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FISIOLOGIA HEPATICA

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FISIOLOGIA 
HEPATICA
• Anatomia e fisiologia do fígado
O fígado pesa cerca de 1,5kg no adulto. 
A unidade funcional do fígado é o lóbulo hepático 
O lóbulo é composto por diversas estruturas: ducto biliar, a.hepatica, v.porta, capilares sinusoidais, células de 
Kuppfer (macrófagos), hepatócitos. 
Septo interlobular: ducto biliar, vênulas portais e arteríolas hepáticas 
Vênulas portais, que recebem sangue do trato gastrointestinal, por meio da veia porta. A partir dessas vênulas o 
sangue flui para os sinusóides hepáticos e depois para a veia central 
Veia central drena para as veias hepáticas e, daí, para a veia cava. 
Produção de linfa no fígado é muito grande → de 50% da linfa formada no corpo 
Bile e fluxo sanguíneo arterial tem sentido contrario (bile corre do centro para periferia, sangue arterial corre da 
periferia para centro) 
Células de Kupffer (células reticuloendoteliais) → macrófagos residentes que revestem os sinusóides e são capazes 
de fagocitar bactérias e outras matérias estranhas presentes no sangue. 
• O sistema vascular do fígado e função de reservatório:
O fígado funciona como reservatório de sangue → por ser um órgão expansível, grande quantidade de sangue pode 
ser armazenada em seus vasos sanguíneos. 
Em momentos de excesso de sangue serve como reservatório e em momentos de volume sanguíneo diminuído 
(hemorragia por exemplo) fornece sangue extra. 
O fígado apresenta elevado fluxo sanguíneo e baixa resistência vascular (assim como no pulmão). 
*Cirrose hepática → aumenta a resistência ao fluxo sanguíneo. Como as células hepáticas são destruídas. Vap ser
substituídas por tecido fibroso, que eventualmente se contrai em torno dos vasos sanguíneos, o fluxo de sangue pelo 
fígado é impedido de forma intensa. 
*A cirrose hepática resulta, mais comumente, do alcoolismo crônico ou por excesso de acúmulo de gordura no
fígado e subsequente inflamação hepática (esteato-hepatite não alcoólica – NASH). A cirrose também pode ser 
decorrente de doenças virais (hepatites infecciosas, obstrução e processos infecciosos nos ductos biliares). 
• Regulação da massa hepática – regeneração
 O fígado tem extraordinária capacidade de se restaurar após perda significativa de tecido hepático, tanto por 
hepatectomia parcial, como por lesão hepática aguda, desde que a lesão não seja complicada por infecção virótica 
ou inflamatória. 
Tal capacidade parece ter relação com o fator de crescimento de hepatócitos (HGF), produzido por células 
mesenquimais. Outros fatores de crescimento, como o fator de crescimento epidérmico e citocinas, como o fator de 
necrose tumoral e a IL6, também podem estar envolvidos. 
• Funções hepáticas:
1. Filtração e armazenamento de sangue
2. Metabolismo dos carboidratos, proteínas e gorduras
3. Armazenamento de vitaminas e ferro
4. Formação de fatores de coagulação
5. Inativação de varias substancias: fármacos, hormônios 
6. Excreção de cálcio → principal via de excreção é pela bile 
7. Síntese de proteínas: proteínas de fase aguda, fatores de transcrição, proteínas ligações de esteroide 
8. Formação e secreção da bile 
 
