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RESUMAO P JURIDICA E BENS

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RESUMÃO – DIREITO CIVIL
DAS PESSOAS JURÍDICAS
CONCEITO:
Conjunto de pessoas ou de bens dotado de personalidade jurídica própria e constituído na forma da lei para consecução de fins comuns.
São entidades a que a lei confere personalidade, capacitando-as a serem sujeitos de direitos e obrigações.
PRINCIPAL CARACTERÍSTICA:
Atuam na vida jurídica com personalidade diversa da dos indivíduos que a compõem – CC, art 50 (a contrario sensu) e art 1024.
Patrimônio da PJ X Patrimônio dos seus instituidores – não se confunde a condição jurídica autonomamente conferida àquela entidade com a de seus criadores.
Não podem, em regra, ser penhorados bens dos sócios por dívida da sociedade.
NATUREZA JURÍDICA
Teoria Negativista – Negam a existência da pessoa jurídica, não aceitando que possa uma associação formada por um grupo de indivíduos terem personalidade própria.
Teoria Afirmativista – um grupo de pessoas passa a constituir uma unidade orgânica, com individualidade própria reconhecida pelo Estado e distinta das pessoas que a compõem.
Teorias da Ficção - não são hoje aceitas. Estado como ficção legal. Seria o mesmo que dizer que o direito que do Estado emana também o é. E tiudo que se encontre na esfera jurídica seria uma ficção.
 	Teoria da Ficção Legal – (Savigny) considera a PJ uma criação artificial da lei, um ente fictício. Para ele, somente a pessoa natural pode ser sujeito da relação jurídica e titular de direitos subjetivos. Constrói uma ficção jurídica.
 	Teoria da Ficção Doutrinária – (Vareilles-Sommieres) a PJ não tem existência real, mas apenas intelectual (inteligência dos juristas). 
Teorias da Realidade – reação contra a teoria da ficção. As PJ são realidades vivas, tendo existência própria como os indivíduos. 
 Teoria da Realidade Objetiva ou Orgânica – PJ como uma realidade sociológica. Ser com vida própria, que nasce por imposição das forças sociais. CRÍTICA: Não esclarecem como os grupos sociais que não tem vida própria e personalidade, podem adquiri-la e se tornarem sujeitos e direitos de obrigações.
 Teoria da Realidade Jurídica ou Institucionalista – assemelha-se à da realidade objetividade pela ênfase dada ao aspecto sociológico. Considera as PJ como organizações sociais destinadas a um serviço ou ofício e, por isso, personificadas. Parte da análise das relações sociais, não da vontade humana. Grupos organizados com finalidade socialmente útil, dotados de ordem e organização próprias.
 Teoria da Realidade Técnica (CC, art 45 e 51, 54,VI, 61, 69 e 1033) – personificação de grupos sociais é expediente de ordem técnica. A lei reconhece vontade e objetivos próprios. Um atributo que o Estado defere a certas entidades havidas como merecedoras dessa benesse por observarem determinados requisitos por ele estabelecidos.
REQUISITOS PARA CONSTITUIÇÃO DA PESSOA JURÍDICA:
Pluralidade de pessoas ou de bens / Finalidade específica – elementos de ordem material
Requisitos:
Vontade humana criadora – intenção de criar uma entidade distinta da de seus membros. Materializa-se no ato de constituição, que deve ser escrito. Necessárias duas ou mais pessoas com vontades convergentes, ligadas por uma intenção comum (affectio societatis)
Observância das condições legais
Elaboração do ato constitutivo (estatuto ou contrato social)
 Estatuto – para Associações, que não tem fins lucrativos.
 Contrato Social – no caso de sociedades, simples ou empresárias, antigamente denominadas civis e comerciais.
 Escritura Pública ou Testamento – para Fundações (CC, art.62).
Registro do ato constitutivo
Precedido de autorização ou aprovação do Governo (Poder Executivo), quando necessária. Inicia a existência legal da pessoa jurídica de direito privado (CC, at.45). Antes, será uma mera “sociedade de fato” ou “sociedade não personificada”.
O registro do contrato social de uma sociedade empresária faz-se na Junta Comercial que mantém o Registro Público de Empresas Mercantis.
Os estatutos e os atos constitutivos das demais pessoas jurídicas de direito privado são registrados no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas (CC, art.1150). AS sociedades simples de advogados só podem ser registrados na OAB.
A capacidade jurídica adquirida com o registro estende-se a todos os campos do direito, não se limitando à esfera patrimonial. Tem direito ao nome, à boa reputação, à própria existência, bem como a serem proprietárias e usufruárias (direitos reais), a contratarem (direitos obrigacionais) e adquirirem bens por sucessão causa mortis.
