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01 Farmacologia do Sistema Endócrino(1)

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Prévia do material em texto

29/08/2018
1
FARMACOLOGIA DO 
SISTEMA ENDÓCRINO
Fábio H. M. Micheloto
Este material é apenas para apoio 
didático em sala de aula. Não 
substituí a leitura do livro texto
Curso: Farmácia
Disciplina: Farmacologia II
6º Termo
Hormônio 
 Termo de origem grega que se refere aos
mensageiros químicos que circulam nos líquidos e
produzem efeitos específicos sobre as células
distantes de seus pontos de origem.
 As principais funções dos hormônios consistem na
regulação do armazenamento, da utilização e da
produção de energia, na adaptação a novos
ambientes e condições de estresse na facilitação
do crescimento e desenvolvimento e na maturação
e função do sistema reprodutor.
29/08/2018
2
Atuação dos hormônios
 Os hormônios atuam em receptores fisiológicos da 
mesma forma que os fármacos:
 Receptores de membrana – principalmente receptores 
com funções enzimáticas, mas algum podem atuar em 
receptores acoplados à proteínas G
 Receptores nucleares – hormônios esteroides, hormônios 
tireoidianos e a vitamina D
Desregulação das funções hormonais
 Hipofunção primária – a produção do hormônio
endócrino alvo está comprometida entretanto o
hipotálamo e a hipófise percebem a modificação
na retroalimentação e ocorre uma aumento da
secreção do hormônio sinalizado da adeno-
hipófise.
 Hipofunção secundária – tanto o hormônio sinal
quantos os hormônios alvos tem seus níveis abaixo
do normal.
29/08/2018
3
 Da mesma forma o excesso de hormônios pode
resultar de distúrbio primários nas glândulas
secretoras ou secundário na glândula hipófise;
 Deste modo, podemos concluir que o
conhecimento dos níveis do hormônio sinal da
hipófise permite a identificação do local onde
está ocorrendo o desequilíbrio endócrino
Desregulação das funções hormonais
Glândulas Endócrinas
 As principais glândulas endócrinas e alvos para ção
de drogas:
 Hipófise (Eixo hipotálamo – hipófise)
 Glândula Tireoide
 Glândulas Paratireoides
 Glândulas Suprarrenais
 Pâncreas
 Gônadas (Ovários e Testículos)
29/08/2018
4
Farmacologia dos Hormônios 
Hipofisários
Hipófise
 A hipótese é uma pequena glândula, um corpo
ovoide, com tamanho semelhante de uma ervilha,
também conhecida como glândula pituitária.
 A hipófise está fixada à superfície inferior do
hipotálamo, por uma curta haste denominada
infundíbulo. Ela possui duas partes: uma anterior, a
adenohipófise, e outra posterior, a neurohipófise.
29/08/2018
5
Hormônios da Adenohipófise
 Somatotropina ou hormônio do crescimento(STH ou GH); 
 Mamotropina ou Prolactina;
 Hormônio Adenocorticotrópico (ACTH);
 Hormônio Tireoideo Estimulante (TSH);
 Hormônio Folículo Estimulante (FSH) ou Hormônio 
Estimulador das células intersticiais (ICSH);
 Hormônio Luteinizante (LH);
 Hormônio estimulador de melanócitos (MSH).
Hipófise
 A parte anterior da hipófise, a adenohipófise, é
composta de tecido epitelial glandular e é
altamente vascular e constituída de células
epiteliais de tamanho e forma variados, dispostas
em cordões ou folículos irregulares.
 Sintetiza e libera nove hormônios de importância
clínica:
29/08/2018
6
*POMC – pró-opiomelanocortina
Hormônios da Neurohipófise
 A porção posterior da hipófise é composta por 
tecido nervoso e, portanto, é chamada de 
neurohipófise. 
 Sintetiza dois hormônios:
 Hormônio Antidiurético ou Vasopressina (ADH);
 Ocitocina;
29/08/2018
7
Farmacologia do Hormônio do 
Crescimento (GH)
GH – Hormônio do Crescimento
 Síntese
 Ocorre a partir das células somatotróficas presentes na 
hipófise;
 O hormônio do crescimento tem um meia vida de 
aproximadamente 20 minutos na circulação;
 Sua ação se dá de forma parecida com a insulina em 
receptores da membrana plasmática. 
 Algumas de suas ações são mediadas pelo IGF – 1 (Fator 
de crescimento semelhante à insulina).
 O principal local de produção do IGF – 1 é o figado
29/08/2018
8
GH – Hormônio do Crescimento
 O GH humano apresenta aproximadamente duas formas
 Uma com massa de 22 kDa que apresentam afinidade por 
proteínas sanguíneas de 45%
 Outra com massa de 20kDa clivado a partir da forma original 
de 22kDa, que apresentam afinidade por proteínas sanguíneas 
de 15%
 A ligação às proteínas plasmáticas pode funcionar como 
reservatório do GH
 A obesidade aumenta a formação das proteínas ligadoras, o 
que diminui consideravelmente a bioatividade do GH
 O GH recombinante consiste totalmente em uma molécula 
de 22 kDa – para detecção em doping é pesquisado a 
alteração entre as proporções da forma recombinante com 
a forma de 20kDa
Fatores que influenciam a liberação do 
GHRH
 Fatores que aumentam a liberação do GHRH
 Estimulação de receptores alfa2 – adrenérgicos
 Dopamina
 Serotonina
 Hipoglicemia
 Exercício
 Excitação emocional
 Estresse
 Ingestão de refeições ricas em proteínas
 Sono
 Estrogênios
 Grelina
29/08/2018
9
Fatores que influenciam a liberação do 
GHRH
 Fatores que diminuem a liberação do GHRH
 Somatostatina (GHIH) – liga-se a receptores Gi.
 IGF1
 Ativação de receptores Gabaérgicos
 Ativação de receptores beta – adrenérgicos
 Ácidos graxos livres
 Administração de glicose oral para testes glicêmicos
 Mutações nos receptores de GHRH
 Os receptores de GHRH são receptores acoplados à proteínas
GS.
