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PORTFÓLIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO II Professor: Evandro Mamede Moreira Júnior PARNAÍBA- PI 2020.1 FACULDADE UNINASSAU/PARNAÍBA Coordenação de Psicologia Curso de Formação de Psicólogo Aluno(a): Lorrane Maria Silva Nascimento Matricula: 21012390 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 2 2 DESENVOLVIMENTO 4 2.1 Detalhamento das Atividades Remotas Teóricas 4 2.2 Detalhamento das Atividades Remotas Práticas 20 2.3 Produção do Relatório/Portfólio 40 3 CONCLUSÃO 41 REFERÊNCIAS ANEXOS 2 1 INTRODUÇÃO O estágio supervisionado, é importante na formação acadêmica por ser um processo de aprendizagem que vai além da sala de aula. É o momento em que o docente tem a oportunidade de relacionar a teoria com a prática e familiarizar-se com o cotidiano de trabalho da profissão que escolheu. Além disso, as atividades em campo proporcionam um aprendizado mais proveitoso, pois, é mais fácil o acadêmico lembrar de uma atividade produzida no período de estágio do que de tarefas realizadas em sala de aula. Diante disso, o presente portfólio tem como principal objetivo o registro de atividades realizadas na disciplina de Estágio Supervisionado II, tendo como ênfase a abordagem da Psicanalise, sob supervisão do professor Evandro Mamede Moreira Júnior, referente ao 9º período do curso de psicologia da faculdade Uninassau no Campus Parnaíba/PI. A carga horária total de 200 horas fora dividida em: 70 horas de supervisão remota (online), 110 horas prática remota e 20 de produção de documento. É importante ressaltar que o ensino remoto (online) foi escolhido devido o atual cenário do país que passa por uma pandemia sendo necessário o isolamento e distanciamento social, impossibilitando assim as atividades práticas de forma presencial. Figura 1 – Recorte de Tela de Um dos Encontros Fonte: Recorte de tela realizado pela autora (2020). Hernández (2000), define o portfólio como um continente de diferentes classes de documentos (notas pessoais, experiências de aula, trabalhos pontuais, controle de aprendizagem, conexões com outros temas fora da escola, representações visuais, etc) capaz de 3 propiciar evidências do conhecimento que foi construído, das estratégias utilizadas e da disposição de quem o elabora em continuar aprendendo. Ou seja, o portfólio é um instrumento que estimula a comunicação entre professor e aluno, facilita a documentação, registro e estruturação de procedimentos que ajudem na aprendizagem. Diante do exposto, objetiva-se relatar nesse documento todas as atividades realizadas a fim de cumprir a carga horária citada a cima, que se deu através de seminários, podcast, vídeos, pesquisas bibliográficas, análise de filmes, estudo e discussão de caso e construção de um portfólio individual como prática do componente curricular. 4 2 DESENVOLVIMENTO Conforme explicitado no tópico anterior, o estágio Supervisionado II foi realizado de maneira remota, tendo em vista o cenário atual decorrente da pandemia e, para melhor seguimento do mesmo, foi subdividido em dois momentos: Atividades Teóricas Remotas (46 horas) e Atividades Práticas Remotas (154 horas). Nesse sentido o presente portfólio levou em considerações essa subdivisão e as atividades realizadas foram detalhadas segundo esses momentos, buscando uma melhor organização da apresentação das atividades realizadas. 2.1 Detalhamento das Atividades Remotas Teóricas 1º Encontro – 24/06 – 14:00 às 18:00 (04 horas) Durante esse encontro inicial, houve a apresentação da proposta de ação para supervisão remota, momento no qual fomos esclarecidos quanto ao andamento do estágio de maneira remota, além de termos as dúvidas sanadas pelo supervisor. Recebemos, também, o cronograma de atividades do Estágio Supervisionado, com o detalhamento simples de todas as atividades a serem realizadas, que se encontra apresentado nos anexos do presente portfólio. Figura 2 – Recorte de Tela do Primeiro Encontro Remoto Fonte: Recorte de tela realizado pela autora (2020). Ainda nesse primeiro encontro, realizamos uma revisão dos aspectos éticos relacionados à conduta profissional e embasados pelo Código de Ética Profissional do Psicólogo, aprovado 5 pelo Conselho Federal de Psicologia. Sobre isso, o Código de Ética nos traz informações pertinentes quanto à prática profissional, além de versar sobre responsabilidades, direitos e deveres inerentes da profissão e punições em caso de transgressões ao código. A Figura nos apresenta a capa do Código de Ética Profissional do Psicólogo: Figura 3 – Código de Ética Profissional do Psicólogo Fonte: Conselho Federal de Psicologia (2005). 2º Encontro – 25/06 – 14:00 às 18:00 (04 horas) Durante esse encontro, fomos orientados quanto à apresentação dos documentos de estágio, sendo eles: Anamnese Adulto, Anamnese Infantil; Triagem; Ficha de Evolução, que serão melhor explanados a seguir. Além destes, fomos apresentados também aos impressos relacionados ao bom andamento do estágio, como a Fichas de Frequência Individual, documento no qual anota-se a frequência dos acadêmico durante os estágios presenciais, preenchido em duas vias, uma que fica com o supervisor e outra que é repassada à instituição para controle de presenças, verificando a assiduidade dos acadêmicos. As Fichas de Frequência Individual se encontram apresentadas abaixo: 6 Figura 4 – Ficha de Frequência Individual Fonte: UNINASSAU (2020). Além desta, conforme explanado anteriormente, fomos apresentados às demais fichas utilizadas durante o estágio profissional em Psicologia e que seguem a ordem do atendimento, sendo eles: Ficha de Triagem, Fichas de Anamnese Adulto e Infantil e Ficha de Evolução de Caso. Nesse contexto, podemos descrever a Ficha de Triagem como um documento idealizado para a coleta de informações iniciais acerca dos indivíduos. Nesse sentido, a finalidade da ficha de triagem é coletar informações pertinentes que embasarão as terapêuticas posteriores adotadas junto ao paciente, figurando como alicerce de qualquer assistência humanizada. Além disso, Cerioni e Herzberg (2016), pontua que essa triagem inicial, embasada em questionamentos que tem como objetivos coletar dados, levantar hipóteses diagnósticas e otimizar encaminhamentos, sendo importante na realização de uma assistência holística eficaz. 7 Figura 5 – Modelo de Ficha de Triagem Fonte: UNINASSAU (2020). Quanto às Fichas de Anamnese Adulto e Infantil, são utilizadas no prosseguimento do atendimento, sendo úteis na coleta de demais informações relevantes para a realização da assistência individual. Sobre isso, Barros (2010) acrescenta que a anamnese busca identificar os fatores determinantes que levaram o indivíduo a buscar atendimento, além de proporcionar ao profissional um momento de observação do indivíduo. Figura 6 – Modelo de Ficha de Anamnese Fonte: UNINASSAU (2020). 8 Quanto à Ficha de Evolução de Caso, trata-se de um documento utilizado com a finalidade de descrever, de maneira detalhada, os procedimentos, métodos e demais ferramentas utilizadas durante o atendimento psicológico. A ficha de evolução, assim como os demais documentos, é parte indispensável durante a realização da assistência psicológica. Nesse sentido, Moerschberger et al. (2017) referem que os profissionais devem estar capacitados quanto a realização das evoluções psicológicas, além de ser necessário haver a padronização de tais registros dentro das instituições. Figura 7 – Modelo de Ficha de Evolução de Caso Fonte: UNINASSAU (2020). Por fim, durante esse encontro, realizamosum aprofundamento acerca da teoria adotada durante esse estágio: A Psicanalítica. Nesse sentido, esse aprofundamento foi realizado embasado pela obra da Angélia Teixeira, Especificidades da Ética Psicanalítica (2005). Nesse sentido, fomos orientados quanto à ligação entre a psicanálise e a ética, reforçando a importância da segunda para a utilização plena da primeira. Sobre isso, Teixeira (2005, p. 08) refere em sua apresentação da referida obra que: A psicanálise trouxe contribuições e uma nova perspectiva para se pensar a Ética tornando o problema mais complexo. Em primeiro lugar, a psicanálise vem mostrar que a escolha que o homem pode fazer entre o bem e o mal, não é, como se pensava até então, uma escolha consciente, produto de um livre arbítrio. Tal escolha, como quaisquer outras, segundo a psicanálise é sobre determinada pelo inconsciente, entendido como aparelho de linguagem, 9 regido pela lógica significante. Isto muda em grande parte a compreensão que até então se tinha da Ética. Entende-se, a partir desse trecho, que o conceito de ética é tão antigo quanto outros conceitos primordiais dentro das sociedades humanas e os estudos sobre ela sempre foram uma prioridade dos pensadores e filósofos, Sobre isso, a Psicanálise realiza esse transporte dos conceitos intrínsecos da ética no trato dos indivíduos humanos dentro da Psicologia. Figura 8 – Capa da Obra Especificidade da Ética da Psicanálise Fonte: Teixeira (2005). 