Os direitos e deveres das PJ decorrem dos atos de seus diretores no âmbito dos poderes que lhes são concedidos no ato constitutivo (CC, art.47).
O cancelamento do registro da PJ se dá depois de encerrada sua liquidação (CC, art.51). Não é com a dissolução, cassação da autorização para funcionamento nem na averbação da dissolução.
O direito de anular a sua constituição por defeito do ato respectivo pode ser exercido dentro do prazo decadencial de três anos, contados da publicação e sua inscrição no registro (CC, art.45, § único).
Licitude de seu objetivo
Indispensável para a formação da pessoa jurídica. Deve ser determinado e possível.
Nas sociedades em geral, civis ou comerciais, o objetivo é o lucro pelo exercício da atividade.
Nas fundações os fins só podem ser (CC art.62):
Assistência Social;
Cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;
Educação
Saúde
Segurança alimentar e nutricional
Defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável;
Pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização de sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos;
Promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos;
Atividades religiosas
Nas associações de fins não econômicos (CC, art.53), os objetivos colimados são de natureza cultural, educacional, esportiva, religiosa, filantrópica, recreativa, moral, etc
Objetivos ilícitos ou nocivos constituem causa de extinção da PJ (CC, art.69).
A existência de PJ de direito público decorre da lei e do ato administrativo, de fatos históricos, de previsão constitucional e de tratados internacionais, sendo regidos pelo direito público e não pelo CC.
Sociedades Irregulares ou de fato:
Sem o registro a PJ será considerada irregular ou mera associação ou sociedade de fato, sem personalidade jurídica, ou seja, mera relação contratual disciplinada pelo estatuto ou contrato social.
Sociedade não personificada (CC art.986) aplica-se também às associações que já exercem atividades não lucrativas, mas ainda não tem existência legal. Os bens particulares dos sócios não poderão ser executados por débitos da sociedade, senão depois de executados os bens sociais (CC art.1024).
O patrimônio das sociedades não personificadas responde pelas obrigações, mas os seus sócios tem o dever de concorrer com os seus haveres, na dívida comum, proporcionalmente, à sua entrada, nos casos previstos em lei. A responsabilidade repercute no patrimônio dos sócios, confundindo-se os direitos e obrigações daquelas (sociedades) com o destes (sócios).
Estas sociedades serão representadas em juízo, ativa e passivamente. Tem legitimidade, pois, para cobrar em juízo o seus créditos, não podendo o devedor arguir a irregularidade de sua constituição para se furtar ao pagamento da dívida enriquecendo ilicitamente. Não podem figurar como parte em contrato de compra e venda de imóvel nem praticar atos extrajudiciais que impliquem alienação de imóveis.
O foro dessas entidades para ações em que for Ré, onde exerce suas atividades.
Grupos Despersonalizados
A lei prevê alguns casos de universalidades de direito e de massas de bens identificáveis como unidade. Gozam de capacidade processual e tem legitimidade ativa e passiva para acionar e serem acionados em juízo.
Independem da vontade dos seus membros ou em virtude de umato jurídico que os vincule a determinados bens, sem que haja a affectio societatis.
Universalidade de direito é o complexo de relações jurídicas de uma pessoa dotadas de valor econômico (CC art.91). Estes são representados pela pessoa aquém couber a administração de seus bens.
São grupos despersonalizados: A família; A massa falida; As heranças jacente e vacante; O espólio; As sociedades e associações sem personalidade jurídica; O condomínio.
CLASSIFICAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA
Quanto à nacionalidade
Nacional – sede no Brasil e organizada conforme a lei brasileira.
Estrangeira – não pode sem autorização do Poder Executivo funcionar no país, ressalvados os casos expressos em lei, ser acionista de sociedade anônima brasileira.
Quanto à sua estrutura interna
Corporação – (universitas personarum) – caracteriza-se pelo seu aspecto eminentemente pessoal. Conjunto de pessoas para melhor consecução de seus objetivos. Fins internos, estabelecidos pelos sócios visando os interesses e bem-estar dos seus sócios.
Associação – não tem fins lucrativos, mas religiosos, morais, culturais, assistenciais, desportivos ou recreativos.
Sociedade 
Simples (Civis antiga) – fim econômico e visam lucro
Empresária (Comercias antiga) – visa lucro e tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário
Fundação – (universitas bonorum) – aspecto dominante: material. Patrimônio personalizado destinado a determinado fim. Compõe-se de dois elementos: o PATRIMÔNIO e o FIM. Tem objetivos externos, estabelecidos pelo instituidor.