 Indivíduos com mutação nestes receptores podem apresentar
baixa estatura, contudo sem outras características de indivíduos
com nanismo causado por falta na produção do GH
29/08/2018
10
Eixo Hipotálamo-Hipófise-Fígado
29/08/2018
11
Fisiologia do GH
 Efeitos anabólicos;
 Diminuição do consumo de glicose (efeito anti-
insulínico);
 Aumento da biodisponibilidade de carboidratos e
lipídeos através do aumento da lipólise e aumento e
da gliconeogênese;
 Facilitação da liberação da insulina;
 Desenvolvimento do sistema imune;
Ações do mediadas pelo GH
Fisiologia do GH
 Efeito sobre o crescimento dos osso longos
 Aumento da densidade mineral óssea após o
fechamento das epífises;
 Estimulação de osteoclastos e osteoblasto,
diferenciação de pré-condrócitos a condrócitos
Ações mediadas pelo IGF – 1 
29/08/2018
12
Perfil de liberação do IGF1 em função 
da idade
Gunawardane et al, 2015
Distúrbios relacionados às alterações 
no GH
 Geralmente são causadas por tumores nas células
somatotrópicas da hipófise ou por hiperfunção
primária da glândula:
 Gigantismo
◼ Síndrome que ocorre pelo aumento da produção do GH
antes do fechamento das epífises dos ossos longos;
 Acromegalia
◼ Síndrome que ocorre após o fechamento das epífises dos
ossos longos;
Aumento na produção do GH
29/08/2018
13
Manifestações Clínicas do Excesso de 
Produção do GH
 As manifestações são diferentes dependendo da 
idade do paciente
 Se ainda não houver ocorrido o fechamento das 
epífises, o GH provoca o aumento do crescimento 
longitudinal resultando em gigantismo
 Já nos adultos, o excesso de GH provoca acromegalia
◼ Os sinais e sintomas da acromegalia são Artropatia, 
síndrome do túnel do carpo, visceromegalia, macroglossia, 
prognatismo, hipertensão, intolerância a glicose, cefaleia, 
letargia, sudorese excessiva e apneia do sono
◼ A taxa de mortalidade em relação aos controles da mesma 
idade é o dobro
Macroglossia
29/08/2018
14
Alterações Faciais
Distúrbios relacionados às alterações 
no GH
 Síndrome que geralmente é causada por 
insuficiência primária nas células 
somatotróficas da hipófise
Nanismo
◼ Síndrome que ocorre pela insuficiênciana produção do 
GH
◼ Também pode ser causado por mutações no receptor de 
GHRH
Diminuição na produção do GH
29/08/2018
15
Síndromes das Células Somatotróficas
Tratamento da Acromegalia e do 
Gigantismo
 Tratamentos não farmacológicos:
 Tratamento cirúrgico;
◼ 50 – 60% de efetividade;
 Irradiação (radioterapia)
 Ambos apresentam 80% de probabilidade de 
recidivas;
29/08/2018
16
Tratamento Farmacológico da Acromegalia e 
do Gigantismo
Tratamento Farmacológico da 
Acromegalia e do Gigantismo
 Análogos (agonistas) da Somatostatina (SST);
◼Octreotida (OCTRIDE ®)
◼ Lanreotida (SOMATULINE ®)
Mecanismos de ação 
◼Se ligam aos receptores de SST na hipófise 
reduzindo a liberação do GH;
◼Atuam nos receptores SST1 A SST5
29/08/2018
17
Características farmacocinéticas
São fármacos que apresentam t1/2 muito
curta de aproximadamente 90min: o
paciente precisa de 3 injeções diárias;
Por esse motivo foi desenvolvida uma
apresentação de ação mais longa a partir
de microesferas onde o paciente pode utiliza
uma injeção a cada 4 semanas;
Análogos da Somatostatina (SST);
 Efeitos indesejáveis
 Efeitos deletérios
◼ Cólicas, 
◼ Diarreia,
◼ Náuseas
 Efeitos hepáticos
◼ Formação de lama biliar e cálculos biliares;
 Efeitos endócrinos
◼ Redução da secreção de insulina;
◼ Redução da secreção do TSH
Análogos da Somatostatina (SST);
29/08/2018
18
Outros usos dos inibidores de SST
Tratamento de tumores carcinoides;
Tratamento de Vipomas – secretores de VIP 
(peptídeo intestinal vasoativo) 
◼Esses tumores geralmente tem o crescimento 
estimulado pelo GH 
Análogos da Somatostatina (SST);
Tratamento Farmacológico da 
Acromegalia e do Gigantismo
 Antagonistas do GH
Pegvisomanto (SOMAVERT ®)
 Mecanismo de ação
 Exercem bloqueio competitivo com os receptores do 
GH
29/08/2018
19
 Gripe, diarreia e dor nas costas (10% dos pacientes)
 Lipohipertrofia do no local da aplicação, tontura, parestesias, náuseas,
hipertensão, dores no peito, alteração nas enzimas hepáticas (1 – 10%)
 Contra indicado em pacientes com aumento das transaminases hepáticas;
 Diminuição da retroalimentação negativa do IGF-1 – este evento limita o
uso em pacientes com adenomas
 Aumento da sensibilidade à insulina – necessidade de adaptação de
hipoglicemiantes orais
 Anafilaxia
Pegvisomanto – efeitos indesejáveis
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DO 
NANISMO
29/08/2018
20
Tratamento Farmacológico do Nanismo
 Fármacos
 Hormônio do 
crescimento;
 IGF -1;
 Semorrelina (análogo 
do GHRH)
 Usos
 Utilizados apenas em 
crianças;
 É necessário que ocorra 
atraso da puberdade;
 Efeitos indesejáveis
 São vários, porém 
transitórios
 Síndrome do Túnel do 
Carpo – permanece até 
a idade adulta;
Farmacologia da Prolactina 
29/08/2018
21
Prolactina
Regulação da liberação de Prolactina
29/08/2018
22
Tratamento da Hiperprolactinemia
 Agosnistas dos receptores 
dopaminérgicos
 Bromocriptina
 Quinagolida
 Pergolida
 Cabergolina (seletiva para 
Receptores D2)
 Mecanismos de ação
 Exercem efeitos semelhantes
aos da dopamina nos
receptores hipofisários,
bloqueando assim a liberação
da prolactina
 Efeitos indesejáveis
 Náuseas
 Diarreia 
 Vômito
 Hipotensão postural
 Congestão nasal
 Psicose
 Alucinações 
 Pesadelos 
 Efeitos sobre o sono
Tratamento da Hipoprolactinemia
 Antagonistas 
dopaminérgicos;
 Bromoprida;
 Metoclopramida;
 Domperidona;
 Usos
 Seus usos neste caso são 
limitados a mulheres em 
amamentação com baixa 
produção de leite materno;
 Efeitos indesejáveis
 Verificar este tópico em 
Sistema Gastrointestinal;
29/08/2018
23
Farmacologia dos Hormônios 
Femininos
Estrogênios
 Estrogênios Naturais 
Femininos
 Estradiol
 Estriol
 Estrona
 Estrogênios Sintéticos
 Etinilestradiol
 17-b-estradiol;
29/08/2018
24
Estrogênios
 Esses hormônios participam do desenvolvimento e do
funcionamento dos órgãos genitais femininos e da
expressão das características sexuais femininas, sendo
que tais características desenvolvem-se principalmente
em resposta ao estrógeno.
