Razão de compressão efetiva - é a pressão máxima atingida dentro do cilindro durante um ciclo sem combustão. Pressão atmosférica (Pa) Pressão máxima no cilindro no ciclo (Pa) Pressão média no cilindro no ciclo (Pa) JEMB - dezembro de 12 - Prancha 22 Ciclos termodinâmicos Índices de eficiência Pressão média efetiva (PME) (Pa) - é a pressão média que deveria ser exercida sobre o pistão durante a fase de expansão para que fosse gerado o mesmo torque médio. A equação que a define é, para motores de quatro tempos: Torque máximo indicado em um ciclo (N.m) – é o torque máximo sem considerar as perdas de atrito (indicado) Torque médio indicado em um ciclo (tid)(N.m) Potência média indicada desenvolvida no ciclo (Pid) (kW) d ef V τπ4 PME JEMB - dezembro de 12 - Prancha 23 Ciclos termodinâmicos Índices de eficiência Poder calorífico inferior do combustível (PCI) (J/kg) - é definido como o calor de combustão da mistura estequiométrica combustível/oxigênio com o sinal trocado,nas condições padrão de temperatura e pressão e considerando a combustão completa gerando apenas CO2(g) e H2O(g). Calor padrão de combustão do combustível (Dhc0) (J/kg) - é definido como o calor de combustão da mistura combustível/ar, nas condições padrão de temperatura e pressão e considerando a composição de equilíbrio para os gases de combustão. Calor de combustão do combustível (Dhc) (J/kg) - é definido como o calor de combustão da mistura combustível/ar, nas condições locais de temperatura e pressão e considerando a composição de equilíbrio para os gases de combustão. JEMB - dezembro de 12 - Prancha 24 Ciclos termodinâmicos Índices de eficiência Energia ideal disponível na combustão (DHc0) (J) – é a energia calculada multiplicando o PCI pela massa de combustível admitida. Energia total disponível na combustão (DHc) (J) – é a energia é calculada multiplicando o calor de combustão do combustível (Dhc) pela massa de combustível admitida. Energia total perdida para o sistema de resfriamento (Ql) (J) Eficiência da combustão (hb) (%) - é definida como a razão entre a energia total disponível na combustão pela energia ideal disponível na combustão PCIM HΔ η f c b JEMB - dezembro de 12 - Prancha 25 Ciclos termodinâmicos Índices de eficiência Eficiência térmica padrão (ht 0) (%) - é definida como a razão entre o trabalho útil pela energia ideal disponível na combustão Eficiência térmica termodinâmica (ht) (%) - é definida como a razão entre o trabalho útil pela energia total disponível na combustão PCIM τ4π PCIM W η f ef f útil0 t c ef c útil t H τ4π H W η JEMB - dezembro de 12 - Prancha 26 Ciclos termodinâmicos Índices de eficiência Eficiência exergética (hex) (%) - é definida como a razão entre o trabalho útil pelo trabalho útil máximo obtido pela análise de ciclo baseada na 2ª Lei da Termodinâmica, (Gallo, 1990) onde, Mad é a massa de mistura admitida no ciclo, exig é a disponibilidade dos gases na