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Aula 02 - Psicologia nas Organizações

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Aula 02
A psicologia no contexto organizacional
Objetivo desta Aula
Ao final desta aula, você será capaz de:
1- Definir organizações;
2- Conceituar psicologia organizacional;
3- Analisar questões relevantes no diálogo indivíduo X organização;
4- Identificar áreas de trabalho para a psicologia no espaço organizacional.
Introdução
A vida contemporânea cada vez mais leva o indivíduo a participar de organizações, seja enquanto colaborador seja enquanto usuário de serviços.
Estamos nos mais variados meios organizacionais a começar por nossa inserção em família, depois na escola, num templo religioso e nas empresas, mais tarde, no papel de colaborador.
É fato que resolvemos, nestes espaços, necessidades de difícil resolução no plano individual e nos associamos às outras pessoas para atingirmos àquelas que são as metas da organização e metas que são as nossas. Quanto mais aproximadas estiverem estas metas, mais tranqüilo será o diálogo existente entre indivíduo e organização.
No cumprimento de metas e missão organizacionais podem ser experimentados conflitos, na incompatibilidade de objetivos individuais e organizacionais.
A psicologia organizacional, que tem espaço certo de aplicabilidade nos ambientes de trabalho, ainda se desenvolve por ganhar descrédito de uns e por estar marcada pela sua fase inicial de desenvolvimento, a de ciência que pode tratar atípicos.
Vários esforços, no entanto têm sido feitos e as subáreas da psicologia nas organizações têm funcionado no que diz respeito aos programas de desenvolvimento organizacionais, aconselhamento de carreira, ergonomia, etc. Nem sempre é o psicólogo graduado quem está a frente desta atividade no meio corporativo, mas administradores, pedagogos e gestores de RH aplicam, em larga escala, os ensinamentos da psicologia, promovendo o bem estar e a resolução de conflitos no cenário do trabalho. 
Psicologia no contexto organizacional
Apresentaremos o conceito de organizações e o seu papel de importância na vida de cada indivíduo. 
Serão discutidos aspectos relevantes na participação das pessoas nas organizações enquanto colaboradores e usuários de serviços.
A formação de grupos, no contexto organizacional, e aspectos relevantes para o seu desenvolvimento saudável também será discutido.
Serão apresentadas, ainda, às áreas de atuação do psicólogo ou do profissional que aplique conceitos da psicologia no meio corporativo.
1ª citação: Spector (2002), citado em Bergamini (2005), observa que a psicologia no espaço organizacional oferece um campo de estudo do comportamento tão subjetivo quanto em outras esferas.
2ª citação: Leavit (1972) deu foco a esse campo de estudo afirmando: “... uma teoria psicológica é tão necessária ao administrador  que lida com problemas humanos, quanto é uma teoria elétrica e mecânica ao engenheiro que lida com máquinas.” (p. 14)
Mas o que são organizações?
Zanelli (2008) as define como sistemas orientados, em essência, para o alcance de objetivos comuns, citando exemplos: família, fábricas, escritórios de serviços, hospitais, escolas, organizações militares, igrejas, sindicatos etc.
Chiavenato (2000) acrescenta que as organizações existem para que possamos satisfazer necessidades que não satisfazemos sozinhos.   
Psicologia aplicada no contexto organizacional
A união de esforços para o alcance de necessidades leva à reunião de indivíduos, formando grupos.
    
Para que haja sucesso nessa reunião, deve haver sucesso na interação (Bowditch & Buono, 1992).
                         
Muchinsky (2004) cita três tipos de equipes, portanto, de grupos que trabalham para o sucesso organizacional:   
1.Equipes de solução de problemas;
2.Equipes de criação;
3.Equipes táticas.
A consciência da presença do outro altera a predisposição comportamental de forma significativa. Isto pode gerar harmonia ou conflitos.
A necessidade de compreensão do comportamento nos grupos fez crescer as pesquisas sobre interação e fez surgir a psicologia organizacional.
Regato (2008) define a psicologia organizacional como subárea da psicologia que estuda especificamente o comportamento resultante das esferas organizacionais.
Dentro de um grupo satisfazemos necessidades de ordem grupal, mas não podemos esquecer que a qualidade da interação com os demais é definida pelo que Schutz (1966) chamou de “postulado das necessidades interpessoais”, listando-as:
1 Inclusão;
2 Controle;
3 Afeição.
Conhecidas as necessidades interpessoais dos indivíduos, passemos ao estudo da interação social que é o foco de estudo da psicologia organizacional.
Lewin (1946), estudando a influência de outros na formação da personalidade, demonstrou a importância das dinâmicas de grupo para o bem-estar dos indivíduos.
E Freud (1974, citado em Bergamini, 2005) acrescenta que a felicidade é uma questão pessoal, sendo que dificilmente a alcançamos sem que um contexto grupal seja vivenciado.
Lewin, e sua chamada Teoria de Campo, permite concluir que a adaptação social é indicadora de que demandas individuais e grupais são atendidas na interação com outras pessoas.
Bergamini (2005) observa: “seria ótimo que os objetivos do indivíduo, do grupo e da organização fossem coincidentes”. (p. 99) 
A não interseção destes objetivos demanda conformidade do indivíduo para que se mantenha nos  grupos.  Existem momentos de experimentação de conflitos.
Dejours (1994) observa que mesmo para os que gostam do que fazem profissionalmente há momentos em que o trabalho é percebido como sacrifício.
Existem, portanto, aspecto nesse dialogo entre individuo e organização que merecem atenção.
 