 Elas incluem:
 Desenvolvimento das mamas;
 Distribuição da gordura nos quadris, coxas e mamas;
 Distribuição de pelos em áreas específicas do corpo;
 Maturação de órgãos genitais;
 Fechamento das cartilagens epifisais dos ossos longos.
Receptores estrogênicos
 Receptores estrogênicos alfa – REa*
 Presente em grandes quantidades no trato reprodutor feminino,
glândulas mamárias, hipotálamo e na musculatura lisa vascular
 Receptores estrogênicos beta– REb*
 Expresso principalmente na próstata e no ovário
 Menos expresso nos pulmões e cérebro
 A maior presença destes receptores na musculatura esquelética de
fêmeas em relação aos machos confere maior resistência
 Tanto fêmeas quanto machos de ratos knockout para REa são
estéreis e apresentam baixo desenvolvimento dos órgãos
reprodutivos
 Apenas fêmeas knockout para REb são estéreis
 Muitas variantes destes receptores são encontradas no câncer de
mama e de ovário
*CUIDADO – NÃO CONFUNDIR COM OS RECEPTORES ADRENÉRGICOS
29/08/2018
25
Rota de síntese dos Estrógenos
Compostos de interesse
29/08/2018
26
Eixo Hipotálamo – Hipófise – Ovário 
Anatomia do Sistema reprodutor 
Feminino
29/08/2018
27
Ciclo Menstrual Humano
29/08/2018
28
Estrogênios
 Usos
 Contracepção feminina
 Terapia de reposição 
hormonal;
 Indução da ovulação
 Efeitos indesejáveis
 Ações carcinogênicas;
 Efeitos metabólicos e 
cardiovasculares;
 Efeitos cognitivos
 Ressecamento vaginal;
Fármacos com ação estrogênica
29/08/2018
29
Outras drogas com ação estrogênica
 SERM’s – Moduladores específicos de receptores 
estrogênicos
 Tamoxifeno (NOVALDEX ®)* 
 Raloxifeno
 Toremifeno
 Mecanismos de ação
 São agonistas de receptores estrogênicos
*Originalmente o Tamoxifeno foi classificado como um 
antiestrogênico, mas estudos subsequentes mostraram sua atividade 
estrogênica ou antiestrogênica depende do tecido. No ovário há 
intensa atividade estrogênica e no câncer mamário ocorre 
atividade antiestrogênica
Tamoxifeno
 Os isômeros do Tamoxifeno possuem atividades 
diferenciadas
 A forma “cis” possui atividade estrogênica
 A forma “trans” possui atividade antiestrogênica
 O FDA preconizou que o Tamoxifeno deve ser 
comercializado puro na forma “trans”
 Os metabólitos do Tamoxifeno possuem atividades 
antiestrogênicas; o composto 4-hidrolixado possuí 
atividade antiestrogênica 25 – 50X superior ao 
fármaco original
29/08/2018
30
Tamoxifeno
SERM’s – Moduladores específicos de 
receptores estrogênicos
 Indicações aprovadas
 Tamoxifeno
◼ Coadjuvante no tratamento do CA mamário não metastático em 
mulheres e metastático em mulheres e homens,
◼ Tratamento subsequente à mastectomia total ou segmentar
◼ Profilaxia do CA mamário e de ovário em mulheres com 
predisposição
 Raloxifeno
◼ Prevenção e tratamento da osteoporoses
◼ Prevenção do CA mamário pós-menopausa em mulheres de alto 
risco
◼ Não reduz os efeitos da menopausa
29/08/2018
31
Tamoxifeno
 Inibe a proliferação de 
células de CA de mama;
 Reduz o tamanho do 
tumor em mulheres;
 Efeito antirreabsortivo 
ósseo;
 Diminui o colesterol total 
e o LDL
 Aumenta em 2-3 vezes 
o risco de trombose 
venosa e embolismo
pulmonar;
 Dobra o risco de 
carcinoma endometrial;
 Catarata
 Náuseas; 
Efeitosfarmacológicos Efeitos adversos
Outras drogas com ação estrogênica
 Antiestrogênios
 Clomifeno – é uma mistura racêmica de compostos cis e 
trans
◼ O composto cis é um agonista fraco (cisclomifeno)
◼ O composto trans é um antagonista puro (enclomifeno)
 Fulvestranto (antagonista puro) – é um composto 
derivado do estrogênio
29/08/2018
32
Clomifeno
Clomifeno
 Aumenta secreção de GnRH tanto em homens 
quanto mulheres
 Aumenta amplitude dos pulso de LH e FSH 
(mulheres)
 É utilizado no tratamento da infertilidade feminina
 Pode ser utilizado no tratamento do hipogonadismo
masculino
29/08/2018
33
Inibidores da síntese do estrogênio
 Fármacos 
 Anastrozol
 Letrozol
 Mecanismos de ação 
 São inibidores da 
enzima aromatase
 Usos
 Tumores hormônio 
dependentes como
◼ Tumores de mama
◼ Tumores de ovário
◼ Tumores de útero;
Progesterona
 Síntese
 A partir do colesterol da dieta;
 Seu locais de fabricação são o ovário e o corpo lúteo;
 Ações
 Espessamento do endométrio uterino;
 Auxílio na fixação do embrião no endométrio
29/08/2018
34
Rota de síntese da progesterona
Progestágenos ou progestinas
 Hormônio natural
 Progesterona
 Sintéticos
 Acetato de 
medroxiprogesterona
 Levonorgestrel
 Norgestrel
 Norestirona;
 Mecanismos de ação
 Atuam nos receptores 
de progesterona
 Podem realizar ação 
parciais;
29/08/2018
35
Contraceptivos hormonais
Tipos de contraceptivos hormonais
 Contraceptivos orais
 Pílulas combinadas – combinação de derivados de estrogênios e 
progestogênios (99,9% de eficácia)
