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Síndrome do intestino irritável

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Síndrome do intestino irritável
Acadêmicos:
Pedro Moreno
Érica Silveira
Definição
SII é definida, segundo os critérios de Roma III, como dor e/ou desconforto abdominal recorrentes, por pelo menos 3 dias por mês, nos últimos 3 meses, associada com dois ou mais dos seguintes sintomas:
Melhora com a defecação;
Alteração da frequência das evacuações;
Alteração na forma das fezes.
Pode coexistir com outra síndrome gastrointestinal, podendo ter continuidade de alguns sintomas após o tratamento da doença inflamatória (ex. colite), pelo motivo de que parte dos sintomas eram originários da SII
Epidemiologia
Prevalência mundial entre 10-20%
Mais comum nas mulheres, com proporção de 2:1
Geralmente ocorre entre os 30-50 anos, mas também é comum em crianças
Fisiopatologia
Sistema nervoso autônomo:
A ativação dos circuitos autônomos centrais induzida pelo estresse desempenha um papel importante na regulação da motilidade, secreção e modulação imunológica.
A ativação de contrações e secreções do intestino posterior induzida pelo estresse agudo é mediada pelas vias parassimpáticas sacrais.
A regulação ascendente da atividade parassimpática sacral e simpática pode resultar em alteração da neuroplasticidade nos mecanismos periféricos alvos dentro do intestino
Os pacientes com SII possuem uma maior ativação dessas vias em resposta aos estressores.
Fisiopatologia
Motilidade gastrointestinal alterada e secreção:
É quantitativamente alterada e qualitativamente preservada
O transito colônico é acelerado em casos de SII com diarreia, com contrações de alta amplitude se propagando com maior frequência, correlacionadas com a dor abdominal, desencadeando urgência subjacente, diarreia e incontinência fecal
Em contrapartida, o transito colônico mais lento é observado na SII com constipação
30% dos pacientes relatam exacerbação de dor abdominal após ingestão de alimentos
Fisiopatologia
Eixo hipotalâmico-hipofisário-adrenal:
As alterações nas respostas neuroendócrinas em pacientes com SII podem ser refletidas por níveis plasmáticos alterados e de hormônio adrenocorticotrófico e cortisol
Contudo, as respostas exageradas do cortisol em casos de SII podem estar mais relacionadas ao histórico de eventos adversos no inicio da vida do que à SII propriamente dita
Fisiopatologia
Ativação imunológica da mucosa:
Em alguns pacientes com SII pós-infecciosa, os sintomas persistem após a resolução da gastroenterite infectante
As alterações na permeabilidade intestinal, bem como os pequenos aumentos de linfócitos intraepiteliais e células enterocromafins podem ser detectadas
Evidencias sugerem um aumento da quantidade de mastócitos da mucosa no cólon e intestino delgado distal em pacientes com SII, além de maior proximidade destes mastócitos com os nervos entéricos
Papel importante da IL-6 e IL-8 no perfil pró-inflamatório. Em casos de pacientes com comorbidades especiais, observa-se o papel adicional de IL-1β e TNF-α
Fisiopatologia
Flora intestinal alterada:
Alguns dados sugerem que a flora bacteriana intestinal possa estar alterada em pacientes com SII, e que tais alterações podem ser diferentes entre os grupos de SII
A superproliferação bacteriana no intestino delgado pode contribuir com os sintomas da SII, principalmente em pacientes com sintomas predominantes do tipo flatulência, nos quais o tratamento com antibióticos não absorvíveis pode reduzir os sintomas
Fisiopatologia
Genética:
A agregação familiar apareceu em vários estudos com pacientes com SII e estima-se que a herança genética das doenças GI funcionais esteja em torno de 22% a 57%
Estudos de associação de genes sugerem uma possível associação da SII com polimorfismos em genes relacionados ao sistema de sinalização de serotonina
Manifestações clinicas
Sintomas:
Dor no abdome inferior
Desconforto intestinal
Distensão abdominal
Constipação alternada com períodos de diarréia
Alivia com a defecação 
Agravado por estresse, emoção, má qualidade do sono e ingestão de alimentos
Queimação epigástrica e/ou retroesternal, náuseas, vômitos são relatados por até 50% dos pacientes.
Diagnóstico
Diagnóstico
Fatores que podem ajudar:
Frequência de defecação anormal: ≤3 movimentos intestinais por semana ou >3 movimentos intestinais por dia
Forma anormal das fezes: duras/granulosas ou aguadas/moles
Esforço para defecação
Urgência
Sensação de movimento incompleto do intestino
Muco
Inchaço 
Tratamento
Apoio psicológico:
Pacientes com SII são geralmente ansiosos, tensos, deprimidos e às vezes repletos de “fobias”
É importante que o diagnóstico seja explicado, tanto o caráter funcional e recorrente da doença quanto sua não evolução para o câncer
O ponto central da abordagem psicológica é fazer com que o paciente reconheça a sua disfunção, os fatores que a desencadeiam, e aprenda a lidar com eles
Tratamento
Orientação alimentar:
Dieta rica em fibras (p. ex., farelo de trigo, folhas verdes etc.) está indicada nos casos de SII, principalmente naqueles com obstipação
Agentes que aumentam o bolo fecal (plantago, pectina, psyllium) podem ser utilizados como complementos da dieta com fibras; sua dose deve ser tomada durante as refeições e adaptada a cada paciente.
Tratamento
Antidiarréicos:
São indicados para pacientes com predomínio de diarréia. 
Loperamida ou difenoxilato, um comprimido, via oral a cada 6h ou 8h, são os mais indicados.
Tratamento
Antiespasmódicos:
Nesse grupo, incluem-se os anticolinérgicos (p. ex., diciclomina, hioscina, camilofina, beladona) 
Os bloqueadores dos canais de cálcio (p. ex., brometo de pinavério, brometo de octilonium)
Os relaxantes da musculatura intestinal sem ação colinérgica (p. ex., mebeverina) 
e outros (p. ex., trimebutina) que são úteis nos casos de reflexos gastrocólico exagerados
Tratamento
Pró-cinéticos:
Cisaprida (agonista do receptor 5-hidroxitriptamina 4=5-HT4 e antagonista do receptor 5-HT3) ou domperidona (antagonista da dopamina) podem ser empregadas
A cisaprida é mais eficaz, porém, pelo risco de arritmia cardíaca, não deve ser utilizada em pacientes cardiopatas e/ou com eletrocardiograma anormal
É aconselhável, portanto, mesmo em indivíduos sem queixas cardiológicas, que um eletrocardiograma seja solicitado e, se nada anormal for detectado, oferecer a droga.
Tratamento
Referências
Tratado de clínica médica, Terceira edição;
Goldman Cecil, 24ª edição.

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