ignição, ex720º é a disponibilidade dos gases no fim do ciclo e é a temperatura média do gás dentro do cilindro. maxútil útil ex W W η gás 0 720ºigad q 0 max útil T T 1QexexM T T 1QW Ex gásT sThex 0 JEMB - dezembro de 12 - Prancha 27 Ciclos termodinâmicos Índices de eficiência Eficiência térmica ideal (hti) (%) - é definida como a razão entre o trabalho útil e o calor liberado na combustão, definidos pelo ciclo Otto ideal Consumo de combustível (kg/h) Consumo específico combustível (kg/kW/h) Temperatura média de exaustão (K) 1γ c i t r 1 1η JEMB - dezembro de 12 - Prancha 28 Modelo de ciclo não-ideal Objetivos Obter entendimento físico de cada etapa de funcionamento do motor Obter as ordens de grandeza das eficiências envolvidas e correlacionar os dados de ciclo com os parâmetros de desempenho do motor Implementar um modelo analítico rápido e preciso do motor para ser usado em simulações de sistemas complexos (interação motor/carga/subsistemas/veículos) CARE JEMB - dezembro de 12 - Prancha 29 Modelo de ciclo não-ideal Equações Metodologia de Barros,2003, adaptada de Oates, 1988, para turbinas a gás aeronáuticas Admissão (0-1) 1 T T τ stag 0 stag 1 ad 10 100 1000 Volume (cm3) 0.1 1.0 10.0 100.0 P re ss ão ( 10 5 P a) 1 2 3 4 5 0 6 Ciclo Não-Ideal Modelo Algébrico Motor FIAT FIRE 1.3 v 001c 0c11 stag 0 stag 1 ad η VPTR TRVP P P π JEMB - dezembro de 12 - Prancha 30 Modelo de ciclo não-ideal Equações Compressão (1-2) ec= eficiência politrópica 1γ cstag 1 stag 2 c cr T T τ 10 100 1000 Volume (cm3) 0.1 1.0 10.0 100.0 P re ss ão ( 10 5 P a) 1 2 3 4 5 0 6 Ciclo Não-Ideal Modelo Algébrico Motor FIAT FIRE 1.3 stag 1 stag 2 c P P π 3 4 2 1 0 1 c V V V V V V r cc c γe 1γ cc πτ JEMB - dezembro de 12 - Prancha 31 Modelo de ciclo não-ideal Equações Combustão (2-3) ffbbstag2stag3v hΔMηQTTcMUΔ c 10 100 1000 Volume (cm3) 0.1 1.0 10.0 100.0 P re ss ão ( 10 5 P a) 1 2 3 4 5 0 6 Ciclo Não-Ideal Modelo Algébrico Motor FIAT FIRE 1.3 arf ff MM M M M f stag 0adccv fb b Tττc hΔfη 1τ b c bb M M τπ boucionde, 1γ R c i i iv JEMB - dezembro de 12 - Prancha 32 Modelo de ciclo não-ideal Equações Expansão (3-4) 1γ c stag 3 stag 4 e br 1 T T τ 10 100 1000 Volume (cm3) 0.1 1.0 10.0 100.0 P re ss ão ( 10 5 P a) 1 2 3 4 5 0 6 Ciclo Não-Ideal Modelo Algébrico Motor FIAT FIRE 1.3 stag 3 stag 4 e P P π b be γ 1γe ee πτ JEMB - dezembro de 12 - Prancha 33 Modelo de ciclo não-ideal Equações Exaustão de pressão (4-5) (Blow-out ou Blow-down) stag 4 stag 5 bo T T τ 10 100 1000 Volume (cm3) 0.1 1.0 10.0 100.0 P re ss ão ( 10 5 P a) 1 2 3 4 5 0 6 Ciclo Não-Ideal Modelo Algébrico Motor FIAT FIRE 1.3 stag 4 stag 1 bo stag 4 stag 5 bo P P ξ 1 P P π bo bo bo η π τ JEMB - dezembro de 12 - Prancha 34 Modelo de ciclo não-ideal Equações Exaustão (5-6) 1 T T τ stag 5 stag 6 ex 10 100 1000 Volume (cm3) 0.1 1.0 10.0 100.0 P re ss ão ( 10 5 P a) 1 2 3 4 5 0 6 Ciclo Não-Ideal Modelo Algébrico Motor FIAT FIRE 1.3 exstag 