◼ Pílulas monofásicas – a quantidade de estrogênios e progestogênios é a mesma 
durante todo o ciclo;
◼ Preparações bifásicas e trifásicas – fornecem duas o três pílulas que têm 
quantidade diferente de fármacos;
 Pílulas com progestina pura – tomados sem interrupções
 Preparações transdérmica – aplicação semanal
 Combinação de derivados de estrogênios e progestogênios
 Anel intravaginal – aplicação semanal
 Combinação de derivados de estrogênios e progestogênios
 Injeções IM – aplicação mensal ou trimestral
 Preparações a base de progestogênios
 DIU com levonorgestrel – impede a ovulação
29/08/2018
36
Contraceptivos orais
 Dosagem aproximada de estrogênio – 20 – 50mcg
 Pílulas de baixa dosagem – concentração menor do 
que 35mcg
 A maior parte das pílulas têm entre 30 – 35mcg
 Dosagem de progestogênios – variável em função 
da potência do estrogênio utilizado;
 Pílulas com progestina pura – 350mcg de 
norestirona
Pílulas combinadas
 Mecanismo de ação
 Impedem a liberação do LH e do FSH
◼ O estrogênio diminui a liberação dos pulsos de LH
◼ A progesterona intensifica este efeito
 Suprime a ovulação
29/08/2018
37
Contraceptivos a base de progestinas
 Mecanismo de ação
 A progesterona suprime drasticamente a liberação do 
GnRH
 Bloqueiam a ovulação em apenas 60 – 80% do ciclo
 Promovem espessamento do muco cervical que impede 
a entrada dos espermatozoides no útero
 Diminui a formação do endométrio comprometendo a 
vascularização e a nidação;
Efeitos adversos
 Efeitos cardiovasculares
 Embolismo
 Câncer de mama
 Efeitos hepatocelulares
 Câncer de fígado
 Câncer de colo de útero
29/08/2018
38
Farmacologia dos Hormônios 
Masculinos
Testículos
 Estão localizados dentro do escroto.
 O principal hormônio secretado pelos testículos é a
testosterona, um esteroide produzido por suas
células intersticiais.
 São responsáveis pela produção dos gametas
masculinos, os espermatozoides’
29/08/2018
39
Androgênios
Locais de síntese
• Testículo (Células Leydig)
• Ovário
• Córtex adrenal (ambos os sexos)
Diidrotestosterona 
(DHT)
O
OH
O
OH
Testosterona 
(T)
O
O
Androstenediona
Estradiol
OH
HO
Estrona
O
HO
Estriol
OH
HO
OH
18
o
3
o
A B
C D
1
2
4 5 6
7
8
11
10
9
12
13
14
15
16
17
19
TESTOSTERONA
OH
O
H
DIIDROTESTOSTERONA
Colesterol Pregnelona
17 a-OH-pregnenolona Desidroepiandrosterona
17 a-OH-progesterona
Progesterona
Corticosteróides
aromatase
aromatase5-a redutase
29/08/2018
40
MECANISMOS DE AÇÃO DOS HORMÔNIOS ESTERÓIDES
http://cwx.prenhall.com/bookbind/pubbooks/mcmurrygob/medialib/media_portfolio/20.html
Ações da testosterona
 Vida embrionária: 
 diferenciação sexual
 desenvolvimento do fenótipo masculino
 Período neonatal: 
 desenvolvimento do SNC
 Puberdade:
 desenvolvimento das características masculinas
 Vida sexual adulta:
 manutenção características masculinas
 libido
 espermatogênese
29/08/2018
41
Concentrações séricas de testosterona em 
indivíduos do sexo masculino
Griffin & Wilson, 1980
Hormônios Sexuais
29/08/2018
42
Ações dos hormônios produzidos pelos 
testículo no homem
 Testosterona:
 Desenvolvimento da genitália interna durante o 
desenvolvimento “in utero”
 Aumento da massa muscular e da força durante a puberdade
 Diidrotestosterona (DHT)
 Desenvolvimento da genitália externa (“in utero”) e maturação 
(puberdade)
 Estradiol
 Diferenciação sexual na vida embrionária
 Fechamento das epífises dos ossos longos após a puberdade
Derivados dos Hormônios Masculinos
 Propionato de Testosterona;
 Cipionato de Testosterona;
 Decanoato de Testosterona;
 Undecanoato de testosterona
 Metandrosterona;
 Oxandrolona;
 Oximetolona;
 Decanoato de Nandrolona;
 Estanozolol
Sais de Testosterona Anabolizantes esteroides
29/08/2018
43
Propionato de 
Testosterona
O
O–CO–CH–CH3
O
O–CO–CH2–CH2
Cipionato de 
Testosterona
Undecanoato de 
Testosterona
O
O–CO(CH2)9–CH3
Enantato de 
Testosterona
O
O–CO(CH2)5–CH3
Anabolizantes 
Esteróides
29/08/2018
44
Usos: 
 diminuição ou perda da função testicular
 puberdade tardia
 HIV / Aids
 Anemias profundas
 Osteoporose
 Contracepção masculina
Efeitos Adversos – Efeitos fisiológicos
 Puberdade – fechamento das 
epífises de ossos longos,
 Disfunção e carcinoma hepática
 Hiperplasia prostática benigna
 Alteração da libido
 Atrofia testicular (massa e volume)
 Redução da contagem espermática
 Ginecomastia (ação em receptores 
estrogênicos)
 Aumento das concentrações de 
lipoproteínas LDL e diminuição 
das HDL plasmáticas
 Aterosclerose
 Aumento da pressão arterial e 
alteração nas respostas 
contráteis da aorta
 Embolias e alterações no tempo 
de coagulação
 Infarto do miocárdio
29/08/2018
45
Efeitos adversos – Eventos 
Comportamentais
 Narcisismo
 Mania e paranoia
 Dependência psicológica
 Mudanças no humor, euforia, perda da inibição e 
aumento da agressividade.
