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Portfólio Estágio supervisionado

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PORTFÓLIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO II 
Professor: Evandro Mamede Moreira Júnior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARNAÍBA- PI 
2020.1 
 
FACULDADE UNINASSAU/PARNAÍBA 
Coordenação de Psicologia 
Curso de Formação de Psicólogo 
Aluno(a): Lorrane Maria Silva Nascimento 
Matricula: 21012390 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO 2 
2 DESENVOLVIMENTO 4 
2.1 Detalhamento das Atividades Remotas Teóricas 4 
2.2 Detalhamento das Atividades Remotas Práticas 20 
2.3 Produção do Relatório/Portfólio 40 
3 CONCLUSÃO 41 
REFERÊNCIAS 
ANEXOS 
 
2 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O estágio supervisionado, é importante na formação acadêmica por ser um processo de 
aprendizagem que vai além da sala de aula. É o momento em que o docente tem a oportunidade 
de relacionar a teoria com a prática e familiarizar-se com o cotidiano de trabalho da profissão 
que escolheu. Além disso, as atividades em campo proporcionam um aprendizado mais 
proveitoso, pois, é mais fácil o acadêmico lembrar de uma atividade produzida no período de 
estágio do que de tarefas realizadas em sala de aula. 
Diante disso, o presente portfólio tem como principal objetivo o registro de atividades 
realizadas na disciplina de Estágio Supervisionado II, tendo como ênfase a abordagem da 
Psicanalise, sob supervisão do professor Evandro Mamede Moreira Júnior, referente ao 9º 
período do curso de psicologia da faculdade Uninassau no Campus Parnaíba/PI. 
A carga horária total de 200 horas fora dividida em: 70 horas de supervisão remota 
(online), 110 horas prática remota e 20 de produção de documento. É importante ressaltar que 
o ensino remoto (online) foi escolhido devido o atual cenário do país que passa por uma 
pandemia sendo necessário o isolamento e distanciamento social, impossibilitando assim as 
atividades práticas de forma presencial. 
 
Figura 1 – Recorte de Tela de Um dos Encontros 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Recorte de tela realizado pela autora (2020). 
 
Hernández (2000), define o portfólio como um continente de diferentes classes de 
documentos (notas pessoais, experiências de aula, trabalhos pontuais, controle de 
aprendizagem, conexões com outros temas fora da escola, representações visuais, etc) capaz de 
3 
 
propiciar evidências do conhecimento que foi construído, das estratégias utilizadas e da 
disposição de quem o elabora em continuar aprendendo. Ou seja, o portfólio é um instrumento 
que estimula a comunicação entre professor e aluno, facilita a documentação, registro e 
estruturação de procedimentos que ajudem na aprendizagem. 
Diante do exposto, objetiva-se relatar nesse documento todas as atividades realizadas a 
fim de cumprir a carga horária citada a cima, que se deu através de seminários, podcast, vídeos, 
pesquisas bibliográficas, análise de filmes, estudo e discussão de caso e construção de um 
portfólio individual como prática do componente curricular. 
 
4 
 
2 DESENVOLVIMENTO 
 
Conforme explicitado no tópico anterior, o estágio Supervisionado II foi realizado de 
maneira remota, tendo em vista o cenário atual decorrente da pandemia e, para melhor 
seguimento do mesmo, foi subdividido em dois momentos: Atividades Teóricas Remotas (46 
horas) e Atividades Práticas Remotas (154 horas). Nesse sentido o presente portfólio levou em 
considerações essa subdivisão e as atividades realizadas foram detalhadas segundo esses 
momentos, buscando uma melhor organização da apresentação das atividades realizadas. 
 
2.1 Detalhamento das Atividades Remotas Teóricas 
 
1º Encontro – 24/06 – 14:00 às 18:00 (04 horas) 
 
Durante esse encontro inicial, houve a apresentação da proposta de ação para supervisão 
remota, momento no qual fomos esclarecidos quanto ao andamento do estágio de maneira 
remota, além de termos as dúvidas sanadas pelo supervisor. Recebemos, também, o cronograma 
de atividades do Estágio Supervisionado, com o detalhamento simples de todas as atividades a 
serem realizadas, que se encontra apresentado nos anexos do presente portfólio. 
 
Figura 2 – Recorte de Tela do Primeiro Encontro Remoto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Recorte de tela realizado pela autora (2020). 
 
Ainda nesse primeiro encontro, realizamos uma revisão dos aspectos éticos relacionados 
à conduta profissional e embasados pelo Código de Ética Profissional do Psicólogo, aprovado 
5 
 
pelo Conselho Federal de Psicologia. Sobre isso, o Código de Ética nos traz informações 
pertinentes quanto à prática profissional, além de versar sobre responsabilidades, direitos e 
deveres inerentes da profissão e punições em caso de transgressões ao código. A Figura nos 
apresenta a capa do Código de Ética Profissional do Psicólogo: 
 
Figura 3 – Código de Ética Profissional do Psicólogo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Conselho Federal de Psicologia (2005). 
 
2º Encontro – 25/06 – 14:00 às 18:00 (04 horas) 
 
Durante esse encontro, fomos orientados quanto à apresentação dos documentos de 
estágio, sendo eles: Anamnese Adulto, Anamnese Infantil; Triagem; Ficha de Evolução, 
que serão melhor explanados a seguir. Além destes, fomos apresentados também aos impressos 
relacionados ao bom andamento do estágio, como a Fichas de Frequência Individual, 
documento no qual anota-se a frequência dos acadêmico durante os estágios presenciais, 
preenchido em duas vias, uma que fica com o supervisor e outra que é repassada à instituição 
para controle de presenças, verificando a assiduidade dos acadêmicos. As Fichas de Frequência 
Individual se encontram apresentadas abaixo: 
 
6 
 
Figura 4 – Ficha de Frequência Individual 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: UNINASSAU (2020). 
 
Além desta, conforme explanado anteriormente, fomos apresentados às demais fichas 
utilizadas durante o estágio profissional em Psicologia e que seguem a ordem do atendimento, 
sendo eles: Ficha de Triagem, Fichas de Anamnese Adulto e Infantil e Ficha de Evolução de 
Caso. Nesse contexto, podemos descrever a Ficha de Triagem como um documento idealizado 
para a coleta de informações iniciais acerca dos indivíduos. 
Nesse sentido, a finalidade da ficha de triagem é coletar informações pertinentes que 
embasarão as terapêuticas posteriores adotadas junto ao paciente, figurando como alicerce de 
qualquer assistência humanizada. Além disso, Cerioni e Herzberg (2016), pontua que essa 
triagem inicial, embasada em questionamentos que tem como objetivos coletar dados, levantar 
hipóteses diagnósticas e otimizar encaminhamentos, sendo importante na realização de uma 
assistência holística eficaz. 
 
7 
 
Figura 5 – Modelo de Ficha de Triagem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: UNINASSAU (2020). 
 
Quanto às Fichas de Anamnese Adulto e Infantil, são utilizadas no prosseguimento do 
atendimento, sendo úteis na coleta de demais informações relevantes para a realização da 
assistência individual. Sobre isso, Barros (2010) acrescenta que a anamnese busca identificar 
os fatores determinantes que levaram o indivíduo a buscar atendimento, além de proporcionar 
ao profissional um momento de observação do indivíduo. 
 
Figura 6 – Modelo de Ficha de Anamnese 
 
Fonte: UNINASSAU (2020). 
 
8 
 
Quanto à Ficha de Evolução de Caso, trata-se de um documento utilizado com a 
finalidade de descrever, de maneira detalhada, os procedimentos, métodos e demais ferramentas 
utilizadas durante o atendimento psicológico. A ficha de evolução, assim como os demais 
documentos, é parte indispensável durante a realização da assistência psicológica. Nesse 
sentido, Moerschberger et al. (2017) referem que os profissionais devem estar capacitados 
quanto a realização das evoluções psicológicas, além de ser necessário haver a padronização de 
tais registros dentro das instituições. 
 
Figura 7 – Modelo de Ficha de Evolução de Caso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: UNINASSAU (2020). 
 
Por fim, durante esse encontro, realizamosum aprofundamento acerca da teoria adotada 
durante esse estágio: A Psicanalítica. Nesse sentido, esse aprofundamento foi realizado 
embasado pela obra da Angélia Teixeira, Especificidades da Ética Psicanalítica (2005). Nesse 
sentido, fomos orientados quanto à ligação entre a psicanálise e a ética, reforçando a 
importância da segunda para a utilização plena da primeira. Sobre isso, Teixeira (2005, p. 08) 
refere em sua apresentação da referida obra que: 
 
A psicanálise trouxe contribuições e uma nova perspectiva para se pensar a 
Ética tornando o problema mais complexo. Em primeiro lugar, a psicanálise 
vem mostrar que a escolha que o homem pode fazer entre o bem e o mal, não 
é, como se pensava até então, uma escolha consciente, produto de um livre 
arbítrio. Tal escolha, como quaisquer outras, segundo a psicanálise é sobre 
determinada pelo inconsciente, entendido como aparelho de linguagem, 
9 
 
regido pela lógica significante. Isto muda em grande parte a compreensão que 
até então se tinha da Ética. 
 
Entende-se, a partir desse trecho, que o conceito de ética é tão antigo quanto outros 
conceitos primordiais dentro das sociedades humanas e os estudos sobre ela sempre foram uma 
prioridade dos pensadores e filósofos, Sobre isso, a Psicanálise realiza esse transporte dos 
conceitos intrínsecos da ética no trato dos indivíduos humanos dentro da Psicologia. 
 
Figura 8 – Capa da Obra Especificidade da Ética da Psicanálise 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Teixeira (2005). 
 
3º Encontro – 26/06 – 18:00 às 22:00 (04 horas) 
 
Durante esse encontro, fomos orientados quanto à continuidade de aprofundamento na 
teoria Psicanalítica, embasados na obra A Clínica Psicanalítica das Psicopatologias 
Contemporâneas (2010), de Gley P. Costa e colaboradores. A obra em questão nos apresenta 
uma releitura das pesquisas psicanalíticas por meio das teorias da angústia de Freud, por meio 
de estudos de casos clínicos expostos de maneira clara, possibilitando uma visão crítica desses 
conceitos. 
Por meio da obra, pudemos compreender conceitos relacionados às patologias 
psicológicas ditas “contemporâneas”, por meio da análise de variados casos, enfocando os mais 
variados distúrbios psicológicos. A análise da obra nos proporcionou um importante momento 
de construção de saberes e de discussão com os colegas acerca desses problemas apresentados 
no texto. 
 