5 stag 6 ex ξ P P π JEMB - dezembro de 12 - Prancha 35 Modelo de ciclo não-ideal Equações Trabalho realizado (W) obombeamentciclo m M W M W η M W 10 100 1000 Volume (cm3) 0.1 1.0 10.0 100.0 P re ss ão ( 10 5 P a) 1 2 3 4 5 0 6 Ciclo Não-Ideal Modelo Algébrico Motor FIAT FIRE 1.3 1τττTτc1τTττc M Q M Q M W cbe0adbvb0adccv 1432ciclo 0cadcbeboex d06 obombeament TR1ππππππ M VPP M W JEMB - dezembro de 12 - Prancha 36 Modelo de ciclo não-ideal Implementação Dados requeridos: T0 [K], P0 [Pa], Rc [J/(kg K)], Mc [kg/kmol], gc, Rb [J/(kg K)], Mb [kg/kmol], gb, Vd [m 3], rc, Ncil [cilindros], N [rps], hf [J/kg], f [p/p], hv, ec, hb, ee, xbo, hbo, xex Saídas: W/M [J/(kg ciclo cilindro)], M [kg/(ciclo cilindro)], ht, m[kg/s], Cf [kg combustível/s], tef [Nm], Pef [W], SFC [kg combustível/s/W], PME [Pa], P [Pa], T [K], V [m3] para os 7 pontos do ciclo (no mínimo) JEMB - dezembro de 12 - Prancha 37 Modelo de ciclo não-ideal Implementação Parâmetros do ciclo mfCf N2Mm 0adc 0ad d TτR Pπ VM π4 N M W M ef τ cil Nπ2τ ef P ef f t Δhf MW η ef f P C SFC d cil V N M W MPME JEMB - dezembro de 12 - Prancha 38 Modelo de ciclo não-ideal Resultados As curvas de potência e torque versus rotação do motor são retas, sendo que a potência tem sua origem em zero; As curvas de potência versus rotação do motor para carga parcial formam uma família de retas rotacionadas na origem comum em zero. O mesmo ocorre para o ciclo não ideal em relação ao ciclo ideal; 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 Rotação (rpm) 0 20 40 60 80 100 120 140 P o tê n c ia ( k W ) Motor FIAT FIRE 1.3 P0 = 91592 Pa T0 = 25 ºC Experimental Ideal Não Ideal JEMB - dezembro de 12 - Prancha 39 Modelo de ciclo não-ideal Resultados A eficiência volumétrica na admissão tem influência direta na vazão de ar e no consumo de combustível, mas apresenta pequena influência percentual nos valores de torque e potência; A eficiência de combustão apresenta influência direta nos valores de torque e potência, o que permite afirmar que é a controladora da posição e formato das curvas de torque e potência; 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 Rotação (rpm) 0 20 40 60 80 100 120 140 Po tê nc ia (k W ) Motor FIAT FIRE 1.3 P0 = 91592 Pa T0 = 25 ºC Experimental Ideal Não Ideal 60 80 100 120 140 160 180 To rq ue (N m ) 100 150 200 250 300 350 400 Co ns um o Es pe cí fic o de C om bu st ív el (g /k W /h ) JEMB - dezembro de 12 - Prancha 40 Modelo de ciclo não-ideal Resultados As eficiências de compressão e expansão apresentam uma significativa influência no torque e potência e controlam as pressões e temperaturas do ciclo; As eficiências e perdas na exaustão afetam pouco o torque e potência, da ordem de alguns pontos percentuais, mas controlam a condição de saída dos gases. Isto é importante para estudos envolvendo turbocompressores; 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 Rotação (rpm) 0 20 40 60 80 100 