 Efeitos graves – violência, hostilidades, suicídios e 
assassinatos.
Efeitos adversos em Mulheres
 Hisurtismo
 Acne
 Ausência de menstruação (amenorreia)
 Sangramento endometrial (atividade progestacional)
 Aumento do clitóris
 Timbre de voz mais grave
29/08/2018
46
Anti - Androgênios
 Inibidores do receptor 
androgênico:
 acetato de ciproterona 
 Inibidores da 5 a-
redutase
 finasterida
 Antagonistas 
competitivos não 
esteróides:
 flutamida e bicalutamida
 Usos:
 tratamento do câncer de 
próstata
 hiperplasia prostática 
 terapia da puberdade 
precoce masculina
 tratamento da acne
 prevenção da calvície
 síndromes virilizantes
Anti androgênios não clássicos
 Drogas que apresentamalguma
ação anti androgênica
bloqueando algumas etapas da
síntese da testosterona. São
pouco usadas
 Antifúngicos imidazólicos - Ex:
cetoconazol
 inibidores da síntese de
esteroides
 apresentam inibição da síntese
de corticoides e severa
hepatotoxidade, por esse motivo
não são usados clinicamente
 Espironolactona
 inibe a aldosterona
 causa fraca inibição do
receptor androgênico
 causa fraca inibição da
síntese de testosterona
 uso: Hisurtismo em
29/08/2018
47
Fármacos que interferem nos 
hormônios gonadais
Distúrbios do Eixo Hipotálamo –
Hipófise – Gônadas;
 Distúrbio relacionados ao 
aumento das concentrações 
séricas do GnRH;
 Puberdade Precoce
 Distúrbios relacionados à 
diminuição das 
concentrações séricas do 
GnRH;
 Infantilismo sexual
 Infertilidade
 Hipogonadismo
 Gonadorrelina (GnRH sintético);
 Agonistas do GnRH
 Leuprolida;
 Gosserrelina;
 Triptorrelina;
 Antagonistas do GnRH
 Ganirelix
 Cetrorelix
 Gonadotropinas Naturais e 
Recombinantes
 FSH
 LH
 Gonadtropina coriônica Humana
29/08/2018
48
 Gonadorrelina (GnRH
sintético);
 Usos
◼ Tratamento do 
infantilismo sexual;
◼ Infertilidade;
 Agonistas sintéticos
 Leuprolida;
 Gosserrelina;
 Triptorrelina;
 Mecanismos de ação
◼ Exercem down-regulation
sobre o receptor do GnRH
 Usos
◼ Castração sexual;
◼ Diagnóstico da puberdade 
precoce;
Agonistas do GnRH
Gonadotropinas Naturais e 
Recombinantes
 FSH;
 LH;
 Gonadotropina 
Coriônica Humana 
(hCG);
 Usos
◼ Estimulação ovariana
◼ FIV
◼ Criptorquidia;
◼ Infertilidade Masculina
◼ Diagnóstico e tratamento 
do Hipogonadismo;
◼ Determinação do 
momento da ovulação
29/08/2018
49
Farmacologia dos Hormônios 
Tireoidianos
Hormônios Tireoidianos
 Hormônios foliculares da tireoide
 Tiroxina (T4)
 Triiodotironina (T3)
 Ações
 Ação calorigênica
 Aumento da liberação de 
adrenalina
 Desenvolvimento do encéfalo
 Alterações cardiovasculares;
 Aumento do metabolismo dos 
lipídeos e carboidratos
 Aumento do glicogenólise e 
gliconeogênese;
 Aumento da resistência à insulina
 Hormônios para-
foliculares da tireoide
 Calcitocina
 Ações 
 Diminuição da reabsorção 
óssea;
 Usada como marcador de 
carcinoma medular de 
tireoide, encontrado no 
NEM-2
29/08/2018
50
Síntese dos hormônios foliculares da 
tireoide
Hormônios tireoidianos
29/08/2018
51
Hormônios Tireoidianos
 Receptor TRa
 TRa1
 TRa2
 Receptor TRb
 TRb1
 TRb2
 TRb3
 TRb4
 Preparações
 Levotiroxina
 Liotironina
 Usos
 Terapia de Reposição
◼ Envelhecimento
◼ Congênito
◼ Câncer de tireoide
 Coma mixedematoso;
 Emagrecimento em obesidade 
crônica;
 Depressão
Usos terapêuticos
Receptores de Hormônios 
Tireoidianos
Antagonistas dos Hormônios 
Tireoidianos
 Fármacos
 Propiltiouracil
 Metimazol
 Mecanismos de ação
 Impedem a biossíntese 
dos hormônios 
tireoidianos
 Usos
 Hipertireoidismo primário
 Tratamento do carcinoma 