3º Encontro – 26/06 – 18:00 às 22:00 (04 horas) Durante esse encontro, fomos orientados quanto à continuidade de aprofundamento na teoria Psicanalítica, embasados na obra A Clínica Psicanalítica das Psicopatologias Contemporâneas (2010), de Gley P. Costa e colaboradores. A obra em questão nos apresenta uma releitura das pesquisas psicanalíticas por meio das teorias da angústia de Freud, por meio de estudos de casos clínicos expostos de maneira clara, possibilitando uma visão crítica desses conceitos. Por meio da obra, pudemos compreender conceitos relacionados às patologias psicológicas ditas “contemporâneas”, por meio da análise de variados casos, enfocando os mais variados distúrbios psicológicos. A análise da obra nos proporcionou um importante momento de construção de saberes e de discussão com os colegas acerca desses problemas apresentados no texto. 10 Figura 9 – Capa da Obra A Clínica Psicanalítica das Psicopatologias Contemporâneas Fonte: Costa et al. (2010). 4º Encontro – 27/06 – 08:00 às 12:00 (04 horas) Durante esse encontro fomos orientados quanto às principais estruturas psicopatológicas: estrutura histérica, estrutura obsessiva, estrutura perversa. embasados pelos conceitos presentes na obra Estruturas e Clínica Psicanalítica (1991), de Joel Dor. Figura 10 – Capa da Obra Estruturas e Clínica Psicanalítica Fonte: Dor (1991). De acordo com os conceitos expostos na citada obra, as principais estruturas psicopatológicas são: Estrutura Perversa; Estrutura Histérica e Estrutura Obsessiva. A figura abaixo traz um resumo esquemático das estruturas e seus pontos principais, embasados na obra de Dor (1991): 11 Figura 11 – Resumo Esquemático das Estruturas Psicopatológicas Fonte: Dor (1991). 5º Encontro – 29/06 – 18:00 às 22:00 (04 horas) Durante esse encontro, fomos orientados quanto à continuidade de aprofundamento na teoria Psicanalítica, embasados na obra Fundamentos da Psicanálise de Freud a Lacan, vol. 3: A Prática Analítica de Marco Antônio Coutinho Jorge (2017), especificamente o primeiro capítulo intitulado O Método Psicanalítico foi utilizado para realização de explanação e debate. Figura 12 – Capa da Obra Fundamentos da Psicanálise de Freud a Lacan, vol. 3 Fonte: Jorge (2017). Por meio da explanação, debate e análise individual do capítulo I da referida obra, pudemos entender o processo utilizado por Freud para a criação do método psicanalítico, após iniciar sua jornada na prática clínica, em meados de 1890 a 1910. Nesse período de 20 anos, Es tr u tu ra P er ve rs a - O ponto de ancoramento das emoções; - Diagnóstico diferencial entre as perversões; - O ponto de vista freudiano sobre as perversões; - A mãe fálica; - O perverso e a lei do pai - Novo diagnóstico diferencial entre as estruturas. Es tr u tu ra H it ér ic a - Estrutura histérica e lógica fálica; - Os traços da estrutura histérica; - A mulher histerica e sua relação com o sexo; - A histeria masculina; - A relação com o sexo no histérico masculino. Es tr u tu ra O b se ss iv a - Os traços da estrutura obsessiva; - O obsessivo, a perda e a lei do pai; - O obsessivo e seus objetos de amor. 12 Freud se debruçou sobre a tarefa de mapear os elementos essenciais do método psicanalítico, elaborando conceitos amplamente utilizados atualmente como Inconsciente, Pulsão, Fantasia e Sintoma, além de definir que a regra de associação livre não poderia ser maior, sendo considerada a regra fundamental da psicanálise, conforme exemplifica a citação presente no capítulo transcrita a seguir: Preocupo-me com o fato isolado e espero que dele jorre, por si mesmo, o universal (Freud apud. Jorge, 2017, p. 17). 6º Encontro – 30/06 – 14:00 às 18:00 (04 horas) Durante esse encontro, fomos orientados quanto à continuação da análise da obra Fundamentos da Psicanálise de Freud a Lacan, vol. 3: A Prática Analítica de Marco Antônio Coutinho Jorge (2017), especificamente o capítulo II, intitulado como : O ciclo da técnica que traz informações sobre o caminho percorrido por Freud no desenvolvimento da técnica psicanalítica. De acordo com o exposto no capítulo em análise, Jorge (2017) refere que toda a obra Freudiana está repleta de reflexões sobre a prática da psicanálise e, consequentemente, sobre métodos e formas de operação. Segundo o autor, Freud precisou de um longo tempo para desenvolver e maturar o ciclo de técnicas que se encontra explicitado em seus “Artigos sobre Técnica”, onde apresentou os elementos integrantes dessa prática analítica: tratamento psíquico embasado na concepção que temos do próprio aparelho psíquico. A Figura a seguir demonstra a linha do tempo do ciclo da técnica: Figura 13 – Representação da Linha do Tempo que Engloba a Elaboração do Ciclo da Técnica Fonte: Jorge (2017). 13 7º Encontro – 01/07 – 08:00 às 12:00 (04 horas) Durante esse encontro, fomos orientados pelo supervisor quanto à análise de três videoaulas que versavam sobre a abordagem psicanalítica, disponibilizados no canal do youtube do Psicanalista Alexandre Simões intitulados: O QUE É A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS? COMO UMA ANÁLISE SE INICIA? e O QUE É ASSOCIAÇÃO LIVRE. Nesse sentido, a atividade consistiu na análise e discussão dos conteúdos abordados nos três vídeos, com o intuito de aprofundar o conhecimento relacionado ao atendimento terapêutico, identificando os elementos da análise psicanalítica. Figura 14 – Recorte de Tela do Vídeo: O Que é a Interpretação de Sonhos? Fonte: Recorte de tela realizado pela autora (2020). De acordo com análise baseada na videoaula apresentada pelo Psicanalista Alexandre Simões, observamos que a interpretação de sonhos ganhou notoriedade a partir dos estudos de Freud e figura como um dos elementos da analise demarcada por ele. Nesse sentido, Simões pontua que a visão do Psicanalista desenhada por Freud difere da visão cinematográfica dada ao profissional como sendo um investigador da mente humana, desvendando os significados e mistérios dos sonhos. Simões refere, durante sua fala, que o psicanalista pode adotar esse papel de investigação conforme representado na indústria cinematográfica, em especial com relação aos sonhos, devemos evidenciarque o papel real do psicanalista com relação aos significados dos sonhos está enfocado em analisar mais a narrativa do paciente em relação ao sonho do que o sonho propriamente dito. 14 Figura 15 – Recorte de Tela do Vídeo: Como uma Análise se Inicia? Fonte: Recorte de tela realizado pela autora (2020). De acordo com análise baseada na videoaula apresentada pelo Psicanalista Alexandre Simões, observamos que o apresentador nos apresenta aos primeiros momentos de uma psicanálise. Inicialmente, Simões pontua que a psicanálise não se trata de um processo automático que se inicia no momento que o paciente adentra o consultório, mas devem ser realizadas de maneira tranquila e com planejamento, além disso, citando Freud, entende-se que nos primeiros encontros da psicanálise se criarão as condições necessárias para o estabelecimento do processo de psicanálise. A seguir, Simões enfoca sua fala nos momentos iniciais da psicanalise, chamados por Lacan de Entrevistas Preliminares, momento no qual o paciente deve ser incentivado a assumir uma posição de trabalho em relação à psicanálise. Além disso, nesse momento, os pacientes devem ser incentivados a falar livremente sobre suas aflições e demandas, possibilitando ao psicanalista a análise de seu discurso, por meio do processo denominado Associação Livre, onde identificamos muito mais sobre o sujeito pela sua fala, do que pelo seu discurso isolado. 15 Figura 16 – Recorte de Tela do Vídeo: O Que é Associação Livre? Fonte: Recorte de tela realizado pela autora (2020). De acordo com análise baseada na videoaula apresentada pelo Psicanalista Alexandre Simões, observamos que a Associação Livre é um dos elementos da prática psicanalítica, ressaltando que suas elaborações iniciais foram realizadas por meio das pesquisas de Freud, que definiu que o foco do trabalha na psicanálise seria a palavra, o discurso, incentivando até que os pacientes oralizassem livremente com o intuito de realizar uma análise mais robusta de seu discurso. Além disso, Simões pontua que Freud chegou às bases da Associação Livre por meio de dois momentos primordiais: A análise do tratamento da histérica Anna O, no qual percebe a importância das palavras na prática psicanalítica e No tratamento de outra paciente histérica não identificada, no qual a paciente pede que Freud a escute mais e fale menos. Por meio desses dois momentos, Freud percebe que o papel do psicanalista deveria ser outros além daquele inicialmente desenhado e delimitou a importância da análise do discurso e da Associação Livre 8º Encontro – 02/07 – 18:00 às 22:00 (04 horas) Durante esse encontro, fomos orientados quanto à realização de Role-Plays (entrevistas, triagem, plantão, psicoterapia contínua, preparação para encerramento, entrevista devolutiva) objetivando um melhor entendimento acerca dos objetivos e estrutura da sessão, avaliação, hipótese diagnóstica, etc. As Role-plays foram baseadas na obra Desafios para a Técnica Psicanalítica de José Carlos Garcia (2007) que traz reflexões baseadas em prática clínica acerca da prática psicanalítica. 16 Figura 17 – Capa da Obra Desafios para a Técnica Psicanalítica Fonte: Garcia (2007). Os Role-Plays podem ser conceituadas como técnicas de ensino e aprendizagem baseadas em atuação e/ou dramatização de situações reais, com o intuito de preparar o acadêmico para as demandas que aparecerão em sua prática profissional. Nesse sentido, os role- plays são realizados em determinado contexto e com papéis pré-definidos pelos próprios acadêmicos, visando a oportunização de reflexões sobre sua prática e futuro profissionais (RABELO; GARCIA, 2015) Sobre isso, Paulino et al. (2020) complementa que com a utilização do role-play, em que se coloca o discente no lugar do outro em determinada situação, possibilita o desenvolvimento de competências e preenche eventuais lacunas de aprendizagem. Os autores reforçam que esses encontros, com a utilização do role-play e com o professor assumindo o papel de facilitador do processo de ensino-aprendizagem, são de grande valia no aprimoramento individual e na construção do conhecimento coletivamente. 