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29/08/2018 1 FARMACOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO Fábio H. M. Micheloto Este material é apenas para apoio didático em sala de aula. Não substituí a leitura do livro texto Curso: Farmácia Disciplina: Farmacologia II 6º Termo Hormônio Termo de origem grega que se refere aos mensageiros químicos que circulam nos líquidos e produzem efeitos específicos sobre as células distantes de seus pontos de origem. As principais funções dos hormônios consistem na regulação do armazenamento, da utilização e da produção de energia, na adaptação a novos ambientes e condições de estresse na facilitação do crescimento e desenvolvimento e na maturação e função do sistema reprodutor. 29/08/2018 2 Atuação dos hormônios Os hormônios atuam em receptores fisiológicos da mesma forma que os fármacos: Receptores de membrana – principalmente receptores com funções enzimáticas, mas algum podem atuar em receptores acoplados à proteínas G Receptores nucleares – hormônios esteroides, hormônios tireoidianos e a vitamina D Desregulação das funções hormonais Hipofunção primária – a produção do hormônio endócrino alvo está comprometida entretanto o hipotálamo e a hipófise percebem a modificação na retroalimentação e ocorre uma aumento da secreção do hormônio sinalizado da adeno- hipófise. Hipofunção secundária – tanto o hormônio sinal quantos os hormônios alvos tem seus níveis abaixo do normal. 29/08/2018 3 Da mesma forma o excesso de hormônios pode resultar de distúrbio primários nas glândulas secretoras ou secundário na glândula hipófise; Deste modo, podemos concluir que o conhecimento dos níveis do hormônio sinal da hipófise permite a identificação do local onde está ocorrendo o desequilíbrio endócrino Desregulação das funções hormonais Glândulas Endócrinas As principais glândulas endócrinas e alvos para ção de drogas: Hipófise (Eixo hipotálamo – hipófise) Glândula Tireoide Glândulas Paratireoides Glândulas Suprarrenais Pâncreas Gônadas (Ovários e Testículos) 29/08/2018 4 Farmacologia dos Hormônios Hipofisários Hipófise A hipótese é uma pequena glândula, um corpo ovoide, com tamanho semelhante de uma ervilha, também conhecida como glândula pituitária. A hipófise está fixada à superfície inferior do hipotálamo, por uma curta haste denominada infundíbulo. Ela possui duas partes: uma anterior, a adenohipófise, e outra posterior, a neurohipófise. 29/08/2018 5 Hormônios da Adenohipófise Somatotropina ou hormônio do crescimento(STH ou GH); Mamotropina ou Prolactina; Hormônio Adenocorticotrópico (ACTH); Hormônio Tireoideo Estimulante (TSH); Hormônio Folículo Estimulante (FSH) ou Hormônio Estimulador das células intersticiais (ICSH); Hormônio Luteinizante (LH); Hormônio estimulador de melanócitos (MSH). Hipófise A parte anterior da hipófise, a adenohipófise, é composta de tecido epitelial glandular e é altamente vascular e constituída de células epiteliais de tamanho e forma variados, dispostas em cordões ou folículos irregulares. Sintetiza e libera nove hormônios de importância clínica: 29/08/2018 6 *POMC – pró-opiomelanocortina Hormônios da Neurohipófise A porção posterior da hipófise é composta por tecido nervoso e, portanto, é chamada de neurohipófise. Sintetiza dois hormônios: Hormônio Antidiurético ou Vasopressina (ADH); Ocitocina; 29/08/2018 7 Farmacologia do Hormônio do Crescimento (GH) GH – Hormônio do Crescimento Síntese Ocorre a partir das células somatotróficas presentes na hipófise; O hormônio do crescimento tem um meia vida de aproximadamente 20 minutos na circulação; Sua ação se dá de forma parecida com a insulina em receptores da membrana plasmática. Algumas de suas ações são mediadas pelo IGF – 1 (Fator de crescimento semelhante à insulina). O principal local de produção do IGF – 1 é o figado 29/08/2018 8 GH – Hormônio do Crescimento O GH humano apresenta aproximadamente duas formas Uma com massa de 22 kDa que apresentam afinidade por proteínas sanguíneas de 45% Outra com massa de 20kDa clivado a partir da forma original de 22kDa, que apresentam afinidade por proteínas sanguíneas de 15% A ligação às proteínas plasmáticas pode funcionar como reservatório do GH A obesidade aumenta a formação das proteínas ligadoras, o que diminui consideravelmente a bioatividade do GH O GH recombinante consiste totalmente em uma molécula de 22 kDa – para detecção em doping é pesquisado a alteração entre as proporções da forma recombinante com a forma de 20kDa Fatores que influenciam a liberação do GHRH Fatores que aumentam a liberação do GHRH Estimulação de receptores alfa2 – adrenérgicos Dopamina Serotonina Hipoglicemia Exercício Excitação emocional Estresse