de tireoide em associação 
com iodo radioativo;
 Tratamento pré cirúrgico
 Efeitos indesejáveis
 Agranulocitose
 Depressão
 Exantema papuloso
 Insuficiência hepática
29/08/2018
52
Farmacologia do Paratormônio 
(PTH)
Farmacologia do Paratormônio (PTH)
 Ações do PTH
 Reabsorção do cálcio 
ósseo;
 Reabsorção do cálcio 
renal
 Absorção do cálcio 
intestinal
 Efeitos do 
hiperparatireoidismo
primário
 Hipercalemia
 Cefaleias;
 Dores corporais;
 Cálculos renais;
 Hipertensão;
29/08/2018
53
Hormônio Paratireoidiano
Hormônio Paratireoidiano
29/08/2018
54
Tratamento do Hiperparatireoidismo
 Análogos da Vitamina 
D (Calcitriol)
 Suprimem a liberação 
do PTH
 Bifosfonatos
 Alendronato
 Risedronato
 Zoledronato
Bifosfonatos
 Bifosfonatos
 Alendronato
 Risedronato
 Zoledronato
 Mecanismo de ação
 Diminuem a reabsorção 
óssea do cálcio;
 Aumentam a fixação de 
íons bivalentes positivos
 Usos
 Osteopenia
 Osteoporoses;
 Hiperparatireoidismo
primário e secundário;
 Hipercalemia
 Efeitos Indesejáveis
 Pirose
 Irritação esofágica
 Necrose óssea da 
mandíbula;
 Dor músculo esquelética
29/08/2018
55
Fármacos Hipoglicemiantes
Ações da Insulina no Organismo
 Transporte da glicose;
 Inibição do catabolismo de carboidratos proteínas 
e lipídeos;
 Proliferação e diferenciação celular;
 Atua em receptores tirosina-kinase
29/08/2018
56
Receptor de Insulina
Equilíbrio glicêmico do Organismo
29/08/2018
57
Diabetes Melito (DM)
 É um conjunto de distúrbios metabólicos de várias 
etiologias diferentes que tem como resultado final o 
aumento da glicemia sanguínea (hiperglicemia)
 Patogenia da doença
 Redução na produção e liberação de insulina
 Diminuição da resposta à insulina
 Aumento na produção de glicose
 Anormalidades no metabolismo de lipídeos e proteínas
Diabetes Melito (DM)
 Condições de morbidade
 Complicações crônicas em decorrência da 
hiperglicemia prolongada
◼ Retinopatia
◼ Neuropatia
◼ Nefropatia
◼ Doença cardiovascular
 A morbidade pode ser atenuada se houver o controle 
da glicemia;
29/08/2018
58
Dados preocupantes sobre o DM
29/08/2018
59
Fisiologia do pâncreas
 Tipos de células presentes no pâncreas
 Células a
◼ Glucagon – aumenta a glicemia sanguínea
 Células b
◼ Insulina – reduz a glicemia sanguínea
◼ Polipeptídio amiloide das ilhotas (IAPP) / amilina – aumenta a motilidade GI 
e a velocidade de absorção da glicose
 Células d – liberam somatostatina
 Células que liberam os polipeptídios pancreáticos
 Células e – liberam grelina
 Inervação das ilhotas pancreáticas
 Receptores ADRa2 – inibe a liberação de insulina
 Receptores ADRb2 – estimulam a liberação de insulina 
 Estimulação do nervo vago (parassimpático) – estimula a liberação da 
insulina
29/08/2018
60
Fisiologia da liberação da insulina 
pela célula b pancreática
 Os eventos que gerarão a secreção da insulina começam com o
transporte da glicose por transportadores específicos (GLUT1 e GLUT2)
para o interior da célula;
 Ao entrar na célula a glicose fosforilada a glicose-6P pela glicocinase
(GK/ Hexoquinase IV).
 Ocorre aumento na produção de NADPH e da razão ADP/ATP
 O aumento do ATP inibe o funcionamento de canais de K+ (canal KATP)
sensíveis ao ATP levando a despolarização da membrana. Neste canal
encontra-se o receptor de sulfonilureia (SUR)
 A despolarização da membrana promove a aberturas dos canais de
cálcio dependente de voltagem que irão estimular a exocitose da insulina
armazenada nas vesículas do Complexo de Golgi
 O aumento no AMPc promove liberação de insulina.