120 140 P o tê n c ia ( k W ) Motor FIAT FIRE 1.3 P0 = 91592 Pa T0 = 25 ºC Experimental Ideal Não Ideal 60 80 100 120 140 160 180 T o r q u e ( N m ) 100 150 200 250 300 350 400 C o n s u m o E s p e c íf ic o d e C o m b u s tí v e l (g /k W /h ) JEMB - dezembro de 12 - Prancha 41 Modelo de ciclo não-ideal Resultados Os valores de eficiência de retenção na Exaustão de Pressão (“blow- down”) indicam que 10 a 30 % do gás no cilindro é expulso nesta etapa, para garantir que a temperatura dos gases de exaustão se situe na faixa típica de motores ICE (400 a 900 ºC). 10 100 1000 Volume (cm3) 0.1 1.0 10.0 100.0 P re ss ão ( 10 5 P a) 1 2 3 4 5 0 6 Ciclo Não-Ideal Modelo Algébrico Motor FIAT FIRE 1.3 JEMB - dezembro de 12 - Prancha 42 Bibliografia Barros, J. E. M. Estudo de motores de combustão interna aplicando análise orientada a objetos. Belo Horizonte: Tese de Doutorado, Engenharia Mecânica, UFMG, 2003. Ferguson, C. R., Internal combustion engines: applied thermosciences. New York, John Wiley & Sons, 1986. Giacosa, D. Motori Endotermici. Milano: Hoepli, 15ª ed., 2000. Heywood, J. B. Internal combustion engine fundamentals. New York: McGraw-Hill, 1988. Oates, G. C. Aerothermodynamics of gas turbine and rocket propulsion. AIAA Education Series. Washington, DC: AIAA, 1988. Wark, K. Thermodynamics. New York: McGraw-Hill, 1977. JEMB - dezembro de 12 - Prancha 43 Modelo de Manete de Potência Motores a Pistão • Caso Motor ciclo Otto – Modelo de Válvula borboleta JEMB - dezembro de 12 - Prancha 44 Modelo de Manete de Potência Motores a Pistão • Caso Motor ciclo Otto – Modelo de Válvula borboleta JEMB - dezembro de 12 - Prancha 45 Modelo de Manete de Potência Motores a Pistão • Caso Motor ciclo Otto – Modelo de fluxo JEMB - dezembro de 12 - Prancha 46 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 120,0 Borboleta de Aceleração ângulo de abertura (graus) C ar ga (% ) Modelo de Manete de Potência Motores a Pistão • Caso Motor ciclo Otto - Modelo de Válvula borboleta Exemplo JEMB - dezembro de 12 - Prancha 47 Modelo de Manete de Mistura Motores a Pistão • Controle de mistura (fator Lambda) – Mistura naturalmente rica para promover resfriamento do motor (lambda < 1) – Mistura mais rica implica em reduzir a razão Ar/Combustível (AF), reduzir lambda (0,9l<1) – Mistura mais pobre implica em aumentar a razão Ar/Combustível (AF), aumentar lambda (1<l1,1) – Misturas pobres são usadas para aquecer o motor em condições atmosféricas adversas (temperatura muito baixa) JEMB - dezembro de 12 - Prancha 49 Exemplo Análise de Ciclo Motor Otto • Dados do Motor Lycoming IO-540-K – Motor com 6 cilindros, 4 tempos – Cilindrada 540 in3 (8849 cm3) – Razão de compressão 8.70:1 – Potência máxima continua (PCM) • 300 hp (223,7 kW) para AVGAS com SFC de (289,5 g/kWh) • 320 hp (238,6 kW) para Etanol com SFC de (433,9 g/kWh) – Rotação de PCM 2700 rpm (41,67 rps) (282,7 Hz) – Peso 466 lbs (211,3 