10 
 
Figura 9 – Capa da Obra A Clínica Psicanalítica das Psicopatologias Contemporâneas 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Costa et al. (2010). 
 
4º Encontro – 27/06 – 08:00 às 12:00 (04 horas) 
 
Durante esse encontro fomos orientados quanto às principais estruturas 
psicopatológicas: estrutura histérica, estrutura obsessiva, estrutura perversa. embasados pelos 
conceitos presentes na obra Estruturas e Clínica Psicanalítica (1991), de Joel Dor. 
 
Figura 10 – Capa da Obra Estruturas e Clínica Psicanalítica 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Dor (1991). 
 
De acordo com os conceitos expostos na citada obra, as principais estruturas 
psicopatológicas são: Estrutura Perversa; Estrutura Histérica e Estrutura Obsessiva. A figura 
abaixo traz um resumo esquemático das estruturas e seus pontos principais, embasados na obra 
de Dor (1991): 
 
11 
 
Figura 11 – Resumo Esquemático das Estruturas Psicopatológicas 
Fonte: Dor (1991). 
 
5º Encontro – 29/06 – 18:00 às 22:00 (04 horas) 
 
Durante esse encontro, fomos orientados quanto à continuidade de aprofundamento na 
teoria Psicanalítica, embasados na obra Fundamentos da Psicanálise de Freud a Lacan, vol. 3: 
A Prática Analítica de Marco Antônio Coutinho Jorge (2017), especificamente o primeiro 
capítulo intitulado O Método Psicanalítico foi utilizado para realização de explanação e debate. 
 
Figura 12 – Capa da Obra Fundamentos da Psicanálise de Freud a Lacan, vol. 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Jorge (2017). 
 
Por meio da explanação, debate e análise individual do capítulo I da referida obra, 
pudemos entender o processo utilizado por Freud para a criação do método psicanalítico, após 
iniciar sua jornada na prática clínica, em meados de 1890 a 1910. Nesse período de 20 anos, 
Es
tr
u
tu
ra
 P
er
ve
rs
a - O ponto de 
ancoramento das 
emoções;
- Diagnóstico diferencial 
entre as perversões;
- O ponto de vista 
freudiano sobre as 
perversões;
- A mãe fálica;
- O perverso e a lei do pai
- Novo diagnóstico 
diferencial entre as 
estruturas.
Es
tr
u
tu
ra
 H
it
ér
ic
a
- Estrutura histérica e 
lógica fálica;
- Os traços da estrutura 
histérica;
- A mulher histerica e sua 
relação com o sexo;
- A histeria masculina;
- A relação com o sexo no 
histérico masculino.
Es
tr
u
tu
ra
 O
b
se
ss
iv
a
- Os traços da estrutura 
obsessiva;
- O obsessivo, a perda e a 
lei do pai;
- O obsessivo e seus 
objetos de amor.
12 
 
Freud se debruçou sobre a tarefa de mapear os elementos essenciais do método psicanalítico, 
elaborando conceitos amplamente utilizados atualmente como Inconsciente, Pulsão, Fantasia e 
Sintoma, além de definir que a regra de associação livre não poderia ser maior, sendo 
considerada a regra fundamental da psicanálise, conforme exemplifica a citação presente no 
capítulo transcrita a seguir: 
 
Preocupo-me com o fato isolado e espero que dele jorre, por si mesmo, o 
universal (Freud apud. Jorge, 2017, p. 17). 
 
6º Encontro – 30/06 – 14:00 às 18:00 (04 horas) 
 
Durante esse encontro, fomos orientados quanto à continuação da análise da obra 
Fundamentos da Psicanálise de Freud a Lacan, vol. 3: A Prática Analítica de Marco Antônio 
Coutinho Jorge (2017), especificamente o capítulo II, intitulado como : O ciclo da técnica que 
traz informações sobre o caminho percorrido por Freud no desenvolvimento da técnica 
psicanalítica. 
De acordo com o exposto no capítulo em análise, Jorge (2017) refere que toda a obra 
Freudiana está repleta de reflexões sobre a prática da psicanálise e, consequentemente, sobre 
métodos e formas de operação. Segundo o autor, Freud precisou de um longo tempo para 
desenvolver e maturar o ciclo de técnicas que se encontra explicitado em seus “Artigos sobre 
Técnica”, onde apresentou os elementos integrantes dessa prática analítica: tratamento psíquico 
embasado na concepção que temos do próprio aparelho psíquico. A Figura a seguir demonstra 
a linha do tempo do ciclo da técnica: 
 
Figura 13 – Representação da Linha do Tempo que Engloba a Elaboração do Ciclo da Técnica 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Jorge (2017). 
13 
 
 
7º Encontro – 01/07 – 08:00 às 12:00 (04 horas) 
 
Durante esse encontro, fomos orientados pelo supervisor quanto à análise de três 
videoaulas que versavam sobre a abordagem psicanalítica, disponibilizados no canal do 
youtube do Psicanalista Alexandre Simões intitulados: O QUE É A INTERPRETAÇÃO DOS 
SONHOS? COMO UMA ANÁLISE SE INICIA? e O QUE É ASSOCIAÇÃO LIVRE. Nesse 
sentido, a atividade consistiu na análise e discussão dos conteúdos abordados nos três vídeos, 
com o intuito de aprofundar o conhecimento relacionado ao atendimento terapêutico, 
identificando os elementos da análise psicanalítica. 
 
Figura 14 – Recorte de Tela do Vídeo: O Que é a Interpretação de Sonhos? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Recorte de tela realizado pela autora (2020). 
 
De acordo com análise baseada na videoaula apresentada pelo Psicanalista Alexandre 
Simões, observamos que a interpretação de sonhos ganhou notoriedade a partir dos estudos de 
Freud e figura como um dos elementos da analise demarcada por ele. Nesse sentido, Simões 
pontua que a visão do Psicanalista desenhada por Freud difere da visão cinematográfica dada 
ao profissional como sendo um investigador da mente humana, desvendando os significados e 
mistérios dos sonhos. 
Simões refere, durante sua fala, que o psicanalista pode adotar esse papel de 
investigação conforme representado na indústria cinematográfica, em especial com relação aos 
sonhos, devemos evidenciarque o papel real do psicanalista com relação aos significados dos 
sonhos está enfocado em analisar mais a narrativa do paciente em relação ao sonho do que o 
sonho propriamente dito. 
14 
 
 
Figura 15 – Recorte de Tela do Vídeo: Como uma Análise se Inicia? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Recorte de tela realizado pela autora (2020). 
 
De acordo com análise baseada na videoaula apresentada pelo Psicanalista Alexandre 
Simões, observamos que o apresentador nos apresenta aos primeiros momentos de uma 
psicanálise. Inicialmente, Simões pontua que a psicanálise não se trata de um processo 
automático que se inicia no momento que o paciente adentra o consultório, mas devem ser 
realizadas de maneira tranquila e com planejamento, além disso, citando Freud, entende-se que 
nos primeiros encontros da psicanálise se criarão as condições necessárias para o 
estabelecimento do processo de psicanálise. 
A seguir, Simões enfoca sua fala nos momentos iniciais da psicanalise, chamados por 
Lacan de Entrevistas Preliminares, momento no qual o paciente deve ser incentivado a assumir 
uma posição de trabalho em relação à psicanálise. Além disso, nesse momento, os pacientes 
devem ser incentivados a falar livremente sobre suas aflições e demandas, possibilitando ao 
psicanalista a análise de seu discurso, por meio do processo denominado Associação Livre, 
onde identificamos muito mais sobre o sujeito pela sua fala, do que pelo seu discurso isolado. 
 
15 
 
Figura 16 – Recorte de Tela do Vídeo: O Que é Associação Livre? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Recorte de tela realizado pela autora (2020). 
 
De acordo com análise baseada na videoaula apresentada pelo Psicanalista Alexandre 
Simões, observamos que a Associação Livre é um dos elementos da prática psicanalítica, 
ressaltando que suas elaborações iniciais foram realizadas por meio das pesquisas de Freud, que 
definiu que o foco do trabalha na psicanálise seria a palavra, o discurso, incentivando até que 
os pacientes oralizassem livremente com o intuito de realizar uma análise mais robusta de seu 
discurso. 
Além disso, Simões pontua que Freud chegou às bases da Associação Livre por meio de 
dois momentos primordiais: A análise do tratamento da histérica Anna O, no qual percebe a 
importância das palavras na prática psicanalítica e No tratamento de outra paciente histérica 
não identificada, no qual a paciente pede que Freud a escute mais e fale menos. Por meio desses 
dois momentos, Freud percebe que o papel do psicanalista deveria ser outros além daquele 
inicialmente desenhado e delimitou a importância da análise do discurso e da Associação Livre 
 
8º Encontro – 02/07 – 18:00 às 22:00 (04 horas) 
 
Durante esse encontro, fomos orientados quanto à realização de Role-Plays (entrevistas, 
triagem, plantão, psicoterapia contínua, preparação para encerramento, entrevista devolutiva) 
objetivando um melhor entendimento acerca dos objetivos e estrutura da sessão, avaliação, 
hipótese diagnóstica, etc. As Role-plays foram baseadas na obra Desafios para a Técnica 
Psicanalítica de José Carlos Garcia (2007) que traz reflexões baseadas em prática clínica acerca 
da prática psicanalítica. 
 
16 
 
Figura 17 – Capa da Obra Desafios para a Técnica Psicanalítica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Garcia (2007). 
 
Os Role-Plays podem ser conceituadas como técnicas de ensino e aprendizagem 
baseadas em atuação e/ou dramatização de situações reais, com o intuito de preparar o 
acadêmico para as demandas que aparecerão em sua prática profissional. Nesse sentido, os role-
plays são realizados em determinado contexto e com papéis pré-definidos pelos próprios 
acadêmicos, visando a oportunização de reflexões sobre sua prática e futuro profissionais 
(RABELO; GARCIA, 2015) 
Sobre isso, Paulino et al. (2020) complementa que com a utilização do role-play, em 
que se coloca o discente no lugar do outro em determinada situação, possibilita o 
desenvolvimento de competências e preenche eventuais lacunas de aprendizagem. Os autores 
reforçam que esses encontros, com a utilização do role-play e com o professor assumindo o 
papel de facilitador do processo de ensino-aprendizagem, são de grande valia no aprimoramento 
individual e na construção do conhecimento coletivamente. 
 
