queixa crime 1 ceuma

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO __ JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA DE SÃO LUIS, ESTADO DO MARANHÃO.
Termo Circunstanciado n. XXX/2018
		Maria do Bairro, brasileira, casada, empresaria, portadora do RG nº xxxxxxx e CPF nº xxxxxxx, email, residente e domiciliada à xxxxx , nº xx, bairro, São Luis-MA, por seu advogado que essa subscreve, cujo instrumento de procuração possui poderes especiais segue anexo (doc. 01), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos termos dos arts. 41 e 44 do Código de Processo Penal bem como no artigo 100, §2º, CP, oferecer 
 
QUEIXA-CRIME
		contra SORAIA MONTENEGRO, brasileira, estado civil, profissão, portador do RG xxxxxxx, CPF xxxxxxx, email, residente e domiciliado à xxxxxx, nº xxx, bairro, São Luis-MA, pelos seguintes motivos a seguir expostos:
DOS FATOS
A vítima relatou que no dia XX/XX/2018 nesta cidade de São Luís do Maranhão, sofreu constrangimento por parte da querelada sendo chamada de “lerda” e “imbecil” perante empregados de sua empresa, afetado o seu decoro, ficando assim a querelada constrangida e envergonhada após o fatídico 
Os fatos acima narrados constam em Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), elaborado dia 14 de novembro de 2017, conforme anexo; 
DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
O fato ocorrido com a querelante diverge do que está resguardado no artigo 5º, inciso X da nossa Constituição Federal de 1988, no que se refere a inviolabilidade da honra das pessoas, e sendo esta violada este mesmo inciso assegura o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. 
O crime contra a honra, em relação a este caso em comento está tipificado no Código Penal no artigo 140, como crime de injuria exposto abaixo: 
“Art. 140. Injuriar alguém, atendendo-lhe a dignidade ou o decoro.”
No caso narrado a querelante foi vítima de constrangimento ofendendo o seu decoro, e ressalta-se que isto ocorreu na presença de varias pessoas que conforme o inciso III do artigo 141 do código penal é uma agravante onde se tem o aumento da pena.
 “Art. 141. As penas cominadas neste Capitulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido:
III – na presença de varias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calunia, da difamação ou injuria;” 
Excelência ainda cabe mencionar o artigo 186 do Código Civil Brasileiro que tipifica como Atos Ilícitos: “Aquele que, por ação ou omissão voluntaria, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”. O artigo 953 deste mesmo código referido nos traz a obrigação de indenizar, quando ocorrer crimes contra a honra:
“Art. 953. A indenização por injuria, difamação ou calunia consistira na reparação do dano que delas resulte ao ofendido.”
Diante do artigo 953 C.C, cabe o pleito indenizatório por danos morais, visto que a requerente fora constrangida na frente de várias pessoas de sua empresa, com palavras ofensivas.
Corroborando com tal entendimento, cumpre mencionar a interpretação a respeito do crime de injuria utilizado pelo ilustre Rogerio Greco, vejamos:
No delito de Injúria, como regra não existe a imputação de fatos, mas sim de atributos pejorativos à pessoa do agente (GRECO, 2008, p. 458).
Isto posto, foi o que ocorreu de fato, a querelada utilizou-se de palavras ofensivas, atributo pejorativo contra a querelada.
Sob a perspectiva do crime de injuria e a indenização por dano moral, vejamos o que a jurisprudência trata a respeito:
Desta forma, devemos observar o artigo 167, do código penal que disciplina a procedência de Ação Penal, nos casos do artigo 163, inciso IV, que se dá mediante queixa. 
DO PEDIDO CONDENATÓRIO
	Em razão da pratica do crime previsto no art. 140 do Código Penal, requer a Vossa Excelência, após manifestação do Ministério Público o recebimento e processamento da presente queixa-crime contra Soraia Montenegro, a fim de que, recebida e autuada, esta seja citada, processada na forma dos arts. da Lei n. 9.099/95, com audiência de conciliação, sendo o querelado condenado ao final, inclusive na sucumbência em função dos honorários advocatícios, ouvindo-se as testemunhas abaixo arroladas.
DO PEDIDO INDENIZATÓRIO
	Em razão do disposto nos artigos 63, parágrafo único c/c art. 387, IV, ambos do Código de Processo Penal, nos termos da Lei nº 11.719, de 20 de junho de 2008, requer seja fixado o valor para a reparação dos danos causados pela infração penal.
DA PRODUÇÃO DE PROVA
	Requer, ainda, sejam inquiridas as testemunhas ora arroladas e a juntada dos documentos em anexo.
	ROL DE TESTEMUNHAS 
	1) (nome) (qualificação)
	2) (nome) (qualificação)
	3) (nome) (qualificação)
	4) (nome) (qualificação)
		
DOCUMENTOS EM ANEXO
Procuração Ad Judicia;
São Luís - MA, (15/03/2018)
____________________________
					Advogado/ OAB/UF
MODELO GERAL DE PROCURAÇÃO (ART.44, CPP)
PROCURAÇÃO
	Por este instrumento particular de mandato, ______________, brasileiro, casado, comerciante, titular do RG n. _______ e do CPF n. ________, residente e domiciliado nesta cidade, na Rua ______, no.______, Bairro _________, constitui e nomeia seu bastante procurador, o ___________________, Advogado, OAB n. _______ , residente e domiciliado nesta cidade, com escritório na Rua ________, nº _________, Bairro _________, a quem confere todos os poderes, inclusive os da cláusula ad juditia, especialmente para _______________ (objetivo) porque___________________ (exposição resumida do fato criminoso), cometendo, dessa maneira, o crime previsto no art. ____________________ (indicar – classificar – o tipo penal praticado).
	(nome da cidade), (data)
________________________________
(Nome do querelante)
OUTORGANTE