Substâncias que se ligam a GPCRs acoplados a proteínas
Gs que estimulam a adenilato ciclase, portanto, aumentarão
a liberação de insulina
 GIP
 GLP1
 Glucagon
 A redução do AMPc promove redução na liberação de
insulina. Substâncias que se ligam a GPCRs acoplados a
proteínas Gi reduzem a liberação de insulina
 Agonistas a2 adrenérgicos
 Somatostatina
Fisiologia da liberação da insulina 
pela célula b pancreática
29/08/2018
61
Liberação da Insulina pelo pâncreas 
pancreática (célula beta)
Fisiopatologia do Diabetes
 Tolerância a glicose – termo utilizado para designar a homeostasia
a glicose
 Células b pancreáticas – liberação de insulina
 No estado de jejum a oxidação dos ácidos graxos supre as
necessidadesenergéticas do corpo, com exceção do cérebro que
utiliza apenas a glicose;
 A concentração de glicose para supri o funcionamento do cérebro é
de mantida pelo fígado através da quebra do glicogênio e da
conversão de ácidos graxos em glicose (gliconeogênese)
29/08/2018
62
Regulação da glicose sanguínea 
Regulação da glicemia sanguínea
 Alimentação
 As células b são estimuladas no momento da apresentação do
alimento, durante todo o processo de absorção de nutrientes, até
que o nível de glicemia retorne ao seu valor normal;
 Estímulos neurais produzem aumento na liberação de insulina;
 Células da mucosa intestinal – liberam peptídeos insulinotrópicos
(INCRETINAS) em resposta à presença do quimo contribuindo
para a tolerância a glicose. Esses peptídeos irão determinar
quantidade de insulina a ser liberada em função da quantidade
de alimento ingerida;
◼ GIP – polipeptídio semelhante ao glucagon
◼ GLP1 – peptídeo semelhante ao glucagon
29/08/2018
63
Durante a digestão
 O aumento da liberação de insulina reduz a 
atividade dos adipócitos
 Inibição da liberação glicose pelo fígado;
 Aumento da captação de glicose pelos tecidos em 
geral;
 Estimulação da captação e síntese de proteínas;
Critérios para Diagnóstico do Diabetes
 Sintomas de diabetes e nível de glicemia aleatória maior 
que 200mg/dL;
 Glicose plasmática em jejum de 8 horas maior que 126 
mg/dL;
 Glicose plasmática maior que 200mg/dL duas horas após a 
ingestão de 75g de glicose;
 Hemoglobina glicada (Hb1Ac) superior a 6,5%;
 Apresentação de sintomatologia
29/08/2018
64
Critérios para Diagnóstico do Diabetes 
(WHO)
Tipos de diabetes 
 Diabetes Mellitus tipo 1
 Ocorre devido destruição das células beta
pancreáticas por um processo auto imune.
 Podemos detectar em exames de sangue a presença
dos anticorpos ICA, IAAs, GAD e IA-2. Eles estão
presentes em cerca de 85 a 90% dos casos de DM 1
no momento do diagnóstico.
29/08/2018
65
Tipos de diabetes 
 Em geral costuma acometer crianças e adultos jovens,
mas pode ser desencadeado em qualquer faixa etária.
 O quadro clínico mais característico é de um início
relativamente rápido de sintomas como: sede, diurese e
fome excessivas, emagrecimento importante, cansaço e
fraqueza.
 Os sintomas podem evoluir para desidratação severa,
sonolência, vômitos, dificuldades respiratórias e coma.
Esse quadro mais grave é conhecido como Cetoacidose
Diabética.
Tipos de diabetes 
 Diabetes Mellitus tipo 2 
 Cerca de 90% dos pacientes.
 Ocorre resistência insulínica. 
 A instalação do quadro é mais lenta e os sintomas - sede, 
aumento da diurese, dores nas pernas, alterações visuais e 
outros - podem demorar vários anos até se apresentarem. 
29/08/2018
66
Tipos de diabetes 
 Se não reconhecido e tratado a tempo, também pode 
evoluir para um quadro grave de desidratação e coma.
 Ao contrário do Diabetes Tipo 1, há geralmente associação 
com aumento de peso e obesidade, acometendo 
principalmente adultos a partir dos 50 anos. 
 Isso se deve, principalmente, pelo aumento do consumo de 
gorduras e carboidratos aliados à falta de atividade física. 
Terapia do Diabetes 
29/08/2018
67
Insulina
 Antigamente: origem bovina e suína
 Atualmente: tecnologia do DNA recombinante 
(insulina humana).
 Análogos sintéticos de insulina
 O esquema ideal de insulinização tem por objetivo 
imitar o padrão normal de secreção de insulina.
Padronização das dosagens de insulina
 A padronização das unidades de insulina é feita de 
forma que 1 unidade de determinada insulina seja 
a quantidade necessária para reduzir a glicemia 
de um coelho em jejum para 45mg/dL
 Preparações U-100 – contém 100 unidade/mL
 Preparações U-500 – contém 500 unidade/mL (não 
usuais) 
29/08/2018
68
Insulinoterapia
 É a base do tratamento de todos os pacientes 
diabéticos tipo 1 e de alguns tipo 2;
 As preparações de insulina são classificadas de acordo 
com sua duração de ação;
 Entretanto podem existir apresentações que são 
combinações de insulinas
Tipos de insulina
 Ação ultracurta
 Insulina lispro;
 Insulina aspartato*;
 Insulina glubisina*;
 Ação curta,
 Insulina regular
 As insulinas de ação rápida devem ser administradas 15min antes 
das refeições
 *são aprovadas para utilização em bombas de infusão subcutâneas 
contínuas
29/08/2018
69
Tipos de insulina
 Ação longa
 Insulina NPH (Protamina Neutra de Hagedorn)
◼ Administrada ao deitar em pacientes DM1 e DM2
◼ Pode ser administrada 2x/dia em pacientes DM1
 Ação prolongada
 Insulina Glargina*
◼ Utilização 1X/dia
 Insulina Detemir
◼ Utilização 2X/dia
 * como a insulina glargina se liga com mais afinidade que a insulina
humana aos receptores de IGF1, existe uma controvérsia se ela
pode causar câncer maligno de pâncreas ou agravar o quadro
Risco de câncer X insulinoterapia
29/08/2018
70
Tipos de Insulina
29/08/2018
71
Insulinas
Reações adversas
 Hipoglicemia
 Primeiros sintomas (glicemia 60-80 mg/dL): ansiedade, 
fome, palpitações, tremor, sudorese
 Tratamento: leve: ingestão de glicose; grave: glicose i.v. 
e/ou glucagon.
