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ATIVIDADE AVALIATIVA práticas pedagógicas

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Introdução
Ao refletirmos sobre o sistema educacional brasileiro se faz necessário abranger todas as dificuldades e as deficiências atuais do ensino no Brasil, pois se vê demonstrações de um projeto tardio de democratização da educação pública inacabado, que vem sofrendo alterações desde a segunda metade do século XX, e que vem transformando significativamente todo contexto econômico, social e educacional. No entanto, a problemática do papel da escola e a transformação social abrange diferentes perspectivas, que se não forem revistas e implementadas no âmbito educacional não haverá mudanças significativas na constituição do sujeito como cidadão multicultural e como sujeito incluso na sociedade devido às diversas diferenças que fazem parte da sociedade como um todo, também no espaço escolar. Abordar o papel da escola para a transformação social não é somente repensar o espaço escolar, mas todo o contexto como: universalização da escolarização, qualidade da educação, projetos político-pedagógicos, dinâmica interna das escolas, concepções curriculares, relações com a comunidade, função social da escola, formação de professores, entre outras mais que poderíamos citar, mas para essa reflexão essas são algumas das questões mais relevantes. Temos como educação o espaço escolar, os espaços sociais e os espaços socioculturais, além do contexto familiar, o que pressupõe que o educando não chega à escola como uma caixinha vazia que deverá ser preenchida. O espaço escolar é um espaço disciplinar, mas também um espaço multidisciplinar, interdisciplinar e transdisciplinar, que deve ter como objetivo introduzir e respeitar as diferenças existentes sejam elas de cunho cultural, étnico, social ou inclusivo diante das deficiências existentes entre nossos educandos. O sistema educacional em geral acerca da democratização do ensino vive muitos obstáculos para encontrar alternativas de garantir escola para todos, mas com qualidade. A Constituição Federal no Capitulo III da Seção I do artigo 205, diz que: “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.” No que tange a educação para todos de qualidade, ainda há muito que fazer neste sentido, algumas instituições sejam elas publicas ou privadas já adotaram ações para mudanças efetivas na organização pedagógica, reconhecendo e valorizando as diferenças sem discriminação ou segregação dos educandos. De modo que, este trabalho analisará pontos polêmicos acerca das mudanças propostas pelas políticas educacionais e pelas práticas que envolvam o ensino regular e especial. Há uma complexa reação de igualdade/diferenças, que envolve a compreensão e a concepção dos espaços formais de educação.
Desenvolvimento
Quando pensamos em transformação social nos dias atuais, a primeira coisa que vem á cabeça é o contexto escolar, pois é um dos pontos cruciais na formação de um indivíduo. Os educandos ao adentrarem no mundo escolar, de conteúdos programados, de diferença de raça, religião, de ideias e ideais, não chegam vazios, muitos já têm uma opinião formada sobre algum assunto, pois já trouxeram esse aprendizado de casa. Pensando nisso há de se ter um trabalho pedagógico concreto, pautado na inserção desse indivíduo numa sociedade vasta que vai além da porta da sua casa, ou seja, há pessoas de diferentes raças, condição social, religião que irão fazer parte da vida desse educando como cidadão enquanto aprendiz do mundo que o cerca. Partindo desse pressuposto, não somente o educando deve se ater a essas diferenças, mas o educador também. Vê-se muitas vezes uma sala com 40 alunos onde 32 acompanham e conseguem se sobressair, no entanto 8 não conseguem, e a quem culpar? Todos têm capacidade de aprender, mas para que isso aconteça há de haver uma consciência efetiva de que não se pode segregar, ou seja, isolar o diferente seja por raça, religião, condição social ou deficiência. 
Para isso há leis específicas que devem ser cumpridas. A LDB – Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional é uma que se estabelece para que todos possam ter igualdade de condições para acesso e permanência na escola seja em qual grau de aprendizado for; liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; pluralismo de ideias e de concepção pedagógicas; respeito à liberdade e apreço à tolerância; valorização a experiência extraescolar; consideração com a diversidade étnico-racial. Esses são alguns pontos do artigo 3 do capítulo I, coloco aqui os que são de relevância para esse estudo.
É imprescindível na atual conjuntura social, política, histórica, econômica e cultural buscarmos por espaços mais abertos e democráticos; e dentre os elementos que interagem com esses movimentos esta a educação, que por meio de suas práticas procura instrumentalizar a comunidade escolar para interagir com a sociedade de forma crítica e com responsabilidade pautada pelas leis que regem a sociedade como um todo.
E é nesse espaço que a escola ou espaço escolar se insere como “espaço por excelência”, ou seja, lugar de aprendizado e troca de experiências com participação efetiva de todos os envolvidos, desse modo comprometendo-se com a formação para a cidadania assumindo princípios opostos ás situações desumanizadoras, tais como: racismo, discriminação por condição social, condição física, religiosa entre outros. Mas, tais fatores que recaem sobre a educação vêm cercado apenas pelos alunos que constituem o espaço escolar?