9º e 10º Encontros – 03/07 – 14:00 às 18:00 e 06/07 – 14:00 às 18:00 (08 horas) Durante esses encontros fomos orientados quanto à elaboração de modalidades de documentos psicológicos: Declaração; Atestado Psicológico; Relatório (Psicológico; Multiprofissional); Laudo Psicológico; Parecer Psicológico conforme a Resolução 06/2019 do Conselho Federal de Psicologia. Fomos instruídos a apreender a elaborar documentos que fazem parte da ciência psicológica. 17 A referida Resolução do Conselho Federal de Psicologia (CFP) traz orientações acerca da elaboração de documentos utilizados durante o exercício profissional com o objetivo de orientar os profissionais a redigir documentos adequados para comunicação escrita. A saber, os documentos mais utilizados durante a prática e ao qual nos debruçamos durante o encontro foram a declaração, atestado psicológico, relatório, laudo psicológico e parecer psicológico. Abaixo apresentamos um resumo esquemático desses documentos: Tabela 1 – Resumo Esquemático dos Documentos Profissionais DOCUMENTO DEFINIÇÃO CONSIDERAÇÕES Declaração A declaração consiste num documento escrito que tem como finalidade o registro, de forma sucinta e objetiva, das informações relacionadas ao atendimento psicológico, contendo informações sobre o acompanhamento realizado e o tempo de acompanhamento, com dias e horários. A resolução veda a descrição de sintomas, situações e/ou estados psicológicos na declaração. Atestado Psicológico O atestado consiste num documento que tem como finalidade certificar uma determinada situação, estado ou funcionamento psicológico fundamentado em um diagnóstico psicológico com o intuito de afirmar as condições psicológicas do solicitante. O atestado também serve como justificativa de faltas ou impedimentos, de inaptidão para realização de atividades específicas e como ferramenta de solicitação de afastamento e/ou dispensa. Relatório Psicológico O relatório consiste em um documento que traz a descrição detalhada do atendimento realizada com indivíduos ou instituições, considerando os condicionantes históricos e sociais dos mesmos. Tem como intuito principal informar outros profissionais acerca desse atendimento, além de servir como ferramenta na geração de orientações, recomendações, encaminhamentos e intervenções pertinentes. Laudo Psicológico O laudo consiste em um documento que traz o apanhado geral do atendimento psicológico, englobando o processo de Nele apresentam-se informações técnicas e científicas dos fenômenos 18 avaliação psicológica, tendo como intuito subsidiar decisões relacionadas ao contexto da demanda. psicológicos ocorridos com indivíduo ou instituição, considerando-se os condicionantes históricos e sociais dos mesmos. Parecer Psicológico O parecer consiste em um documento que traz uma análise técnica, por meio de um pronunciamento escrito, com o intuito de responder a uma questão-problema do campo psicológico Visa a diminuição das dúvidas com relação a essa questão- problema, sendo uma resposta a uma consulta Fonte: CFP (2019). 11º e 12º Encontros – 07/07 – 20:00 às 22:00 e 08/07 – 08:00 às 12:00 (06 horas) Durante esses encontros fomos orientados quanto à realização de estudo e discussão de caso clínico, visando aprimorar a atuação e intervenção psicoterapêutica baseada na Psicanálise. Nesse sentido, os estudos de caso se encontram apresentados a seguir: ESTUDO DE CASO I A. 23 anos. Sente-se perfeita pois sempre foi muito exigida a ser forte e nunca vacilar. Distancia-seda filha mais velha pois se vê cobrando-a como se fosse ela. Gostaria de ser ela mesma, mas, percebe que procura se rotular muito. Diz ter dormido bastante depois da sessão, como se estivesse aliviada. Sente que a mãe não gosta dela e, por isso, transfere esse sentimento para a filha mais velha. Observa-se sempre alerta, não pode relaxar “é preguiça”. Chegou na sessão e disse: “hoje é você quem vai dizer, eu já falei tudo”. Acordou de madrugada pensando no que ia me dizer. Tem sentimentos ambíguos em relação à mãe. Às vezes, acha que se faz de “coitadinha” para se confortar com o sofrimento. Lembrou que não quis ter a primeira filha e que a deixava no travesseiro pois não queria se apegar. Vê que no casamento sempre foi submissa. Sente-se em crise. ANÁLISE DO CASO I Com base nos dados apresentado no Estudo de Caso I, observamos que há uma rigidez por parte da paciente com relação a si mesma, resultado na supremacia do superego em seu 19 aparelho psíquico. Nesse sentido, entende-se que a supremacia do superego ocorre quando o Ego consegue obter o domínio no controle do Id, acarretando no indivíduo características como impulsividade, baixa tolerância à frustração, imaturidade, agressividade exacerbada, entre outras (SANTOS, 2008). Dentro desse contexto, observou-se, também, que as relações familiares da paciente estão perturbadas, com a mesma projetando sobre a filha mais velha suas exigências, oriundas de uma relação rígida com a própria mãe. Considero necessário o acompanhamento psicanalítico que intervenha nessas características com o intuito de reestruturar as relações da paciente. ESTUDO DE CASO II P. 20 anos, solteira. Despreza o seu corpo. Já teve bulimia e anorexia na adolescência. Ideias de suicídio. Acha que não tem personalidade formada pois não sabe o que quer da sua vida profissional (curso superior em andamento). Utiliza sempre o que gostaria de ser e, pouco fala do que realmente é. Acha que melhorou pois voltou a fazer academia. Procura se rotular e diz que o melhor é dormir pois, assim, foge. Pareceu-me receptiva ao trabalho psicoterápico. Foi estudar em outra cidade. ANÁLISE DO CASO II Com base nos dados apresentado no Estudo de Caso II, observamos que a paciente tem histórico de bulimia e anorexia, além de ideação suicida correlacionadas com sua dificuldade em se entender como indivíduo social. Sobre os Transtornos Alimentares, como anorexia e bulimia, Tucunduva (2011) refere que são quadros psicológicos bastante prevalente em jovens adolescentes e adultos jovens, principalmente os do sexo feminino e impacta em todas as esferas de vida dos indivíduos acometidos. Diante desse cenário, os transtornos alimentares podem ter variadas causas e tiveram sua evolução patológica nos processos de desenvolvimento mais primários, de acordo com a psicanálise. Sendo assim, o tratamento psicodinâmico é necessário nesses cenários, uma vez que há fatores emocionais e psicológicos envolvidos no desenvolvimento dessas patologias, não se excluindo a necessidade de um tratamento multiprofissional e multidisciplinar com o intuito de melhorar o quadro geral dos indivíduos (LIMA, 2018). 20 2.2 Detalhamento das Atividades Remotas Práticas 13º e 14º Encontros – 20/07 – 14:00 às 20:00 e 21/07 – 14:00 às 20:00 (12 horas) Durante esses encontros, fomo orientados quanto à realização de atividades relacionadas com a análise do filme “Um Método Perigoso". Nesse sentido, as atividades definidas foram: Assistir ao filme, analisar, fazer anotações, estudar o caso, pesquisar e elaborar um relatório psicológico a partir da relação entre Carl Jung e Sigmund Freud. Aborda a intensa e polêmica relação da dupla com a paciente Sabina Spielrein. “Um método Perigoso” é um filme norte-americano de 2011 que trata da análise de um dos fundamentos primordiais de Freud, que seria a proibição de envolvimento entre paciente e analista. Nele, vemos o analista Jung ultrapassando esse limite e se envolvendo com a jovem Sabina Spielrein, uma de suas pacientes, evidenciando o dilema profissional enfrentado por Jung. O filme apresenta esse dilema de maneira bem interessante, uma vez que Jung e o próprio Freud são colocados como homens comuns em discussão acerca de seus instintos naturais em contraponto com a prática psicanalítica. O Relatório Psicológico derivado da análise solicitada se encontra apresentado abaixo: RELATÓRIO PSICOLOGICO 1. Identificação Nome: Carl Jung, Sigmund Freud e Sabina Spielrein-------------------------------------------------- Data de nascimento: xxxxxx-------------------------------------------------------------- Naturalidade: xxxxxx------------------------------------------------------------------------------------- CPF: N/A------------------------------- Estado Civil: Solteiro------------------------------------------ Escolaridade: N/A------------------------------------------------------------------------------------------ Profissão: N/A---------------------------------------------------------------------------------------------- Solicitante: Evandro Mamede Moreira Júnior---------------------------------------------------------- Finalidade: Analisar a relação entre Carl Jung e Sigmund Freud no filme “Um método perigoso”, a fim de compreender a relação terapêutica frente a paciente Sabina Spielrein------- Autor (a): Lorrane Maria Silva Nascimento--- CRP 21/2206---------------------------------------- 2. Descrição da demanda: 21 O presente relatório psicológico tem caráter fictício e foi proposto em um dos encontros remotos de supervisão de estágio, pelo supervisor Evandro Mamede. O filme “Um método perigoso” relata a relação entre Carl Jung e Sabina Spielrein, o que para Freud não é saudável, tendo em vista que um de seus fundamentos é o não envolvimento de analista e paciente. Freud acredita que o resultado da terapia possa ser comprometido caso não haja ética na relação terapêutica ambos. Ao passo que Carl e Sabina se envolvem sexualmente a dinâmica entre eles começa a ser afetada, indo de encontro com a postura que Freud havia recomendado, ocasionando conflitos.