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Rio de Janeiro, 30 de julho de 2018. Direito do Trabalho II Professora Eliane Conde Aula 1 # Férias CLT - Art. 129 e seguintes Art. 129 - Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração. CF - Art. 7º, XVII XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; Conceito de Férias - consiste no direito em que o empregado tem, desde que, tenha trabalhado doze meses para o mesmo empregador, conforme o Art. 129 da CLT. Férias simples - Art. 134 CLT Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito. Férias em dobro - Art. 137 CLT Art. 137 - Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que trata o art. 134, o empregador pagará em dobro a respectiva remuneração. Férias proporcionais - Art. 146, PÚ CLT Parágrafo único - Na cessação do contrato de trabalho, após 12 (doze) meses de serviço, o empregado, desde que não haja sido demitido por justa causa, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de acordo com o art. 130, na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de serviço ou fração superior a 14 (quatorze) dias. Período Aquisitivo - Art. 130 CLT Art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção: Falta Injustificada Até 5 faltas injustificadas no ano = 30 dias de férias; De 6 à 14 faltas injustificadas no ano = 24 dias de férias; De 15 à 23 faltas injustificadas no ano = 18 dias de férias; De 24 à 32 faltas injustificadas no ano = 12 dias; Acima de 32 faltas injustificadas no ano = 0 dias. Vedação de Descontos de Faltas - § 1º do Art. 130 da CLT § 1º - É vedado descontar, do período de férias, as faltas do empregado ao serviço. Contrato de Trabalho em Regime de Tempo Parcial - Art. 58-A, § 1º ao § 7º da CLT Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou, ainda, aquele cuja duração não exceda a vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até seis horas suplementares semanais. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) § 1o O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será proporcional à sua jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001) § 2o Para os atuais empregados, a adoção do regime de tempo parcial será feita mediante opção manifestada perante a empresa, na forma prevista em instrumento decorrente de negociação coletiva. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001) § 3º As horas suplementares à duração do trabalho semanal normal serão pagas com o acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o salário-hora normal. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) § 4o Na hipótese de o contrato de trabalho em regime de tempo parcial ser estabelecido em número inferior a vinte e seis horas semanais, as horas suplementares a este quantitativo serão consideradas horas extras para fins do pagamento estipulado no § 3o, estando também limitadas a seis horas suplementares semanais. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) § 5o As horas suplementares da jornada de trabalho normal poderão ser compensadas diretamente até a semana imediatamente posterior à da sua execução, devendo ser feita a sua quitação na folha de pagamento do mês subsequente, caso não sejam compensadas. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) § 6o É facultado ao empregado contratado sob regime de tempo parcial converter um terço do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) § 7o As férias do regime de tempo parcial são regidas pelo disposto no art. 130 desta Consolidação. - O empregado contratado em regime de tempo parcial, conforme o Art. 58-A, § 7º da CLT, usufrui as suas férias da mesma forma prevista no Art. 130 da CLT, a partir da vigência da Lei 13.467/17. Período Concessivo - Art. 134, § 1º da CLT Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito. § 1o Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um. - As férias, conforme o Art. 134 da CLT, serão concedidas pelo empregador nos doze meses subsequentes à aquisição do direito, podendo, com a concordância do empregado ser usufruída em três períodos, sendo um de no mínimo catorze dias e os outros dois de no mínimo cinco dias, conforme o § 1º do Art. 134 da CLT. Férias em Dobro - Art. 137 da CLT e (Súmula 81 do TST) Art. 137 - Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que trata o art. 134, o empregador pagará em dobro a respectiva remuneração. Súmula nº 81 do TST FÉRIAS (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Os dias de férias gozados após o período legal de concessão deverão ser remunerados em dobro. - Todas as vezes que as férias não forem concedidas dentro do período concessivo, serão pagas em dobro e, na forma da Súmula 81 do TST, os dias gozados após o período legal. Prazo para o Pagamento das Férias - Art. 145 da CLT e (Súmula 450 do TST) Art. 145 - O pagamento da remuneração das férias e, se for o caso, o do abono referido no art. 143 serão efetuados até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período. Súmula nº 450 do TST FÉRIAS. GOZO NA ÉPOCA PRÓPRIA. PAGAMENTO FORA DO PRAZO. DOBRA DEVIDA. ARTS. 137 E 145 DA CLT. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 386 da SBDI-1) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014 É devido o pagamento em dobro da remuneração de férias, incluído o terço constitucional, com base no art. 137 da CLT, quando, ainda que gozadas na época própria, o empregador tenha descumprido o prazo previsto no art. 145 do mesmo diploma legal. - O prazo para o pagamento das férias é de até dos dias antes do início, pois, se o empregado gozar as férias dentro do prazo legal, mas o empregador não respeitar o prazo do pagamento serão devidas em dobro, conforme o entendimento do TST, por meio da Súmula 450. Hipóteses em que o empregado não perde o direito às férias - Art. 131 e 132 da CLT Art. 131 - Não será considerada falta ao serviço, para os efeitos do artigo anterior, a ausência do empregado: I - nos casos referidos no art. 473; (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) II - durante o licenciamento compulsório da empregada por motivo de maternidade ou aborto não criminoso, observados os requisitos para percepção do salário-maternidade custeado pela Previdência Social; (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) Il - durante o licenciamento compulsório da empregada por motivo de maternidade ou aborto, observados os requisitos para percepção do salário-maternidade custeado pela PrevidênciaSocial; (Redação dada pela Lei nº 8.921, de 25.7.1994) III - por motivo de acidente do trabalho ou de incapacidade que propicie concessão de auxílio-doença pela Previdência Social, excetuada a hipótese do inciso IV do art. 133; (Incluído pelo Decreto- lei nº 1.535, de 13.4.1977) III - por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, excetuada a hipótese do inciso IV do art. 133; (Redação dada pela Lei nº 8.726, de 5.11.1993) IV - justificada pela empresa, entendendo-se como tal a que não tiver determinado o desconto do correspondente salário; (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) V - durante a suspensão preventiva para responder a inquérito administrativo ou de prisão preventiva, quando for impronunciado ou absolvido; e (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) VI - nos dias em que não tenha havido serviço, salvo na hipótese do inciso III do art. 133. Art. 132 - O tempo de trabalho anterior à apresentação do empregado para serviço militar obrigatório será computado no período aquisitivo, desde que ele compareça ao estabelecimento dentro de 90 (noventa) dias da data em que se verificar a respectiva baixa. - As faltas previstas no Art. 473 da CLT são consideradas justificadas, a licença maternidade prevista no Art. 392 da CLT, de 120 dias, é computada no período aquisitivo, o período que o empregado estiver recebendo auxílio doença ou auxílio acidentário, senão ultrapassar seis meses de afastamento, quando retorna, a contagem do período das férias é reiniciada para completar o período aquisitivo e durante o licenciamento para prestação de serviço militar obrigatório, se o empregado retornar até noventas dias, contados da baixa, a proporcionalidade anterior ao afastamento, também é computada, tudo nos termos dos Art. 131 e 132 da CLT. Hipóteses que o empregado perde o direito as férias - Art. 133 da CLT Art. 133 - Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo: (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) I - deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 (sessenta) dias subseqüentes à sua saída; (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) II - permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30 (trinta) dias; (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) III - deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 (trinta) dias, em virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa; e (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) IV - tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) § 1º - A interrupção da prestação de serviços deverá ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) § 2º - Iniciar-se-á o decurso de novo período aquisitivo quando o empregado, após o implemento de qualquer das condições previstas neste artigo, retornar ao serviço. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) § 3º - Para os fins previstos no inciso lIl deste artigo a empresa comunicará ao órgão local do Ministério do Trabalho, com antecedência mínima de 15 (quinze) dias, as datas de início e fim da paralisação total ou parcial dos serviços da empresa, e, em igual prazo, comunicará, nos mesmos termos, ao sindicato representativo da categoria profissional, bem como afixará aviso nos respectivos locais de trabalho. - O empregado perde o direito as férias quando ficar afastado por mais de sessenta dias, quando receber o salário, estando em gozo de licença por mais de trinta dias, o mesmo na hipótese de inatividade da empresa e recebendo o salário por mais de trinta dias, e também, quando ficar afastado recebendo auxílio doença ou acidentário por mais de seis meses. Quando o empregado retorna, inicia-se um novo período aquisitivo. Época das Férias - Art. 136, § 1º da CLT Art. 136 - A época da concessão das férias será a que melhor consulte os interesses do empregador. § 1º - Os membros de uma família, que trabalharem no mesmo estabelecimento ou empresa, terão direito a gozar férias no mesmo período, se assim o desejarem e se disto não resultar prejuízo para o serviço. - Conforme o Art. 136 da CLT cabe ao empregador determinar a época das férias, podendo os empregados, membros da mesma família, que trabalharem para o mesmo empregador no mesmo período, desde que, não cause prejuízo ao empregador. Férias Coletivas - Art. 139, § 1º e 141 da CLT Art. 139 - Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os empregados de uma empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores da empresa. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977 § 1º - As férias poderão ser gozadas em 2 (dois) períodos anuais desde que nenhum deles seja inferior a 10 (dez) dias corridos. - As férias coletivas poderão ser gozadas em dois períodos, desde que, nenhum deles sejam inferiores há dez dias e, na hipótese, do empregado não ter completado doze meses de trabalho, terá direito a proporcionalidade, iniciando novo período aquisitivo, conforme os Art. 139 e 140 da CLT. Da Remuneração das Férias - Art. 142 da CLT Art. 142 - O empregado perceberá, durante as férias, a remuneração que lhe for devida na data da sua concessão. - A remuneração, será sempre a da época da concessão das férias.
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