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Psicodiagnóstico interventivo como modalidade de atuação terapêutica: reflexões a partir de um caso clínico

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REFERÊNCIA: ANDRADE, A. M. e MIRANDA, C. E. S. Psicodiagnóstico interventivo como modalidade de atuação terapêutica: reflexões a partir de um caso clínico. Kaleidoscópio. Coronel Fabriciano, MG: Unileste, 2012, vol. n.3, p 59-76.
	 Texto 1
	O artigo lido retratou um estudo de caso em Psicodiagnóstico Interventivo. Os autores iniciam o texto contextualizando o Psicodiagnóstico Interventivo, este que se estabeleceu no Brasil como prática clínica de psicólogos, se utilizando do modelo médico de atuação; onde os processos dessa atuação se baseavam em ações observáveis e quantitativas.
Conforme a Psicologia foi se desenvolvendo cientificamente e historicamente, o processo de psicodiagnóstico também se modificou, passando a ser entendido como um atendimento terapêutico, vinculando a investigação com o entendimento de fenômenos comportamentais, assim proporcionando um processo em psicodiagnóstico que tem propostas investigativas e interventivas.
	Pensando no desenvolvimento do modo de se pensar e atuar em psicodiagnóstico, os autores realizaram uma análise, a partir de um caso clínico de psicodiagnóstico infantil, da modalidade de atuação terapêutica que esse processo propicia nos sujeitos que passam por ele. 
	O psicodiagnóstico vai além de um modelo de investigação de sintomas físicos, psíquicos e suas causas; esse processo promove um espaço de acolhimento, que possuía uma escuta especializada e compreensiva das dificuldades expressadas pelos clientes. O psicodiagnóstico:
“[...] permite uma intervenção eficaz quando possibilita a apreensão da dinâmica intrapsíquica do paciente, compreensão de sua problemática e intervenção nos aspectos determinantes dos desajustamentos responsáveis por seu sofrimento psíquico.” (ANDRADE, A. M. e MIRANDA, C. E. S. Psicodiagnóstico interventivo como modalidade de atuação terapêutica: reflexões a partir de um caso clínico. 2012)
	Os autores observaram através dos estudos realizados na pesquisa apresentada nesse artigo que há uma integração entre o processo investigativo com o processo terapêutico. As intervenções podem ocorrer desde a entrevista inicial, onde o psicólogo constrói suas interpretações e intervenções em conjunto do cliente, esse que possui papel ativo no processo. É na medida em que o cliente se sente acolhido, que ele passa a participar dessa construção, auxiliando na avaliação, expandindo esclarecendo ou se opondo as interpretações do psicólogo.
	Como estudado no semestre passado, as crianças que estão em atendimento no processo de psicodiagnóstico, costumam ser atendidas através de atividades ludodiagnósticas, que seriam os atendimentos realizados com a ajuda da caixa lúdica. O jogo e o brincar são importantes mediadores da criança e do que sentem, pois é nesse momento em que elas se expressam por meio de ações que ocorrem de acordo com suas possibilidades emocionais, maturacionais, cognitivas e sociais. Os autores dizem o seguinte sobre esse momento: 
“[...] ao realizar um psicodiagnóstico infantil, cabe ao profissional construir um espaço lúdico que possibilite a comunicação e compreensão da criança sobre suas fantasias e dificuldades. Considerando, ainda, que cada criança apresenta características peculiares a depender da idade [...].” (ANDRADE, A. M. e MIRANDA, C. E. S. Psicodiagnóstico interventivo como modalidade de atuação terapêutica: reflexões a partir de um caso clínico)
	Os autores apresentaram o caso que os levaram a produzir a pesquisa e o presente artigo. Um dos autores atendeu uma menina de nove anos, onde o processo de psicodiagnóstico foi realizado durante sete sessões, nas quais envolveram: entrevista inicial, entrevista de anamnese, sessões ludodiagnósticas, sessão de aplicação do Teste “O Desenho da Figura Humana – DHF III” e entrevista devolutiva.
	A queixa trazida foi de que a escola havia encaminhado a menina para o atendimento psicológico, alegando que a menina era inteligente, participativa nas atividades escolares, porém suas notas eram abaixo da média esperada para aprovação. A mãe relata que a filha experenciava momentos de muita angústia e estresse, nos momentos que antecediam as provas escolares. 
	Durante os atendimentos, a psicóloga descobriu que a mãe parou seus estudos e que se sentia frustrada em relação a isso. A mãe percebeu que sua frustação acaba sendo descontada em sua filha na forma de cobranças excessivas quando o assunto era os estudos. 
	A partir dessa descoberta e dos atendimentos ludodiagnósticos e do teste aplicado na criança, a psicóloga buscou em conjunto a menina, compreender de onde vinha essa autocobrança tão grande e como poderiam agir frente a isso. A criança acabou tendo um insight e entendendo a situação em qual ela estava, podendo assim criar meios saldáveis e bem sucedidos de assimilar as cobranças vindas da mãe.
	O desfecho do caso se deu com um encaminhamento para a criança e a mãe continuarem em atendimento psicoterapêutico, para trabalharem sua relação. A psicóloga apontou que a mãe ao entender o que estava, inconscientemente, fazendo, passou a cobrar menos da filha. E quanto a criança, esta acabou se saindo bem nas provas escolares, já que não demonstrava tanta ansiedade e estresse nos momentos antecedentes a elas.

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