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o principe resenha

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UNIDESC – Centro Universitário de Desenvolvimento do Centro Oeste
O príncipe 
Luciana A. Nunes de Andrade
Curso: Direito
Disciplina: Direito Constitucional – I
Semestre: 02
Turno: Noturno
Luziânia 
Novembro - 2018
O príncipe de Maquiavel
Nicolau Maquiavel foi um importante, filósofo, estadista e político italiano da época do Renascimento. Nasceu na cidade italiana de Florença em 3 de maio de 1469 e morreu, na mesma cidade, em 21 de junho de 1527, manteve extraordinária relevância em tempos renascentistas e ainda hoje sua obra é digna de contínuo estudo e análise. Entrou para a política aos 29 anos de idade no cargo de Secretário da Segunda Chancelaria. Maquiavel observou o comportamento de grandes nomes da época e a partir dessa experiência formulou algumas teorias para sua obra um livro de orientação prática de algumas ações políticas que um príncipe ou um governante deveria fazer para conquistar e se manter no poder. 
Nesse volume Maquiavel defende a ideia de que o poder deve ser absoluto e que os governantes deveriam usá-lo com veemência pois era uma fase de grande degradação política, ética e moral na Itália, tal política era baseada numa política fortemente autoritária. Ele foi o secretário de governo de lorenzo de medici, a família medici foi uma das mais importantes e influentes famílias dos séculos XV e XVI. Maquiavel foi um grande historiador, dramaturgo e cientista político, escreveu várias peças teatrais como por exemplo a mandrágora que retratava sobre o poder e a política, sua obra o príncipe, pode ser encontrada em várias versões sendo uma das versões comentadas inclusive com notas de rodapé e comentários escritos por Napoleão dando origem a uma nova versão de o príncipe comentado por Bonaparte e nos revela a forma como Napoleão Bonaparte realizou sua leitura da obra.
Maquiavel expunha muitas fundamentações ao que seria um sistema de Governança ideal e eficaz, entre eles podemos destacar o emprego das armas na conquista de um povo bem como a disseminação de uma nova cultura onde tais conquistados se sentiriam parte desse novo poder, usando tais fundamentos para convencer o povo o governo poderia abater toda resistência ainda ativa. Outro ponto importante era que os reinados partiam do pressuposto que eram advindo do direito divino exercendo forte influência também nas obras de Rousseau e Jean Bodin, além desses já citados o autor relata qualidade humanas e as compara com qualidades animais, que para o príncipe se manter no poder ele precisava ter a força de um leão e a astúcia de uma raposa, a força era necessária aplicar quando houvesse a necessidade de segurar um povo de reais ameaças contra seu governo, já a habilidade de uma raposa é a capacidade de reconhecer armadilhas e se adiantar sobre o inimigo. O príncipe precisava ter virtu e fortu, sendo a virtu a virtude no sentido de qualidade desse príncipe ou de determinado governo, pois é essencial ter qualidades para ser um príncipe de sucesso se mantendo no poder, já a fortu não diz necessariamente a respeito de dinheiro e nem de riquezas, mas sim, diz respeito a sorte e a oportunidade para ser um grande governante respeitado. A fortuna (sorte) e a virtu (mérito, um valor militar), e principalmente a interpretação do conceito de virtù que deu a Maquiavel a má fama sintetizada na frase “os fins justificam os meios” – que, aliás, nunca foi escrita por ele.
 No capítulo 18 através da maiêutica Maquiavel se pergunta sobre o que é melhor para um governante se é melhor ele ser temido ou ser amado, sob esta ótica ele desenvolve todo seu raciocínio onde o príncipe deveria se adaptar ser amado ou temido conforme determinada conveniência objetivando um maior controle sobre seu reinado, súditos, povo, subordinados, proletariado, burguesia e etc, porém, o autor ministra ao príncipe que é melhor ser temido a ser amado em função de que o amor aproxima as pessoas que pode de certa forma atrapalhar ou derrubar seu principado mas que também melhor seria ser temido a ser odiado sob pena de criar a ira populacional prejudicando seu governo como por exemplo ocorreu na França no século XVIII, onde se deu a revolução francesa tendo como ignição a falta de alimentos e bens de primeira necessidade. 
Apesar da crise o Rei Luis XV e sua esposa Maria Antonieta viviam no luxo e pouco se importavam com o proletariado e os menos favorecidos, essa situação gerou um ódio vital para o nascimento dessa revolução. A imposição de limites é determinante e essa limitação devem estar consubstanciadas acima da ética e da moral e porque não acima da lei para exercer seu governo. Entender Maquiavel é entender as relações de poder ele nos ensina que um governante deve agir de acordo com sua população inclusive em termos de riscos que ela pode lhe oferecer. Trazendo para nossa realidade podemos ver que a obra tem não só a função de manual para os governantes, mas também deveria servir para que o povo identificasse o seu governante. Essa identidade serviria para avaliar qual seria ser melhor representante. Pois através da leitura da obra fica claro que muitos dos príncipes e governantes que estão no poder, possuem as características mais deploráveis relatadas por Maquiavel, visto que somente através dessas foi-se possível o alcance do poder, muitas pessoas comentam que a obra é atual devido a identificarem as ações de governo com os ensinos de Maquiavel. 
O efeito Maquiavel no Brasil considerações finais
No Brasil de fato em determinadas fases de governo podemos perceber os passos maquiavélicos na política brasileira por exemplo o uso das forças de segurança nas manifestações grevistas ou na adoção de políticas populistas com o objetivo de ser ter um poder vitalício comprando votos através de marmitas políticos - sociais como o bolsa família por exemplo. Apesar de todo o esforço não podemos esquecer do contexto da época a ética e a moral devem estar sob determinado limite pois este pensamento absolutista está retratado na Europa renascentista do século XV ao século XVI e infelizmente podemos constatar que ainda temos políticos que seguem à risca tal princípio.
 A nossa atual política brasileira está claramente inflada por uma filosofia maquiavélica, partindo da obra analisada vimos que de acordo com o pensamento de Maquiavel bem como de seus ensinamentos e suas estratégias percebemos que o tempo não foi necessário para o enfraquecimento de suas ideias pelo contrário os governos atuais aprenderam bem a lição e hoje infelizmente ainda convivemos com ações malignas, a mentira, a corrupção, a opressão através do uso da força, o uso da máquina pública para fins escusos, o aparelhamento do Estado que tanto o onera, o escoamento de dinheiro público pelos ralos da corrupção e sobretudo a mão pesada do Estado sobre a cabeça dos mais fracos e menos favorecidos, seja a classe trabalhadora , seja os economicamente enfraquecidos, porque tais governantes ainda acreditam que para se manterem no poder o melhor caminho ainda é enganar o povo, talvez! Quem sabe? Será coincidência ou também seguem alguns princípios de Maquiavel?
REFERÊNCIAS
 Maquiavel,Nicolau,1469-1527. O Príncipe / Nicolau Maquiavel; tradução Maria Júlia Goldwasser; revisão da tradução Zelia de Almeida Cardoso. – 3ª ed. totalmente rev. – São Paulo: Martina Fontes, 2004.

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