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Caso concreto 16

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA DA FAMÍLIA DA COMARCA DE 
FORTELEZA-CEARÁ . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 PROCESSO Nº......... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CIRO SANTOS, nos autos da AÇÃO DE ALIMENTOS movidas por CAMILA SILVA, ambos 
já devidamente qualificados,vem oferecer: 
 
 
 
 CONTESTAÇÃO 
 
 
 Por todos os fundamentos de fato e de direito a seguir expostos: 
 
 
DAS PRELIMINARES 
 
Da incompetência absoluta do juízo: 
Tratando-se de foro de alimentos o foro competente é o do domicílio do alimentando ( art. 53, inc, II do NCPC). 
No caso concreto, a ação deveria ter sido distribuída para uma das Varas de família da Comarca de Sobral. 
 Art. 53, É competente o foro; 
 II - de domicílio ou residência do alimentando, para ação em que se pedem alimentos; 
 
 Da Carência de Ação por Ilegitimidade Ativa: 
 
 Não sendo o autor o titular do direito material em conflito não pode o mesmo ajuizar a demanda 
já que não é parte legítima para tanto. Ninguém pode pleitear em juízo, em nome próprio, na defesa de 
direito alheio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico, de acordo com o art. 18 
do CPC. 
 Art. 18. Ninguém pode pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo 
ordenamento jurídico. Constata-se que a autora da demanda é Camila, sendo que o 
correto seria o menor Caio, devidamente representado por sua genitora. Ou seja, Caio 
é que deveria figurar no polo ativo, pois é detentor do direito personalíssimo. 
 
 
 De acordo com o Art. 17, do CPC, para postular em juízo é necessário ter interesse e 
legitimidade. 
 Art. 338, CPC. Alegando o réu, na contestação, ser parte legítima ou não ser o responsável pelo 
prejuízo invocado, o juiz facultará ao autor, em 15(quinze) dias, a alteração da petição inicial 
para a substituição do réu. Parágrafo único. Realizada a substituição, o autor reembolsará as despesas e pagará 
os honorários ao procurador do réu excluído, que serão fixados entre três e cinco por cento do valor da 
causa ou, sendo este irrisório nos termos do art.85,parágrafo 8º,do CPC. 
 Art. 339. CPC, quando alegar sua ilegitimidade, incumbe ao réu indicar o sujeito passivo da 
relação jurídica discutida sempre que tiver conhecimento, sob pena de arcar com as despesas processuais e de 
indenizar o autor pelos prejuízos decorrentes da falta de indicação. 
 Parágrafo 1º. O autor, ao aceitar a indicação, poderá, no prazo de 15 (dias), 
à alteração da petição inicial para a substituição do réu, observando-as, ainda, o parágrafo único, do art. 338, 
parágrafo 2º, no prazo de 15 (quinze) dias, o autor pode optar para alterar a petição inicial para incluir, como 
litisconsorte passivo, o sujeito indicado pelo réu. 
 
 
DO MÉRITO 
 
A autora viveu em união estável com o réu por 12 anos, advindo o nascimento de Caio Santos Silva, 
que conta atualmente com seis anos de idade. Em novembro do ano passado, o réu deixou a lá conjugal 
arcando com o pensionamento espontâneo de Caio de forma regular, realizando os depósitos 
na conta corrente da autora, como demonstram os comprovantes, na quantia de R$ 2,000,00 ( dois mil reais). 
Ocorre que, a autora por perceber mensalmente a quantia de R$ 10.000,00 (dez mil 
reais) líquidos, propôs em nome próprio a presente Ação de Alimentos, pelo rito especial em face 
do réu, pleiteando receber 50% do seu salário, tendo em vista que réu, por também ser funcionário público, 
percebe a quantia de R$8.000,00 (oito mil reais), e que a quantia paga por aquele não é suficiente e dar uma 
boa criação a caio, sendo que os documentos juntados aos autos comprovam que as despesas do menor 
não ultrapassam o valor de quatro mil. 
Cabe ressaltar que, a autora e o réu moram na Rua Jequitibá, nº 
1890, apartamento, nº 301, na Cidade de Sobral, e Ciro mora na Av. Beira Mar, nº 1000, apartamento 
1.301, na Cidade de Fortaleza -CE. 
 Cumprindo o ônus da impugnação específica, os alimentos devem ser fixados em conformidades do 
art. 1.694 ,Parágrafo 1º do CC, tendo em vista a proporcionalidade da necessidade de quem pleiteia com a 
possibilidade de quem arca com o pensionamento. Ademais, o art,1.696, do CC, elenca 
que os alimentos são recíprocos entre Pais e Filhos, ou seja, a autora também tem o dever de ajudar no 
sustento dos filho não apenas o réu. 
 Art. 1.694, CC, Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de 
que necessitem para sobreviver de modo compatível com sua condição social, inclusive para atender as 
necessidades de sua educação. 
 Parágrafo 1º os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos 
recursos da pessoa obrigada. 
 
 
 
DOS PEDIDOS 
 
 Diante do exposto requer a V. Exa. 
 
 1. seja acolhida a primeira preliminar arguida, com o reconhecimento da incompetência absoluta 
deste Doutor Juízo, com ulterior remessa dos autos ao juízo competente, qual seja uma 
das varas de família da Cidade de Sobral; 
 2. seja acolhida a preliminar de ilegalidade ativa, com extinção do processo sem exame de mérito, 
caso na haja a retificação, na forma do CPC. 
 3. na eventualidade de se chegar ao mérito, seja julgado improcedente o pedido autoral; 
 4. a condenação do autor nas custas processuais e honorários advocatícios. 
 
DAS PROVAS 
 
 Requeira, a produção de todas as provas em direito admitidas na amplitude do art.369 e seguintes do CPC 
especialmente a prova de natureza documental, testemunhal,pericial e depoimento pessoal da 
autora. 
 Art. 369. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente 
legítimos, inda que não especificado neste código, para provar as verdade dos fatos em que se funda o pedido 
ou a defesa e fluir eficazmente na convicção do juiz. 
 
 
 
 
 
 
Pede Deferimento 
 
Fortaleza__/______/____ 
 
Advogado 
 
OAB/XX

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