Ingestão de refeições ricas em proteínas Sono Estrogênios Grelina 29/08/2018 9 Fatores que influenciam a liberação do GHRH Fatores que diminuem a liberação do GHRH Somatostatina (GHIH) – liga-se a receptores Gi. IGF1 Ativação de receptores Gabaérgicos Ativação de receptores beta – adrenérgicos Ácidos graxos livres Administração de glicose oral para testes glicêmicos Mutações nos receptores de GHRH Os receptores de GHRH são receptores acoplados à proteínas GS. Indivíduos com mutação nestes receptores podem apresentar baixa estatura, contudo sem outras características de indivíduos com nanismo causado por falta na produção do GH 29/08/2018 10 Eixo Hipotálamo-Hipófise-Fígado 29/08/2018 11 Fisiologia do GH Efeitos anabólicos; Diminuição do consumo de glicose (efeito anti- insulínico); Aumento da biodisponibilidade de carboidratos e lipídeos através do aumento da lipólise e aumento e da gliconeogênese; Facilitação da liberação da insulina; Desenvolvimento do sistema imune; Ações do mediadas pelo GH Fisiologia do GH Efeito sobre o crescimento dos osso longos Aumento da densidade mineral óssea após o fechamento das epífises; Estimulação de osteoclastos e osteoblasto, diferenciação de pré-condrócitos a condrócitos Ações mediadas pelo IGF – 1 29/08/2018 12 Perfil de liberação do IGF1 em função da idade Gunawardane et al, 2015 Distúrbios relacionados às alterações no GH Geralmente são causadas por tumores nas células somatotrópicas da hipófise ou por hiperfunção primária da glândula: Gigantismo ◼ Síndrome que ocorre pelo aumento da produção do GH antes do fechamento das epífises dos ossos longos; Acromegalia ◼ Síndrome que ocorre após o fechamento das epífises dos ossos longos; Aumento na produção do GH 29/08/2018 13 Manifestações Clínicas do Excesso de Produção do GH As manifestações são diferentes dependendo da idade do paciente Se ainda não houver ocorrido o fechamento das epífises, o GH provoca o aumento do crescimento longitudinal resultando em gigantismo Já nos adultos, o excesso de GH provoca acromegalia ◼ Os sinais e sintomas da acromegalia são Artropatia, síndrome do túnel do carpo, visceromegalia, macroglossia, prognatismo, hipertensão, intolerância a glicose, cefaleia, letargia, sudorese excessiva e apneia do sono ◼ A taxa de mortalidade em relação aos controles da mesma idade é o dobro Macroglossia 29/08/2018 14 Alterações Faciais Distúrbios relacionados às alterações no GH Síndrome que geralmente é causada por insuficiência primária nas células somatotróficas da hipófise Nanismo ◼ Síndrome que ocorre pela insuficiênciana produção do GH ◼ Também pode ser causado por mutações no receptor de GHRH Diminuição na produção do GH 29/08/2018 15 Síndromes das Células Somatotróficas Tratamento da Acromegalia e do Gigantismo Tratamentos não farmacológicos: Tratamento cirúrgico; ◼ 50 – 60% de efetividade; Irradiação (radioterapia) Ambos apresentam 80% de probabilidade de recidivas; 29/08/2018 16 Tratamento Farmacológico da Acromegalia e do Gigantismo Tratamento Farmacológico da Acromegalia e do Gigantismo Análogos (agonistas) da Somatostatina (SST); ◼Octreotida (OCTRIDE ®) ◼ Lanreotida (SOMATULINE ®) Mecanismos de ação ◼Se ligam aos receptores de SST na hipófise reduzindo a liberação do GH; ◼Atuam nos receptores SST1 A SST5 29/08/2018 17 Características farmacocinéticas São fármacos que apresentam t1/2 muito curta de aproximadamente 90min: o paciente precisa de 3 injeções diárias; Por esse motivo foi desenvolvida uma apresentação de ação mais longa a partir de microesferas onde o paciente pode utiliza uma injeção a cada 4 semanas; Análogos da Somatostatina (SST); Efeitos indesejáveis Efeitos deletérios ◼ Cólicas, ◼ Diarreia, ◼ Náuseas Efeitos hepáticos ◼ Formação de lama biliar e cálculos biliares; Efeitos endócrinos ◼ Redução da secreção de insulina; ◼ Redução da secreção do TSH Análogos da Somatostatina (SST); 29/08/2018 18 Outros usos dos inibidores de SST Tratamento de tumores carcinoides; Tratamento de Vipomas – secretores de VIP (peptídeo intestinal vasoativo) ◼Esses tumores geralmente tem o crescimento estimulado pelo GH Análogos da Somatostatina (SST); Tratamento Farmacológico da Acromegalia e do Gigantismo Antagonistas do GH Pegvisomanto (SOMAVERT ®) Mecanismo de ação Exercem bloqueio competitivo com os receptores do GH 29/08/2018 19 Gripe, diarreia e dor nas costas (10% dos pacientes) Lipohipertrofia do no local da aplicação, tontura, parestesias, náuseas, hipertensão, dores no peito, alteração nas enzimas hepáticas (1 – 10%) Contra indicado em pacientes com aumento das transaminases hepáticas; Diminuição da retroalimentação negativa do IGF-1 – este evento limita o uso em pacientes com adenomas