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Aula 01 - Introdução

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DIREITO PENAL I
Parte Geral
Prof. Oscar Samuel
Curso de Direito
23/02/2015
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Introdução
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DIREITO PENAL
Introdução
Origem
Vida em Sociedade
Imperativo de convivência harmônica
Direito Penal x Direito Criminal
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DIREITO PENAL
Conceito
Para Guilherme de Souza Nucci: “É o conjunto de normas jurídicas voltados à fixação dos limites do poder punitivo do Estado, instituindo infrações penais e as sanções correspondentes, bem como regras atinentes à sua aplicação”.
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DIREITO PENAL
OBJETO DE ESTUDO DO DIREITO PENAL
INFRAÇÕES PENAIS
	Sistema dicotômico (Crimes e Contravenções)
SANÇÕES
	Sistema Vicariante (Penas e medidas de segurança)
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DIREITO PENAL
FINALIDADE DO DIREITO PENAL
FUNÇÃO IMEDIATA: Proteção de bens jurídicos
“A finalidade do Direito Penal é proteger os bens mais importantes e necessários para a própria sobrevivência da sociedade.” (GRECO, 2014);
FUNÇÃO MEDIATA: Caráter bifronte
	Controle social
	Limitação ao poder punitivo do Estado.
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DIREITO PENAL
FINALIDADE DO DIREITO PENAL
Proteção a bens essenciais – Critério político
Reforma Penal
Art. 219 - Raptar mulher honesta, mediante violência, grave ameaça ou fraude, para fim libidinoso:
	Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.
 
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DIREITO PENAL
CLASSIFICAÇÕES DO DIREITO PENAL
DIREITO PENAL OBJETIVO: é o conjunto de normas penais.
DIREITO PENAL SUBJETIVO: é o Ius puniendi estatal (entendido em sentido amplo).
	Criar, fazer cumprir e executar normas.
	Positivo x Negativo
Obs: Exceção: Art. 57 da Lei 6001/73 – Estatuto do Índio:
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DIREITO PENAL
CLASSIFICAÇÕES DO DIREITO PENAL
DIREITO PENAL COMUM
Aplicado de forma geral a todas as pessoas.
DIREITO PENAL ESPECIAL :
Define crimes de responsabilidade.
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DIREITO PENAL
INTRODUÇÃO
A Fase da Vingança:
1) Vingança Privada (jus taliones);
2) Vingança Divina (purificação e salvação);
3) Vingança Pública (arbitrariedade).
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DIREITO PENAL
Período Histórico
O Período do Humanismo:
Século XVIII – Ideais iluministas
Combate a arbitrariedade das penas.
Finalidade preventiva e retributiva– Cesare Beccaria
O Período Criminológico
Século XIX
Comportamento delitivo x Reação Social
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DIREITO PENAL
ESCOLA CLÁSSICA
Reestabelecimento da ordem
Prevenção ao cometimento do delito e retribuição
Livre arbítrio
Principio da proporcionalidade
Princípios fundamentais:
1) O crime é um ente jurídico, ou seja é a infração do direito.
2) Livre arbítrio no qual o homem nasce livre e pode tomar qualquer caminho, escolhendo pelo caminho do crime, responderá pela sua opção.
3) A pena servirá de prevenção e retribuição ao crime
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DIREITO PENAL
ESCOLA POSITIVA
Responsabilidade social baseado na periculosidade
Determinismo
Criminoso nato
Princípios fundamentais:
1) O crime é um fenômeno natural e social, sujeito ao meio e fatores.
2) o criminoso é um ser psicologicamente anormal, temporária ou permanente, dotado de defeitos físicos, produto da sociedade.
3) A pena servirá de defesa social, prevenção e ressocialição do criminoso
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DIREITO PENAL
ESCOLA POSITIVA
O DETERMINISMO: “para cada fato há razões que o determinaram”
Cesare Lombroso (1835-1909) - L´uomo delinquente (1875) - definição científica do criminoso.
Criminoso Nato
Físicos: assimetria craniada, arcada superior predominante, face ampla e larga, cabelos abundantes e distúrbio dos sentidos.
Psicológicos: insensibilidade moral, impulsividade, vaidade e preguiça.
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DIREITO PENAL
ESCOLA PENAL ECLÉTICA – Terza Scuola
Converge características de ambas as escolas.
Crime como fenômeno social e individual
Extremismos
Livre Arbítrio x Determinismo
Defesa social contra o delito (Prevenção)
ESCOLA TÉCNICO-JURÍDICA
Direito Criminal abstraído de questões filosóficas
Autônoma e autossuficiente 
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DIREITO PENAL
CORREICIONALISMO PENAL
Delito é fruto de uma vontade deformada e pervertida.