9º e 10º Encontros – 03/07 – 14:00 às 18:00 e 06/07 – 14:00 às 18:00 (08 horas) 
 
Durante esses encontros fomos orientados quanto à elaboração de modalidades de 
documentos psicológicos: Declaração; Atestado Psicológico; Relatório (Psicológico; 
Multiprofissional); Laudo Psicológico; Parecer Psicológico conforme a Resolução 06/2019 do 
Conselho Federal de Psicologia. Fomos instruídos a apreender a elaborar documentos que 
fazem parte da ciência psicológica. 
17 
 
A referida Resolução do Conselho Federal de Psicologia (CFP) traz orientações acerca 
da elaboração de documentos utilizados durante o exercício profissional com o objetivo de 
orientar os profissionais a redigir documentos adequados para comunicação escrita. A saber, os 
documentos mais utilizados durante a prática e ao qual nos debruçamos durante o encontro 
foram a declaração, atestado psicológico, relatório, laudo psicológico e parecer psicológico. 
Abaixo apresentamos um resumo esquemático desses documentos: 
 
Tabela 1 – Resumo Esquemático dos Documentos Profissionais 
 
DOCUMENTO DEFINIÇÃO CONSIDERAÇÕES 
Declaração 
A declaração consiste num documento 
escrito que tem como finalidade o registro, 
de forma sucinta e objetiva, das 
informações relacionadas ao atendimento 
psicológico, contendo informações sobre o 
acompanhamento realizado e o tempo de 
acompanhamento, com dias e horários. 
A resolução veda a descrição 
de sintomas, situações e/ou 
estados psicológicos na 
declaração. 
Atestado 
Psicológico 
O atestado consiste num documento que 
tem como finalidade certificar uma 
determinada situação, estado ou 
funcionamento psicológico fundamentado 
em um diagnóstico psicológico com o 
intuito de afirmar as condições 
psicológicas do solicitante. 
O atestado também serve como 
justificativa de faltas ou 
impedimentos, de inaptidão 
para realização de atividades 
específicas e como ferramenta 
de solicitação de afastamento 
e/ou dispensa. 
Relatório 
Psicológico 
O relatório consiste em um documento que 
traz a descrição detalhada do atendimento 
realizada com indivíduos ou instituições, 
considerando os condicionantes históricos 
e sociais dos mesmos. 
Tem como intuito principal 
informar outros profissionais 
acerca desse atendimento, além 
de servir como ferramenta na 
geração de orientações, 
recomendações, 
encaminhamentos e 
intervenções pertinentes. 
Laudo Psicológico 
O laudo consiste em um documento que 
traz o apanhado geral do atendimento 
psicológico, englobando o processo de 
Nele apresentam-se 
informações técnicas e 
científicas dos fenômenos 
18 
 
avaliação psicológica, tendo como intuito 
subsidiar decisões relacionadas ao contexto 
da demanda. 
psicológicos ocorridos com 
indivíduo ou instituição, 
considerando-se os 
condicionantes históricos e 
sociais dos mesmos. 
Parecer Psicológico 
O parecer consiste em um documento que 
traz uma análise técnica, por meio de um 
pronunciamento escrito, com o intuito de 
responder a uma questão-problema do 
campo psicológico 
Visa a diminuição das dúvidas 
com relação a essa questão-
problema, sendo uma resposta a 
uma consulta 
Fonte: CFP (2019). 
 
11º e 12º Encontros – 07/07 – 20:00 às 22:00 e 08/07 – 08:00 às 12:00 (06 horas) 
 
Durante esses encontros fomos orientados quanto à realização de estudo e discussão de 
caso clínico, visando aprimorar a atuação e intervenção psicoterapêutica baseada na Psicanálise. 
Nesse sentido, os estudos de caso se encontram apresentados a seguir: 
 
ESTUDO DE CASO I 
 
A. 23 anos. Sente-se perfeita pois sempre foi muito exigida a ser forte e nunca vacilar. 
Distancia-seda filha mais velha pois se vê cobrando-a como se fosse ela. Gostaria de ser ela 
mesma, mas, percebe que procura se rotular muito. Diz ter dormido bastante depois da sessão, 
como se estivesse aliviada. Sente que a mãe não gosta dela e, por isso, transfere esse sentimento 
para a filha mais velha. Observa-se sempre alerta, não pode relaxar “é preguiça”. Chegou na 
sessão e disse: “hoje é você quem vai dizer, eu já falei tudo”. Acordou de madrugada pensando 
no que ia me dizer. Tem sentimentos ambíguos em relação à mãe. Às vezes, acha que se faz de 
“coitadinha” para se confortar com o sofrimento. Lembrou que não quis ter a primeira filha e 
que a deixava no travesseiro pois não queria se apegar. Vê que no casamento sempre foi 
submissa. Sente-se em crise. 
 
ANÁLISE DO CASO I 
 
Com base nos dados apresentado no Estudo de Caso I, observamos que há uma rigidez 
por parte da paciente com relação a si mesma, resultado na supremacia do superego em seu 
19 
 
aparelho psíquico. Nesse sentido, entende-se que a supremacia do superego ocorre quando o 
Ego consegue obter o domínio no controle do Id, acarretando no indivíduo características como 
impulsividade, baixa tolerância à frustração, imaturidade, agressividade exacerbada, entre 
outras (SANTOS, 2008). 
Dentro desse contexto, observou-se, também, que as relações familiares da paciente 
estão perturbadas, com a mesma projetando sobre a filha mais velha suas exigências, oriundas 
de uma relação rígida com a própria mãe. Considero necessário o acompanhamento 
psicanalítico que intervenha nessas características com o intuito de reestruturar as relações da 
paciente. 
 
ESTUDO DE CASO II 
 
P. 20 anos, solteira. Despreza o seu corpo. Já teve bulimia e anorexia na adolescência. 
Ideias de suicídio. Acha que não tem personalidade formada pois não sabe o que quer da sua 
vida profissional (curso superior em andamento). Utiliza sempre o que gostaria de ser e, pouco 
fala do que realmente é. Acha que melhorou pois voltou a fazer academia. Procura se rotular e 
diz que o melhor é dormir pois, assim, foge. Pareceu-me receptiva ao trabalho psicoterápico. 
Foi estudar em outra cidade. 
 
ANÁLISE DO CASO II 
 
Com base nos dados apresentado no Estudo de Caso II, observamos que a paciente tem 
histórico de bulimia e anorexia, além de ideação suicida correlacionadas com sua dificuldade 
em se entender como indivíduo social. Sobre os Transtornos Alimentares, como anorexia e 
bulimia, Tucunduva (2011) refere que são quadros psicológicos bastante prevalente em jovens 
adolescentes e adultos jovens, principalmente os do sexo feminino e impacta em todas as esferas 
de vida dos indivíduos acometidos. 
Diante desse cenário, os transtornos alimentares podem ter variadas causas e tiveram 
sua evolução patológica nos processos de desenvolvimento mais primários, de acordo com a 
psicanálise. Sendo assim, o tratamento psicodinâmico é necessário nesses cenários, uma vez 
que há fatores emocionais e psicológicos envolvidos no desenvolvimento dessas patologias, 
não se excluindo a necessidade de um tratamento multiprofissional e multidisciplinar com o 
intuito de melhorar o quadro geral dos indivíduos (LIMA, 2018). 
 
20 
 
2.2 Detalhamento das Atividades Remotas Práticas 
 
13º e 14º Encontros – 20/07 – 14:00 às 20:00 e 21/07 – 14:00 às 20:00 (12 horas) 
 
Durante esses encontros, fomo orientados quanto à realização de atividades relacionadas 
com a análise do filme “Um Método Perigoso". Nesse sentido, as atividades definidas foram: 
Assistir ao filme, analisar, fazer anotações, estudar o caso, pesquisar e elaborar um relatório 
psicológico a partir da relação entre Carl Jung e Sigmund Freud. Aborda a intensa e polêmica 
relação da dupla com a paciente Sabina Spielrein. 
“Um método Perigoso” é um filme norte-americano de 2011 que trata da análise de um 
dos fundamentos primordiais de Freud, que seria a proibição de envolvimento entre paciente e 
analista. Nele, vemos o analista Jung ultrapassando esse limite e se envolvendo com a jovem 
Sabina Spielrein, uma de suas pacientes, evidenciando o dilema profissional enfrentado por 
Jung. 
O filme apresenta esse dilema de maneira bem interessante, uma vez que Jung e o 
próprio Freud são colocados como homens comuns em discussão acerca de seus instintos 
naturais em contraponto com a prática psicanalítica. O Relatório Psicológico derivado da 
análise solicitada se encontra apresentado abaixo: 
 
RELATÓRIO PSICOLOGICO 
 
1. Identificação 
Nome: Carl Jung, Sigmund Freud e Sabina Spielrein--------------------------------------------------
Data de nascimento: xxxxxx--------------------------------------------------------------
Naturalidade: xxxxxx------------------------------------------------------------------------------------- 
CPF: N/A------------------------------- Estado Civil: Solteiro------------------------------------------ 
Escolaridade: N/A------------------------------------------------------------------------------------------ 
Profissão: N/A---------------------------------------------------------------------------------------------- 
Solicitante: Evandro Mamede Moreira Júnior---------------------------------------------------------- 
Finalidade: Analisar a relação entre Carl Jung e Sigmund Freud no filme “Um método 
perigoso”, a fim de compreender a relação terapêutica frente a paciente Sabina Spielrein------- 
Autor (a): Lorrane Maria Silva Nascimento--- CRP 21/2206---------------------------------------- 
2. Descrição da demanda: 
21 
 
O presente relatório psicológico tem caráter fictício e foi proposto em um dos encontros 
remotos de supervisão de estágio, pelo supervisor Evandro Mamede. O filme “Um método 
perigoso” relata a relação entre Carl Jung e Sabina Spielrein, o que para Freud não é saudável, 
tendo em vista que um de seus fundamentos é o não envolvimento de analista e paciente. Freud 
acredita que o resultado da terapia possa ser comprometido caso não haja ética na relação 
terapêutica ambos. Ao passo que Carl e Sabina se envolvem sexualmente a dinâmica entre eles 
começa a ser afetada, indo de encontro com a postura que Freud havia recomendado, 
ocasionando conflitos.-------------------------------------------------------------------------------------- 
Ao longo do filme fica claro a relação que a paciente tinha com seu pai que a obrigava 
beijar sua mão depois de lhe bater. Esse ato despertou em Sabina suas predisposições sexuais 
ao sentir dor, projetando em Carl sua vontade de obter prazer. Jung enquanto analista nos é 
mostrada como bastante reservado. Envolve-se pessoalmente com seus pacientes, cede aos 
apelos transferenciais e se coloca de fato no lugar do pai de Sabina, ao satisfazer-lhe com 
injúrias. ------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
3. Procedimento: 
Com a finalidade de demonstrar a importância da ética na relação com o paciente e as 
técnicas psicanalíticas foi proposto a análise do filme “Um método perigoso” do diretor David 
Cronenberg, lançado em 2012.---------------------------------------------------------------------------- 
4. Análise: 
No decorrer do filme pôde ser analisado que o envolvimento de Jung com Sabina foge 
dos aspectos éticos atuais e que Freud estava correto com relação a sua postura frente a paciente, 
ficando claro a importância de respeitar o espaço e posição de cada um em seu devido lugar.-- 
5. Conclusão: 
Tendo em vista todos os fatores analisados no filme, conclui-se que psicoterapeutas 
devem saber estabelecer e respeitar o vínculo com seu paciente para que a terapia não seja 
afetada a ponto de criar impressões imparciais sobre o mesmo. Além de, explicitar como deve 
ser conduzida de forma ética a relação entre psicólogo e paciente. ---------------------------------- 
Parnaíba-PI, 20 de julho de 2020 
 
Lorrane Maria Silva Nascimento 
Psicóloga 
CRP: 21/2206 
 
22 
 
Figura18 – Capa do Filme Um Método Perigoso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Um Método Perigoso (A Dangerous Method, 2011). 
 