Aumento da sensibilidade à insulina – necessidade de adaptação de hipoglicemiantes orais Anafilaxia Pegvisomanto – efeitos indesejáveis TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DO NANISMO 29/08/2018 20 Tratamento Farmacológico do Nanismo Fármacos Hormônio do crescimento; IGF -1; Semorrelina (análogo do GHRH) Usos Utilizados apenas em crianças; É necessário que ocorra atraso da puberdade; Efeitos indesejáveis São vários, porém transitórios Síndrome do Túnel do Carpo – permanece até a idade adulta; Farmacologia da Prolactina 29/08/2018 21 Prolactina Regulação da liberação de Prolactina 29/08/2018 22 Tratamento da Hiperprolactinemia Agosnistas dos receptores dopaminérgicos Bromocriptina Quinagolida Pergolida Cabergolina (seletiva para Receptores D2) Mecanismos de ação Exercem efeitos semelhantes aos da dopamina nos receptores hipofisários, bloqueando assim a liberação da prolactina Efeitos indesejáveis Náuseas Diarreia Vômito Hipotensão postural Congestão nasal Psicose Alucinações Pesadelos Efeitos sobre o sono Tratamento da Hipoprolactinemia Antagonistas dopaminérgicos; Bromoprida; Metoclopramida; Domperidona; Usos Seus usos neste caso são limitados a mulheres em amamentação com baixa produção de leite materno; Efeitos indesejáveis Verificar este tópico em Sistema Gastrointestinal; 29/08/2018 23 Farmacologia dos Hormônios Femininos Estrogênios Estrogênios Naturais Femininos Estradiol Estriol Estrona Estrogênios Sintéticos Etinilestradiol 17-b-estradiol; 29/08/2018 24 Estrogênios Esses hormônios participam do desenvolvimento e do funcionamento dos órgãos genitais femininos e da expressão das características sexuais femininas, sendo que tais características desenvolvem-se principalmente em resposta ao estrógeno. Elas incluem: Desenvolvimento das mamas; Distribuição da gordura nos quadris, coxas e mamas; Distribuição de pelos em áreas específicas do corpo; Maturação de órgãos genitais; Fechamento das cartilagens epifisais dos ossos longos. Receptores estrogênicos Receptores estrogênicos alfa – REa* Presente em grandes quantidades no trato reprodutor feminino, glândulas mamárias, hipotálamo e na musculatura lisa vascular Receptores estrogênicos beta– REb* Expresso principalmente na próstata e no ovário Menos expresso nos pulmões e cérebro A maior presença destes receptores na musculatura esquelética de fêmeas em relação aos machos confere maior resistência Tanto fêmeas quanto machos de ratos knockout para REa são estéreis e apresentam baixo desenvolvimento dos órgãos reprodutivos Apenas fêmeas knockout para REb são estéreis Muitas variantes destes receptores são encontradas no câncer de mama e de ovário *CUIDADO – NÃO CONFUNDIR COM OS RECEPTORES ADRENÉRGICOS 29/08/2018 25 Rota de síntese dos Estrógenos Compostos de interesse 29/08/2018 26 Eixo Hipotálamo – Hipófise – Ovário Anatomia do Sistema reprodutor Feminino 29/08/2018 27 Ciclo Menstrual Humano 29/08/2018 28 Estrogênios Usos Contracepção feminina Terapia de reposição hormonal; Indução da ovulação Efeitos indesejáveis Ações carcinogênicas; Efeitos metabólicos e cardiovasculares; Efeitos cognitivos Ressecamento vaginal; Fármacos com ação estrogênica 29/08/2018 29 Outras drogas com ação estrogênica SERM’s – Moduladores específicos de receptores estrogênicos Tamoxifeno (NOVALDEX ®)* Raloxifeno Toremifeno Mecanismos de ação São agonistas de receptores estrogênicos *Originalmente o Tamoxifeno foi classificado como um antiestrogênico, mas estudos subsequentes mostraram sua atividade estrogênica ou antiestrogênica depende do tecido. No ovário há intensa atividade estrogênica e no câncer mamário ocorre atividade antiestrogênica Tamoxifeno Os isômeros do Tamoxifeno possuem atividades diferenciadas A forma “cis” possui atividade estrogênica A forma “trans” possui atividade antiestrogênica O FDA preconizou que o Tamoxifeno deve ser comercializado puro na forma “trans” Os metabólitos do Tamoxifeno possuem atividades antiestrogênicas; o composto 4-hidrolixado possuí atividade antiestrogênica 25 – 50X superior ao fármaco original 29/08/2018 30 Tamoxifeno SERM’s – Moduladores específicos de receptores estrogênicos Indicações aprovadas Tamoxifeno ◼ Coadjuvante no tratamento do CA mamário não metastático em mulheres e metastático em mulheres e homens, ◼ Tratamento subsequente à mastectomia total ou segmentar ◼ Profilaxia do CA mamário e de ovário em mulheres com predisposição Raloxifeno ◼ Prevenção e tratamento da osteoporoses ◼ Prevenção do CA mamário pós-menopausa em mulheres de alto risco ◼ Não reduz os efeitos da menopausa 29/08/2018 31 Tamoxifeno Inibe a proliferação de células de CA de mama; Reduz o tamanho do tumor em mulheres; Efeito antirreabsortivo