Quanto à função (ou à órbita de sua atuação)
De Direito Público
De Direito Público Externo
Diversas Nações
Organismos Internacionais (ONU, OEA, etc)
De Direito Público Interno
Da Administração Direta (União, Estados, DF e Municípios)
Da Administração Indireta (autarquias, fundações públicas, etc)
De Direito Privado
Corporações – Associações; Sociedades Simples e Empresárias
Fundações Particulares (CC, art. 44).
Pessoas Jurídicas de Direito Público Externo – Estados na comunidade internacional: diversas nações, Santa Sé (igreja católica) e organismos internacionais (ONU, OEA, FAO, UNESCO, etc). Regidas pelo Direito Internacional Público.
Pessoas Jurídicas de Direito Público Interno
Da Administração Direta - União, Estados, DF, Territórios e Municípios;
Da Administração Indireta - Autarquias, Fundações Públicas e demais entidades de caráter público criadas por lei (fundações públicas e agências reguladoras – com natureza de autarquias especiais). Tem personalidade própria para o exercício de atividade de interesse público. O consórcio público também (CC, art. 41, IV)
Pessoas Jurídicas de Direito Privado
 Associações (vide abaixo)
Sociedades (vide abaixo)
Fundações (vide abaixo)
Organizações Religiosas – Tem fins pastorais e evangélicos e tratam da complexa questão da fé, distinguindo-se das associações civis.
Partidos Políticos – Tem fins políticos, não se caracterizando pelo fim econômico ou não.
Sindicatos – Tem natureza de associação civil.
Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (ERELI)– tem natureza de associação civil. 
I – ASSOCIAÇÕES
Conceito: 
São PJ de direito privado constituídas de pessoas que reúnem os seus esforços para a realização de fins não econômicos (CC, art. 53). Não há entre os membros da associação, direitos e obrigações recíprocas nem intenção de dividir resultados. Tem objetivos altruísticos, científicos, artísticos, beneficentes, religiosos, educativos, culturais, políticos, esportivos ou recreativos.
Não visam lucros, mas podem exercer atividade econômica a fim de aumentar seu patrimônio.
Requisitos para elaboração dos estatutos:
- a denominação, os fins e a sede da associação;
- os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados;
- Os direitos e deveres dos associados;
- as fontes de recursos para sua manutenção;
- o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos;
- as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução;
- a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas.
Em caso de dissolução da associação, os bens remanescentes serão destinados a entidade de fins não econômicos designada no estatuto ou, omisso este, por deliberação dos associados, a instituição municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes (CC, art 61). Os associados podem receber em restituição, atualizado o respectivo valor, as contribuições que tiverem prestado ao patrimônio da associação. 
II – SOCIEDADES
Conceito: 
Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados. A atividade pode restringir-se à realização de um ou mais negócios determinados (art. 981 e parágrafo único).
Sociedades simples: são constituídas, em geral, por profissionais que atuam em uma mesma área ou por prestadores de serviços e têm fim econômico ou lucrativo.
Sociedades empresárias: também visam ao lucro, mas distinguem-se das sociedades simples porque têm por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito ao registro previsto no art. 967 do Código Civil.
As sociedades empresárias assumem as formas de: sociedade em nome coletivo, sociedade em comandita simples, sociedade em comandita por ações, sociedade limitada e sociedade anônima ou por ações (arts. 1.039 a 1.092). Foram fixadas, em termos gerais, as normas caracterizadoras das sociedades anônimas e das cooperativas para ressalva de sua integração no sistema do Código Civil, embora disciplinadas em lei especial. Equipara-se à sociedade empresária a sociedade que tenha por fim exercer atividade própria de empresário rural, que seja constituída de acordo com um dos tipos de sociedade empresária e que tenha requerido sua inscrição no Registro de Empresas de sua sede (CC, art. 984). 
III – FUNDAÇÕES (CC, arts. 62 a 69)
Conceito: 
Constituem um acervo de bens, que recebe personalidade jurídica para a realização de fins determinados, de interesse público, de modo permanente e estável.
Consistem em complexos de bens (universitates bonorum) dedicados à consecução de certos fins e, para esse efeito, dotados de personalidade. Decorrem da vontade de uma pessoa, o instituidor, e seus fins, de natureza religiosa, moral, cultural ou assistencial, são imutáveis.
Espécies:
Particulares: Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Públicas: são instituídas pelo Estado, pertencendo os seus bens ao patrimônio público, com destinação especial, regendo-se por normas próprias de direito administrativo.
Elementos:
Patrimônio
Fim - estabelecido pelo instituidor e não pode ser lucrativo, mas, sim, social, de interesse público.