kg) – Sem turbocompressor JEMB - dezembro de 12 - Prancha 50 Exercício Análise de Ciclo Motor Lycoming IO-540-K 1) Calcular as curvas de potência (kW) versus rotação (RPM), para as cargas de 100%, 75%, 65% e 50%. Calcular as curvas de consumo de combustível nas mesmas condições. O intervalo de rotações é de 1000 a 3000 rpm. Fazer os mapas para AVGAS e Etanol. O programa em linguagem MATLAB script deve ser calibrado para as condições publicadas para a aeronave Ipanema pelo fabricante Neiva/Embraer: Combustível Consumo (L/h) Densidade (kg/m3) Consumo (kg/h) Potência 75% (kW) Consumo Específico SFC (g/kWh) Custo (R$) AVGAS 68,4 710 48,6 167,8 289,5 3,600 Etanol 98,4 789 77,6 179,0 433,9 2,058 AVGAS/Etanol 70% 94% 175% JEMB - dezembro de 12 - Prancha 51 Exercício Análise de Ciclo Motor Lycoming IO-540-K 2) Calcular o teto de voo do Ipanema para o motor a gasolina e para o motor a etanol. Considere que é necessário 50% da PMC (potência máxima contínua) ao nível do mar para manter o voo de cruzeiro. O modelo de atmosfera é o ISA para calcular as condições de entrada de ar no motor. Observar a pressão de exaustão do motor. O programa deve ter sido calibrado para os seguintes dados ao nível do mar: Combustível Consumo (L/h) Densidade (kg/m3) Consumo (kg/h) Potência 75% (kW) Consumo Específico SFC (g/kWh) Custo (R$) AVGAS 68,4 710 48,6 167,8 289,5 3,600 Etanol 98,4 789 77,6 179,0 433,9 2,058 AVGAS/Etanol 70% 94% 175% JEMB - dezembro de 12 - Prancha 52 Exercício Análise de Ciclo Motor Lycoming IO-540-K 3) Calcular a regulagem da manete de potência para as cargas de 100%, 75%, 65% e 50% para o motor Lycoming IO-540-K ao nível do mar. O diâmetro da válvula é 50mm. De que maneira o piloto poderia ter uma informação de potência em voo em função da altitude. JEMB - dezembro de 12 - Prancha 53 Modelo de ciclo não-ideal Ciclo Sabathé Equações Metodologia de Barros, 2003,adaptada de Oates, 1988, originalmente usada para turbinas a gás aeronáuticas Admissão (0-1) 1 T T τ stag 0 stag 1 ad v 001c 0c11 stag 0 stag 1 ad η VPTR TRVP P P π 0 1 6 3 3' 2 4 5 P V JEMB - dezembro de 12 - Prancha 54 Modelo de ciclo não-ideal Ciclo Sabathé Equações Compressão (1-2) ec= eficiência politrópica 1γ cstag 1 stag 2 c cr T T τ stag 1 stag 2 c P P π 3 4 2 1 0 1 c V V V V V V r cc c γe 1γ cc πτ 0 1 6 3 3' 2 4 5 P V JEMB - dezembro de 12 - Prancha 55 Modelo de ciclo não-ideal Ciclo Sabathé Definições para combustão • 2-3 – Queima a volume constante • 3-3’ – Queima a pressão constante • sf = Split factor – fator de divisão da injeção de combustível entre queima de pré-mistura (p) e queima difusiva (d) 0 1 6 3 3' 2 4 5 P V 𝛼 = 𝑃3 𝑃2 𝛽 = 𝑉3′ 𝑉3 𝑠𝑓 = 𝑀𝑓𝑝 𝑀𝑓𝑑 𝑀𝑓 = 𝑀𝑓𝑝 +𝑀𝑓𝑑 𝑓𝑝 = 𝑀𝑓 𝑀 𝑠𝑓 𝑠𝑓 + 1 𝑓𝑑 = 𝑀𝑓 𝑀 1 𝑠𝑓 + 1 JEMB - dezembro de 12 - Prancha 56 Modelo de ciclo não-ideal Ciclo Sabathé Equações Combustão Isocórica (2-3) ffpbbpstag2stag3v hΔMηQTTcMUΔ c sf 1sf M M MM M M M f f arf fpfp p stag 0adccv fpb b