ósseo; Diminui o colesterol total e o LDL Aumenta em 2-3 vezes o risco de trombose venosa e embolismo pulmonar; Dobra o risco de carcinoma endometrial; Catarata Náuseas; Efeitosfarmacológicos Efeitos adversos Outras drogas com ação estrogênica Antiestrogênios Clomifeno – é uma mistura racêmica de compostos cis e trans ◼ O composto cis é um agonista fraco (cisclomifeno) ◼ O composto trans é um antagonista puro (enclomifeno) Fulvestranto (antagonista puro) – é um composto derivado do estrogênio 29/08/2018 32 Clomifeno Clomifeno Aumenta secreção de GnRH tanto em homens quanto mulheres Aumenta amplitude dos pulso de LH e FSH (mulheres) É utilizado no tratamento da infertilidade feminina Pode ser utilizado no tratamento do hipogonadismo masculino 29/08/2018 33 Inibidores da síntese do estrogênio Fármacos Anastrozol Letrozol Mecanismos de ação São inibidores da enzima aromatase Usos Tumores hormônio dependentes como ◼ Tumores de mama ◼ Tumores de ovário ◼ Tumores de útero; Progesterona Síntese A partir do colesterol da dieta; Seu locais de fabricação são o ovário e o corpo lúteo; Ações Espessamento do endométrio uterino; Auxílio na fixação do embrião no endométrio 29/08/2018 34 Rota de síntese da progesterona Progestágenos ou progestinas Hormônio natural Progesterona Sintéticos Acetato de medroxiprogesterona Levonorgestrel Norgestrel Norestirona; Mecanismos de ação Atuam nos receptores de progesterona Podem realizar ação parciais; 29/08/2018 35 Contraceptivos hormonais Tipos de contraceptivos hormonais Contraceptivos orais Pílulas combinadas – combinação de derivados de estrogênios e progestogênios (99,9% de eficácia) ◼ Pílulas monofásicas – a quantidade de estrogênios e progestogênios é a mesma durante todo o ciclo; ◼ Preparações bifásicas e trifásicas – fornecem duas o três pílulas que têm quantidade diferente de fármacos; Pílulas com progestina pura – tomados sem interrupções Preparações transdérmica – aplicação semanal Combinação de derivados de estrogênios e progestogênios Anel intravaginal – aplicação semanal Combinação de derivados de estrogênios e progestogênios Injeções IM – aplicação mensal ou trimestral Preparações a base de progestogênios DIU com levonorgestrel – impede a ovulação 29/08/2018 36 Contraceptivos orais Dosagem aproximada de estrogênio – 20 – 50mcg Pílulas de baixa dosagem – concentração menor do que 35mcg A maior parte das pílulas têm entre 30 – 35mcg Dosagem de progestogênios – variável em função da potência do estrogênio utilizado; Pílulas com progestina pura – 350mcg de norestirona Pílulas combinadas Mecanismo de ação Impedem a liberação do LH e do FSH ◼ O estrogênio diminui a liberação dos pulsos de LH ◼ A progesterona intensifica este efeito Suprime a ovulação 29/08/2018 37 Contraceptivos a base de progestinas Mecanismo de ação A progesterona suprime drasticamente a liberação do GnRH Bloqueiam a ovulação em apenas 60 – 80% do ciclo Promovem espessamento do muco cervical que impede a entrada dos espermatozoides no útero Diminui a formação do endométrio comprometendo a vascularização e a nidação; Efeitos adversos Efeitos cardiovasculares Embolismo Câncer de mama Efeitos hepatocelulares Câncer de fígado Câncer de colo de útero 29/08/2018 38 Farmacologia dos Hormônios Masculinos Testículos Estão localizados dentro do escroto. O principal hormônio secretado pelos testículos é a testosterona, um esteroide produzido por suas células intersticiais. São responsáveis pela produção dos gametas masculinos, os espermatozoides’ 29/08/2018 39 Androgênios Locais de síntese • Testículo (Células Leydig) • Ovário • Córtex adrenal (ambos os sexos) Diidrotestosterona (DHT) O OH O OH Testosterona (T) O O Androstenediona Estradiol OH HO Estrona O HO Estriol OH HO OH 18 o 3 o A B C D 1 2 4 5 6 7 8 11 10 9 12 13 14 15 16 17 19 TESTOSTERONA OH O H DIIDROTESTOSTERONA Colesterol Pregnelona 17 a-OH-pregnenolona Desidroepiandrosterona 17 a-OH-progesterona Progesterona Corticosteróides aromatase aromatase5-a redutase 29/08/2018 40 MECANISMOS DE AÇÃO DOS HORMÔNIOS ESTERÓIDES http://cwx.prenhall.com/bookbind/pubbooks/mcmurrygob/medialib/media_portfolio/20.html Ações da testosterona Vida embrionária: diferenciação sexual desenvolvimento do fenótipo masculino Período neonatal: desenvolvimento do SNC Puberdade: desenvolvimento das características masculinas Vida sexual adulta: manutenção características masculinas libido espermatogênese 29/08/2018 41 Concentrações séricas de testosterona em indivíduos do sexo masculino Griffin & Wilson, 1980 Hormônios Sexuais 29/08/2018 42 Ações dos hormônios produzidos pelos testículo no homem Testosterona: Desenvolvimento da genitália interna durante o desenvolvimento “in utero” Aumento da massa muscular e da força durante a puberdade Diidrotestosterona (DHT) Desenvolvimento da genitália externa (“in utero”) e maturação (puberdade) Estradiol Diferenciação sexual na vida embrionária Fechamento das epífises dos ossos longos após a puberdade Derivados dos Hormônios Masculinos Propionato de Testosterona; Cipionato de Testosterona; Decanoato de Testosterona; Undecanoato de testosterona Metandrosterona; Oxandrolona; Oximetolona; Decanoato de Nandrolona; Estanozolol Sais de Testosterona Anabolizantes esteroides 29/08/2018 43 Propionato de Testosterona O O–CO–CH–CH3 O O–CO–CH2–CH2 Cipionato de Testosterona Undecanoato de Testosterona O O–CO(CH2)9–CH3 Enantato de Testosterona O O–CO(CH2)5–CH3 Anabolizantes Esteróides 29/08/2018 44 Usos: diminuição ou perda da função testicular puberdade tardia HIV / Aids Anemias profundas Osteoporose Contracepção masculina Efeitos Adversos – Efeitos fisiológicos Puberdade – fechamento das epífises de ossos longos, Disfunção e carcinoma hepática Hiperplasia prostática benigna Alteração da libido Atrofia testicular (massa e volume) Redução da contagem espermática Ginecomastia (ação em receptores estrogênicos) Aumento das concentrações de lipoproteínas LDL e diminuição das HDL plasmáticas Aterosclerose Aumento da pressão arterial e alteração nas respostas contráteis da aorta Embolias e alterações no tempo de coagulação Infarto do miocárdio 29/08/2018 45 Efeitos adversos – Eventos Comportamentais Narcisismo Mania e paranoia Dependência psicológica Mudanças no humor, euforia, perda da inibição e aumento da agressividade. Efeitos graves – violência, hostilidades, suicídios e assassinatos. Efeitos adversos em Mulheres Hisurtismo Acne Ausência de menstruação (amenorreia) Sangramento endometrial (atividade progestacional) Aumento do clitóris Timbre de voz mais grave 29/08/2018 46 Anti - Androgênios Inibidores do receptor androgênico: acetato de ciproterona Inibidores da 5 a- redutase finasterida Antagonistas competitivos não esteróides: flutamida e bicalutamida Usos: tratamento do câncer de próstata hiperplasia prostática terapia da puberdade precoce masculina tratamento da acne prevenção da calvície síndromes virilizantes Anti androgênios não clássicos Drogas que apresentamalguma ação anti androgênica bloqueando algumas etapas da síntese da testosterona. São pouco usadas Antifúngicos imidazólicos - Ex: cetoconazol inibidores da síntese de esteroides apresentam inibição da síntese de corticoides e severa hepatotoxidade, por esse motivo não são usados clinicamente Espironolactona inibe a aldosterona causa fraca inibição do receptor androgênico causa fraca inibição da síntese de testosterona uso: Hisurtismo em 29/08/2018 47 Fármacos que interferem nos hormônios gonadais Distúrbios do Eixo Hipotálamo – Hipófise – Gônadas; Distúrbio relacionados ao aumento das concentrações séricas do GnRH; Puberdade Precoce Distúrbios relacionados à diminuição das concentrações séricas do GnRH; Infantilismo sexual Infertilidade Hipogonadismo Gonadorrelina (GnRH sintético); Agonistas do GnRH Leuprolida; Gosserrelina; Triptorrelina; Antagonistas do GnRH Ganirelix Cetrorelix Gonadotropinas Naturais e Recombinantes FSH LH Gonadtropina coriônica Humana 29/08/2018 48 Gonadorrelina (GnRH sintético); Usos ◼ Tratamento do infantilismo sexual; ◼ Infertilidade; Agonistas sintéticos Leuprolida; Gosserrelina; Triptorrelina; Mecanismos de ação ◼ Exercem down-regulation sobre o receptor do GnRH Usos ◼ Castração sexual; ◼ Diagnóstico da puberdade precoce; Agonistas do GnRH Gonadotropinas Naturais e Recombinantes FSH; LH; Gonadotropina Coriônica Humana (hCG); Usos ◼ Estimulação ovariana ◼ FIV ◼ Criptorquidia; ◼ Infertilidade Masculina ◼ Diagnóstico e tratamento do Hipogonadismo; ◼ Determinação do momento da ovulação 29/08/2018 49 Farmacologia dos Hormônios Tireoidianos Hormônios Tireoidianos Hormônios foliculares da tireoide Tiroxina (T4) Triiodotironina (T3) Ações Ação calorigênica Aumento da liberação de adrenalina Desenvolvimento do encéfalo Alterações cardiovasculares; Aumento do metabolismo dos lipídeos e carboidratos Aumento do glicogenólise e gliconeogênese; Aumento da resistência à insulina Hormônios para- foliculares da tireoide Calcitocina Ações Diminuição da reabsorção óssea; Usada como marcador de carcinoma medular de tireoide, encontrado no NEM-2 29/08/2018 50 Síntese dos hormônios foliculares da tireoide Hormônios tireoidianos 29/08/2018 51 Hormônios Tireoidianos Receptor TRa TRa1 TRa2 Receptor TRb TRb1 TRb2 TRb3 TRb4 Preparações Levotiroxina Liotironina Usos Terapia de Reposição ◼ Envelhecimento ◼ Congênito ◼ Câncer de tireoide Coma mixedematoso; Emagrecimento