Constituição da Fundação
Ato de dotação - compreende a reserva ou destinação de bens livres, com indicação dos fins a que se destinam e a maneira de administrá-los. Far-se-á por ato Intervivos (escritura pública) ou causa mortis (testamento), como dispõe o art. 62. O patrimônio há de ser apto a produzir rendas ou serviços que possibilitem a consecução dos fins visados pelo instituidor, sob pena de se frustrar a iniciativa, e pode ser constituído por diversas espécies de bens (imóveis, móveis, créditos etc.). Deve o instituidor, feita a dotação por escritura pública, transferir-lhes a propriedade ou outro direito real sobre eles, sob pena de serem registrados em nome dela por mandado judicial (CC, art. 64). Ficará o bem no patrimônio do instituidor até o momento em que se operar a constituição da pessoa jurídica da fundação, mediante um procedimento complexo.
Elaboração do Estatuto 
Direta ou Própria – feita pelo próprio instituidor.
Fiduciária – feita por pessoa de sua confiança, por ele designada. Não havendoelaboração do estatuto no prazo definido pelo instituidor ou não havendo prazo, em 180 dias caberá ao Ministério Público.
Aprovação do Estatuto – encaminhado ao Ministério Público Estadual da localidade, verificando-se antes, se o objeto é lícito, se foram observadas as bases fixadas pelo instituidor e se os bens são suficientes. Em 30 dias, o MPE aprovará o Estatuto, indicará modificações que entender necessárias ou lhe denegará a aprovação.
Registro – Feito no Registro Civil das Pessoas Jurídicas. Só com ele a fundação começa a ter existência legal. O registro deve declarar o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores e dos diretores e as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio.
Alteração no Estatuto – Os fins ou objetivos da fundação não podem ser modificados, nem mesmo pela vontade unânime de seus dirigentes. Qualquer alteração deve ser submetida à aprovação do MPE, devendo a reforma:
deliberada por 2/3 dos competentes para gerir e representar a fundação;
não contrarie ou desvirtue o fim desta; 
seja aprovada pelo órgão do Ministério Público, e, caso este a denegue, poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado.
Inalienabilidade dos bens – os bens da Fundação são inalienáveis, pois sua existência é que assegura a concretização dos fins. A inalienabilidade não é absoluta. Comprovada a necessidade, pode ser autorizada pelo juiz competente com audiência do MP, aplicando-se o produto da venda na própria fundação, em outros bens destinados à consecução de seus fins, de acordo com a jurisprudência. Feita sem autorização judicial, é nula. Com autorização judicial, pode ser feita, ainda que a inalienabilidade tenha sido imposta pelo instituidor.
Extinção das Fundações e destino do patrimônio – Com a extinção, o patrimônio terá o destino previsto pelo instituidor no ato constitutivo. Não havendo previsão, será incorporado em outra fundação designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante. A lei não esclarece qual o destino do patrimônio se não existir qualquer fundação de fins iguais ou semelhantes. Nesse caso, entende a doutrina que os bens serão declarados vagos e passarão, então, ao Município ou ao Distrito Federal se localizados nas respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da União quando situados em território federal, aplicando-se por analogia o disposto no art. 1.288 do Código Civil.
Motivos da extinção:
Quando se tornar ilícito o seu objeto
Quando for impossível ou inútil a sua manutenção
Quando vencer o prazo de sua existência
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
A teoria da desconsideração da personalidade jurídica (disregard of the legal entity) permite que o juiz, em casos de fraude e de má-fé, desconsidere o princípio de que as pessoas jurídicas tem personalidade distinta da de seus membros e autorize a penhora de bens particulares dos sócios (CC, art. 50).
A decisão judicial que desconsidera a personalidade jurídica da sociedade não desfaz o seu ato constitutivo, não o invalida, nem importa a sua dissolução. Trata, apenas e rigorosamente, de suspensão episódica da eficácia desse ato. Quer dizer, a constituição da pessoa jurídica não produz efeitos apenas no caso em julgamento, permanecendo válida e inteiramente eficaz para todos os outros fins... Em suma, a aplicação da teoria da desconsideração não importa dissolução ou anulação da sociedade.
RESPONSABILIDADE CIVIL DAS PESSOAS JURÍDICAS
Responsabilidade das Pessoas Jurídicas de Direito Privado
Contratual – desde que se tornem inadimplentes, respondem por perdas e danos (CC, art. 389); tem responsabilidade objetiva por fato e vício do produto e do serviço.