-------------------------------------------------------------------------------------- Ao longo do filme fica claro a relação que a paciente tinha com seu pai que a obrigava beijar sua mão depois de lhe bater. Esse ato despertou em Sabina suas predisposições sexuais ao sentir dor, projetando em Carl sua vontade de obter prazer. Jung enquanto analista nos é mostrada como bastante reservado. Envolve-se pessoalmente com seus pacientes, cede aos apelos transferenciais e se coloca de fato no lugar do pai de Sabina, ao satisfazer-lhe com injúrias. ------------------------------------------------------------------------------------------------------- 3. Procedimento: Com a finalidade de demonstrar a importância da ética na relação com o paciente e as técnicas psicanalíticas foi proposto a análise do filme “Um método perigoso” do diretor David Cronenberg, lançado em 2012.---------------------------------------------------------------------------- 4. Análise: No decorrer do filme pôde ser analisado que o envolvimento de Jung com Sabina foge dos aspectos éticos atuais e que Freud estava correto com relação a sua postura frente a paciente, ficando claro a importância de respeitar o espaço e posição de cada um em seu devido lugar.-- 5. Conclusão: Tendo em vista todos os fatores analisados no filme, conclui-se que psicoterapeutas devem saber estabelecer e respeitar o vínculo com seu paciente para que a terapia não seja afetada a ponto de criar impressões imparciais sobre o mesmo. Além de, explicitar como deve ser conduzida de forma ética a relação entre psicólogo e paciente. ---------------------------------- Parnaíba-PI, 20 de julho de 2020 Lorrane Maria Silva Nascimento Psicóloga CRP: 21/2206 22 Figura18 – Capa do Filme Um Método Perigoso Fonte: Um Método Perigoso (A Dangerous Method, 2011). 15º e 16º Encontros – 22/07 – 14:00 às 20:00 e 23/07 – 14:00 às 20:00 (12 horas) Durante esses encontros, fomos orientados quanto à realização de atividades relacionadas com a Análise do filme “Minha vida em cor-de-rosa”. Nesse sentido, as atividades relacionadas foram: Assistir o filme, analisar, fazer anotações, estudar o caso, pesquisar e elaborar um relatório psicológico a partir Ludovic, uma garota transsexual que está começando a assumir sua verdadeira identidade perante o mundo. “Ma vie em Rose” e um filme francês de 1996 que retrata a estória de um garotinho de sete anos que não se reconhece como menino, tendo comportamentos e sentimentos considerados “femininos”. Somos apresentados a variadas situações em que podemos observar como Ludovic não se identifica como menino e o sofrimento oriundo disso, evidenciados por meio de falta de entendimento da própria família e conhecidos. Essa falta de entendimento varia de momentos em que Ludovic pode agir como quer e momentos em que é duramente reprimido, o que acaba por causar na criança uma confusão maior que a inicial. O filme utiliza elementos visuais, como cores e brinquedos para representar o mundo infantil de Ludovic e sua “desconstrução”, enquanto demonstra a inabilidade dos adultos de compreenderem seu processo de autodescobrimento. O relatório psicológico advindo dessa análise se encontra apresentado a seguir: 23 RELATÓRIO PSICOLOGICO 1. Identificação Nome: Ludovic---------------------------------------------------------------------------------------------- Data de nascimento: xxxxxx------------------------------------------------------------------------------ Naturalidade: xxxxxx------------------------------------------------------------------------------------- CPF: N/A------------------------------- Estado Civil: Solteiro------------------------------------------ Escolaridade: N/A------------------------------------------------------------------------------------------ Profissão: N/A---------------------------------------------------------------------------------------------- Solicitante: Evandro Mamede Moreira Júnior---------------------------------------------------------- Finalidade: Analisar e estudar o caso a respeito de Ludovic, uma garota transexual que está começando a assumir sua identidade perante o mundo. ----------------------------------------------- Autor (a): Lorrane Maria Silva Nascimento--- CRP 21/2206---------------------------------------- 2. Descrição da demanda: O presente relatório psicológico tem caráter fictício e foi proposto em um dos encontros remotos de supervisão de estágio, pelo supervisor Evandro Mamede. Como demanda pode ser observado Ludovic que imagina que deveria ter nascido menina e o preconceito que o menino e seus familiares enfrentam em relação a sua identidade de gênero. -------------------------------- A família de Ludovic oferece uma festa aos vizinhos do bairro para onde haviam se mudado, ocasião onde o menino aparece maquiado e com um vestido de princesa, seus pais ficam constrangidos e para disfarçar alegam tratar-se de uma brincadeira, afirmando que o menino é “ótimo em disfarces.” Quando questionado pelas visitar o porquê de estar de vestido, ele responde que era para "ficar bonita", se expressando também verbalmente no gênero feminino, sendo duramente criticado pelos pais, que o obrigam a mudar de roupa.--------------- Diante disso pode-se perceber que a intolerância ao seu comportamento começa pela sua família que tem dificuldade em lidar com a orientação sexual do filho. Ludovic sente-se como uma menina e se veste como uma também, mas todos ao seu redor o acha estranho e não sabe como lidar com isso.---------------------------------------------------------------------------------- 3. Procedimento: Com a finalidade de produzir um relatório psicológico fictício foi proposto a análise do filme “Minha vida em cor de rosa” do diretor Alain Berliner, lançado e 1997. -------------------- - 4. Análise: 24 No decorrer do filme pôde ser analisado que a família e a comunidade não sabem como lidar com Ludovic e que o tratamento psicológico que seus pais lhe impõem, na tentativa de enquadrá-lo no padrão de um menino de sua idade, também não obtém os resultados esperados. Ao passarem por problemas, a família o hostiliza e culpa. Sua avó observa que a situação está insustentável e o leva para morar com ela. Vale ressaltar também uma das cenas mais chocantes que é quando contra a sua vontade, cortam o seu cabelo bem curto, cortando simbolicamente também seus sonhos e personalidade.-------------------------------------------------------------------- A ingenuidade de Ludovic, aliada à sua inocência e doçura, demonstram que não houve nenhuma opção ou escolha voluntária: independentemente de sua própria vontade e/ou da vontade de sua família, ele simplesmente é assim.------------------------------------------------------ 5. Conclusão: Tendo em vista todos os fatores analisados no filme, conclui-se que o filme retrata não apenas da questão da sexualidade, mas principalmente das relações família-sociedade, da pressão social para que todos sejam enquadrados dentro das estruturas que a sociedade impõe. É importante ressaltar que nesses tipos de situações as pessoas “diferentes” são rejeitadas, desrespeitadas e ignoradas sistematicamente. Parnaíba-PI, 22 de julho de 2020 Lorrane Maria Silva Nascimento Psicóloga CRP: 21/2206 Figura 19 – Capa do Filme Minha Vida em Cor-de-Rosa Fonte: Minha Vida em Cor de Rosa (Ma Vie en Rose, 1996). 25 17º e 18º Encontros – 24/07 – 14:00 às 20:00 e 25/07 – 14:00 às 20:00 (12 horas) Durante esse encontro, fomos orientados quanto à elaboração de um ensaio teórico analisando o cenário de pandemia à luz da Psicanálise, a ser desenvolvido em grupos de três acadêmicos. Sobre isso, o objetivo da atividade seria produzir uma análise crítica a partir do contexto da pandemia, à luz do referencial da Psicanálise. O ensaio teórico elaborado se encontra apresentado abaixo: O TRAUMA DO LUTO REPENTINO CAUSADO PELA PANDEMIA DO NOVO CORONA VÍRUS Luiza Raquel Mendes Escórcio Duarte Lorrane Maria Silva Nascimento Maria Poliana de Souza INTRODUÇÃO Atualmente o mundo vive em um cenário totalmente diferente do que vivia a uns 4 meses atrás. O aparecimento de um vírus, modificou as rotinas e a vida de praticamente todos seres humanos da terra. Houve a necessidade de se fazer isolamento social, para que pudesse diminuir a proliferação do vírus entre as pessoas. Até o início da pandemia, não se sabia ao certo o impacto que esse vírus causaria, e assim muitas pessoas achavam que seria só um isolamento de poucos dias. Porém com o passar dos dias cientistas de todo o mundo, médicos e hospitais, foram comunicando que esse vírus era mortal, e que existia a necessidade de se paralisar todas as atividades que necessitassem a presença das pessoas, porque poderia aumentar ainda mais a incidência do vírus. A sociedade vivenciou o