em obesidade crônica; Depressão Usos terapêuticos Receptores de Hormônios Tireoidianos Antagonistas dos Hormônios Tireoidianos Fármacos Propiltiouracil Metimazol Mecanismos de ação Impedem a biossíntese dos hormônios tireoidianos Usos Hipertireoidismo primário Tratamento do carcinoma de tireoide em associação com iodo radioativo; Tratamento pré cirúrgico Efeitos indesejáveis Agranulocitose Depressão Exantema papuloso Insuficiência hepática 29/08/2018 52 Farmacologia do Paratormônio (PTH) Farmacologia do Paratormônio (PTH) Ações do PTH Reabsorção do cálcio ósseo; Reabsorção do cálcio renal Absorção do cálcio intestinal Efeitos do hiperparatireoidismo primário Hipercalemia Cefaleias; Dores corporais; Cálculos renais; Hipertensão; 29/08/2018 53 Hormônio Paratireoidiano Hormônio Paratireoidiano 29/08/2018 54 Tratamento do Hiperparatireoidismo Análogos da Vitamina D (Calcitriol) Suprimem a liberação do PTH Bifosfonatos Alendronato Risedronato Zoledronato Bifosfonatos Bifosfonatos Alendronato Risedronato Zoledronato Mecanismo de ação Diminuem a reabsorção óssea do cálcio; Aumentam a fixação de íons bivalentes positivos Usos Osteopenia Osteoporoses; Hiperparatireoidismo primário e secundário; Hipercalemia Efeitos Indesejáveis Pirose Irritação esofágica Necrose óssea da mandíbula; Dor músculo esquelética 29/08/2018 55 Fármacos Hipoglicemiantes Ações da Insulina no Organismo Transporte da glicose; Inibição do catabolismo de carboidratos proteínas e lipídeos; Proliferação e diferenciação celular; Atua em receptores tirosina-kinase 29/08/2018 56 Receptor de Insulina Equilíbrio glicêmico do Organismo 29/08/2018 57 Diabetes Melito (DM) É um conjunto de distúrbios metabólicos de várias etiologias diferentes que tem como resultado final o aumento da glicemia sanguínea (hiperglicemia) Patogenia da doença Redução na produção e liberação de insulina Diminuição da resposta à insulina Aumento na produção de glicose Anormalidades no metabolismo de lipídeos e proteínas Diabetes Melito (DM) Condições de morbidade Complicações crônicas em decorrência da hiperglicemia prolongada ◼ Retinopatia ◼ Neuropatia ◼ Nefropatia ◼ Doença cardiovascular A morbidade pode ser atenuada se houver o controle da glicemia; 29/08/2018 58 Dados preocupantes sobre o DM 29/08/2018 59 Fisiologia do pâncreas Tipos de células presentes no pâncreas Células a ◼ Glucagon – aumenta a glicemia sanguínea Células b ◼ Insulina – reduz a glicemia sanguínea ◼ Polipeptídio amiloide das ilhotas (IAPP) / amilina – aumenta a motilidade GI e a velocidade de absorção da glicose Células d – liberam somatostatina Células que liberam os polipeptídios pancreáticos Células e – liberam grelina Inervação das ilhotas pancreáticas Receptores ADRa2 – inibe a liberação de insulina Receptores ADRb2 – estimulam a liberação de insulina Estimulação do nervo vago (parassimpático) – estimula a liberação da insulina 29/08/2018 60 Fisiologia da liberação da insulina pela célula b pancreática Os eventos que gerarão a secreção da insulina começam com o transporte da glicose por transportadores específicos (GLUT1 e GLUT2) para o interior da célula; Ao entrar na célula a glicose fosforilada a glicose-6P pela glicocinase (GK/ Hexoquinase IV). Ocorre aumento na produção de NADPH e da razão ADP/ATP O aumento do ATP inibe o funcionamento de canais de K+ (canal KATP) sensíveis ao ATP levando a despolarização da membrana. Neste canal encontra-se o receptor de sulfonilureia (SUR) A despolarização da membrana promove a aberturas dos canais de cálcio dependente de voltagem que irão estimular a exocitose da insulina armazenada nas vesículas do Complexo de Golgi O aumento no AMPc promove liberação de insulina. Substâncias que se ligam a GPCRs acoplados a proteínas Gs que estimulam a adenilato ciclase, portanto, aumentarão a liberação de insulina GIP GLP1 Glucagon A redução do AMPc promove redução na liberação de insulina. Substâncias que se ligam a GPCRs acoplados a proteínas Gi reduzem a liberação de insulina Agonistas a2 adrenérgicos Somatostatina Fisiologia da liberação da insulina pela célula b pancreática 29/08/2018 61 Liberação da Insulina pelo pâncreas pancreática (célula beta) Fisiopatologia do Diabetes Tolerância a glicose – termo utilizado para designar a homeostasia a glicose Células b pancreáticas – liberação de insulina No estado de jejum a oxidação dos ácidos graxos supre as necessidadesenergéticas do corpo, com exceção do cérebro que utiliza apenas a glicose; A concentração de glicose para supri o funcionamento do cérebro é de mantida pelo fígado através da quebra do glicogênio e da conversão de ácidos graxos em glicose (gliconeogênese) 29/08/2018 62 Regulação da glicose sanguínea