Extracontratual – as Pessoas jurídicas de direito privado (corporações, fundações, etc) respondem civilmente pelos atos de seus prepostos, tenham ou não fins lucrativos;
Responsabilidade das Pessoas Jurídicas de Direito Público
Por atos de seus agentes, é OBJETIVA, sob a modalidade do risco administrativo. A vítima não tem o ônus de provar culpa ou dolo do agente público, mas, sim, o dano e o nexo causal. Admite-se a inversão do ônus da prova. O Estado se exonerará da obrigação de indenizar se provar culpa exclusiva da vítima, força maior e fato exclusivo de terceiro. Em caso de culpa concorrente da vítima, a indenização será reduzida pela metade.
EXTINÇÃO DA PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO
Convencional – por deliberação de seus membros, conforme quórum previsto nos estatutos ou na lei;
Legal – em razão de motivo determinante na lei;
Administrativa – quando as pessoas jurídicas dependem de autorização do Governo e praticam atos nocivos ou contrários aos seus fins;
Natural – resulta da morte de seus membros, se não ficou estabelecido que prosseguirá com os herdeiros;
Judicial – quando se configura algum dos casos previstos em lei ou no estatuto e a sociedade continua a existir, obrigando um dos sócios a ingressar em juízo.
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DOS BENS
Conceito de Bem
Tudo o que satisfaz uma necessidade humana (conceito filosófico);
Bem é espécie => Coisa (conceito jurídico);
São coisas que, por serem úteis e raras, são suscetíveis de apropriação e contêm valor econômico.
O que existe em abundância no universo (ar, água dos oceanos, não são bens no sentido jurídico) - Coisas Comuns
Res Nullius = coisa sem dono, que nunca foram apropriadas (caça, peixes... ) mas podem sofrer regulamentação a apropriação
Res Derelicta = Coisa móvel abandonada
Bens Corpóreos e Incorpóreos
Bens corpóreos tem existência física, material e podem ser tangidos pelo homem.
Bens incorpóreos são os que têm existência abstrata ou ideal e valor econômico. São criações da mente reconhecidas pela ordem jurídica (software, o crédito, o direito autoral, etc)
Patrimônio
Complexo das relações jurídicas de uma pessoa que tiver valor econômico.
Universalidade de direito, unitário e indivisível, que se apresenta como projeção e continuação da personalidade (Teoria Clássica ou Subjetiva). O Patrimônio do devedor responde por suas dívidas e que constitui a garantia real dos credores, sejam elas se originado da prática de atos ilícitos, como os contratos e as declarações unilaterais da vontade, ou de atos ilícitos.
Classificação dos Bens
Critério de importância científica – a inclusão de um bem em determinada categoria implica a aplicação automática de regras próprias e específicas, visto que não se podem aplicar as mesmas regras a todos os bens.
Considerados em si mesmos
Bens imóveis - bens de raiz / a aquisição depende de escritura pública e registro em Cartório de Registro de Imóveis / Adquiridos também por acessão, usucapião e direito hereditário.
Pertenças são bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento e outro.
Podem ser classificados em:
Imóveis por natureza – (art. 1.229 CC) apenas o solo (superfície, subsolo e espaço aéreo). Tudo o que se aderir a ele é acessão. Não abrange jazidas, minas, dentre outros referidos por leis específicas;
Imóveis por acessão natural – (art 1.248, I a IV) árvores e os frutos pendentes, acessórios e adjacências naturais (pedras, fontes, cursos d’água que corram naturalmente). As árvores quando destinadas ao corte são denominadas “bens móveis por antecipação”.
Imóveis por acessão artificial ou industrial – (tudo quanto o homem incorporar permanentemente ao solo. Semente lançada à terra, os edifícios e as construções, de modo que não se possa retirar sem destruição, modificação, fratura ou dano. Porém, não perde caráter de imóvel as casas pré-fabricadas removidas de um ligar para serem assentadas noutra localidade. (art 81 CC).
Imóveis por determinação legal ou por disposição legal – (art. 80 CC) São bens incorpóreos, imateriais (direito). São os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; e o direito à sucessão aberta. 
os direitos reais sobre imóveis - de gozo (servidão, usufruto, etc) ou de garantia (penhor, hipoteca). Exigemo registro competente e a autorização do cônjuge conforme for. 
O direito abstrato à sucessão aberta é considerado bem imóvel, ainda que os bens deixados pelo “de cujus” sejam todos móveis. A renúncia da herança é renúncia de imóvel e deve ser feita por escritura pública ou termo nos autos. (art. 1.806 CC). Da mesma forma, a cessão de direitos hereditários deve ser feita por escritura pública.
Bens móveis – bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social
Adquiridos, em regra, por simples tradição ou por usucapião, ocupação, achado de tesouro, especificação, confusão, comistão e adjunção.
Podem ser classificados em:
Móveis por natureza: (art. 82 CC) são corpóreos – são os bens que, sem deterioração na substância, podem ser transportados de um lugar para outro, por força própria ou estranha.