15º e 16º Encontros – 22/07 – 14:00 às 20:00 e 23/07 – 14:00 às 20:00 (12 horas) 
 
Durante esses encontros, fomos orientados quanto à realização de atividades 
relacionadas com a Análise do filme “Minha vida em cor-de-rosa”. Nesse sentido, as atividades 
relacionadas foram: Assistir o filme, analisar, fazer anotações, estudar o caso, pesquisar e 
elaborar um relatório psicológico a partir Ludovic, uma garota transsexual que está começando 
a assumir sua verdadeira identidade perante o mundo. 
“Ma vie em Rose” e um filme francês de 1996 que retrata a estória de um garotinho de 
sete anos que não se reconhece como menino, tendo comportamentos e sentimentos 
considerados “femininos”. Somos apresentados a variadas situações em que podemos observar 
como Ludovic não se identifica como menino e o sofrimento oriundo disso, evidenciados por 
meio de falta de entendimento da própria família e conhecidos. 
Essa falta de entendimento varia de momentos em que Ludovic pode agir como quer e 
momentos em que é duramente reprimido, o que acaba por causar na criança uma confusão 
maior que a inicial. O filme utiliza elementos visuais, como cores e brinquedos para representar 
o mundo infantil de Ludovic e sua “desconstrução”, enquanto demonstra a inabilidade dos 
adultos de compreenderem seu processo de autodescobrimento. O relatório psicológico advindo 
dessa análise se encontra apresentado a seguir: 
 
23 
 
RELATÓRIO PSICOLOGICO 
 
1. Identificação 
Nome: Ludovic----------------------------------------------------------------------------------------------
Data de nascimento: xxxxxx------------------------------------------------------------------------------
Naturalidade: xxxxxx------------------------------------------------------------------------------------- 
CPF: N/A------------------------------- Estado Civil: Solteiro------------------------------------------ 
Escolaridade: N/A------------------------------------------------------------------------------------------ 
Profissão: N/A---------------------------------------------------------------------------------------------- 
Solicitante: Evandro Mamede Moreira Júnior---------------------------------------------------------- 
Finalidade: Analisar e estudar o caso a respeito de Ludovic, uma garota transexual que está 
começando a assumir sua identidade perante o mundo. ----------------------------------------------- 
Autor (a): Lorrane Maria Silva Nascimento--- CRP 21/2206---------------------------------------- 
2. Descrição da demanda: 
O presente relatório psicológico tem caráter fictício e foi proposto em um dos encontros 
remotos de supervisão de estágio, pelo supervisor Evandro Mamede. Como demanda pode ser 
observado Ludovic que imagina que deveria ter nascido menina e o preconceito que o menino 
e seus familiares enfrentam em relação a sua identidade de gênero. -------------------------------- 
A família de Ludovic oferece uma festa aos vizinhos do bairro para onde haviam se 
mudado, ocasião onde o menino aparece maquiado e com um vestido de princesa, seus pais 
ficam constrangidos e para disfarçar alegam tratar-se de uma brincadeira, afirmando que o 
menino é “ótimo em disfarces.” Quando questionado pelas visitar o porquê de estar de vestido, 
ele responde que era para "ficar bonita", se expressando também verbalmente no gênero 
feminino, sendo duramente criticado pelos pais, que o obrigam a mudar de roupa.--------------- 
Diante disso pode-se perceber que a intolerância ao seu comportamento começa pela 
sua família que tem dificuldade em lidar com a orientação sexual do filho. Ludovic sente-se 
como uma menina e se veste como uma também, mas todos ao seu redor o acha estranho e não 
sabe como lidar com isso.---------------------------------------------------------------------------------- 
3. Procedimento: 
Com a finalidade de produzir um relatório psicológico fictício foi proposto a análise do 
filme “Minha vida em cor de rosa” do diretor Alain Berliner, lançado e 1997. --------------------
- 
4. Análise: 
24 
 
No decorrer do filme pôde ser analisado que a família e a comunidade não sabem como 
lidar com Ludovic e que o tratamento psicológico que seus pais lhe impõem, na tentativa de 
enquadrá-lo no padrão de um menino de sua idade, também não obtém os resultados esperados. 
Ao passarem por problemas, a família o hostiliza e culpa. Sua avó observa que a situação está 
insustentável e o leva para morar com ela. Vale ressaltar também uma das cenas mais chocantes 
que é quando contra a sua vontade, cortam o seu cabelo bem curto, cortando simbolicamente 
também seus sonhos e personalidade.-------------------------------------------------------------------- 
A ingenuidade de Ludovic, aliada à sua inocência e doçura, demonstram que não houve 
nenhuma opção ou escolha voluntária: independentemente de sua própria vontade e/ou da 
vontade de sua família, ele simplesmente é assim.------------------------------------------------------ 
5. Conclusão: 
Tendo em vista todos os fatores analisados no filme, conclui-se que o filme retrata não 
apenas da questão da sexualidade, mas principalmente das relações família-sociedade, da 
pressão social para que todos sejam enquadrados dentro das estruturas que a sociedade impõe. 
É importante ressaltar que nesses tipos de situações as pessoas “diferentes” são rejeitadas, 
desrespeitadas e ignoradas sistematicamente. 
Parnaíba-PI, 22 de julho de 2020 
Lorrane Maria Silva Nascimento 
Psicóloga 
CRP: 21/2206 
 
Figura 19 – Capa do Filme Minha Vida em Cor-de-Rosa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Minha Vida em Cor de Rosa (Ma Vie en Rose, 1996). 
 
25 
 
17º e 18º Encontros – 24/07 – 14:00 às 20:00 e 25/07 – 14:00 às 20:00 (12 horas) 
 
Durante esse encontro, fomos orientados quanto à elaboração de um ensaio teórico 
analisando o cenário de pandemia à luz da Psicanálise, a ser desenvolvido em grupos de três 
acadêmicos. Sobre isso, o objetivo da atividade seria produzir uma análise crítica a partir do 
contexto da pandemia, à luz do referencial da Psicanálise. O ensaio teórico elaborado se 
encontra apresentado abaixo: 
 
O TRAUMA DO LUTO REPENTINO CAUSADO PELA PANDEMIA DO NOVO 
CORONA VÍRUS 
 
Luiza Raquel Mendes Escórcio Duarte 
Lorrane Maria Silva Nascimento 
Maria Poliana de Souza 
 
INTRODUÇÃO 
 
Atualmente o mundo vive em um cenário totalmente diferente do que vivia a uns 4 
meses atrás. O aparecimento de um vírus, modificou as rotinas e a vida de praticamente todos 
seres humanos da terra. Houve a necessidade de se fazer isolamento social, para que pudesse 
diminuir a proliferação do vírus entre as pessoas. 
Até o início da pandemia, não se sabia ao certo o impacto que esse vírus causaria, e 
assim muitas pessoas achavam que seria só um isolamento de poucos dias. Porém com o passar 
dos dias cientistas de todo o mundo, médicos e hospitais, foram comunicando que esse vírus 
era mortal, e que existia a necessidade de se paralisar todas as atividades que necessitassem a 
presença das pessoas, porque poderia aumentar ainda mais a incidência do vírus. 
A sociedade vivenciou o fechamento das escolas, universidades, a perda de emprego 
devido ao fechamento das empresas, o fechamento das igrejas, pelo qual muitas pessoas buscam 
adquirir suas forças, e o mais impactante, o isolamento social, o famoso “FIQUE EM CASA”. 
Contudo isso houve um surto de transtornos mentais que surgiram durante a pandemia, e em 
pessoas que já sofriam com isso, ficou ainda mais manifestante e difícil de lidar. 
Houve um alto índice de ansiedade devido as circunstâncias e o medo do futuro, houve 
depressão, houve um grande surto de TOC, principalmente em pessoas que já eram compulsivas 
26 
 
por limpeza, e houveram grandes traumas relacionados as perdas de entes queridos, causadas 
pela Covid-19,traumas esses que serão o foco do presente ensaio teórico. 
 