fechamento das escolas, universidades, a perda de emprego devido ao fechamento das empresas, o fechamento das igrejas, pelo qual muitas pessoas buscam adquirir suas forças, e o mais impactante, o isolamento social, o famoso “FIQUE EM CASA”. Contudo isso houve um surto de transtornos mentais que surgiram durante a pandemia, e em pessoas que já sofriam com isso, ficou ainda mais manifestante e difícil de lidar. Houve um alto índice de ansiedade devido as circunstâncias e o medo do futuro, houve depressão, houve um grande surto de TOC, principalmente em pessoas que já eram compulsivas 26 por limpeza, e houveram grandes traumas relacionados as perdas de entes queridos, causadas pela Covid-19,traumas esses que serão o foco do presente ensaio teórico. O Trauma Causado pela Perda Repentina de um Ente Querido para um Vírus Misterioso Era março de 2020 quando de repente o mundo parou. Surgiu a pandemia e com ela se aflorou o sentimento de perda. Perderam a liberdade. O que antes era comum, como ir à praia ou caminhar no parque, foi retirado das pessoas. As atividades corriqueiras – ir ao supermercado ou à farmácia, por exemplo – exigiu que toda a humanidade ficasse em estado de alerta. Foi perdida até mesmo a tranquilidade de respirar. A saudade do abraço do filho. A falta do carinho dos pais. O colo dos avós ficou na lembrança. Os netos estão crescendo distantes do carinho aconchegante. Entretanto nenhuma dessas perdas se compara a perder alguém de quem tanto se ama, e tem carinho. O autor norte-americano David Kessler, especializado em morte e luto, diz que “o luto não é um processo que termina”. Lendo disso é possível se perguntar: “então a dor será para sempre?” A resposta é: não. Kessler também enfatiza que não se deve usar pensamentos extremos, como “nunca mais serei feliz” ou “serei para sempre uma pessoa triste”. O fato é que a pandemia do novo coronavírus, causador da doença COVID-19, é um acontecimento que “nos desorganiza e nos deixa sem chão. Mas alguma resposta a humanidade haverá de dar a esse triste acontecimento”. Quem afirma é a psicanalista Eliane Schermann, doutora em Psicanálise pelo Instituto de Psicologia da UFRJ e membro da Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano. Não se diz adeus da mesma forma que antes. Não se pode oferecer o amparo presencialmente. Não se tem mais o olho no olho que acolhe e diz que, independentemente do que acontecer, ficaremos ao seu lado. Os rituais fúnebres desempenham um papel importantíssimo nesse contexto, com todas as suas variabilidades sociais, históricas e culturais. De acordo com Natalia Pavani, O tempo de duração do luto é particular. Alguns podem demorar meses, outros anos. Mas considera-se que o primeiro ano seja o mais difícil. Os historiadores falam bastante em “trauma” (um conceito da medicina e da psicanálise) para se referir a momentos sociais marcados por grandes rupturas e violências. Será que todo esse momento de pandemia, perdas, e luto, traria um trauma a essas pessoas? 27 A resposta claramente é sim. Eliane Schermann afirma que no trauma inconsciente há algo que é peculiar e singular a cada subjetividade. Cada sujeito vai lidar com e responder àquilo que o surpreende, como essa pandemia, a partir dos recursos fantasmáticos dos quais ele dispõe inconscientemente, ou seja, os recursos que estão balizados por sua fantasia. Cada subjetividade recorre à sua fantasia particular para responder ao trauma. Segundo ela também essa noção de trauma poderia ser estendida ao social, já que essa pandemia nos surpreendeu a todos. Quando evocamos o social estamos nos reportando a um conjunto de subjetividades. Um simples conjunto de pessoas não constitui um grupo. Freud mostra que para isso é preciso o fator de uma identificação, quer seja a um líder, quer seja um acontecimento ocorrido entre os membros de um grupo, para que haja laço social. Freud discorre sobre o termo trauma incluindo-o no vocabulário psíquico ao nomear uma situação com a qual ainda não estamos preparados para lidar. Pode-se dizer que o trauma é um evento inaugural, algo nunca vivido antes, que acaba por surpreender de uma forma muito repentina. E o novo vírus nada mais é do que essa descrição de algo inesperado, e como se não bastasse ele causa a perda de pessoas sem, ainda, nenhuma explicação. Para Eliane, a psicanálise não pode antecipar nem prever, a psicanálise nos ensina a buscar as causas de um modo de viver e encontrar um modo de manejá-lo no pensar atual. Uma formação do inconsciente: um sonho, um sintoma, um ato falho, equívocos da linguagem são manifestações de desejos inconscientes. Eles dizem mais das causas do que das previsões. CONSIDERAÇÕES FINAIS O fato é que pandemias costumam acarretar mortes em massa em um curto espaço de tempo, o que traz implicações psicológicas diversas. Os óbitos por COVID-19 têm ocorrido não somente nos hospitais, mas também nos domicílios. O mundo inteiro mudou, e ainda vai mudar mais e mais com o decorrer dos meses. Mas será que o mundo “não será como antes”? Será que teremos “um novo normal”? Embora muitas pessoas acreditem que o mundo não será como antes, o medo e a angustia estejam tomando frente, este período que está sendo atravessado trará novas respostas. Afinal de contas o ser humano é um ser muito adaptativo, desde o início dos tempos. 28 Entretanto, existiram demandas que irão surgir com o decorrer da pandemia e as mesmas deverão ser tratadas com o devido cuidado de um profissional, pois apesar do ser humano ser adaptativo ele também carrega consigo o medo do desconhecido, que querendo ou não é o que esse vírus é. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FRANCO, Gabriela. A pandemia e o luto da perda. In: Psicologia Viva. Disponível em: https://blog.psicologiaviva.com.br/pandemia-luto/. Publicado em: 25 de julho de 2020. Acesso: 30 de agosto de 2020. MACHADO, Leandro. Coronavírus: alguns sentem tanto medo que precisam negar o que está acontecendo, diz psicanalista. In: News Brasil. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-52160230. Publicado em: 04 de abril de 2020. Acesso: 30 de agosto de 2020. MARGARETE,Kátia. Luto e melancolia nas teorias de Freud e Melanie Klein. In: Psicologado. Dísponivel em: https://psicologado.com.br/abordagens/psicanalise/luto-e- melancolia-nas-teorias-de-freud-e-melanie-klein. Publicado em: outubro de 2013. Acesso em 30 de agosto de 2020. PAVANI,Natalia. Luto em tempos de pandemia: o que muda ao dizer adeus. In: Veja Saúde. Disponível em: https://saude.abril.com.br/blog/com-a-palavra/luto-em-tempos-de-pandemia- o-que-muda-ao-dizer-adeus/. Publicado em: 17 de junho de 2020. Acesso em: 30 de agosto de 2020. SCHERMANN, Eliane Zimelson. O que uma psicanalista tem a dizer sobre a pandemia do novo coronavírus? In: Café História – História feita com cliques. Disponível em: https://www.cafehistoria.com.br/uma-psicanalista-fala-sobre-novo-coronavirus/. Publicado em: 30 abr. 2020. ISSN: 2674-5917. Acesso: 30 de agosto de 2020. 19º e 20º Encontros – 27/07 – 14:00 às 18:00 e 28/07 – 08:00 às 12:00 (08 horas) Durante esse encontro remoto, fomos orientados quanto à realização das seguintes atividades: Supervisão; Discussão sobre as atividades desenvolvidas; Apresentação dos 29 ensaios; e Entrega dos relatórios. Tais atividades foram norteadas pelo intuito de expressar-se acerca das análises desenvolvidas nas atividades que foram realizadas. 21º e 22º Encontros – 29/07 – 14:00 às 20:00 e 30/07 – 14:00 às 20:00 (12 horas) Durante esse encontro, fomos orientados quanto à realização de atividades relacionadas com a construção de um caso clínico, em grupos de três acadêmicos. Realizado com o objetivo de desenvolver habilidades de compreensão de caso clínico à luz do referencial teórico da Psicanálise. O caso clínico elaborado se encontra apresentado abaixo: ESTUDO DE CASO M.S.S. sexo feminino,44 anos, casada e mãe de 4 filhos: 3 meninas e um menino. A filha mais velha tem 17 anos e a mais nova tem 6. Paciente relata que está deprimida já faz 1 ano e meio e em seus relatos conta como são os problemas vividos por ela. Paciente retratou que nasceu e cresceu dentro da igreja, imposta por sua mãe. E que busca constantemente se manter firme nisso a todo custo. Seu senso de moral é todo mediado pela igreja. Ela e sua família são pessoas ativas e líderes da comunidade, sobretudo, no que diz respeito aos casais. Tudo que tem a ver com casal ela e seu esposo estão dentro. Sobre seus problemas familiares, foram adquiridas informaçõesna anamnese das quais vale destacar: Ela é filha de pais separados e na época da separação nunca conseguiu entender o que ocorreu. A paciente diz que entende que o casamento deles já não andava bem, mas nunca entendeu o porquê chegar a se separar. Ela sempre se viu perdida no que dizia respeito a falar de família sendo que a dela não estava junta, estava desestruturada. Com tudo isso ocorreu algo que ela não esperava que foi quando ela e seu marido saíram da igreja, e ela não saia de casa com medo do que as pessoas iriam pensar a respeito dela. A paciente diz que acha que o pontapé inicial para o começo de sua depressão foi a separação de seus pais, porém, tendo em vista que isso foi algo que ocorreu a mais de 10 anos atrás, e analisando o que ocorre atualmente, acreditamos que a preocupação de M.S.S. está totalmente voltada para o seu ego. Nota-se isso na importância que a paciente dá ao que as pessoas pensariam dela, sobre algo que seus pais fizeram. No ideal da paciente de uma vida perfeita, ela pensa que deve ser um exemplo para as pessoas, como se tivesse que ser um modelo perfeito, mesmo passando por cima de sua própria felicidade. 