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AGRAVO INTERNO CFOAB

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, pessoa jurídica de direito público e regulamentada pela lei nº 8.906/94, inscrita no CNPJ xxxxxxxx, com sede em xxxxxxx, representado por seu Presidente (conforme documento anexo), vem respeitosamente, por intermédio de seus advogados abaixo assinados, com procuração anexa propor: 
AGRAVO INTERNO
Com fundamento nos artigos 4º, paragrafo 2º da Lei nº 9.882/99, 1.021 do CPC/015 e no artigo 317 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal contra decisão monocrática proferida pelo Relator na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental, pelo que apresenta as razões de fato e de direito, bem como de reforma conforme disposto a seguir.
Pede deferimento.
Recife/PE, xxx de xxxxxx de xxxx
MEMBRO DO CONSELHO FEDERAL DOS ADVOGADOS DO BRASIL
OAB/XX XXXX
RAZOES DO AGRAVO INTERNO
Agravante: Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil
Agravado: Estado de Pernambuco
Egrégia Corte Superior
Colenda Turma,
DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE
TEMPESTIVIDADE
A decisão foi proferida e publicada em 10/03/2019, conforme anexo, bem como o prazo para interposição do agravo interno, de acordo com o Novo CPC, é de 15 dias, nos termos do artigo 1.003, paragrafo 5º desta norma, assim tal peça é totalmente tempestiva.
BREVE RESUMO DOS FATOS
O Governador do Estado nas atribuições de suas atividades editou o Decreto Y/2019, publicado em 20.01.2019, no qual exonerou Cristina Veiga, nomeando Martiniano dos Santos para ocupar o cargo então de Secretario Estadual do Meio Ambiente. Mesmo com fatos expostos em ADPF, frisando que, tal Decreto representa grande ofensa ao preceito fundamental do Juiz Natural, uma vez que mostrou a real intenção dos indivíduos de burlar o sistema de repartição de competências, teve de imediato Ação rejeitada pelo Ministro relator.
Dessa forma, se faz necessário interpor Agravo Interno contra a referida decisão a fim de que a ADPF seja levada a julgamento colegiado.
DO MÉRITO
O presente agravo regimental reitera as questões levantadas na ADPF, as quais merecem enfrentamento do órgão julgador, à maneira colegiada. Uma vez que é cabível a ADPF para a realização do controle abstrato e concentrado de constitucionalidade de ato de Poder Publico que resulte em ofensa a preceito constitucional fundamental, bem como acerca da violação do principio do juiz natural pelo Decreto Y/2019 e acerca da não aplicabilidade do principio da separação dos poderes ao Poder Publico, visto que este esta submetido as normas e princípios constitucionais sendo plenamente viável o controle judicial dos atos quando violadores do texto constitucional, do qual é este caso, visto que até mesmo a população mostrou-se incomodada com tal decreto, que é notável o objetivo de proteger o ocupante do cargo com a prerrogativa do foro privilegiado.
Bem como exposto na ADPF e neste agravo, fica clara as razões jurídicas pelas quais o ato impugnado merece ser declarado inconstitucional e extirpado do ordenamento jurídico. Com relação à violação constitucional identificada, o preceito fundamental violado é o do juiz natural, conforme fatos supramencionados.
DO FORO ESPECIAL POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO (OU FORO PRIVILEGIADO) E DO PRINCIPIO DO JUIZ NATURAL
Com fundamento no Art. 5, inc. XXXVII e LIII, mostram ser taxativas e que somente nesses casos específicos se aplica a prerrogativa do foro especial. Desta forma, qualquer caso em que se pretenda aplicar tal prerrogativa que não esteja prevista na Constituição Federal ou do Estado, violará o principio do juiz natural, preceito com fundamento insculpido na Constituição Federal. Tal direito foi criado com a justificativa de proteger o exercício da função ou do mandato publico, a fim de que não sejam alvos de perseguição da Justiça e tenham um julgamento imparcial livre de influencias externas. O foro privilegiado protege, portanto, a função e não a pessoa que o exercer, logo quando o individuo não estiver mais no exercício dela, não terá direito à prerrogativa. Assim como nesse caso, Martiniano cometeu os delitos anteriores a seu mandato e logicamente seria inconstitucional.
DO PEDIDO
Diante do exposto, requer:
Juízo de Retratação do Relator para que reconsidere a decisão retro, ou em caso contrario, submeta o agravo ao julgamento plenário, sobretudo para que ao final a ADPF seja conhecida e provida.
 
Nesses termos, pede deferimento.
Recife/PE, XX DE XXXX DE 2019.
MEMBRO DO CONSELHO FEDERAL DOS ADVOGADOS DO BRASIL
OAB/XX XXXX

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