Semoventes – são os suscetíveis de movimento próprio – animais.
Móveis Propriamente Ditos – são os que admitem remoção por força alheia, sem danos, como os objetos inanimados, não imobilizados por sua destinação econômico-social – moedas. Títulos da dívida pública, ações, objetos de uso, etc. Os navios e as aeronaves são bens móveis propriamente ditos, podendo ser imobilizados apenas pra fins de hipoteca (art. 1.473 VI e VII CC)
Móveis para os efeitos legais ou por determinação legal (art. 83) – são bens imateriais que adquirem essa qualidade jurídica por disposição legal. Podem ser cedidos independentemente de outorga uxória ou marital
As energias que tenham valor econômico
Os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes
Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações
Móveis por antecipação – bens incorporados ao solo, mas com a intenção de separá-los oportunamente e convertê-los em móveis. Àrvores destinadas ao corte. Frutos ainda não colhidos. Os imóveis à venda para fins de demolição.
Bens fungíveis e infungíveis
Bens fungíveis são os móveis que podem ser substituídos por outros de mesma espécie, qualidade e quantidade. Dinheiro e gêneros alimentícios. A fungibilidade pode alcançar os imóveis, por exemplo, a partilha no desfazimento de uma sociedade, quando o sócio que se retira e recebe certa quantidade de lotes de um loteamento, enquanto não lavrar a escritura, será ele credor de coisas fungíveis.
Bens infungíveis – são personalizados ou individualizados. Quadro de um pintor célebre. Uma obra de arte.
Bens consumíveis e inconsumíveis – bens móveis cujo uso
Bens divisíveis e Indivisíveis
Bens divisíveis (art 87 CC) - são os que podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo a que se destinam. Podem ser partidos em porções reais e distintas, formando cada qual um todo perfeito.
Bens indivisíveis (art 88 CC) – bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes.
Indivisíveis por natureza (indivisibilidade física ou jurídica) – não podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso. EX.: ANIMAL, RELÓGIO, QUADRO, UM BRILHANTE, etc
Indivisíveis por determinação legal (indivisibilidade jurídica) – quando a lei expressamente impede seu fracionamento. Ex.: SERVIDÕES PREDIAIS; HIPOTECA DIREITO DOS COERDEIROS QUANTO À PROPRIEDADE E POSSE DA HERANÇA ATÉ A PARTILHA, etc.
Indivisíveis por vontade das partes (indivisibilidade convencional) – neste caso, o acordo tornará a coisa comum indivisa por prazo não maior que 05 anos, suscetível de prorrogação ulterior (art 1.320 § 1º CC). Se a indivisão for estabelecida pelo doador ou pelo testador, não poderá exceder 05 anos (§ 2º).
Bens singulares e coletivos
Dos bens reciprocamente considerados
Bens Principais – (art 92) bens que tem existência própria, autônoma, que existe por si.
Bens acessórios (produtos, frutos, benfeitorias e pertenças) – é aquele cuja existência depende do principal. O solo é bem principal. Por sua vez, a árvore é acessória, porque sua existência supõe a do solo onde foi plantada.
Espécies de bens acessórios: 
Frutos – utilidades que uma coisa periodicamente produz. 
- Quanto à origem: naturais, industriais e civis;
- Quanto ao estado: pendentes, percebidos ou colhidos, estantes, percipiendos e consumidos.
Produtos – são as utilidades que se retiram da coisa, reduzindo-lhe a quantidade.
Pertenças – são os bens móveis que, não constituindo parte integrante, se destinam, de modo duradouro, ao serviço ou ornamentação de outro.
Acessões – podem dar-se por formação de ilhas, aluvião, avulsão, abandono de álveo (acessões naturais) e plantações ou construções (acessões artificiais ou industriais)
Benfeitorias – acréscimos, melhoramentos ou despesas em bem já existente. Classificam-se em:
- necessárias – quando se destina a conservação da coisa ou conservá-la juridicamente (despesa com hipoteca, pagamento de foros, impostos, etc)
- úteis – aumentam ou facilitam o uso do bem.
- voluptuárias/luxo (art 96 CC) – não aumentam o valor venal da coisa
Princípio da Gravitação – o bem acessório segue o destino do principal, salvo estipulação em contrário. Por isto:
A natureza do acessório é a mesma do principal;
O proprietário do principal é proprietário do acessório;
Perecendo ou extinguindo-se o bem principal, extingue-se também o acessório mas o contrário não é verdadeiro.
Quanto à titularidade do domínio
Públicos – são os do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno (art.98). 