Regulação da glicemia sanguínea Alimentação As células b são estimuladas no momento da apresentação do alimento, durante todo o processo de absorção de nutrientes, até que o nível de glicemia retorne ao seu valor normal; Estímulos neurais produzem aumento na liberação de insulina; Células da mucosa intestinal – liberam peptídeos insulinotrópicos (INCRETINAS) em resposta à presença do quimo contribuindo para a tolerância a glicose. Esses peptídeos irão determinar quantidade de insulina a ser liberada em função da quantidade de alimento ingerida; ◼ GIP – polipeptídio semelhante ao glucagon ◼ GLP1 – peptídeo semelhante ao glucagon 29/08/2018 63 Durante a digestão O aumento da liberação de insulina reduz a atividade dos adipócitos Inibição da liberação glicose pelo fígado; Aumento da captação de glicose pelos tecidos em geral; Estimulação da captação e síntese de proteínas; Critérios para Diagnóstico do Diabetes Sintomas de diabetes e nível de glicemia aleatória maior que 200mg/dL; Glicose plasmática em jejum de 8 horas maior que 126 mg/dL; Glicose plasmática maior que 200mg/dL duas horas após a ingestão de 75g de glicose; Hemoglobina glicada (Hb1Ac) superior a 6,5%; Apresentação de sintomatologia 29/08/2018 64 Critérios para Diagnóstico do Diabetes (WHO) Tipos de diabetes Diabetes Mellitus tipo 1 Ocorre devido destruição das células beta pancreáticas por um processo auto imune. Podemos detectar em exames de sangue a presença dos anticorpos ICA, IAAs, GAD e IA-2. Eles estão presentes em cerca de 85 a 90% dos casos de DM 1 no momento do diagnóstico. 29/08/2018 65 Tipos de diabetes Em geral costuma acometer crianças e adultos jovens, mas pode ser desencadeado em qualquer faixa etária. O quadro clínico mais característico é de um início relativamente rápido de sintomas como: sede, diurese e fome excessivas, emagrecimento importante, cansaço e fraqueza. Os sintomas podem evoluir para desidratação severa, sonolência, vômitos, dificuldades respiratórias e coma. Esse quadro mais grave é conhecido como Cetoacidose Diabética. Tipos de diabetes Diabetes Mellitus tipo 2 Cerca de 90% dos pacientes. Ocorre resistência insulínica. A instalação do quadro é mais lenta e os sintomas - sede, aumento da diurese, dores nas pernas, alterações visuais e outros - podem demorar vários anos até se apresentarem. 29/08/2018 66 Tipos de diabetes Se não reconhecido e tratado a tempo, também pode evoluir para um quadro grave de desidratação e coma. Ao contrário do Diabetes Tipo 1, há geralmente associação com aumento de peso e obesidade, acometendo principalmente adultos a partir dos 50 anos. Isso se deve, principalmente, pelo aumento do consumo de gorduras e carboidratos aliados à falta de atividade física. Terapia do Diabetes 29/08/2018 67 Insulina Antigamente: origem bovina e suína Atualmente: tecnologia do DNA recombinante (insulina humana). Análogos sintéticos de insulina O esquema ideal de insulinização tem por objetivo imitar o padrão normal de secreção de insulina. Padronização das dosagens de insulina A padronização das unidades de insulina é feita de forma que 1 unidade de determinada insulina seja a quantidade necessária para reduzir a glicemia de um coelho em jejum para 45mg/dL Preparações U-100 – contém 100 unidade/mL Preparações U-500 – contém 500 unidade/mL (não usuais) 29/08/2018 68 Insulinoterapia É a base do tratamento de todos os pacientes diabéticos tipo 1 e de alguns tipo 2; As preparações de insulina são classificadas de acordo com sua duração de ação; Entretanto podem existir apresentações que são combinações de insulinas Tipos de insulina Ação ultracurta Insulina lispro; Insulina aspartato*; Insulina glubisina*; Ação curta, Insulina regular As insulinas de ação rápida devem ser administradas 15min antes das refeições *são aprovadas para utilização em bombas de infusão subcutâneas contínuas 29/08/2018 69 Tipos de insulina Ação longa Insulina NPH (Protamina Neutra de Hagedorn) ◼ Administrada ao deitar em pacientes DM1 e DM2 ◼ Pode ser administrada 2x/dia em pacientes DM1 Ação prolongada Insulina Glargina* ◼ Utilização 1X/dia Insulina Detemir ◼ Utilização 2X/dia * como a insulina glargina se liga com mais afinidade que a insulina humana aos receptores de IGF1, existe uma controvérsia se ela pode causar câncer maligno de pâncreas ou agravar o quadro Risco de câncer X insulinoterapia 29/08/2018 70 Tipos de Insulina 29/08/2018 71 Insulinas Reações adversas Hipoglicemia Primeiros sintomas (glicemia 60-80 mg/dL): ansiedade, fome, palpitações, tremor, sudorese Tratamento: leve: ingestão de glicose; grave: glicose i.v. e/ou glucagon. Reações alérgicas mais comuns: cutâneas Lipoatrofia e lipo-hipertrofia Edema 