 Reações alérgicas mais comuns: cutâneas 
 Lipoatrofia e lipo-hipertrofia
 Edema
29/08/2018
72
Agentes hipoglicemiantes orais
 Fármacos
 A Metformina é o único 
fármaco desta classe 
atualmente disponível:
 Usos
 Diabetes tipo 2
 Mecanismo de ação
 A ativação das AMPK 
reduz a gliconeogênese 
hepática
 Efeitos
 Redução da 
gliconeogênese
 Aumento da captação e 
utilização da glicose 
pelo músculo esquelético
 Reduz absorção de 
carboidratos
 Aumenta a oxidação dos 
ácidos graxos
 Reduzem as LDL e VLDL
Agentes hipoglicemiantes orais –
Ativadores de AMPK (Biguanidas)
29/08/2018
73
Agentes hipoglicemiantes orais –
Ativadores de AMPK (Biguanidas)
 Efeitos adversos
 Efeitos TGI
 Redução da absorção 
da Vitamina B12
 Acidose metabólica
 Contra Indicações
 Insuficiência renal
 Insuficiência pulmonar
 Insuficiência hepática
Agentes hipoglicemiantes orais
 Moduladores dos canais 
de KATP (Sulfonilureias):
 Sulfonilureias de 1ª 
geração
◼ Clorpropamida
◼ Tolazamida
◼ Tolbutamida
 Sulfonilureias de 2ª 
geração
◼ Glimepirida
◼ Glipizida
◼ Glibenclamida
 Mecanismos de ação
 Estimulam a liberação da 
insulina através da ligação ao 
Receptor KATP das células 
beta
 Causa despolarização da 
membrana e leva a cascata 
de eventos que causa a 
liberação da insulina
 Reduzem a depuração 
hepática da insulina;
 Podem suprimir a liberação 
do glucagon
29/08/2018
74
 Usos
 Estágio iniciais do DM2
 São utilizados apenas em 
pacientes com células beta 
funcionantes
 Efeitos
 A sua administração 
crônica faz com que ocorra 
aumento da insulina sérica
 Com o passar do tempo 
ocorre diminuição da 
insulina sérica, mas não 
ocorre aumento da 
glicemia
 Efeitos indesejáveis
 Reações hipoglicêmicas
 Náusea / vômito
 Icterícia;
 Agranulocitose;
 Anemias
 Hipersensibilidade
 Interações
◼ Interações com etanol;
◼ Salicilatos, clofibrato e 
sulfonamidas
Agentes hipoglicemiantes orais -
sulfonilureias
 Moduladores dos canais 
de KATP Não 
Sulfonilureias:
 Repaglinida
 Nateglinida
 Usos
 Principalmente em 
diabéticos tipo 2
 Mecanismos de ação
 Estimulam a liberação da 
insulina através da ligação 
ao Receptor KATP das 
células beta
 Causa despolarização da 
membrana e leva a 
cascata de eventos que 
causa a liberação da 
insulina
 Efeitosindesejáveis
 Semelhantes às 
sulfonilureias;
Agentes hipoglicemiantes orais – não 
sulfonilureias
29/08/2018
75
 Fármacos
 Roziglitazona
 Pioglitazona
 Mecanismo de ação
 Ativação do receptor g
de proliferação 
peroxissomal lipídico 
(PPARg)
 Desta forma, aumentam 
a sensibilidade do 
receptor à insulina
 Usos 
 Diabetes tipo 2
 Efeitos indesejáveis
 Ganho de peso
 Edema
 Insuficiência cardíaca
 Aumentam os riscos de:
◼ Infarto
◼ AVE
◼ Fraturas ósseas
Agentes hipoglicemiantes orais -
Tiazolidinedionas
Formação dos adipócitos induzidos por 
PPARy
29/08/2018
76
 Incretinas – são 
hormônios 
gastrointestinais 
liberados após as 
refeições
 GLP1 – rapidamente 
inativado pelo DDP-4;
 GIP
 Agonistas dos 
receptores GLP-1;
 Exenatina
 Liraglutida
 Antagonistas do DDP-4
 Sitagliptina
 Alogliptina
 Vildagliptina
 Saxagliptina
Agentes hipoglicemiantes orais –
Agentes baseados no GLP-1;
Agonistas dos receptores GLP-1
 Agonistas dos 
receptores GLP-1;
 Exenatina
 Liraglutda
 Mecanismos de ação
 Estimulam a secreção da 
insulina;
 Ativam o receptor GLP-1 
nas células beta 
pancreáticas
 Diminuem a liberação do 
glucagon
 Efeitos indesejáveis
 Náusea / vômito
 Hipoglicemia
 Retardo do 
esvaziamento gástrico
 Diminuição da função 
renal
 Pancreatite 
hemorrágica
29/08/2018
77
Antagonistas do DDP-4
 Antagonistas do DDP-
4
 Sitagliptina
 Alogliptina
 Vildagliptina
 Saxagliptina
 Mecanismo de ação
 Inibem a inativação do 
GLP-1 pela DDP-4;
 Efeitos indesejáveis
 Náusea / vômito
 Hipoglicemia
 Retardo do 
esvaziamento gástrico
Inibidores da alfa-glicosidase
 Fármacos
 Acarbose
 Miglitol
 Voglibose
 Mecanismo de ação
 Inibem a absorção 
intestinal do amido
 Por não estimularem a 
liberação de insulina não 
promovem hipoglicemia
 Efeitos adversos
 Flatulência
 Diarreia
 Distensão abdominal
 Aumento discreto das 
transaminases hepáticas
29/08/2018
78
Pralintinida
 Mecanismo de ação
 Inibe a amilina (IAPP)
 Reduz a motilidade GI e a velocidade da absorção de glicose
 Reduz a liberação de glucagon
 Promove esvaziamento gástrico tardio e saciedade
 O uso de pralintinida diminui a utilização de insulina e promove 
perda de peso
 Usos
 Foi aprovada para o tratamento do DM1 e DM2 como adjuvante 
de pacientes que fazem uso de insulina nas refeições
 Está sendo avaliada como fármaco a ser utilizado na perda de 
peso em indivíduos não diabéticos
29/08/2018
79
Pralintinida
 Efeitos adversos
 Náuseas
 Hipoglicemia: se associada a insulina no horário das 
refeições reduz drasticamente as taxas de glicemia
 Não deve ser utilizado na gravidez
 Deve ser utilizada com cautela quando outros 
medicamentos que afetam a motilidade intestinal são 
administrados

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