Espécies: 
de uso comum do povo – pode ser usado por qualquer um do povo, sem formalidades. RIOS, MARES, ESTRADAS RUAS E PRAÇAS. Mesmo que o poder Público regulamente seu uso ou institua cobrança de pedágio, continuará sendo de uso comum. Pode restringir o uso por segurança nacional ou interesse público.
de uso especial – se destinam especialmente à execução dos serviços públicos.
Dominicais ou do patrimônio disponível (art 99) – são os que constituem o patrimônio da PJ de direito público, como objeto de direito pessoal ou real de cada uma das entidades (art 99, III). TERRAS DEVOLUTAS, ESTRADAS DE FERRO, OFICINAS E FAZENDAS DO ESTADO. Se afetados a finalidade pública específica, não podem ser alienados. Podem ser alienados pelos institutos típicos do direito civil, como se pertencessem a um particular qualquer. Terras devolutas são terras públicas sem destinação pelo Poder Público e que em nenhum momento integraram o patrimônio de um particular, ainda que estejam irregularmente sob sua posse. O termo "devoluta" relaciona-se ao conceito de terra devolvida ou a ser devolvida ao Estado
Características: inalienabilidade (art 100), imprescritibilidade e impenhorabilidade.
Particulares – por exclusão, são todos os outros bens não pertencentes a qualquer pessoa jurídica de direito público interno, mas à pessoa natural ou jurídica de direito privado (art 98).
QUESTÕES:
Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis
por vontade das partes, não podendo exceder de cinco anos a indivisão estabelecida pelo doador ou pelo testador.
por vontade das partes, que não poderão acordá-la por prazo maior de cinco anos, insuscetível de prorrogação ulterior.
apenas por disposição expressa de lei.
por disposição expressa de lei ou pela vontade das partes, desde que, neste caso, o prazo de obrigatoriedade da indivisão não ultrapasse dez anos.
apenas pela vontade das partes.
A respeito da regulamentação de bens estabelecida pelo Código Civil ora em vigor, julgue os itens seguintes.
Se dois indivíduos firmarem um negócio jurídico cujo objeto seja um bem principal, então tal negócio abrangerá necessariamente as pertenças e os bens acessórios. F (art 94 CC)
A respeito da regulamentação de bens estabelecida pelo Código Civil ora em vigor, julgue os itens seguintes.
Caso determinado imóvel receba benfeitorias destinadas a conservá-lo ou a evitar-lhe a deterioração, tais benfeitoriasserão classificadas como necessárias. V
A respeito do princípio da gravitação jurídica, sabe-se que
estabelece que a propriedade dos bens acessórios segue a sorte do bem principal, salvo disposição legal ou contratual em contrário.
permite a aquisição derivada de bens imóveis por usucapião especial.
é norma integrativa que permite ao possuidor do bem a reintegração imediata de sua posse.
é norma geral no ordenamento, podendo ser afastada pela vontade das partes somente em negócios jurídicos gratuitos.
é decorrência dos princípios da função social do contrato e da boa-fé objetiva e determina a necessidade de informar de maneira adequada as partes contratantes.
Nos termos do Código Civil brasileiro, considera-se bem imóvel:
a energia que tenha valor econômico.
o direito à sucessão aberta.
material de construção proveniente de demolição.
direito pessoal de caráter patrimonial.
aeronave.
Com base no Código Civil, julgue os itens a seguir, relativos às benfeitorias.
A construção de uma piscina na área externa de um imóvel residencial caracteriza-se como uma benfeitoria voluptuária. V
Com base no Código Civil, julgue os itens a seguir, relativos às benfeitorias.
Consideram-se como benfeitorias úteis os reparos feitos em um imóvel com a finalidade de conservá-lo. V (art 97 CC)
Com base no Código Civil, julgue os itens a seguir, relativos às benfeitorias.
Caso tenha sido feito melhoramento a um bem, sem a intervenção do proprietário, do possuidor ou do detentor, não se considerará esse melhoramento como uma benfeitoria. V
Considerando o interesse econômico ou jurídico dos bens, julgue o item abaixo.
Por constituir bem de uso comum do povo, o jardim de uma praça pública pode servir ao lazer da população em geral, sem necessidade de permissão especial de uso. V (art 99 CC)
São benfeitorias úteis
as que aumentam ou facilitam o uso do bem.
as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.
as de deleite ou recreio, embora não aumentem o uso habitual.
somente aquelas que, sem aumentar o uso habitual, tornem mais agradável o bem.
as indispensáveis à conservação do bem.
Terras devolutas são terras
sem utilização pública específica e que não se encontram, por qualquer título, integradas ao domínio privado.
destinadas à utilização do público em geral, sem necessidade de permissão especial.
utilizadas pelo próprio Estado para a execução de serviço público essencial.
que constituem o patrimônio disponível e alienável da pessoa jurídica de direito público. (art 99 CC)
abandonadas, sem adequada utilização ou aproveitamento pelo proprietário.