29/08/2018 72 Agentes hipoglicemiantes orais Fármacos A Metformina é o único fármaco desta classe atualmente disponível: Usos Diabetes tipo 2 Mecanismo de ação A ativação das AMPK reduz a gliconeogênese hepática Efeitos Redução da gliconeogênese Aumento da captação e utilização da glicose pelo músculo esquelético Reduz absorção de carboidratos Aumenta a oxidação dos ácidos graxos Reduzem as LDL e VLDL Agentes hipoglicemiantes orais – Ativadores de AMPK (Biguanidas) 29/08/2018 73 Agentes hipoglicemiantes orais – Ativadores de AMPK (Biguanidas) Efeitos adversos Efeitos TGI Redução da absorção da Vitamina B12 Acidose metabólica Contra Indicações Insuficiência renal Insuficiência pulmonar Insuficiência hepática Agentes hipoglicemiantes orais Moduladores dos canais de KATP (Sulfonilureias): Sulfonilureias de 1ª geração ◼ Clorpropamida ◼ Tolazamida ◼ Tolbutamida Sulfonilureias de 2ª geração ◼ Glimepirida ◼ Glipizida ◼ Glibenclamida Mecanismos de ação Estimulam a liberação da insulina através da ligação ao Receptor KATP das células beta Causa despolarização da membrana e leva a cascata de eventos que causa a liberação da insulina Reduzem a depuração hepática da insulina; Podem suprimir a liberação do glucagon 29/08/2018 74 Usos Estágio iniciais do DM2 São utilizados apenas em pacientes com células beta funcionantes Efeitos A sua administração crônica faz com que ocorra aumento da insulina sérica Com o passar do tempo ocorre diminuição da insulina sérica, mas não ocorre aumento da glicemia Efeitos indesejáveis Reações hipoglicêmicas Náusea / vômito Icterícia; Agranulocitose; Anemias Hipersensibilidade Interações ◼ Interações com etanol; ◼ Salicilatos, clofibrato e sulfonamidas Agentes hipoglicemiantes orais - sulfonilureias Moduladores dos canais de KATP Não Sulfonilureias: Repaglinida Nateglinida Usos Principalmente em diabéticos tipo 2 Mecanismos de ação Estimulam a liberação da insulina através da ligação ao Receptor KATP das células beta Causa despolarização da membrana e leva a cascata de eventos que causa a liberação da insulina Efeitosindesejáveis Semelhantes às sulfonilureias; Agentes hipoglicemiantes orais – não sulfonilureias 29/08/2018 75 Fármacos Roziglitazona Pioglitazona Mecanismo de ação Ativação do receptor g de proliferação peroxissomal lipídico (PPARg) Desta forma, aumentam a sensibilidade do receptor à insulina Usos Diabetes tipo 2 Efeitos indesejáveis Ganho de peso Edema Insuficiência cardíaca Aumentam os riscos de: ◼ Infarto ◼ AVE ◼ Fraturas ósseas Agentes hipoglicemiantes orais - Tiazolidinedionas Formação dos adipócitos induzidos por PPARy 29/08/2018 76 Incretinas – são hormônios gastrointestinais liberados após as refeições GLP1 – rapidamente inativado pelo DDP-4; GIP Agonistas dos receptores GLP-1; Exenatina Liraglutida Antagonistas do DDP-4 Sitagliptina Alogliptina Vildagliptina Saxagliptina Agentes hipoglicemiantes orais – Agentes baseados no GLP-1; Agonistas dos receptores GLP-1 Agonistas dos receptores GLP-1; Exenatina Liraglutda Mecanismos de ação Estimulam a secreção da insulina; Ativam o receptor GLP-1 nas células beta pancreáticas Diminuem a liberação do glucagon Efeitos indesejáveis Náusea / vômito Hipoglicemia Retardo do esvaziamento gástrico Diminuição da função renal Pancreatite hemorrágica 29/08/2018 77 Antagonistas do DDP-4 Antagonistas do DDP- 4 Sitagliptina Alogliptina Vildagliptina Saxagliptina Mecanismo de ação Inibem a inativação do GLP-1 pela DDP-4; Efeitos indesejáveis Náusea / vômito Hipoglicemia Retardo do esvaziamento gástrico Inibidores da alfa-glicosidase Fármacos Acarbose Miglitol Voglibose Mecanismo de ação Inibem a absorção intestinal do amido Por não estimularem a liberação de insulina não promovem hipoglicemia Efeitos adversos Flatulência Diarreia Distensão abdominal Aumento discreto das transaminases hepáticas 29/08/2018 78 Pralintinida Mecanismo de ação Inibe a amilina (IAPP) Reduz a motilidade GI e a velocidade da absorção de glicose Reduz a liberação de glucagon Promove esvaziamento gástrico tardio e saciedade O uso de pralintinida diminui a utilização de insulina e promove perda de peso Usos Foi aprovada para o tratamento do DM1 e DM2 como adjuvante de pacientes que fazem uso de insulina nas refeições Está sendo avaliada como fármaco a ser utilizado na perda de peso em indivíduos não diabéticos 29/08/2018 79 Pralintinida Efeitos adversos Náuseas Hipoglicemia: se associada a insulina no horário das refeições reduz drasticamente as taxas de glicemia Não deve ser utilizado na gravidez Deve ser utilizada com cautela quando outros medicamentos que afetam a motilidade intestinal são administrados
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