Ora! Muitos são os educadores que trazem consigo que há alunos que não aprendem pela sua condição social, pela sua deficiência ou dificuldade de aprendizado. O preconceito não está somente no educando, mas na grande maioria nos próprios educadores que ou são despreparados ou não aceitam o novo e preferem viver como no século passado, vivendo de conteúdos prontos como se os educandos fossem caixinhas vazias, onde o diferente não era permitido e tido como incapazes, fomentando esse sentimento em sala de aula, segregando assim o diferente em todos os aspectos. Neste sentido é imprescindível que a escola tenha uma gestão democrática e que seja efetiva no sentido de que todos possam participar; pais educadores, alunos e funcionários.
No entanto, essa parceria pode ser dita utópica. Utopia significa ideia da civilização social ideal, fantástica, imaginaria. É um sistema ou plano que parece irrealizável, ilusão, sonho. Do grego “ou-topos”, que significa lugar que não existe: o que não significa que não pode existir em algum momento. Para uma gestão democrática há de haver um esforço mútuo para o bem comum, para a resolução dos problemas encontrados no contexto escolar, tomando consciência das condições concretas para viabilizar a democratização das relações no interior da escola. Paro (2008b. p. 9)
Diretores junto com a equipe pedagógica, docente e administrativa devem ampliar o significado de gestão democrática no âmbito escolar, visto que não deve haver resistência nas trocas de ideias, o diálogo e o respeito as ideias construídas e compartilhadas devem ser respeitadas e num consenso aplicar o que for melhor para o conjunto, para o todo, caso contratio será um tempo despendido de modo desnecessário e improdutivo.
Quando imaginamos utópica a gestão democrática pensamos diretamente no todo da escola, pois tem a ver diretamente com educação, o que adquire maior rigidez e amplitude quando tratamos da concepção cientifica da educação, vale ressaltar que mais que transmitir informações conteúdistas envolve a apropriação da cultura em sua amplitude e pluralidade. Partindo desse raciocínio o sentido de utopia corresponde que é preciso partir das condições existentes, desse modo esperar condições ideais para que haja mudanças não seria pertinente, pois não já condições ideais para “sonhar” com algo diferente, apenas o trabalho em equipe seria algo viável para que o sonho torne-se realidade.Desse modo, devem-se criar condições para que haja participação do aluno, para que se comprometa e interaja como sujeito, esse comportamento não se atém apenas ao aluno, mas a toda comunidade escolar além-muro.
Os confrontos dentro do processo educacional são delicados diante do momento vivido pela sociedade como um todo. Os professores, a metodologia, a equipe pedagógica e os processos de ensino tem papel fundamental e decisivo na elaboração de uma gestão que vise elevar a qualidade do ensino e formação dos educandos. É necessário avaliar todo contexto, considerar que os avanços tecnológicos, mesmo tão avançados nem sempre incluem, mas excluem dando origem a mais uma forma de exclusão, pois não estão ainda ao alcance de todos. Há também a exclusão de ordem social que compreende os preconceitos que recaem sobre as diversidades de gênero, cor, raça, religião ou imperfeição física e biológica, o que leva a uma abordagem necessária das competências pedagógicas assumindo assim uma postura educacional que considere o desenvolvimento do individuo que se pretende inserir na sociedade para o enfrentamento das solicitações do mundo moderno que necessita de decisões, iniciativa e criatividade.
Falar em transformação escolar é falar de inclusão, reconhecendo a diversidade realizando assim um trabalho para que a inclusão realmente ocorra e não seja uma inclusão velada para que apenas conste no PPP – Projeto Político Pedagógico. A sociedade por si é excludente, e as instituições, inclusive a escolar continuam seletivas mantendo uma estrutura retrograda de currículos preocupados apenas com habilidade e saberes. Tudo a nossa volta está mudando e essa concepção também deve mudar, visto que é mais que comprovado que as instituições devem pensar mais em qualidade social, liberando-se dos padrões baseados em práticas pedagógicas egocêntricas centradas na transmissão de conteúdos prontos, saberes hierárquicos sem reflexão e criticidade. Infelizmente essa estrutura curricular e disciplinar ainda é utilizada em muitas instituições, dispensando muitas vezes a interdisciplinaridade e o conhecimento prévio dos educandos em determinados assuntos, além de excludente é de modo geral conteúdista e insatisfatório, impedindo assim a inclusão de alunos com necessidades especiais e de outras culturas.
O PNE – Plano Nacional de Educação prevê uma educação interdisciplinar e é fundamental numa sociedade diversa e democrática. A efetivação de uma gestão democrática requer o planejamento de todo trabalho pedagógico realizado ou a se realizar. A organização do trabalho pedagógico refere-se ás práxis educativas que se efetivam no contexto escolar, nas relações sociais e as reflexões políticas, econômicas e morais. 