Considere:
São bens públicos de uso especial do povo os rios, mares, estradas, ruas e praças.
O uso comum dos bens públicos pode ser oneroso, conforme estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
 Ao Ministério Público cabe, em regra, elaborar o estatuto das fundações.
Está correto o que se afirma em
I, apenas.
II, apenas.
I e II, apenas.
II e III, apenas.
I, II e III.
Considere:
Praça da Sé − São Paulo − Capital.
Gonzaga − Praia da Cidade de Santos – SP
Rio Tietê.
Edifício onde se localiza a Prefeitura Municipal da cidade W.
Terreno Público destinado à instalação da autarquia municipal X.
De acordo com o Código Civil brasileiro, considera-se bem público de uso especial os indicados APENAS em
I e IV.
I, II e III.
I, IV e V.
III, IV e V.
IV e V.
No tocante à classificação de bens, segundo o Código Civil brasileiro, considere as seguintes benfeitorias realizadas em um apartamento tipo cobertura com trinta anos de construção visando a habitação de um casal de meia idade, sem filhos:
Impermeabilização do terraço com a aplicação de manta e colocação de pisos novos.
Substituição da fiação elétrica do apartamento.
Colocação de tela nas varandas.
Criação de painel de pastilhas azuis com mosaico na entrada do apartamento visando diferenciá-la do apartamento vizinho.
Construção de um lavabo em parte da sala de almoço.
Com relação aos bens reciprocamente considerados, são benfeitorias úteis as indicadas APENAS em
IV e V.
I, II, III e V.
I, III e V.
III e V.
I, II e III.
No que tange à disciplina do direito civil referente aos bens, julgue o item a seguir.
De acordo com a sistemática adotada pelo direito civil, constitui objeto da relação jurídica todo bem que puder ser submetido ao poder dos sujeitos de direito. V
Segundo a teoria do Amotio, consuma-se o crime de furto quando há inversão na posse, independentemente de haver posse mansa e pacífica. Assim, o crime de furto consuma-se ainda que o bem tenha ficado em poder do agente por um breve espaço de tempo e tenha sido recuperado pela polícia ou vítima.
A jurisprudência pacífica do STJ e do STF é de que o crime de furto se consuma no momento em que o agente se torna possuidor da coisa subtraída, ainda que haja imediata perseguição e prisão, sendo prescindível (dispensável) que o objeto subtraído saia da esfera de vigilância da vítima.
Em data de 14.09.2016, o E. STJ emitiu a Súmula 582, nos seguintes termos:
“Consuma-se o crime de roubo com a inversão da posse do bem mediante emprego de violência ou grave ameaça, ainda que por breve tempo e em seguida à perseguição imediata ao agente e recuperação da coisa roubada, sendo prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada” (grifo nosso).
Com isso fica consagrada definitivamente a adoção da Teoria da “Amotio” para a consumação do furto e do roubo (a Súmula menciona apenas o roubo, mas pode ser aplicada perfeitamente ao furto).
Enfim, o caso em questão está fundamentado nos seguintes aspectos:
• O STF e o STJ adotam a teoria da “amotio” (também chamada de “apprehensio”).
• Para a consumação, exige-se apenas a inversão da posse (ainda que por breve momento).
• Se o agente teve a posse do bem, o crime se consumou, ainda que haja imediata perseguição ou monitoramento e prisão do sujeito.
• Não é necessário que o agente tenha posse mansa e pacífica (posse tranquila).
• Não é necessário que a coisa saia da “esfera de vigilância da vítima”.
No caso concreto, como houve a inversão da posse do bem furtado, ainda que breve, o delito de furto ocorreu em sua forma consumada, e não tentada.
Por outro lado, tratando-se de um bem de valor inferior a 1 SM, deve-se levar em consideração na ação judicial o princípio da insignificância ou bagatela, conforme sentenciado no Supremo Tribunal Federal STF - HABEAS CORPUS : HC 0005642-69.2017.1.00.0000 RS - RIO GRANDE DO SUL 0005642-69.2017.1.00.0000
O princípio da insignificância ou bagatela é uma construção jurisprudencial e só pode ser aplicado de acordo com as características do caso concreto, quando houver uma ofensividade mínima ao bem jurídico e desde que preenchidos os requisitos estabelecidos pela jurisprudência pátria dos Tribunais Superiores. Resta aqui saber, em qual época se deu o furto do bem no valor de R$40,00.
https://www.dizerodireito.com.br/2015/02/consumacao-do-furto.html

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