O Trauma Causado pela Perda Repentina de um Ente Querido para um Vírus Misterioso 
 
Era março de 2020 quando de repente o mundo parou. Surgiu a pandemia e com ela se 
aflorou o sentimento de perda. Perderam a liberdade. O que antes era comum, como ir à praia 
ou caminhar no parque, foi retirado das pessoas. As atividades corriqueiras – ir ao supermercado 
ou à farmácia, por exemplo – exigiu que toda a humanidade ficasse em estado de alerta. Foi 
perdida até mesmo a tranquilidade de respirar. 
A saudade do abraço do filho. A falta do carinho dos pais. O colo dos avós ficou na 
lembrança. Os netos estão crescendo distantes do carinho aconchegante. Entretanto nenhuma 
dessas perdas se compara a perder alguém de quem tanto se ama, e tem carinho. 
O autor norte-americano David Kessler, especializado em morte e luto, diz que “o luto 
não é um processo que termina”. Lendo disso é possível se perguntar: “então a dor será para 
sempre?” A resposta é: não. Kessler também enfatiza que não se deve usar pensamentos 
extremos, como “nunca mais serei feliz” ou “serei para sempre uma pessoa triste”. 
O fato é que a pandemia do novo coronavírus, 
causador da doença COVID-19, é um acontecimento que 
“nos desorganiza e nos deixa sem chão. Mas alguma 
resposta a humanidade haverá de dar a esse triste 
acontecimento”. Quem afirma é a psicanalista Eliane 
Schermann, doutora em Psicanálise pelo Instituto de 
Psicologia da UFRJ e membro da Escola de Psicanálise 
dos Fóruns do Campo Lacaniano. 
Não se diz adeus da mesma forma que antes. Não se pode oferecer o amparo 
presencialmente. Não se tem mais o olho no olho que acolhe e diz que, independentemente do 
que acontecer, ficaremos ao seu lado. Os rituais fúnebres desempenham um papel 
importantíssimo nesse contexto, com todas as suas variabilidades sociais, históricas e culturais. 
De acordo com Natalia Pavani, O tempo de duração do luto é particular. Alguns podem 
demorar meses, outros anos. Mas considera-se que o primeiro ano seja o mais difícil. Os 
historiadores falam bastante em “trauma” (um conceito da medicina e da psicanálise) para se 
referir a momentos sociais marcados por grandes rupturas e violências. Será que todo esse 
momento de pandemia, perdas, e luto, traria um trauma a essas pessoas? 
27 
 
A resposta claramente é sim. Eliane Schermann afirma que no trauma inconsciente há 
algo que é peculiar e singular a cada subjetividade. Cada sujeito vai lidar com e 
responder àquilo que o surpreende, como essa pandemia, a partir dos recursos fantasmáticos 
dos quais ele dispõe inconscientemente, ou seja, os recursos que estão balizados por sua 
fantasia. Cada subjetividade recorre à sua fantasia particular para responder ao trauma. 
Segundo ela também essa noção de trauma poderia ser estendida ao social, já que essa 
pandemia nos surpreendeu a todos. Quando evocamos o social estamos nos reportando a um 
conjunto de subjetividades. Um simples conjunto de pessoas não constitui um grupo. Freud 
mostra que para isso é preciso o fator de uma identificação, quer seja a um líder, quer seja um 
acontecimento ocorrido entre os membros de um grupo, para que haja laço social. 
Freud discorre sobre o termo trauma incluindo-o no vocabulário psíquico ao nomear 
uma situação com a qual ainda não estamos preparados para lidar. Pode-se dizer que o trauma 
é um evento inaugural, algo nunca vivido antes, que acaba por surpreender de uma forma muito 
repentina. E o novo vírus nada mais é do que essa descrição de algo inesperado, e como se não 
bastasse ele causa a perda de pessoas sem, ainda, nenhuma explicação. 
Para Eliane, a psicanálise não pode antecipar nem prever, a psicanálise nos ensina a 
buscar as causas de um modo de viver e encontrar um modo de manejá-lo no pensar atual. Uma 
formação do inconsciente: um sonho, um sintoma, um ato falho, equívocos da linguagem são 
manifestações de desejos inconscientes. Eles dizem mais das causas do que das previsões. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O fato é que pandemias costumam acarretar mortes em massa em um curto espaço de 
tempo, o que traz implicações psicológicas diversas. Os óbitos por COVID-19 têm ocorrido 
não somente nos hospitais, mas também nos domicílios. O mundo inteiro mudou, e ainda vai 
mudar mais e mais com o decorrer dos meses. 
Mas será que o mundo “não será como 
antes”? Será que teremos “um novo normal”? 
Embora muitas pessoas acreditem que o mundo 
não será como antes, o medo e a angustia 
estejam tomando frente, este período que está 
sendo atravessado trará novas respostas. 
Afinal de contas o ser humano é um ser 
muito adaptativo, desde o início dos tempos. 
28 
 
Entretanto, existiram demandas que irão surgir com o decorrer da pandemia e as mesmas 
deverão ser tratadas com o devido cuidado de um profissional, pois apesar do ser humano ser 
adaptativo ele também carrega consigo o medo do desconhecido, que querendo ou não é o que 
esse vírus é. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
FRANCO, Gabriela. A pandemia e o luto da perda. In: Psicologia Viva. Disponível em: 
https://blog.psicologiaviva.com.br/pandemia-luto/. Publicado em: 25 de julho de 2020. 
Acesso: 30 de agosto de 2020. 
 
MACHADO, Leandro. Coronavírus: alguns sentem tanto medo que precisam negar o que está 
acontecendo, diz psicanalista. In: News Brasil. Disponível em: 
https://www.bbc.com/portuguese/geral-52160230. Publicado em: 04 de abril de 2020. Acesso: 
30 de agosto de 2020. 
 
MARGARETE,Kátia. Luto e melancolia nas teorias de Freud e Melanie Klein. In: 
Psicologado. Dísponivel em: https://psicologado.com.br/abordagens/psicanalise/luto-e-
melancolia-nas-teorias-de-freud-e-melanie-klein. Publicado em: outubro de 2013. Acesso em 
30 de agosto de 2020. 
 
PAVANI,Natalia. Luto em tempos de pandemia: o que muda ao dizer adeus. In: Veja Saúde. 
Disponível em: https://saude.abril.com.br/blog/com-a-palavra/luto-em-tempos-de-pandemia-
o-que-muda-ao-dizer-adeus/. Publicado em: 17 de junho de 2020. Acesso em: 30 de agosto de 
2020. 
 
SCHERMANN, Eliane Zimelson. O que uma psicanalista tem a dizer sobre a pandemia do 
novo coronavírus? In: Café História – História feita com cliques. Disponível 
em: https://www.cafehistoria.com.br/uma-psicanalista-fala-sobre-novo-coronavirus/. 
Publicado em: 30 abr. 2020. ISSN: 2674-5917. Acesso: 30 de agosto de 2020. 
 
 
19º e 20º Encontros – 27/07 – 14:00 às 18:00 e 28/07 – 08:00 às 12:00 (08 horas) 
 
Durante esse encontro remoto, fomos orientados quanto à realização das seguintes 
atividades: Supervisão; Discussão sobre as atividades desenvolvidas; Apresentação dos 
29 
 
ensaios; e Entrega dos relatórios. Tais atividades foram norteadas pelo intuito de expressar-se 
acerca das análises desenvolvidas nas atividades que foram realizadas. 
 
21º e 22º Encontros – 29/07 – 14:00 às 20:00 e 30/07 – 14:00 às 20:00 (12 horas) 
 
Durante esse encontro, fomos orientados quanto à realização de atividades relacionadas 
com a construção de um caso clínico, em grupos de três acadêmicos. Realizado com o objetivo 
de desenvolver habilidades de compreensão de caso clínico à luz do referencial teórico da 
Psicanálise. O caso clínico elaborado se encontra apresentado abaixo: 
 
ESTUDO DE CASO 
 
M.S.S. sexo feminino,44 anos, casada e mãe de 4 filhos: 3 meninas e um menino. A 
filha mais velha tem 17 anos e a mais nova tem 6. Paciente relata que está deprimida já faz 1 
ano e meio e em seus relatos conta como são os problemas vividos por ela. Paciente retratou 
que nasceu e cresceu dentro da igreja, imposta por sua mãe. E que busca constantemente se 
manter firme nisso a todo custo. Seu senso de moral é todo mediado pela igreja. 
Ela e sua família são pessoas ativas e líderes da comunidade, sobretudo, no que diz 
respeito aos casais. Tudo que tem a ver com casal ela e seu esposo estão dentro. Sobre seus 
problemas familiares, foram adquiridas informaçõesna anamnese das quais vale destacar: Ela 
é filha de pais separados e na época da separação nunca conseguiu entender o que ocorreu. A 
paciente diz que entende que o casamento deles já não andava bem, mas nunca entendeu o 
porquê chegar a se separar. 
Ela sempre se viu perdida no que dizia respeito a falar de família sendo que a dela não 
estava junta, estava desestruturada. Com tudo isso ocorreu algo que ela não esperava que foi 
quando ela e seu marido saíram da igreja, e ela não saia de casa com medo do que as pessoas 
iriam pensar a respeito dela. 
A paciente diz que acha que o pontapé inicial para o começo de sua depressão foi a 
separação de seus pais, porém, tendo em vista que isso foi algo que ocorreu a mais de 10 anos 
atrás, e analisando o que ocorre atualmente, acreditamos que a preocupação de M.S.S. está 
totalmente voltada para o seu ego. Nota-se isso na importância que a paciente dá ao que as 
pessoas pensariam dela, sobre algo que seus pais fizeram. No ideal da paciente de uma vida 
perfeita, ela pensa que deve ser um exemplo para as pessoas, como se tivesse que ser um modelo 
perfeito, mesmo passando por cima de sua própria felicidade. 
30 
 
M.S.S. começou a exigir o comportamento perfeito de sua família para que normalizasse 
toda a situação. Daí já se nota que ela tem um comportamento narcisista, em que todos devem 
estar disponíveis para realizar as ações para que ela se sinta bem, sem considerar a vida dos 
outros, que no caso são a sua família. 
Diante de todo o caso da paciente, por um olhar da psicanalise, acreditamos que a 
paciente precisa passar por um processo psicoterápico para conseguir chegar as raízes do seu 
problema. Ela tem que entender melhor em que ponto está ferida e conhecer melhor sua própria 
vida. Levando em consideração que a consciência de que não somos perfeitos é indispensável 
para manter a saúde mental, as sessões com analista trariam à tona, vindo la do inconsciente, 
toda essa importância do verdadeiro eu da paciente M.S.S. 
 
REFERÊNCIAS 
 
MOURA, J. A. O Conceito de Narcisismo Na Construção Teórica da Psicanálise. 
Psicologado, [S. l.]. (2009). Disponível em: 
https://psicologado.com.br/abordagens/psicanalise/o-conceito-de-narcisismo-na-construcao-
teorica-da-psicanalise. Acesso em: 30 de agosto de 2020. 
 
MOURA, J. A. Introdução ao Conceito de Narcisismo. Psicologado, [S. l.]. (2009). 
Disponível em: https://psicologado.com.br/abordagens/psicanalise/introducao-ao-conceito-de-
narcisismo. Acesso em: 30 agosto de 2020. 
 
ZIMMERMAN, David. Manual de técnica psicanalítica. Porto Alegre; Artmed,2008. 
 