30 M.S.S. começou a exigir o comportamento perfeito de sua família para que normalizasse toda a situação. Daí já se nota que ela tem um comportamento narcisista, em que todos devem estar disponíveis para realizar as ações para que ela se sinta bem, sem considerar a vida dos outros, que no caso são a sua família. Diante de todo o caso da paciente, por um olhar da psicanalise, acreditamos que a paciente precisa passar por um processo psicoterápico para conseguir chegar as raízes do seu problema. Ela tem que entender melhor em que ponto está ferida e conhecer melhor sua própria vida. Levando em consideração que a consciência de que não somos perfeitos é indispensável para manter a saúde mental, as sessões com analista trariam à tona, vindo la do inconsciente, toda essa importância do verdadeiro eu da paciente M.S.S. REFERÊNCIAS MOURA, J. A. O Conceito de Narcisismo Na Construção Teórica da Psicanálise. Psicologado, [S. l.]. (2009). Disponível em: https://psicologado.com.br/abordagens/psicanalise/o-conceito-de-narcisismo-na-construcao- teorica-da-psicanalise. Acesso em: 30 de agosto de 2020. MOURA, J. A. Introdução ao Conceito de Narcisismo. Psicologado, [S. l.]. (2009). Disponível em: https://psicologado.com.br/abordagens/psicanalise/introducao-ao-conceito-de- narcisismo. Acesso em: 30 agosto de 2020. ZIMMERMAN, David. Manual de técnica psicanalítica. Porto Alegre; Artmed,2008. 23º, 24º e 25º Encontros – 31/07 – 14:00 às 20:00, 01/07 – 14:00 às 20:00 e 03/08 – 14:00 às 18:00 (16 horas) Durante esse encontro, fomos orientados quanto a análise do filme “Nise O Coração da Loucura”, onde tivemos que assistir ao filme, analisar, fazer anotações, estudar o caso, pesquisar e elaborar um laudo psicológico a partir do das referências entre psiquiatria e psicologia. O filme brasileiro de 2016 retrata a história da psiquiatra Alagoana Nise de Oliveira, considerada uma revolucionária no tratamento de indivíduos com distúrbios psicológicos, em especial os esquizofrênicos. Nise foi a precursora de formas alternativas de cuidado alternativos embasados no afeto, convívio com animais e arte, influenciada pelos ensinamentos de Jung. O laudo psicológico advindo da análise se encontra apresentado a seguir: 31 RELATÓRIO PSICOLOGICO 1. Identificação Nome: Nise da Silveira------------------------------------------------------------------------------------- Data de nascimento: 15/02/1905------------------------------------------------------------------------- Naturalidade: Maceió- AL-------------------------------------------------------------------------------- CPF: N/A------------------------------- Estado Civil: Casada------------------------------------------- Escolaridade: N/A------------------------------------------------------------------------------------------ Profissão: N/A---------------------------------------------------------------------------------------------- Solicitante: Evandro Mamede Moreira Júnior---------------------------------------------------------- Finalidade: Analisar o filme a partir das referências de psiquiatria e psicologia------------------ Autor (a): Lorrane Maria Silva Nascimento--- CRP 21/2206---------------------------------------- 2. Descrição da demanda: O presente relatório psicológico tem caráter fictício e foi proposto em um dos encontros remotos de supervisão de estágio, pelo supervisor Evandro Mamede. Em 1944, Nise retorna ao trabalho no Centro Psiquiátrico Nacional Dom Pedro II, localizado no bairro Engenho de Dentro, na cidade do Rio de Janeiro.--------------------------------------------------------------------- Ao chegar em seu novo local de trabalho, Nise se deparou com formas de “tratamento” violentos que até então eram oferecidos aos pacientes portadores de sofrimento mental, que se baseava em métodos violentos, como agressões físicas, eletrochoque ou lobotomia e se recusou a adota-los. Em razão da recusa, a médica foi designada a ficar responsável pelo setor de Terapia Ocupacional do Hospital, até então considerado um setor de menor relevância e que na prática não funcionava.---------------------------------------------------------------------------------------------- Apesar da situação, Nise não desistiu, limpou o local e começou a chamar os seus “clientes” para ocuparem o novo espaço, onde encontravam tinta, papel, lápis, telas, respeito, ternura e liberdade para se expressarem. a arte terapia foi introduzida como processo terapêutico permitindo que os clientes (termo usado por Nise em substituição do termo - paciente) manifestassem suas emoções e experiências inconscientes. Nise defendia que os esquizofrênicos faziam uso da linguagem simbólica, por meio da arte, para se expressarem e percebeu que as imagens produzidas por seus pacientes se configuravam em forma de mandalas. De acordo com Mello (2009), essas formas de desenho caracterizam uma busca por reorganização psíquica, por equilíbrio e pela autocura. Com seu esforço e trabalho, Nise coloca em pauta algumas demandas a respeito do tratamento que os indivíduos ali encarcerados 32 estavam recebendo. Após algumas exposições com quadros e esculturas feitas por seus clientes, seu trabalho ganha maior notoriedade e coloca a doença mental sob uma nova ótica.------------ 3. Procedimentos: Como procedimentos foi utilizado recursos audiovisuais permitindo que fosse observado e analisado a evolução da psiquiatria no Brasil e o papel fundamental que Nise da Silveira exerceu.--------------------------------------------------------------------------------------------- 4. Análise: A análise feita permitiu o conhecimento acerca de como foi a evolução da psiquiatria no Brasil, os métodos utilizados e também a importância do olhar para o outro não como enfermo, mas como pessoa. Nise ao olhar para seus clientes e mudar o tratamento que lhes era oferecido conseguiu resultados mais satisfatórios que não agrediam a integridade física e/ou mental dos indivíduos que se encontravam no Centro Psiquiátrico Nacional Dom Pedro II.----- 5. Conclusão: Diante dos apontamentos elencados, compreende-se que Nise da Silveira apesar de todas as dificuldades foi uma peça fundamental na luta antimanicomial e na quebra de estereótipos, pois, foi através dela que a psiquiatra encontrou o espaço necessário para investir em métodos humanizados na recuperação de pacientes e extinguir o “tratamento” agressivo que antes era oferecido a enfermos que se encontravam no Centro Psiquiátrico.------------------------ O presente documento tem um caráter fictício. O uso para fins diversos não é de responsabilidade da autora que realizou o estudo. Por fim, informa-se que o presente documento possui um prazode validade de um ano, a contar da data de sua emissão.-------------------------- 6. Referência: Mello, L. C. (2009b). Nise da Silveira: caminhos de uma psiquiatra rebelde. Catálogo. Curitiba: Museu Oscar Niemeyer. Parnaíba-PI, 31 de julho de 2020 Lorrane Maria Silva Nascimento Psicóloga CRP: 21/2206 33 Figura 20 – Capa do Filme Nise - O Coração da Loucura Fonte: Nise: O Coração da Loucura (2016). 26º e 27º Encontros – 04/08 – 14:00 às 20:00 e 05/08 – 14:00 às 20:00 (12 horas) Durante esse encontro, realizamos atividades de supervisão, discussão sobre as atividades desenvolvidas e entrega dos laudos, com o intuito de expressar-se acerca das análises desenvolvidas nas atividades que foram realizadas. Além disso, realizamos atividades voltadas à idealização de um Podcast chamado: Podcast Transtorno do Pânico, a partir dos seguintes questionamentos: De que maneira a pandemia afeta pacientes com transtorno do pânico e como a psicoterapia pode ajudar no tratamento desse transtorno? O texto inicial elaborado para o podcast encontra-se apresentado a seguir: TEXTO INICAL DO PODCAST Síndrome do pânico ou transtorno do pânico é uma condição associada a crises de ansiedade aguda que se caracteriza pela ocorrência repentina, inesperada e de certa forma inexplicável. Não tem faixa de idade para ocorrer, mas muitos estudos apontam a adolescência ou o início da vida adulta como maiores picos, sem motivo. O episódio pode repetir-se, de forma aleatória, várias vezes no mesmo dia ou demorar semanas, meses ou até anos para surgir novamente, pode também ocorrer durante o sono. Muito é questionando a respeito da origem e causa da síndrome, podendo variar de pessoa para pessoa. A ciência acredita que um conjunto de fatores possa desencadear o desenvolvimento deste transtorno, como: Genética, estresse, temperamento forte e suscetível ao estresse e 34 mudanças na forma como o cérebro funciona e reage a determinadas situações. O medo é uma das características que mais assusta o paciente que já vivenciou um ataque de pânico. O pico das crises geralmente dura cerca de 10 a 20 minutos, mas pode variar dependendo da pessoa e da intensidade do ataque. Além disso, alguns sintomas podem continuar por uma hora ou mais. É bom ficar atento, pois, muitas vezes um ataque de pânico pode ser confundido com um ataque cardíaco. Diante do exposto, temos como exemplo o atual cenário mundial, onde a incidência de casos relacionados ao transtorno de pânico vem aumentando e está