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História do Direito na Alta Idade Média

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS
ESCOLA DE DIREITO E RELAÇÕES INTERNACIONAIS
HISTÓRIA DO DIREITO (B02)
Fichamento
ORIENTANDO: STÉFANY SOUSA CARVALHO
ORIENTADOR: PROF. ME. CLEITON RICARDO DAS NEVES
Goiânia
SETEMBRO/2018
STÉFANY SOUSA CARVALHO
Fichamento realizado para fins de obtenção da nota parcial de N1, na Discplina História do Direito, do Curso de Direito da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUCGOIÁS), sob a orientação do Professor Me. Cleiton Ricardo das Neves.
Goiânia
2018
LOPES, José Reinado de Lima. A Alta Idade Média. In: O Direito na História: lições introdutórias. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2012. pp. 62-71
A ALTA IDADE MÉDIA
“[...] a partir do ano 1000 dá-se um renascimento do Ocidente especificamente dentro das universidades, e ali surge a cultura jurídica que não cessa de se transformar até hoje.” p.64
1.2 AS INVASÕES
“O período das invasões e assentamentos dos bárbaros dentro das fronteiras do império corresponde já ao das tentativas de codificação do tardo-império. Corresponde também ao de centralização da atividade legislativa no imperador” p.64
“Foi um período de crise social, econômica, política. O império com sua burocracia e seu exército já não se sustentava. Houve uma barbarizarão crescente e cotidiana, [...].” p.65
“É o fim da civilização romana. Trata-se de uma espécie de seu abandono. Um autor representativo desta transição é Agostinho.” p.65
Com o advento dos reinos bárbaros crê-se que houve uma progressiva “pessoalidade das leis”. Isto significa que a lei se aplicava conforme a etnia. Assim, no mesmo espaço do reino dos francos sobrevivem comunidades de galo-romanos. A eles se aplica o direito romano, seu direito. Aos francos se aplicava o direito franco, seus costumes, sua tradição. P.66
1.3 A REGRESSÃO
“Os bárbaros trazem à tona e se inserem em três barbáries (Le Goff, 1983:58 ss): 1) a decrepitude do império; 2) a barbárie anterior e 3) a barbárie que chega. [...], abandona-se muito do que era belo e monumental na civilização do Mediterrâneo.” p.67
“É um tempo de violência, em que aquela segurança garantida pela pax romana havia desaparecido, [...]. Os controles sociais se afrouxam, e os penitenciais da Idade Média mostram isso.” p.67
“Para além disso, houve uma regressão ao paganismo. Se no mundo romanizado o cristianismo, gozando do status de religião de Estado se expandira valendo-se da infra-estrutura administrativa do império, no mundo das invasões tudo isto começa a ceder.” p.67
1.4 O DIREITO NOS REINOS BÁRBAROS
Mesmo com o Ocidente dividido, o direito dos bárbaros e o direito romano vulgarizado, ou direito romano bárbaro eram as duas ordens de direito estabelecidas para os francos, os ostrogodos e os visigodos.
1.4.1 O direito costumeiro dos bárbaros
“O direito dos bárbaros resulta em geral de consolidação de costumes. O exemplo mais acabado de que se tem é a Lei Sálica. [...] A lei é na verdade uma consolidação de costumes.” p.68
1.4.2 O direito romano dos bárbaros (lex romana barbarorum)
Para garantir uma legitimidade política e de aceitação, os reinos bárbaros também tentavam manter alguma coisa do direito romano, uma vez que havia “[...] populações romanizadas vivendo nos seus territórios, a edição de um “direito romano barbarizado ou vulgar” ” p.69, exercia esse papel político significativo.
DEMO, Wilson. Direito Canônico. In: Manual da História do Direito. Florianópolis: Conceito Editorial, 2010. pp. 41-46
DIREITO CANÔNICO
2.1 CONSIDERAÇÕES
A igreja cristã tomou o formato de Império Romano, com suas províncias e dioceses, porém seus bispos e padres eram escolhidos pelo clero e população local.
“A religião cristã formada por seguidores de Jesus de Nazaré, surgiu no seio do judaísmo, laçando uma doutrina que a afastou do seu berço original.” p.41
“O nascimento desse personagem se deu em um momento em que o Império Romano estava alcançando seu esplendor. [...] a religião cristã, que se desenvolveu no seio de Roma, alcançou ao final, o posto de religião oficial do Estado.” p.41
2.2 JURISDIÇÃO E PROCESSO
A igreja expandia o âmbito da competência de seu direito à medida em que ganhava poder junto aos estados temporais. O processo canônico coincide muito ao processo moderno. Tanto em matéria civil quanto criminal, os procedimentos eram dominantemente escritos, dependente de manifestação do autor para iniciar-se.
2.3 COMPILAÇÕES E CODIFICAÇÕES
“Como o direito dos seguidores da religião cristã, tem como fonte a palavra de Deus emanada das Escrituras, sendo que as autoridades religiosas podem atuar de forma supletiva em relação à Bíblia. O costume só é aceito desde que não contrarie o ius divinum.” p.44
Devido à crescente autoridade da Igreja e maior percepção para questões jurídicas, os pontífices são frequentemente chamados a solucionar discussões na segunda metade do século XII.