August Roeder (Alemanha): pena com finalidade de corrigir a conduta crimininosa;
Penas indeterminadas (não fixas)
“Não há criminosos incorrigíveis, mas sim incorrigidos”(Concépcion Arenal)
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DIREITO PENAL
1. Ordenações Afonsinas, Manoelinas Filipinas.
2. "1830": Código Criminal do Império do Brasil. 
Algumas inovações no tocante a individualização da pena, a menoridade como atenuante, mas ainda guardava a atrocidade das penas, inclusive a de morte.
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DIREITO PENAL
3. "1890" : A República traz seu Código Penal.
Decreto nº 847, 11 de outubro de 1890
Mal sistematizado;
Avanço na legislação penal da época;
Aboliu a pena de morte;
Instalou o regime penitenciário de caráter correcional.
 4. "1932" : A Consolidação de Piragibe.
Decreto nº 22.213 de 14 de dezembro de 1932
Reunião em documento único
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DIREITO PENAL
5. O Código Penal de 1940
Decreto nº 2.848 de 7 de dezembro de 1940
É uma legislação eclética, que não assumiu compromisso com qualquer das escolas ou correntes que disputavam o acerto na solução dos problemas penais. 
Aproveitou as legislações modernas de orientação liberal, em especial nos códigos italiano e suíço.
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DIREITO PENAL
6. O Código Penal de 1969
Decreto nº 1.004 de 21 de outubro de 1969
Vacatio legis de 9 anos
Esta legislação de autoria de Nelson Hungria, acabou por sequer entrar em vigor pois em decorrência dos inúmeros adiamentos, acabou sendo revogada antes da sua efetiva vigência. (1978)
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DIREITO PENAL
7. A REFORMA DE 1984
Lei 7.209 de 11 de julho de 1984
Em 1984 alterou-se a parte geral passando o ordenamento nacional a adotar o sistema vicariante (pena ou medida de segurança); bem como outras modificações que cada vez mais buscam punições diversas da prisão.
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DIREITO PENAL
DIVISÃO DO CÓDIGO PENAL
PARTE GERAL: arts. 1º ao 120
PARTE ESPECIAL: 121 a 361.
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DIREITO PENAL
FONTES DO DIREITO PENAL
Produção x Conhecimento
MATERIAL, DE PRODUÇÃO OU SUBSTANCIAL: 
ENTIDADE CRIADORA
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;
Atenção: Delegação pela União aos Estados membros.
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DIREITO PENAL
FORMAIS, DE COGNIÇÃO OU REVELAÇÃO:
MEIO DE EXTERIORIZAÇÃO
DIRETA OU IMEDIATA: A Lei
Principio da reserva legal – Art. 5º, XXXIX, CF
INDIRETA OU MEDIATA: costumes e princípios gerais do direito.
Tratados e convenções internacionais; jurisprudência; princípios; atos administrativos e doutrina.
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DIREITO PENAL
COSTUMES
Regra de conduta socialmente constante e uniforme, com a consciência abstrata de sua obrigatoriedade.
Contra legem – Praeter legem – Secundum legem
Ex. Repouso noturno
Pode o costume revogar uma lei?
Art. 2º - LINDB
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DIREITO PENAL
PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO
Regras éticas que inspiram a criação das normas e sua aplicação ao caso concreto
ATOS ADMINISTRATIVOS
Produzidos para possibilitar a aplicação efetiva da Lei Penal em branco
Ex. Lei de Drogas
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DIREITO PENAL
O MODELO PENAL GARANTISTA DE LUIGI FERRAJOLI
O direito penal é meio de segurança de parcela das garantias constitucionais, não podendo de qualquer forma o legislador ordinário exceder este limite.
Constituição Federal e Direito Fundamentais
Limitação ao direito-dever de punir
Oposição ao excesso 
Respeito aos direitos humanos e fundamentais
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DIREITO PENAL
O MODELO PENAL GARANTISTA DE LUIGI FERRAJOLI
1 – Nulla poena sine crimine;
2 – Nullum crimen sine lege;
3 – Nulla lex(poenalis) sine necessitate;
4 – Nulla necessitas sine injuria;
5 – Nulla injuria sine actione;
6 – Nulla actio sine culpa;
7 – Nulla culpa sine judicio;
8 – Nullum Judicium sine
accusatione;
9 - Nulla acusatio sine probatione;
10 – Nulla probatio sine defensione.
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DIREITO PENAL
ATUALIDADES
DIREITO PENAL DE 3 VELOCIDADES
1ª VELOCIDADE – Infrações graves privativas de liberdade
2ª VELOCIDADE – Flexibilização das garantias – penas alternativas 
3ª VELOCIDADE – Privação da liberdade - flexibilização - celeridade
4ª VELOCIDADE
DIREITO PENAL DO INIMIGO
MANDADOS CONSTITUCIONAIS DE CRIMINALIZAÇÃO
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