diretamente ligado ao estresse causado pelas incertezas da pandemia. O estresse é fator de risco para vários transtornos mentais. O pânico pode ser disparado nos casos de maior ansiedade. É provável que nesta segunda fase da doença, a do confinamento, possa haver uma incidência maior de pânico. De acordo com o psiquiatra Alexandre Saadeh, do Hospital das Clínicas, esse é um dos grandes desafios de quem sofre de ansiedade em tempos de pandemia: equilibrar a saúde física e mental. "Você tem que seguir todas as diretrizes de saúde pública, mas também tem que cuidar da mente e continuar a sua vida", ele diz. Dar uma caminhada, por exemplo, em um horário em que a rua não esteja cheia pode ajudar, segundo ele. É comum que nesse momento haja a somatização, processo onde a pessoa começa a imaginar os sintomas e então tem a sensação de que os mesmos começaram a ocorrer. A confusão de sintomas em vítimas da síndrome do pânico é explicada pela psicóloga clínica e doutora em psicologia Patricia Demoly, que afirma que o fenômeno está ligado ao medo. “A síndrome do Pânico é caracterizada (entre outros sintomas) por um medo iminente de morte e pensamentos repetitivos catastróficos”. Por esse motivo, a psicoterapia é o melhor caminho para quem precisa cuidar do seu bem-estar emocional, pois ao longo do processo o paciente vai entrando em contato com sua própria história, seu modo de lidar com as dificuldades, com a frustração e decepção, com suas próprias expectativas, a maneira que faz escolhas, enfim, o modo como tem vivido suas experiências e a partir de questionamentos e reflexões, ele vai ganhando maior compreensão de si e do mundo ao seu redor, e assim, pode gerenciar melhor suas dificuldades, a pessoa se sente mais capacitada a construir uma vida mais saudável e satisfatória. 35 28º e 29º Encontros – 06/08 – 14:00 às 20:00 e 07/08 – 14:00 às 20:00 (12 horas) Durante esse encontro, realizamos atividades relacionadas à análise do filme “Freud Além da Alma”, onde deveríamos analisar demandas apresentadas Biografia romanceada do pai da psicanálise, mostrando seus casos mais célebres e seu envolvimento com os pacientes. O filme norte-americano retrata os momentos difíceis que Freud viveu no início de sua carreira de médico, nos mostrando suas descobertas, suas próprias experiências pessoais e a teoria desenvolvida por ele. Em conjunto com Breuer, Freud fez descobertas interessantes para desmistificar isso e trazer mais clareza sobre o problema: Os sintomas da histeria fazem sentido, de modo que não se deve apontar fingimento por parte dos pacientes; Um trauma teria causado a doença, se ligando a impulsos libidinais que acabaram reprimidos; Quanto à lembrança do trauma, por meio da catarse se entraria no caminho para chegar na cura. Além disso, o filme traz um retrato bastante fiel sobre algumas etapas de Freud e como o próprio se desenvolveu ao longo do caminho. Não apenas os outros, mas ele também serviu como cobaia de sua própria pesquisa científica. Por outro lado, como filme, a obra não deixa muito a desejar como entretenimento, apesar do conteúdo mais complexo. Isso é até um atrativo, já que se mostra como um diário pessoal organizado e construído de maneira distinta. Por fim, é mais um degrau para que consigamos nos aproximar de Freud e da sua visão sobre a própria vida. Figura 21 – Capa do Filme Freud - Além da Alma Fonte: Freud, Além da Alma (Freud, 1962). 36 30º Encontro – 08/08 – 14:00 às 18:00 (04 horas) Durante esse encontro, fomos orientados quanto à realização de atividades relacionadas à elaboração de uma declaração e um atestado psicológico de caso fictício, com o intuito de reforçar os conhecimentos sobre produção de documentos advindos do exercício profissional. O caso clínico, assim como a declaração e o atestado oriundos dele se encontram apresentados a seguir: CASO CLÍNICO Paciente Tainá de Souza Fontenele, 20 anos, procurou atendimento psicológico, pois, não se achava merecedora de tudo que tinha, por sentir-se feia, “acabada” e relatou ter crises de ansiedade constante. A paciente relata ser homossexual e não sabe como contar aos seus pais e familiares, apesar de já ter sido indagada algumas vezes por sua mãe a respeito de sua orientação sexual. A jovem é evangélica, vinda de uma família bastante rigorosa em relação à religião e a igreja a qual é vinculada condena extremamente a homossexualidade ou qualquer forma de “desvio” das condutas evangélicas. A seguir será anexado os documentos pedidos em supervisão: DECLARAÇÃO Declaro, para fins de comprovação, que Tainá de Souza Fontenele, cuja numeração de CPF é 055.613.850-49 está sendo submetido a acompanhamento psicológico, sob meus cuidados profissionais, comparecendo às sessões todas às quartas-feiras, das 10:00 h às 11:00 h. Até o atual momento sem previsão para o término do acompanhamento. Parnaíba-PI, 08 de agosto de 2020 Lorrane Maria Silva Nascimento Psicóloga CRP: 21/2206 37 ATESTADO PSICOLÓGICO Nome: Tainá de Souza Fontenele------------------------------------------------------------------------- Data de nascimento: 23/04/2000----------------------------------Naturalidade: Parnaibana------- CPF: 055.613.850-49------------------------------------------------Estadocivil: Solteira------------- Escolaridade: Ensino médio completo----------------------------Profissão: N/A-------------------- Solicitante: Evandro Mamede Moreira Júnior---------------------------------------------------------- Finalidade: Compreender os aspectos psicológicos de Tainá de Souza Fontenele e atestar sua capacidade para condução de veículo--------------------------------------------------------------------- Descrição: Atesto para os devidos fins que Tainá de Souza Fontenele está apta para conduzir veículos. A mesma encontra-se em acompanhamento Psicológico há um pouco mais de 6 meses. A paciente não demonstra oscilações no comportamento e as crises de ansiedade tem sido menos recorrente----------------------------------------------------------------------------------------------------- Parnaíba-PI, 08 de agosto de 2020 Lorrane Maria Silva Nascimento Psicóloga CRP: 21/2206 31º Encontro – 10/08 – 14:00 às 18:00 (04 horas) Durante esse encontro, fomos orientados quanto à realização das seguintes atividades: Orientação para produção do Relatório/Portfólio final. Além disso, fomos orientados quanto à Metodologia científica e Critérios de Avaliação, frisando a questão da produção de documentos advindos do exercício acadêmico. 32º Encontro – 11/08 – 08:00 às 12:00 (04 horas) Nesse encontro, fomos orientados quanto à realização de atividades referentes à elaboração de um parecer de caso fictício, com o intuito de fixar os conhecimentos adquiridos sobre a produção de documentos advindos do exercício profissional. O parecer psicológico elaborado se encontra apresentado abaixo: 38 PARECER PSICOLÓGICO 1. IDENTIFICAÇÃO: Paciente: Tainá de Souza Fontenele---------------------------------------------------------------------- Data de Nascimento: 23/04/2000--------------Naturalidade: Parnaibana-------------------------- Estado civil: Solteira-----------------------------Profissão: N/D---------------------------------------- Solicitante: Supervisor Evandro Mamede Moreira----------------------------------------- Finalidade: Avaliar necessidade de acompanha mento psicológico e levantar os principais aspectos a serem trabalhados em psicoterapia---------------------------------------------------------- Autor: Lorrane Maria Silva Nascimento---------------------------------------------------------------- 2. DESCRIÇÃO DA DEMANDA: A paciente em questão procurou a UBS de seu bairro onde estagiarias do curso de psicologia estavam fazendo plantão psicológico em 2020. A mesma relatava dificuldade de relacionamentos interpessoais e que era excluída no grupo da igreja pela sua orientação sexual, além de apresentar crises de ansiedade constante. Relata também que devido a necessidade de atenção da mãe, começou aos 9 anos forjar doenças e virou algo recorrente. Durante a entrevista Tainá mostrou-se estável emocionalmente, aparentou estar ansiosa, mas não em excesso e deixou claro que procurou o serviço na UBS porque seus pais haviam pedido, mas que apesar disso estava disposta a colaborar e dar continuidade ao tratamento caso fosse necessário-------- 3. ANALISE: Diante do caso, faz -se necessária uma avaliação psicológica para melhor compreensão dos problemas relatados, bem como para o delineamento do tratamento, caso este se faça necessário. A hipocondria está incluída nos transtornos somatoformes (DSM-IV), caracterizados pela presença de sintomas físicos que sugerem uma condição médica geral, mas que não são explicados por uma condição clínica, por efeito de substâncias ou por um outro transtorno mental, distinguindo-se dos demais transtornos somatoformes quando a idéia de ter uma doença grave ocorrer não somente no curso do transtorno de somatização. O transtorno hipocondríaco na Classificação Internacional de Doenças (CID-10) é similar àquele no DSM- IV, incluindo queixas somáticas persistentes ou preocupação duradoura com a aparência física. Desta forma fica claro que os sintomas que a paciente Tainá apresenta são decorrentes da somatização do seu estresse e de algumas emoções, como por exemplo, a exclusão e não aceitação de sua família e amigos com relação a sua orientação sexual----------------------------- 4. CONCLUSÃO: 39 Em razão desse quadro de hipocondria e ansiedade, indica-se a Tainá de Souza Fontenele a realizar acompanhamento psicológico e psiquiátrico. Sugere-se que a mesmo seja medicada com um psicotrópico que iniba e a auxilie no controle dessa função. O trabalho conjunto do psicólogo e psiquiatra trarão benefícios ao tratamento da paciente em questão.