23º, 24º e 25º Encontros – 31/07 – 14:00 às 20:00, 01/07 – 14:00 às 20:00 e 03/08 – 14:00 às 
18:00 (16 horas) 
 
Durante esse encontro, fomos orientados quanto a análise do filme “Nise O Coração da 
Loucura”, onde tivemos que assistir ao filme, analisar, fazer anotações, estudar o caso, 
pesquisar e elaborar um laudo psicológico a partir do das referências entre psiquiatria e 
psicologia. 
O filme brasileiro de 2016 retrata a história da psiquiatra Alagoana Nise de Oliveira, 
considerada uma revolucionária no tratamento de indivíduos com distúrbios psicológicos, em 
especial os esquizofrênicos. Nise foi a precursora de formas alternativas de cuidado alternativos 
embasados no afeto, convívio com animais e arte, influenciada pelos ensinamentos de Jung. O 
laudo psicológico advindo da análise se encontra apresentado a seguir: 
 
31 
 
RELATÓRIO PSICOLOGICO 
 
1. Identificação 
Nome: Nise da Silveira------------------------------------------------------------------------------------- 
Data de nascimento: 15/02/1905-------------------------------------------------------------------------
Naturalidade: Maceió- AL-------------------------------------------------------------------------------- 
CPF: N/A------------------------------- Estado Civil: Casada------------------------------------------- 
Escolaridade: N/A------------------------------------------------------------------------------------------ 
Profissão: N/A---------------------------------------------------------------------------------------------- 
Solicitante: Evandro Mamede Moreira Júnior---------------------------------------------------------- 
Finalidade: Analisar o filme a partir das referências de psiquiatria e psicologia------------------ 
Autor (a): Lorrane Maria Silva Nascimento--- CRP 21/2206---------------------------------------- 
2. Descrição da demanda: 
O presente relatório psicológico tem caráter fictício e foi proposto em um dos encontros 
remotos de supervisão de estágio, pelo supervisor Evandro Mamede. Em 1944, Nise retorna ao 
trabalho no Centro Psiquiátrico Nacional Dom Pedro II, localizado no bairro Engenho de 
Dentro, na cidade do Rio de Janeiro.--------------------------------------------------------------------- 
Ao chegar em seu novo local de trabalho, Nise se deparou com formas de “tratamento” 
violentos que até então eram oferecidos aos pacientes portadores de sofrimento mental, que se 
baseava em métodos violentos, como agressões físicas, eletrochoque ou lobotomia e se recusou 
a adota-los. Em razão da recusa, a médica foi designada a ficar responsável pelo setor de Terapia 
Ocupacional do Hospital, até então considerado um setor de menor relevância e que na prática 
não funcionava.---------------------------------------------------------------------------------------------- 
Apesar da situação, Nise não desistiu, limpou o local e começou a chamar os seus 
“clientes” para ocuparem o novo espaço, onde encontravam tinta, papel, lápis, telas, respeito, 
ternura e liberdade para se expressarem. a arte terapia foi introduzida como processo terapêutico 
permitindo que os clientes (termo usado por Nise em substituição do termo - paciente) 
manifestassem suas emoções e experiências inconscientes. Nise defendia que os 
esquizofrênicos faziam uso da linguagem simbólica, por meio da arte, para se expressarem e 
percebeu que as imagens produzidas por seus pacientes se configuravam em forma de mandalas. 
De acordo com Mello (2009), essas formas de desenho caracterizam uma busca por 
reorganização psíquica, por equilíbrio e pela autocura. Com seu esforço e trabalho, Nise coloca 
em pauta algumas demandas a respeito do tratamento que os indivíduos ali encarcerados 
32 
 
estavam recebendo. Após algumas exposições com quadros e esculturas feitas por seus clientes, 
seu trabalho ganha maior notoriedade e coloca a doença mental sob uma nova ótica.------------ 
3. Procedimentos: 
Como procedimentos foi utilizado recursos audiovisuais permitindo que fosse 
observado e analisado a evolução da psiquiatria no Brasil e o papel fundamental que Nise da 
Silveira exerceu.--------------------------------------------------------------------------------------------- 
4. Análise: 
A análise feita permitiu o conhecimento acerca de como foi a evolução da psiquiatria 
no Brasil, os métodos utilizados e também a importância do olhar para o outro não como 
enfermo, mas como pessoa. Nise ao olhar para seus clientes e mudar o tratamento que lhes era 
oferecido conseguiu resultados mais satisfatórios que não agrediam a integridade física e/ou 
mental dos indivíduos que se encontravam no Centro Psiquiátrico Nacional Dom Pedro II.----- 
5. Conclusão: 
Diante dos apontamentos elencados, compreende-se que Nise da Silveira apesar de 
todas as dificuldades foi uma peça fundamental na luta antimanicomial e na quebra de 
estereótipos, pois, foi através dela que a psiquiatra encontrou o espaço necessário para investir 
em métodos humanizados na recuperação de pacientes e extinguir o “tratamento” agressivo que 
antes era oferecido a enfermos que se encontravam no Centro Psiquiátrico.------------------------ 
O presente documento tem um caráter fictício. O uso para fins diversos não é de 
responsabilidade da autora que realizou o estudo. Por fim, informa-se que o presente documento 
possui um prazode validade de um ano, a contar da data de sua emissão.-------------------------- 
6. Referência: 
Mello, L. C. (2009b). Nise da Silveira: caminhos de uma psiquiatra rebelde. Catálogo. Curitiba: 
Museu Oscar Niemeyer. 
Parnaíba-PI, 31 de julho de 2020 
Lorrane Maria Silva Nascimento 
Psicóloga 
CRP: 21/2206 
 
33 
 
Figura 20 – Capa do Filme Nise - O Coração da Loucura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Nise: O Coração da Loucura (2016). 
 
26º e 27º Encontros – 04/08 – 14:00 às 20:00 e 05/08 – 14:00 às 20:00 (12 horas) 
 
Durante esse encontro, realizamos atividades de supervisão, discussão sobre as 
atividades desenvolvidas e entrega dos laudos, com o intuito de expressar-se acerca das análises 
desenvolvidas nas atividades que foram realizadas. Além disso, realizamos atividades voltadas 
à idealização de um Podcast chamado: Podcast Transtorno do Pânico, a partir dos seguintes 
questionamentos: De que maneira a pandemia afeta pacientes com transtorno do pânico e como 
a psicoterapia pode ajudar no tratamento desse transtorno? O texto inicial elaborado para o 
podcast encontra-se apresentado a seguir: 
 
TEXTO INICAL DO PODCAST 
 
Síndrome do pânico ou transtorno do pânico é uma condição associada a crises de 
ansiedade aguda que se caracteriza pela ocorrência repentina, inesperada e de certa forma 
inexplicável. Não tem faixa de idade para ocorrer, mas muitos estudos apontam a adolescência 
ou o início da vida adulta como maiores picos, sem motivo. 
O episódio pode repetir-se, de forma aleatória, várias vezes no mesmo dia ou demorar 
semanas, meses ou até anos para surgir novamente, pode também ocorrer durante o sono. Muito 
é questionando a respeito da origem e causa da síndrome, podendo variar de pessoa para pessoa. 
A ciência acredita que um conjunto de fatores possa desencadear o desenvolvimento 
deste transtorno, como: Genética, estresse, temperamento forte e suscetível ao estresse e 
34 
 
mudanças na forma como o cérebro funciona e reage a determinadas situações. O medo é uma 
das características que mais assusta o paciente que já vivenciou um ataque de pânico. 
O pico das crises geralmente dura cerca de 10 a 20 minutos, mas pode variar dependendo 
da pessoa e da intensidade do ataque. Além disso, alguns sintomas podem continuar por uma 
hora ou mais. É bom ficar atento, pois, muitas vezes um ataque de pânico pode ser confundido 
com um ataque cardíaco. 
Diante do exposto, temos como exemplo o atual cenário mundial, onde a incidência de 
casos relacionados ao transtorno de pânico vem aumentando e está diretamente ligado ao 
estresse causado pelas incertezas da pandemia. O estresse é fator de risco para vários transtornos 
mentais. O pânico pode ser disparado nos casos de maior ansiedade. 
É provável que nesta segunda fase da doença, a do confinamento, possa haver uma 
incidência maior de pânico. De acordo com o psiquiatra Alexandre Saadeh, do Hospital das 
Clínicas, esse é um dos grandes desafios de quem sofre de ansiedade em tempos de pandemia: 
equilibrar a saúde física e mental. "Você tem que seguir todas as diretrizes de saúde pública, 
mas também tem que cuidar da mente e continuar a sua vida", ele diz. Dar uma caminhada, por 
exemplo, em um horário em que a rua não esteja cheia pode ajudar, segundo ele. 
É comum que nesse momento haja a somatização, processo onde a pessoa começa a 
imaginar os sintomas e então tem a sensação de que os mesmos começaram a ocorrer. A 
confusão de sintomas em vítimas da síndrome do pânico é explicada pela psicóloga clínica e 
doutora em psicologia Patricia Demoly, que afirma que o fenômeno está ligado ao medo. “A 
síndrome do Pânico é caracterizada (entre outros sintomas) por um medo iminente de morte e 
pensamentos repetitivos catastróficos”. 
Por esse motivo, a psicoterapia é o melhor caminho para quem precisa cuidar do seu 
bem-estar emocional, pois ao longo do processo o paciente vai entrando em contato com sua 
própria história, seu modo de lidar com as dificuldades, com a frustração e decepção, com suas 
próprias expectativas, a maneira que faz escolhas, enfim, o modo como tem vivido suas 
experiências e a partir de questionamentos e reflexões, ele vai ganhando maior compreensão de 
si e do mundo ao seu redor, e assim, pode gerenciar melhor suas dificuldades, a pessoa se sente 
mais capacitada a construir uma vida mais saudável e satisfatória. 
 