Zanelli (2002) observa que a psicologia organizacional marcou a sua emancipação da Psicologia a partir da publicação de “Psicologia e eficiência industrial” em 1913, na Alemanha.
Taylor, administrador americano, deu ênfase ao estudo do comportamento produtivo no final do século XIX e início do XX, tornando-se o fundador da administração científica.
No Brasil, Zanelli (2002) destaca a importância do IDORT (Instituto de Organização Racional do Trabalho) e autores como: Dória (1953); Carvalho (1988) e leis de regulamentação da atividade do psicólogo.
Muchinsky (1990) divide a área da psicologia organizacional em seis subespecialidades:
Psicologia de Pessoal: ramo tradicional, o psicólogo concentra-se nos aspectos das diferenças individuais. Realiza seleções, avalia desempenhos, etc.
 
Comportamento Organizacional: a organização determina e é determinada pelos indivíduos e grupos. Estuda a liderança, padrões de comunicação, comprometimento com os objetivos da organização, etc. 
Ergonomia: também chamada de Psicologia de Engenharia ou Psicologia dos Fatores Humanos. Busca compreender o desempenho humano no trabalho associado às relações estabelecidas pelos sistemas Homem – Máquina.
Aconselhamento de Carreira e Vocacional: preocupa-se com a integração da pessoa com o trabalho, visando a satisfação do trabalhador. 
Desenvolvimento Organizacional: busca a eficiência da organização por meio do diagnóstico de seus problemas e o planejamento de mudanças. Envolve modificações no sistema psicossocial, sistema técnico e nos procedimentos de trabalho.
Relações Industriais: diz respeito aos problemas das relações entre empregados e empregadores. O psicólogo deve conhecer a legislação trabalhista, interagir com sindicatos e intermediar as negociações entre os segmentos da força de trabalho.
Zanelli (2002) observa que a atuação de psicólogos em áreas organizacionais, no Brasil, ainda é limitada pelo descrédito que ainda enfrentam sobre resultados no cenário do trabalho.
O psicólogo organizacional ou o agente que se dispõe a aplicar conceitos da psicologia nesta esfera deve fazê-lo com confiabilidade e segurança.
Ainda Zanelli (2002) acrescenta que as mudanças desejadas para atuação do psicólogo no contexto corporativo demanda modificações na própria graduação (que deve apresentar a psicologia de formamais abrangente) como na atuação do mesmo, não restringindo-se ao caráter de “cuidador”.
Atividade proposta
Pesquise na própria internet, ou se você tiver acesso a livros, sobre o tema “Prazer e sofrimento no trabalho”. Como dica o nome Cristhophe Dejours (um grande pesquisador no assunto).
Como aprendemos as organizações viabilizam a satisfação de uma série de necessidades humanas tais como: sustento, crescimento pessoal, estima e realização pessoal (para alguns), mas as organizações, no entanto, impõem sacrifícios aos seus colaboradores (abdicação de convívio com a família quando as escalas são excessivas, metas difíceis a cumprir e até a administração de limitações pessoais para o exercício satisfatório da função).
Exemplifique o tema aqui discutido em situação já vivenciada ou observada por você e associe à discussão proposta pelo teórico pesquisado.
Síntese da Aula:
Nesta aula, você:
Definiu organizações e sua importância para a satisfação de necessidades individuais;
Conheceu aspectos relevantes às organizações de trabalho que podem gerar conflitos de ordem individual ou interpessoal para os colaboradores de uma organização;
Identificou as necessidades interpessoais que podemos satisfazer, participando de grupos;
Listou áreas de atuação de psicólogos no contexto organizacional.
O que vem na próxima aula
Na próxima aula, você verá o seguinte tema:
Definiremos aspectos formadores de diferenças entre as pessoas a  partir do estudo da personalidade;
Estudaremos teorias da personalidade diversas e aspectos de relevância em cada uma;
Listaremos fatores relevantes aos processos decisórios e influências da personalidade sobre as decisões;
Distinguiremos decisões individuais e em grupo e pontos positivos e negativos em cada processo;
Discutiremos sobre a teoria de Dissonância cognitiva, de Festinger.

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