As mediações para uma educação efetiva que atinja a todos podem ser feitas por vários atores que interajam no cotidiano escolar atingindo assim o fim desejado; o processo de ensino-aprendizagem resignificando o aprender a aprender. Pode-se dizer que a sala de aula é o “lócus” para um aprendizado efetivo, engano! O professor pode instituir o ensino-aprendizagem de várias formas e em lugares diferentes: de modo que o educando adquira materialidade no aprendizado e o educador base em princípios epistemológicos, didático, metodológico e sociopolítico.
Na atual conjuntura educacional, a interdisciplinaridade e as questões culturais não podem ser ignoradas, sob-risco de que a escola cada vez mais distancie-se dos universos simbólicos, das mentalidades e das inquietudes das crianças e jovens de hoje, A relação entre cultura e educação nos obriga a desvencilhar de paradigmas e nos posicionar criticamente com relação ao multiculturalismo que hoje nos cerca. Infelizmente, mesmo com tanta tecnologia e mudanças acerca do que e de como deve ser a educação ainda temos nossa formação histórica marcada pela eliminação física do outro, por sua cor, raça e deficiência que também é como uma forma violenta de negação de sua alteridade, A escola deve ser um lugar de aprendizado e crescimento para todos independente de sua condição social, racial, ideológica, religiosa, intelectual ou física.
Considerações Finais
Vê-se que apesar dos esforços em manter uma educação de qualidade e igualitária e que, mesmo regida por lei, não é o que se vê no cenário educacional, há grande dificuldade na aceitação do diferente, do desconhecido, a escola ou instituição ainda está enraizada no modelo conteudista que por sua vez não beneficia aos educandos que por direito são incluídos no ensino regular, mas excluído de certa forma no modo de como adquire conhecimento. Há que se ter uma mentalidade mais aberta apartando-se de paradigmas para que a educação seja de qualidade e igualitária em todo contexto social, aparando assim arestas que assumem um único saber como correto. Partindo desse pressuposto, as leis que regem a educação e a inclusão são efetiva no papel apenas, deixando a desejar na hora de sua aplicação em instituições escolares de todo território nacional, são poucas as instituições que efetivam essas leis em seus PPP’s e as fazem cumprir, inserindo assim a cultura do multiculturalismo e a inserção de métodos pedagógicos eficazes para um ensino-aprendizagem que beneficiem a todos sem distinção.
Os educadores além do conteúdo programático deem usar de outros métodos para um ensino eficaz que abranja a todos os indivíduos para sua formação cidadã e de inserção numa sociedade multicultural, desvinculando-se assim o mal estar que é acentuado entre educadores, assim como pelos educandos acerca das mudanças na caracterização escolar e exige um enfrentamento concreto da crise que assola a sociedade com relação a diversidade existente, Desse modo, uma análise critica do conjunto de fundamentos legais que norteiam a educação deve ser o que possibilita ideias pedagógicas voltadas para uma educação efetiva de modo a definir o tipo de cidadão que se pretende formar e quais estratégias devem ser utilizadas para sua materialização em deferentes condições socioeconômica.
Esse conhecimento deve ser imprescindível à escola e ao educador comprometido com as transformações sociais.
Referencias Bibliográficas
FERNANDES, Sueli – Fundamentos para Educação Especial – Editora Ibpex – Curitiba, 2007
BARTNIK,Helena Leomir de Souza – Gestão Educacional – Editora intersaberes – Curitiba, 2012
MONTOAN, Maria Teresa Eglér; PRIETO, Rosangela Gavioli – Inclusão Escolar – Pontos e Contra pontos – Sammus Editorial – São Paulo, 2006
LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da EscolaPública: a pedagogia crítico social dos conteúdos.Coleção Educar. Edições Loyola, São Paulo: 
1985. Disponível no link: https://docs.google.com/file/d/0B8jeXMvFHiD-c3FtRFRnd1lMN00/edit Acesso em: 22/08/2018
MOREIRA, Antonio Flavio; CANDAU, Vera Maria – Multiculturalismo – Editora Vozes – 8 Ed – Petrópolis, RJ- 2011
PARO, Vitor Henrique – Administração Escolar: Introdução crítica. 5 ed. São Paulo: Cortez; Autores Associados, 1991
PARO, Vitor Henrique – Educação como exercício do poder; critica ao senso comum em educação. São Paulo; Cortes, 2008b.
Constituição Federal de 1988 (Capítulo III -Seção I)
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/518231/CF88_Livro_EC91_2016.pdf - acesso em 05/09/2018
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional -LDB http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/leis/L9394.htm - acesso em 05/09/2018
OUTUBRO/2018

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