“A influência do direito canônico fez-se sentir inclusive num país que as instituições romanas não prosperaram: a Inglaterra. As únicas influências romanísticas sofridas pelo Common Law, o foram por força da incorporação Equaty àquele sistema jurídico.” p.46
AZEVEDO, Luiz Carlos de. O Legado do Direito Canônico. In: Introdução à História do Direito. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2005. pp. 119-125
3. O LEGADO DO DIREITO CANÔNICO
“Em razão da posição universal da Igreja, no período em que esta e seu direito gozaram de preponderância no contexto jurídico do ocidente europeu, dogmática e jurisprudência deste último serviram para construir o direito comum.” p.119
E assim ocorreu, porque tanto interessava a substituição das velhas práticas costumeiras, de uso regional, por um direito mais erudito e abrangente, sustentado na escrita e na unidade da língua latina, como interessava a adoção de um direito capaz de melhor garantir a justiça, já depreciada pela subserviente postura dos juízes locais, nos feudos ou senhorios em quem tinham jurisdição. P.120
GILISSEN, John. Renascimento do Direito Romano. In: Introdução ao Direito. 6ª ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2011. pp. 203-204
4. RENASCIMENTO DO DIREITO ROMANO
Baseado mais especificamente no código de Justiniano, é que então inaugura-se o Corpus iuris civilis. “O elemento comum aos direitos romanistas é a influência exercida sobre o seu desenvolvimento pela ciência do direito que foi elaborada nas universidades a partir do século XII.” p.203
“O sistema jurídico, que assim elaboravam, era todavia um direito teórico, um direito erudito, muito mais próximo do direito romano do que dos direitos positivos locais de sua época.” p.203
MACIEL, José Fábio Rodrigues. AGUIAR, Renan. O feudalismo e o direito feudal. In: História do Direito. 5ª ed. São Paulo, 2011. pp. 94-95
5. O FEUDALISMO E O DIREITO FEUDAL
Foi um fenômeno social, político e econômico da sociedade europeia, iniciado no séc. X. Identifica-se duas épocas feudais:
“a primeira corresponderia a um momento de organização rural estável, onde o comércio é incipiente, a morda quase inexistente e o trabalho assalariado raro. A segunda idade feudal circunscreve-se no momento de renascimento do comércio, da difusão monetária e da gradual superioridade do comerciante sobre o produtor, transformando a organização social e econômica.” p.94
“O direito feudal, antes de ser a característica de uma “época jurídica”, era a caracterização do direito dominial medieval entre os séculos IX e XIV, segundo as diversas características regionais que o feudalismo apresentou.” p.95
“A aplicação da justiça era realizada ordinariamente pelos senhores, baseando-se especialmente em costumes regionais, podendo ter como fontes, ainda, algumas legislações romano-germânicas, as capitulares, o direito canônico.” p.95
LOPES, José Reinaldo de Lima. Glosadores, pós-glosadores, comentadores e humanistas. In: História do Direito. 5ª ed. São Paulo, 2011. pp. 94-95
6. GLOSADORES,PÓS-GLOSADORES, COMENTADORES E HUMANISTAS
Todas as escolas influíram enormemente no processo penal e civil, e no direito penal, muito especialmente nas reformas que foram incorporando no direito secular algumas inovações criadas do direito canônico.
Os glosadores, como primeira grande escola, tiveram um trabalho mais limitado na sua relação com o texto. Eles não queriam usá-lo na vida prática. Essa escola determina um estilo de estudo jurídico relativamente simples, inicial, de grande respeito ao texto romano.
“Os comentadores, a segunda escola, transformam-se nos grandes conselheiros dos príncipes, das comunas e dos particulares, emitem opiniões e pareceres (consilia) e ajudam a dar mais um passo na unificação ou, pelo menos, na harmonização dos direito locais [...].” p.134
DEMO, Wilson. Common Law. In: Manual da História do Direito. Florianópolis: Conceito Editorial, 2010. pp. 47-51
7. COMMON LAW
No Commun Law o juiz julga segundo a sua consciência, declarando o que é direito, segundo as regras estabelecidas pelos precedentes.
“[...] é o direito formado com base nas decisões dos Tribunais Reais de Westminster, diferenciando-se do direito comum (ius commune), em razão da sua condição peculiar de direito jurisprudencial (judge-made-law) e mantido graças à doutrina dos precedentes.” p.47
CAENEGEM, R.C. A escola humanista do direito romano. In: Uma Introdução Histórica ao Direito Privado. São Paulo: Martins Fontes, 2000. pp. 78-83
8. A ESCOLA HUMANISTA DO DIREITO ROMANO
“O elemento original na abordagem humanista era aplicar tanto o método histórico, de modo a compreender o contexto social das regras jurídicas, quanto os métodos filosóficos, de modo a determinar o significado exato dos textos latinos e gregos.” p.67
A jurisprudência do século XVI foi dominada pelas realizações da escola humanista do direito romano. A Escola Humanista deu uma contribuição sem precedentes para a ampliação e o aprofundamento do conhecimento do direito e do mundo antigo.

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