----- 5. REFERENCIA: American Psychiatric Association (1994). DSM-IV: Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais (4ª Ed.). Lisboa: Climepsi Editores. American Psychiatric Association (2002). DIB, Monica; VALENCA, Alexandre M.; NARDI, Antonio Egidio. Transtorno de pânico e hipocondria. J. bras. psiquiatr., Rio de Janeiro , v. 55, n. 1, p. 82-84, 2006. Available from http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0047- 20852006000100013&lng=en&nrm=iso. Acesso em: agosto de 2020. Parnaíba-PI, 11 de agosto de 2020. Lorrane Maria Silva Nascimento Psicóloga CRP: 21/2206 33º, 34º e 35º Encontros – 12/08 – 14:00 às 20:00, 13/08 – 14:00 às 20:00 e 14/08 – 14:00 às 20:00 (18 horas) Durante esse encontro, fomos orientados quanto ao desenvolvimento e realização de Role-Plays (entrevistas, triagem, plantão, psicoterapia contínua, preparação para encerramento, entrevista devolutiva), no intuito de aprimorar nossos conhecimentos quanto à atuação e intervenção psicoterapêutica baseada na Psicanálise. 36º Encontro – 20/08 – 14:00 às 20:00 (06 horas) Durante esse encontro, fomos orientados quanto à entrega do Relatório/Portfólio. Além disso, realizamos o encerramento das atividades com feedback e auto avaliação, visando o desenvolvimento de senso crítico-reflexivo. 40 2.3 Produção do Relatório/Portfólio Da carga horária total da disciplina de estágio Supervisionado, 20 horas foram destacadas para atividades relacionadas à produção do Relatório/Portfólio. Essa carga horária não teve dias específicos definidos, por serem atividades complementares a serem realizadas pelos alunos, mas se encontram no cronograma após a finalização das partes teórica e práticas da disciplina. 41 3 CONCLUSÃO Fomos orientados e supervisionados durante o Estágio Supervisionado II quanto à realização de atividades teóricas e práticas que impactarão na qualidade de nossa prática como futuros profissionais, uma vez que fomos apresentados a novos conceitos e diretrizes, além de termos revisados outros mais que são importantes na construção de um arcabouço técnico- científico de qualidade em cada um dos acadêmicos. Observamos uma pluralidade de conteúdos e metodologias, tornando as atividades atrativas e funcionado como uma ferramenta de manutenção do ânimo dos alunos durante um período tão conturbado. Nesse ínterim, tanto as atividades teóricas realizadas na primeira parte do estágio, quanto as atividades práticas realizadas na segunda parte foram importantes para a construção de nossas práticas profissionais e na formação de profissionais comprometidos e éticos. Tivemos contato com conceitos e teorias, além de conhecermos questões mais práticas do exercício profissional, como os documentos profissionais. Considero que o houve aproveitamento da disciplina e um esforço coletivo na construção desse semestre de estágios de maneira exitosa. Vale ressaltar que a modalidade de ensino à distância adotado nesse período traz consigo dificuldades e problemáticas inerentes dessa modalidade de ensino, mas que não repercutiram de maneira negativa nesse estágio. Além disso, houve total aproveitamento dos conteúdos, atividades e ferramentas, fortalecendo os vínculos entre alunos e colegas,além da relação entre alunos e instituição. REFERÊNCIAS BARROS, A. L. B. L. Anamnese e Exame Físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. 2ª ed. Porto Alegre – RS. Editora Artmed. 2010. CERIONI, R. A. N.; HERZBERG, E. Triagem psicológica: da escuta das expectativas à formulação do desejo. Psicologia: Teoria e Prática, vol. 18, núm. 3, septiembre-diciembre, 2016, pp. 19-29. Universidade Presbiteriana Mackenzie. São Paulo, Brasil. CFP. Conselho Federal de Psicologia. Código de Ética Profissional do Psicólogo. Conselho Federal de Psicologia, Brasília, agosto de 2005. CFP. Conselho Federal de Psicologia. Resolução CFP 06/2019: orientações sobre elaboração de documentos escritos produzidos pelo (a) psicólogo (a) no exercício profissional. Brasília, junho de 2019. COSTA, G. P.; et al. A clínica psicanalítica das psicopatologias contemporâneas / Gley P. Costa e colaboradores. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre: Artmed, 2010. DOR, J. Estruturas e clínica psicanalítica. Trad. Jorge Bastos e André Telles. Rio de Janeiro: Taurus-Timbre, 1991. LIMA, G. M. P. 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ANEXOS UNINASSAU – PARNAÍBA CURSO DE PSICOLOGIA ESTÁGIO SUPERVISIONADO II SUPERVISOR: EVANDRO MAMEDE MOREIRA JUNIOR PLANO DE AÇÃO DE SUPERVISÃO REMOTA ONLINE Unidade: Parnaíba-PI Curso: PSICOLOGIA Período letivo: 2020.1 Disciplina: Estágio Supervisionado II Psicanálise Carga Horária: 200 horas Remoto (online): 70 horas Prática: 130 horas Professor: Evandro Mamede Moreira Junior Data Hor. horas Atividade/ Supervisão Remota Habilidade/ Competência Bibliografia 24/06 QUA 14:00 às 18:00 04 Apresentação da proposta de ação para supervisão remota. Conduta e Ética profissional. Cronograma de ações. Organização para o “Seminário de Práticas”. Conduta, Ética e organização profissional. Código de Ética Profissional do Psicólogo. Conselho Federal de Psicologia, Brasília, agosto de 2005. 25/06 QUI 14:00 às 18:00 04 Apresentação dos documentos de estágio: Anamneses adulto, infantil; triagem; ficha de evolução. Seminário de práticas dos pressupostos da TCC (Conceitualização de caso; Relação terapêutica; Ética na Psicanálise). Manuseio de documentos nas entrevistas e atendimentos. Apropriação da Teoria Psicanalítica que embasa o estágio. Especificidades da ética da psicanálise: conferência, ética e real, ética e.../Angélia Teixeira (org.). — Salvador: Associação Científica Campo Psicanalítico, c2005. 180 p.: il. ISBN 85-89388- 04-02. 26/06 SEX 18:00 às 22:00 04 A clínica psicanalítica das psicopatologias contemporâneas Apropriação da Teoria Psicanalítica que embasa o estágio. A clínica psicanalítica das psicopatologias contemporâneas [recurso eletrônico] / Gley P. Costa e colaboradores. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : A rtmed, 2010. ISBN 978-85-363- 2360-2 1. Psicanálise. I. Costa, Gley P. 27/06 SAB 08:00 às 12:00 04 Essa perspectiva impõe que nos prolonguemos no descritivo dinâmico e econômico das principais estruturas psicopatológicas: estrutura histérica, estrutura obsessiva, estrutura perversa. Apropriação da Teoria Psicanalítica que embasa o estágio. Estruturas e clínica psicanalítica Tradução Jorge Bastos e André Telles Revisão técnica Carmen Mirian Da Poian Livrarias Taurus-Timbre Editores, Rio de Janeiro, 1991. 29/06 SEG 20:00 às 22:00 04 O Método Psicanalítico. Atuação e intervenção psicoterapêutica baseada na Psicanálise Jorge, Marco Antonio Coutinho, 1952-J71f Fundamentos da psicanálise de Freud a Lacan, vol.3: a prática analltica/Marco Anv. 3 tonio Coutinho Jorge. - 1.ed. - Rio de Janeiro : Zahar, 2017. 30/06 TER 14:00 às 18:00 04 A Direção da Análise: O ciclo da técnica Atuação e intervenção psicoterapêutica baseada na Psicanálise. Jorge, Marco Antonio Coutinho, 1952- J71f Fundamentos da psicanálise de Freud a Lacan, vol.3: a prática analltica/Marco Anv. 3 tonio Coutinho Jorge. - 1.ed. - Rio de Janeiro : Zahar, 2017. 01/07 QUA 08:00 às 12:00 04 Análise do slides apresentados. Construção de proposta de intervenção baseada na Psicanálise. Jorge, Marco Antonio Coutinho, 1952- J71f Fundamentos da psicanálise de Freud a Lacan, vol.3: a prática analltica/Marco Anv. 3 tonio Coutinho Jorge. - 1.ed. - Rio de Janeiro : Zahar, 2017. 02/07 QUI 18:00 às 22:00 04 Role-Plays (entrevistas, triagem, plantão, psicoterapia contínua, preparação para encerramento, entrevista devolutiva). Objetivos e estrutura da sessão, avaliação, hipótese diagnóstica. Atuação e intervenção psicoterapêutica baseada na Psicanálise. Desafios para a técnica psicanalítica/ José Carlos Garcia – São Paulo: Casa do Psicólogo®, 2007. — (Coleção clínica psicanalítica / dirigida por Flávio Carvalho Ferraz) 03/07 SEX 14:00 às 18:00 04 Elaboração de modalidades de documentos psicológicos: Declaração; Atestado Psicológico; Relatório (Psicológico; Multiprofissional); Laudo Psicológico; Parecer Psicológico. Apreender a elaborar documentos que fazem parte da ciência psicológica. CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Resolução CFP 06/2019: orientações sobre elaboração de documentos escritos produzidos pelo (a) psicólogo (a) no exercício profissional. Brasília, junho de 2019. 06/07 SEG 14:00 às 18:00 04 Elaboração de modalidades de documentos psicológicos: Declaração; Atestado Psicológico; Relatório (Psicológico; Multiprofissional); Laudo Psicológico; Parecer Psicológico. Apreender a elaborar documentos que fazem parte da ciência psicológica. CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Resolução CFP 06/2019: orientações sobre elaboração de documentos escritos produzidos pelo (a) psicólogo (a) no exercício profissional. Brasília, junho de 2019. 07/07 TER 20:00 às 22:00 02 Estudo e discussão de caso clínico. Atuação e intervenção psicoterapêutica
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