Tττc hΔfη 1τ b c bb M M τπ boucionde, 1γ R c i i iv 0 1 6 3 3' 2 4 5 P V JEMB - dezembro de 12 - Prancha 57 Modelo de ciclo não-ideal Ciclo Sabathé Equações Combustão Isobárica (3-3’) ffdbbdstag3stag3'p hΔMηQTTcMHΔ c 1sf 1 M M MM M M M f f arf fdfd d stag 0adcbcp fdb b' Tττc hΔfη 1τ 1 P P π stag 3 stag '3 b' 0 1 6 3 3' 2 4 5 P V far fpar '3 3 3 '3 'b3b 3 3 '3b '3 '3stag 3 stag '3 MM MM M M V V TR V M TR V M PP JEMB - dezembro de 12 - Prancha 58 Modelo de ciclo não-ideal Ciclo Sabathé Equações Expansão (3-4) 1γ e stag 3' stag 4 e br 1 T T τ c 3 4 3' 4 e r V V1 V V r b be γ 1γe ee πτ 0 1 6 3 3' 2 4 5 P V stag 3' stag 4 e P P π JEMB - dezembro de 12 - Prancha 59 Modelo de ciclo não-ideal Ciclo Sabathé Equações Exaustão de pressão (4-5) (Blow-out ou Blow-down) stag4 stag 5 bo T T τ stag 4 stag 1 bo stag 4 stag 5 bo P P ξ 1 P P π bo bo bo η π τ 0 1 6 3 3' 2 4 5 P V JEMB - dezembro de 12 - Prancha 60 Modelo de ciclo não-ideal Ciclo Sabathé Equações Exaustão (5-6) 1 T T τ stag 5 stag 6 ex exstag 5 stag 6 ex ξ P P π 0 1 6 3 3' 2 4 5 P V JEMB - dezembro de 12 - Prancha 61 Modelo de ciclo não-ideal Ciclo Sabathé Equações Trabalho realizado (W) obombeamentciclo m M W M W η M W 143'332ciclo M Q M Q M Q M W 0cadcbb'eboex d06 obombeament TR1πππππππ M VPP M W 0 1 6 3 3' 2 4 5 P V 1τττTτc1τTττc1τTττc M W cb'be0adbvb'0adcbcpb0adccv ciclo JEMB - dezembro de 12 - Prancha 62 Modelo de ciclo não-ideal Ciclo Sabathé Implementação Dados requeridos: T0 [K], P0 [Pa], Rc [J/(kg K)], Mc [kg/kmol], gc, Rb [J/(kg K)], Mb [kg/kmol], gb, Vd [m 3], rc, Ncil [cilindros], N [rps], hf [J/kg], f [p/p], sf, hv, ec,hb, ee, xbo, hbo, xex Saídas: W/M [J/(kg ciclo cilindro)], M [kg/(ciclo cilindro)], ht, 𝑚 [kg/s], Cf [kg combustível/s], tef [Nm], Pef [W], SFC [kg combustível/s/W], PME [Pa], α, β, P [Pa], T [K], V [m3] para os 8 pontos do ciclo (no mínimo) JEMB - dezembro de 12 - Prancha 63 Modelo de Manete de Potência Motores a Pistão • Caso motor ciclo Diesel – Controle de débito de combustível (bomba) – Alterar a razão Ar/Combustível através do aumento do fator lambda (l≥1) JEMB - dezembro de 12 - Prancha 64 Exemplo Motor Diesel • Dados do Motor SMA SR305-230E – Motor com 4 cilindros 4 tempos – Cilindrada 4,988 L – Razão de compressão 20 (?) – Potência máxima continua (PMC) 230 kW para Jet A – Consumo específico 216 g/kWh – Rotação de PMC 2200 rpm – Peso 207 kg JEMB - dezembro de 12 - Prancha 65 Exercício Motor Diesel 4) Considerando dados de catálogo da Aeronave Ipanema e dados do motor Diesel SMA SR305-230E. Qual seria o nível do carga do motor necessário para manter voo nivelado a 200km/h, na altitude de 1800m para uma eficiência de hélice de 85% ? Estime o coeficiente de arrasto da aeronave carregada. Usando o modelo do motor, calcular o consumo de combustível nesta condição e comparar com o consumo de gasolina citado no catálogo. Comentar.
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