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FOCOS OU AREAS DE AUSCULTA

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FOCOS OU ÁREAS DE AUSCULTA
A audibilidade dos diversos ruídos cardíacos varia em todo o precórdio. Normalmente a ausculta ocorre nos seguintes focos [13]:
Figura 13
A: 3º espaço intercostal paraesternal esquerdo (Foco de Erb):
1ª e 2ª bulhas são escutadas com clareza quase igual
B: 2º espaço intercostal paraesternal direito (Foco aórtico):
Componentes da valva aórtica (A2) da 2ª bulha é mais evidente
C: 2º espaço intercostal paraesternal esquerdo (Foco pulmonar):
Componente da valva pulmonar (P2) da 2ª bulha é mais evidente
D: 4º/5º espaço intercostal paraesternal esquerdo (Foco tricúspide):
Componente da valva tricúspide (T1) da 1ª bulha é mais evidente
E: 5º espaço intercostal paraesternal no ápice cardíaco (Foco Mitral):
Componentes da valva mitral (M1) da 1ª bulha é mais evidente
 
Clique de abertura
É um som de um clique de alta frequência que ocorre durante a sístole é refere-se ao prolapso da valva mitral ou tricúspide.
Estalido de abertura
É um som de abertura de alta frequência que ocorre na diástole no caso de estenose da valva mitral ou tricúspide.
Componentes das bulhas
Componentes da 1ª bulha
A 1ª bulha possuí dois componentes: o fechamento da valva mitral e da valva tricúspide. Em pessoas saudáveis há normalmente uma diferença 0,02-0,03 segundos entre esses dois componentes
Condições fisiológicas
Em 85% das pessoas a separação dos dois componentes da primeira bulha podem ser observados em condições fisiológicas normais. Principalmente no 4º/5º espaço intercostal paraesternal esquerdo (Foco tricúspide).
Condições patológicas
Em condições patológicas a separação dos dois componentes da 1ª bulha podem se tornar mais evidentes (por exemplo, quando acontece a estimulação atrasada do ventrículo direito, como consequência de distúrbios da condução ou, no caso de uma insuficiência cardíaca direita).
No caso do bloqueio do ramo esquerdo acontece o fechamento tardio da valva mitral que causa uma reversão da ausculta da bulha, a valva tricúspide fecha antes da valva mitral.
Componentes da 2ª bulha
Os componentes da segunda bulha (fechamento da válvula aórtica e da válvula pulmonar) podem ser percebidos em condições fisiológicas. O melhor local para auscultar é no 2º espaço intercostal paraesternal esquerdo (Foco pulmonar).
Condições fisiológicas
Durante a inspiração o ventrículo direito pode encher mais. O período de ejeção da sístole dura mais tempo e como resultado a válvula pulmonar fecha mais tarde. Nesse caso, a separação dos dois componentes da bulha se tornam mais evidentes e, portanto, mais audíveis. Isso acontece principalmente com jovens.
Condições patológicas
Em condições patológicas o aumento da separação dos componentes da 2ª bulha deve-se ao atraso ou aumento da fração de ejeção do ventrículo direito (por exemplo, no caso de hipertensão pulmonar ou bloqueio de ramo direito).
O grupamento da 2ª bulha ocorre quando a fração de ejeção do ventrículo esquerdo está atrasada ou prolongada (por exemplo, no caso de insuficiência cardíaca congestiva esquerda ou bloqueio do ramo esquerdo).
Intensidade Sonora das bulhas
Normalmente no foco de Erb a intensidade da 1ª e 2ª bulhas cardíacas serão parecidas. Esta intensidade depende da distância entre as valvas e o estetoscópio. Em crianças e pessoas muito magras estes sons podem ser muito altos, já em pessoas com obesidade, enfisema ou derrame pericárdico a intensidade do som é mais baixa. Além disso, anormalidades em uma das valvas ou na posição das valvas pode causar uma mudança na intensidade de B1 ou B2.
Ritmo
Em condições fisiológicas normais o ritmo cardíaco normal gerado pelo nó sinusal tem uma frequência de 60 à 100 batimentos cardíacos por minuto (bpm). Uma frequência inferior à 60 bpm é denominada bradicardia e acima de 100 bpm é referido como taquicardia.
Uma alteração fisiológica do ritmo cardíaco pode ser observada em crianças e adultos jovens e é conhecida como arritmia sinusal respiratória. Durante a inspiração a pressão do tórax diminui e como resultado mais sangue entra no coração. O nó sinusal acaba se alongando e como resultado leva a um aumento da frequência cardíaca.
Em condições patológicas podem aparecer arritmias cardíacas como, por exemplo, a fibrilação atrial que é um ritmo cardíaco irregular. Neste caso, o volume ejetado pelo coração é tão reduzido que a onda de pulso fica tão pequena que não pode ser sentida na artéria radial existindo uma diferença entre a frequência de batimentos cardíacos e a pulsação na artéria radial. Isto é chamado de déficit de pulso.

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