35 
 
28º e 29º Encontros – 06/08 – 14:00 às 20:00 e 07/08 – 14:00 às 20:00 (12 horas) 
 
Durante esse encontro, realizamos atividades relacionadas à análise do filme “Freud 
Além da Alma”, onde deveríamos analisar demandas apresentadas Biografia romanceada do 
pai da psicanálise, mostrando seus casos mais célebres e seu envolvimento com os pacientes. 
O filme norte-americano retrata os momentos difíceis que Freud viveu no início de sua 
carreira de médico, nos mostrando suas descobertas, suas próprias experiências pessoais e a 
teoria desenvolvida por ele. Em conjunto com Breuer, Freud fez descobertas interessantes para 
desmistificar isso e trazer mais clareza sobre o problema: Os sintomas da histeria fazem sentido, 
de modo que não se deve apontar fingimento por parte dos pacientes; Um trauma teria causado 
a doença, se ligando a impulsos libidinais que acabaram reprimidos; Quanto à lembrança do 
trauma, por meio da catarse se entraria no caminho para chegar na cura. 
Além disso, o filme traz um retrato bastante fiel sobre algumas etapas de Freud e como 
o próprio se desenvolveu ao longo do caminho. Não apenas os outros, mas ele também serviu 
como cobaia de sua própria pesquisa científica. Por outro lado, como filme, a obra não deixa 
muito a desejar como entretenimento, apesar do conteúdo mais complexo. Isso é até um 
atrativo, já que se mostra como um diário pessoal organizado e construído de maneira distinta. 
Por fim, é mais um degrau para que consigamos nos aproximar de Freud e da sua visão sobre a 
própria vida. 
 
Figura 21 – Capa do Filme Freud - Além da Alma 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Freud, Além da Alma (Freud, 1962). 
 
36 
 
 
30º Encontro – 08/08 – 14:00 às 18:00 (04 horas) 
 
Durante esse encontro, fomos orientados quanto à realização de atividades relacionadas 
à elaboração de uma declaração e um atestado psicológico de caso fictício, com o intuito de 
reforçar os conhecimentos sobre produção de documentos advindos do exercício profissional. 
O caso clínico, assim como a declaração e o atestado oriundos dele se encontram apresentados 
a seguir: 
 
CASO CLÍNICO 
 
Paciente Tainá de Souza Fontenele, 20 anos, procurou atendimento psicológico, pois, 
não se achava merecedora de tudo que tinha, por sentir-se feia, “acabada” e relatou ter crises de 
ansiedade constante. A paciente relata ser homossexual e não sabe como contar aos seus pais e 
familiares, apesar de já ter sido indagada algumas vezes por sua mãe a respeito de sua orientação 
sexual. A jovem é evangélica, vinda de uma família bastante rigorosa em relação à religião e a 
igreja a qual é vinculada condena extremamente a homossexualidade ou qualquer forma de 
“desvio” das condutas evangélicas. A seguir será anexado os documentos pedidos em 
supervisão: 
 
DECLARAÇÃO 
 
Declaro, para fins de comprovação, que Tainá de Souza Fontenele, cuja numeração de CPF é 
055.613.850-49 está sendo submetido a acompanhamento psicológico, sob meus cuidados 
profissionais, comparecendo às sessões todas às quartas-feiras, das 10:00 h às 11:00 h. Até o 
atual momento sem previsão para o término do acompanhamento. 
Parnaíba-PI, 08 de agosto de 2020 
Lorrane Maria Silva Nascimento 
Psicóloga 
CRP: 21/2206 
 
37 
 
ATESTADO PSICOLÓGICO 
 
Nome: Tainá de Souza Fontenele------------------------------------------------------------------------- 
Data de nascimento: 23/04/2000----------------------------------Naturalidade: Parnaibana------- 
CPF: 055.613.850-49------------------------------------------------Estadocivil: Solteira------------- 
Escolaridade: Ensino médio completo----------------------------Profissão: N/A-------------------- 
Solicitante: Evandro Mamede Moreira Júnior---------------------------------------------------------- 
Finalidade: Compreender os aspectos psicológicos de Tainá de Souza Fontenele e atestar sua 
capacidade para condução de veículo--------------------------------------------------------------------- 
Descrição: 
Atesto para os devidos fins que Tainá de Souza Fontenele está apta para conduzir veículos. A 
mesma encontra-se em acompanhamento Psicológico há um pouco mais de 6 meses. A paciente 
não demonstra oscilações no comportamento e as crises de ansiedade tem sido menos 
recorrente----------------------------------------------------------------------------------------------------- 
Parnaíba-PI, 08 de agosto de 2020 
Lorrane Maria Silva Nascimento 
Psicóloga 
CRP: 21/2206 
 
31º Encontro – 10/08 – 14:00 às 18:00 (04 horas) 
 
Durante esse encontro, fomos orientados quanto à realização das seguintes atividades: 
Orientação para produção do Relatório/Portfólio final. Além disso, fomos orientados quanto à 
Metodologia científica e Critérios de Avaliação, frisando a questão da produção de documentos 
advindos do exercício acadêmico. 
 
32º Encontro – 11/08 – 08:00 às 12:00 (04 horas) 
 
Nesse encontro, fomos orientados quanto à realização de atividades referentes à 
elaboração de um parecer de caso fictício, com o intuito de fixar os conhecimentos adquiridos 
sobre a produção de documentos advindos do exercício profissional. O parecer psicológico 
elaborado se encontra apresentado abaixo: 
 
38 
 
PARECER PSICOLÓGICO 
 
1. IDENTIFICAÇÃO: 
Paciente: Tainá de Souza Fontenele---------------------------------------------------------------------- 
Data de Nascimento: 23/04/2000--------------Naturalidade: Parnaibana-------------------------- 
Estado civil: Solteira-----------------------------Profissão: N/D---------------------------------------- 
Solicitante: Supervisor Evandro Mamede Moreira-----------------------------------------
Finalidade: Avaliar necessidade de acompanha mento psicológico e levantar os principais 
aspectos a serem trabalhados em psicoterapia---------------------------------------------------------- 
Autor: Lorrane Maria Silva Nascimento---------------------------------------------------------------- 
2. DESCRIÇÃO DA DEMANDA: 
A paciente em questão procurou a UBS de seu bairro onde estagiarias do curso de 
psicologia estavam fazendo plantão psicológico em 2020. A mesma relatava dificuldade de 
relacionamentos interpessoais e que era excluída no grupo da igreja pela sua orientação sexual, 
além de apresentar crises de ansiedade constante. Relata também que devido a necessidade de 
atenção da mãe, começou aos 9 anos forjar doenças e virou algo recorrente. Durante a entrevista 
Tainá mostrou-se estável emocionalmente, aparentou estar ansiosa, mas não em excesso e 
deixou claro que procurou o serviço na UBS porque seus pais haviam pedido, mas que apesar 
disso estava disposta a colaborar e dar continuidade ao tratamento caso fosse necessário-------- 
3. ANALISE: 
Diante do caso, faz -se necessária uma avaliação psicológica para melhor compreensão 
dos problemas relatados, bem como para o delineamento do tratamento, caso este se faça 
necessário. A hipocondria está incluída nos transtornos somatoformes (DSM-IV), 
caracterizados pela presença de sintomas físicos que sugerem uma condição médica geral, mas 
que não são explicados por uma condição clínica, por efeito de substâncias ou por um outro 
transtorno mental, distinguindo-se dos demais transtornos somatoformes quando a idéia de ter 
uma doença grave ocorrer não somente no curso do transtorno de somatização. O transtorno 
hipocondríaco na Classificação Internacional de Doenças (CID-10) é similar àquele no DSM-
IV, incluindo queixas somáticas persistentes ou preocupação duradoura com a aparência 
física. Desta forma fica claro que os sintomas que a paciente Tainá apresenta são decorrentes 
da somatização do seu estresse e de algumas emoções, como por exemplo, a exclusão e não 
aceitação de sua família e amigos com relação a sua orientação sexual----------------------------- 
4. CONCLUSÃO: 
39 
 
Em razão desse quadro de hipocondria e ansiedade, indica-se a Tainá de Souza 
Fontenele a realizar acompanhamento psicológico e psiquiátrico. Sugere-se que a mesmo seja 
medicada com um psicotrópico que iniba e a auxilie no controle dessa função. O trabalho 
conjunto do psicólogo e psiquiatra trarão benefícios ao tratamento da paciente em questão.----- 
5. REFERENCIA: 
 
American Psychiatric Association (1994). DSM-IV: Manual de Diagnóstico e Estatística das 
Perturbações Mentais (4ª Ed.). Lisboa: Climepsi Editores. American Psychiatric Association 
(2002). 
 
DIB, Monica; VALENCA, Alexandre M.; NARDI, Antonio Egidio. Transtorno de pânico e 
hipocondria. J. bras. psiquiatr., Rio de Janeiro , v. 55, n. 1, p. 82-84, 2006. Available from 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0047-
20852006000100013&lng=en&nrm=iso. Acesso em: agosto de 2020. 
Parnaíba-PI, 11 de agosto de 2020. 
Lorrane Maria Silva Nascimento 
Psicóloga 
CRP: 21/2206 
 
33º, 34º e 35º Encontros – 12/08 – 14:00 às 20:00, 13/08 – 14:00 às 20:00 e 14/08 – 14:00 às 
20:00 (18 horas) 
 
Durante esse encontro, fomos orientados quanto ao desenvolvimento e realização de 
Role-Plays (entrevistas, triagem, plantão, psicoterapia contínua, preparação para encerramento, 
entrevista devolutiva), no intuito de aprimorar nossos conhecimentos quanto à atuação e 
intervenção psicoterapêutica baseada na Psicanálise. 
 
36º Encontro – 20/08 – 14:00 às 20:00 (06 horas) 
 
Durante esse encontro, fomos orientados quanto à entrega do Relatório/Portfólio. Além 
disso, realizamos o encerramento das atividades com feedback e auto avaliação, visando o 
desenvolvimento de senso crítico-reflexivo. 
 
40 
 
2.3 Produção do Relatório/Portfólio 
 
Da carga horária total da disciplina de estágio Supervisionado, 20 horas foram 
destacadas para atividades relacionadas à produção do Relatório/Portfólio. Essa carga horária 
não teve dias específicos definidos, por serem atividades complementares a serem realizadas 
pelos alunos, mas se encontram no cronograma após a finalização das partes teórica e práticas 
da disciplina. 
41 
 
3 CONCLUSÃO 
 
Fomos orientados e supervisionados durante o Estágio Supervisionado II quanto à 
realização de atividades teóricas e práticas que impactarão na qualidade de nossa prática como 
futuros profissionais, uma vez que fomos apresentados a novos conceitos e diretrizes, além de 
termos revisados outros mais que são importantes na construção de um arcabouço técnico-
científico de qualidade em cada um dos acadêmicos. Observamos uma pluralidade de conteúdos 
e metodologias, tornando as atividades atrativas e funcionado como uma ferramenta de 
manutenção do ânimo dos alunos durante um período tão conturbado. 
Nesse ínterim, tanto as atividades teóricas realizadas na primeira parte do estágio, 
quanto as atividades práticas realizadas na segunda parte foram importantes para a construção 
de nossas práticas profissionais e na formação de profissionais comprometidos e éticos. 
Tivemos contato com conceitos e teorias, além de conhecermos questões mais práticas do 
exercício profissional, como os documentos profissionais. Considero que o houve 
aproveitamento da disciplina e um esforço coletivo na construção desse semestre de estágios 
de maneira exitosa. 
Vale ressaltar que a modalidade de ensino à distância adotado nesse período traz consigo 
dificuldades e problemáticas inerentes dessa modalidade de ensino, mas que não repercutiram 
de maneira negativa nesse estágio. Além disso, houve total aproveitamento dos conteúdos, 
atividades e ferramentas, fortalecendo os vínculos entre alunos e colegas,além da relação entre 
alunos e instituição. 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
BARROS, A. L. B. L. Anamnese e Exame Físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no 
adulto. 2ª ed. Porto Alegre – RS. Editora Artmed. 2010. 
 