 Metabolismo de carboidratos 
o Armazenamento de grandes quantidades de glicogênio 
o Conversão da galactose e da frutose em glicose 
o Gliconeogênese (aminoácidos e glicerol são convertidos em glicose) 
o Formação de muitos compostos químicos, a partir de produtos intermediários do metabolismo de 
carboidratos 
*Fígado é importante na manutenção da concentração normal de glicose sanguínea: glicogênio (permite armazenar 
glicose quando em excesso e devolver para o sangue quando necessário) e gliconeogenese (ocorre quando a 
concentração de glicose diminui) 
 Metabolismo de gorduras 
o β-oxidação dos ácidos graxos → para suprir energia para outras funções corporais 
o Síntese de grandes quantidades de colesterol, fosfolipídeos e da maior parte das lipoproteínas 
o Síntese de gordura, a partir das proteínas e carboidratos → depois de sintetizada, é transportada por 
lipoproteínas para o tecido adiposo, para ser armazenada 
*Cerca de 80% do colesterol sintetizado no fígado é convertido em sais biliares, que são secretados na bile; o 
restante é transportado por lipoproteínas e carreado pelo sangue para as células dos tecidos por todo o corpo. 
 Metabolismo de proteinas 
o Desaminação dos aminoácidos → é necessária antes que sejam usados como energia ou convertidos em 
carboidratos e lipídeos 
o Formação de ureia para remoção da amônia dos líquidos corporais → grande parte da amônia é formada 
pelo processo de desaminação e quantidades adicionais são formadas no intestino e absorvidas pelo sangue, 
se o fígado não formar ureia a concentração de amônia se eleva, resultando em coma hepático e morte. 
o Formação de todas as proteínas plasmáticas (com exceção das gamaglobulinas) 
o Interconversões entre os diversos aminoácidos 
o Síntese de outros compostos a partir de aminoácidos 
 
 Armazenamento 
o Armazenamento de vitaminas A (por até 10 meses), D (por 3 a 4 meses) e B12 (por até 1 ano ou mais); 
o A maior proporção de ferro no corpo é armazenada no fígado, sob a forma de ferritina → as células 
hepáticas contêm apoferritina, que é capaz de se combinar, reversivelmente, com o ferro, para formar 
ferritina → capaz de liberar o ferro para os líquidos corporais quando necessário 
 
 Síntese de fatores de coagulação 
o Fibrinogênio, protrombina, globulina aceleradora, fatores VII, etc → depende da presença da vitamina K 
 
 Metabolismo de hormônios e xenobioticos 
o Capaz de desintoxicar ou excretar na bile fármacos, hormônios (tiroxina, hormônios esteroides) 
OBS: Acumulo de estrógeno: ginecomastia 
Acumulo de cortisol: estresse crônico 
Acumulo de aldosterona: hipertensão 
 
 
• Dosagem da bilirrubina biliar como um instrumento de diagnóstico clínico: 
 Muitas substâncias são excretadas na bile e então, eliminadas nas fezes, uma dessas é o pigmento bilirrubina, É um 
importante instrumento para diagnosticar as doenças hemolíticas e doenças hepáticas. 
• Formação e excreção da bilirrubina 
 
*Biliverdina é reduzida em bilirrubina não conjugada → vai para o plasma ligada a albumina → fígado → conjugada 
com ac.glicuronico → bilirrubina conjugada → excretada para os canalículos biliares → intestino 
Parte do urobilinogenio é reabsorvido pelo intestino e volta para o sangue →parte excretada pelo fígado para o 
intestino novamente (ciclo enterohepatico) e outra excretada pelos rins 
• Icterícia 
A causa usual de icterícia é a grande quantidade de bilirrubina, no liquido extracelular, tanto em sua forma 
conjugada como não conjugada. 
*A concentração normal de bilirrubina no plasma é, em média, 0,5 mg/dL. A pele começa a ficar ictérica quando a 
concentração se eleva por cerca de 3 vezes o normal (1,5 mg/dL). 
As causas mais comuns são: 
1. Destruição aumentada de hemácias, com rápida liberação de bilirrubina no sangue → icterícia hemolítica; 
2. Obstrução dos ductos biliares ou lesão das células hepáticas, de modo que, mesmo as quantidades normais 
de bilirrubina, não possam ser excretadas pelo trato gastrointestinal → icterícia obstrutiva. 
 Icterícia hemolítica: a função excretora do fígado não está comprometida, mas as hemácias são hemolisadas tão 
rapidamente que as células hepáticas não podem excretar a bilirrubina com a mesma intensidade que é formada, 
aumentando acima do normal a concentração plasmática de bilirrubina livre (não conjugada), além de aumentar a 
formação de urobilinogênio no intestino, que é posteriormente excretado na urina. 
 Icterícia obstrutiva: a formação de bilirrubina é normal, mas a bilirrubina formada não pode passar do sangue para 
o intestino; a bilirrubina não conjugada ainda adentra os hepatócitos, sendo conjugada de modo usual, mas é então 
devolvida aosangue. Nesse caso, os testes para urobilinogênio urinário são negativos. Além do mais, há ausência de 
estercobilina nas fezes.

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