CERIONI, R. A. N.; HERZBERG, E. Triagem psicológica: da escuta das expectativas à 
formulação do desejo. Psicologia: Teoria e Prática, vol. 18, núm. 3, septiembre-diciembre, 
2016, pp. 19-29. Universidade Presbiteriana Mackenzie. São Paulo, Brasil. 
 
CFP. Conselho Federal de Psicologia. Código de Ética Profissional do Psicólogo. Conselho 
Federal de Psicologia, Brasília, agosto de 2005. 
 
CFP. Conselho Federal de Psicologia. Resolução CFP 06/2019: orientações sobre elaboração 
de documentos escritos produzidos pelo (a) psicólogo (a) no exercício profissional. Brasília, 
junho de 2019. 
 
COSTA, G. P.; et al. A clínica psicanalítica das psicopatologias contemporâneas / Gley P. 
Costa e colaboradores. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre: Artmed, 2010. 
 
DOR, J. Estruturas e clínica psicanalítica. Trad. Jorge Bastos e André Telles. Rio de 
Janeiro: Taurus-Timbre, 1991. 
 
LIMA, G. M. P. A. Anorexia e Bulimia: uma Reflexão Psicanalítica Perspectivas em 
Psicologia, Uberlândia, vol. 22, n. 2, pp. 03-16, Jul/Dez, 2018 –ISSN 2237-6917 
 
MOERSCHBERGER, M. S.; CRUZ, F. R.; LANGARO, F. Reflexões acerca da ética e da 
qualidade dos registros psicológicos em prontuário eletrônico multiprofissional. Rev. SBPH, 
Rio de Janeiro, v. 20, n. 2, p. 89-100, dez. 2017. Disponível em 
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
08582017000200006&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 28 ago. 2020. 
 
PAULINO, D. B.; et al. Role-Play como Estratégia Pedagógica para Problematizar as Linhas 
de Cuidado Integral em Saúde aos Adolescentes e Jovens. Rev. bras. educ. med., Brasília, v. 
43, n. 1, supl. 1, p. 662-671, 2019. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-
55022019000500662&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 09 ago. 2020. DOI: 
http://dx.doi.org/10.1590/1981-5271v43suplemento1-20180151. 
 
RABELO, L.; GARCIA, V. L. Role-Play para o Desenvolvimento de Habilidades de 
Comunicação e Relacionais. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 39, n. 4, p. 586-96, 
2015. 
 
SANTOS, M. M. P. Personalidade de criminosos sexuais: um estudo com o método 
Rorschach e a Escala Hare PCL-R / Márcia Maria Pereira Santos. – Dissertação (mestrado) – 
Universidade Católica de Brasília, 2008. Orientação: Deise Matos do Amparo. 2008. 148f. 
 
TEIXEIRA, A. Especificidades da ética da psicanálise: conferência, ética e real, ética e desejo 
ética e filosofia campo da psicanálise e regulamentação desdobramentos da ética da psicanálise 
/ Angélia Teixeira (org.). — Salvador: Associação Científica Campo Psicanalítico, c2005. 180 
p.: il. 
 
 
 
TUCUNDUVA, S. P. Nutrição e transtorno alimentares, Avaliação e Tratamento. São 
Paulo. 2011; 1(5) 7-193. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXOS 
 
 
 
 
UNINASSAU – PARNAÍBA 
CURSO DE PSICOLOGIA 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO II 
SUPERVISOR: EVANDRO MAMEDE MOREIRA JUNIOR 
PLANO DE AÇÃO DE SUPERVISÃO REMOTA ONLINE 
Unidade: Parnaíba-PI Curso: PSICOLOGIA Período letivo: 2020.1 
Disciplina: Estágio Supervisionado II 
Psicanálise 
Carga Horária: 200 horas 
Remoto (online): 70 horas 
Prática: 130 horas 
Professor: Evandro Mamede Moreira 
Junior 
Data Hor. 
 
horas Atividade/ Supervisão 
Remota 
Habilidade/ 
Competência 
Bibliografia 
24/06 
QUA 
14:00 
às 
18:00 
04 Apresentação da proposta de 
ação para supervisão remota. 
Conduta e Ética profissional. 
Cronograma de ações. 
Organização para o 
“Seminário de Práticas”. 
Conduta, Ética e 
organização profissional. 
Código de Ética Profissional do 
Psicólogo. Conselho Federal 
de Psicologia, Brasília, agosto 
de 2005. 
 
25/06 
QUI 
14:00 
às 
18:00 
04 Apresentação dos documentos 
de estágio: Anamneses adulto, 
infantil; triagem; ficha de 
evolução. Seminário de práticas 
dos pressupostos da TCC 
(Conceitualização de caso; 
Relação terapêutica; Ética na 
Psicanálise). 
Manuseio de documentos 
nas entrevistas e 
atendimentos. 
Apropriação da Teoria 
Psicanalítica que embasa 
o estágio. 
Especificidades da ética da 
psicanálise: conferência, ética e 
real, ética e.../Angélia Teixeira 
(org.). — Salvador: Associação 
Científica Campo Psicanalítico, 
c2005. 180 p.: il. ISBN 85-89388-
04-02. 
26/06 
SEX 
18:00 
às 
22:00 
04 A clínica psicanalítica das 
psicopatologias 
contemporâneas 
 
Apropriação da Teoria 
Psicanalítica que embasa 
o estágio. 
A clínica psicanalítica das 
psicopatologias 
contemporâneas [recurso 
eletrônico] / Gley P. Costa e 
colaboradores. – Dados 
eletrônicos. – Porto Alegre : A 
rtmed, 2010. ISBN 978-85-363-
2360-2 1. Psicanálise. I. Costa, 
Gley P. 
27/06 
SAB 
08:00 
às 
12:00 
04 Essa perspectiva impõe que nos 
prolonguemos no descritivo 
dinâmico e econômico das 
principais estruturas 
psicopatológicas: estrutura 
histérica, estrutura obsessiva, 
estrutura perversa. 
Apropriação da Teoria 
Psicanalítica que embasa 
o estágio. 
Estruturas e clínica psicanalítica 
Tradução Jorge Bastos e André 
Telles Revisão técnica Carmen 
Mirian Da Poian Livrarias 
Taurus-Timbre Editores, Rio de 
Janeiro, 1991. 
29/06 
SEG 
20:00 
às 
22:00 
04 O Método Psicanalítico. Atuação e intervenção 
psicoterapêutica baseada 
na Psicanálise 
Jorge, Marco Antonio Coutinho, 
1952-J71f Fundamentos da 
psicanálise de Freud a Lacan, 
vol.3: a prática analltica/Marco 
Anv. 3 tonio Coutinho Jorge. - 
 
 
1.ed. - Rio de Janeiro : Zahar, 
2017. 
 
30/06 
TER 
14:00 
às 
18:00 
04 A Direção da Análise: O ciclo da 
técnica 
Atuação e intervenção 
psicoterapêutica baseada 
na Psicanálise. 
Jorge, Marco Antonio Coutinho, 
1952- J71f Fundamentos da 
psicanálise de Freud a Lacan, 
vol.3: a prática analltica/Marco 
Anv. 3 tonio Coutinho Jorge. - 
1.ed. - Rio de Janeiro : Zahar, 
2017. 
01/07 
QUA 
08:00 
às 
12:00 
04 Análise do slides apresentados. Construção de proposta 
de intervenção baseada 
na Psicanálise. 
Jorge, Marco Antonio Coutinho, 
1952- J71f Fundamentos da 
psicanálise de Freud a Lacan, 
vol.3: a prática analltica/Marco 
Anv. 3 tonio Coutinho Jorge. - 
1.ed. - Rio de Janeiro : Zahar, 
2017. 
02/07 
QUI 
18:00 
às 
22:00 
04 Role-Plays (entrevistas, triagem, 
plantão, psicoterapia contínua, 
preparação para encerramento, 
entrevista devolutiva). 
Objetivos e estrutura da sessão, 
avaliação, hipótese diagnóstica. 
Atuação e intervenção 
psicoterapêutica baseada 
na Psicanálise. 
Desafios para a técnica 
psicanalítica/ José Carlos Garcia 
– São Paulo: Casa do 
Psicólogo®, 2007. — (Coleção 
clínica psicanalítica / dirigida por 
Flávio Carvalho Ferraz) 
03/07 
SEX 
14:00 
às 
18:00 
04 Elaboração de modalidades de 
documentos psicológicos: 
Declaração; Atestado 
Psicológico; Relatório 
(Psicológico; Multiprofissional); 
Laudo Psicológico; Parecer 
Psicológico. 
Apreender a elaborar 
documentos que fazem 
parte da ciência 
psicológica. 
CONSELHO FEDERAL DE 
PSICOLOGIA. Resolução CFP 
06/2019: orientações sobre 
elaboração de documentos 
escritos produzidos pelo (a) 
psicólogo (a) no exercício 
profissional. Brasília, junho de 
2019. 
06/07 
SEG 
14:00 
às 
18:00 
04 Elaboração de modalidades de 
documentos psicológicos: 
Declaração; Atestado 
Psicológico; Relatório 
(Psicológico; Multiprofissional); 
Laudo Psicológico; Parecer 
Psicológico. 
Apreender a elaborar 
documentos que fazem 
parte da ciência 
psicológica. 
CONSELHO FEDERAL DE 
PSICOLOGIA. Resolução CFP 
06/2019: orientações sobre 
elaboração de documentos 
escritos produzidos pelo (a) 
psicólogo (a) no exercício 
profissional. Brasília, junho de 
2019. 
07/07 
TER 
20:00 
às 
22:00 
02 Estudo e discussão de caso 
clínico. 
Atuação e intervenção 
psicoterapêutica

Outros materiais