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Disciplina de Farmacotécnica II “Forma farmacêutica sólida de vários tamanhos e formatos adaptados para introdução no orifício retal, vaginal ou uretral do corpo humano, contendo um ou mais princípios ativos dissolvidos numa base adequada. Eles, usualmente, se fundem, derretem ou dissolvem na temperatura do corpo”. (Farmacopéia Brasileira, 2010) “forma farmacêutica sólida, de dose única, contendo um ou mais princípios ativos dispersos ou dissolvidos em uma base adequada que tem vários formatos, usualmente, ovóide. Fundem na temperatura do corpo.”. (Farmacopéia Brasileira, 2010) Tópica SistêmicaMecânica Eficiente para Pacientes inconscientes Eficiente para Pacientes pediátricos Eficiente para Pacientes com êmese Não sofre efeito de primeira passagem hepá‡tica Não sofre ação das enzimas e pH gastrointestinal Opção para fá‡rmacos irritantes ao estômago Opção para fármacos com características organolépticas desagradáveis Retais Lactentes Uso pediátrico 1,5 - 2g Uso adulto 2 - 3g 1g Vaginais 3 - 5g Uretrais Feminino 5 mm diâmetro 50 mm comprimento 1 - 2g Masculino 5 mm diâmetro 125 mm comprimento 1 - 4g Independente do formato e dimensão, os supositórios e óvulos devem apresentar as seguintes características: • superfície lisa; • sem rugosidades e cristalizações; • aspecto homogêneo, tanto no exterior como internamente; • boa consistência, para permitir manuseio e aplicações fáceis. Fármaco Agente suspensor Base Para fármacos insolúveis na base. Ex: sílica gel micronizada (Aerosil®) Não irritante, inerte, compatível com ativos, PF próximo a 37 °C. parabenos Alfa-tocoferolEleva PF: Ceras Reduz PF: Óleos vegetais Naturais: lecitina de soja Sintéticos: polissorbatos Amolecedor: Glicerina Endurecedor: Parafina Solidificação Compressão Solidificação 2. Adição dos demais componentes Molde previamente lubrificado com vaselina líquida Resfriamento e solidificação Remoção dos moldes 1. Fusão da massa base Solidificação Moldes Para óvulos Solidificação Moldes dispensáveis Não requer lubrificação! Constituição: acetato de celulose, cloreto de polivinila n‹ão plastificado, polietileno. Compressão Fármaco Adjuvantes Equipamento especializado + Lipossolúveis Hidrossolúveis GlicerinaManteiga de cacau Óleos hidrogenados Gelatina glicerinada Polietilenoglicóis (PEGs) Excipientes semi- sintéticos Manteiga de cacau • PF: entre 29 - 34°C • Ponto de solidificação: entre 22 - 26°C • Tempo para solidificação: 6 min • Superaquecimento: altera suas características • Não recomendada em regiões e clima muito quente • Susceptível a rancificação Óleos hidrogenados • Óleos obtidos por hidrogenação catalítica de óleos vegetais • Menos susceptível à rancificação Ex: óleo de côco hidrogenado, óleo de amendoim hidrogenado, óleo de semente de algodão hidrogenado Excipientes semi-sintéticos • Obtidos a partir de ácidos graxos saturados de cadeia C12-C18 • Apresentam ponto de fusão bem definido • Rapidez de produção e boa apresentação • Devem ser utilizadas puras • Menos susceptíveis à rancificação Novata® - PF: entre 33,5 - 35,5°C Witepsol H-5®- PF: entre 35,3°C Suppocire ® - PF: entre 35 - 36,5°C Gelatina glicerinada • Consiste numa mistura de gelatina, glicerina e água. • Uso recomendado apenas para o preparo de óvulos destinados a veicularem fármacos hidrossolúveis Glicerina • Normalmente empregada para o preparo do tradicional supositório de glicerina. Polietilenoglicóis (PEGs) PEGs mais utilizados: PEG 6000, PEG 4000 e PEG 1500 • São pol’ímeros de ó—xido de etileno, com cadeias alco—ólicas primárias de diversos pesos moleculares • As fórmulas consistem em mistura de PEGs com diferentes PM em propor•ções adequadas para a obten•ção de PF próximo a 37°C • Não são tóxicos, mas podem irritar a mucosa • Maior probabilidade de incompatibilidades com fá‡rmacos: ácido acetilsalicílico, benzocaína, sulfonamidas, fenobarbital sódico... Conforto do paciente Via de administração Compatibilidade e estabilidade Efeito pretendido Efeito sistêmico Fármaco hidrofóbico Base hidrossolúvel Fármaco hidrofílico Base lipossolúvel Efeito pretendido Umedecer antes do uso! Efeito local Base lipossolúvel Efeito emoliente Base hidrossolúvel Efeito pretendido Via Retal Vaginal bases de gelatina glicerinada e as bases PEG Uretral base PEG Via de administração base lipossolúvel Compatibilidade Conforto do paciente Base lipossolúvel Estabilidade Base hidrossolúvel O peso dos supositórios produzidos num mesmo molde é variável com o tipo de base utilizada! Passo 1: Calibrar o molde Fusão da massa base Peso médio Passo 2: Subtrair peso médio do supositório pelo peso do fármaco para determinar quantidade necessária de base por unidade de supositório Peso do fármaco < 100mg Peso do fármaco > 100mg Apenas subtração Aplicar fator de deslocamento Passo 3: Multiplicar a quantidade de base necessária por unidade de supositório pelo número total de supositórios Atenção: Acrescentar 1 supositório ao número total de supositórios do passo 3, para que a quantidade total de base compense a contra•ção de volume com o resfriamento. Exemplos 1. Calcular a quantidade de base para supositório necessária para a manipula•ção de 10 supositórios de Diclofenaco de potássio 75 mg. Calcular, também, a quantidade de ativo necessária levando em conta a perda durante o procedimento de preparo. Dado: peso médio dos supositórios preparados somente com a base é de 1g Exemplos 2. Calcular a quantidade de base para supositório necessária para a manipula•ção de 5 supositórios de Diclofenaco de sódio 100 mg. Calcular, também, a quantidade de ativo necessária levando em conta a perda durante o procedimento de preparo. Dado: peso médio dos supositórios preparados somente com a base é de 3g Exemplos 3. Calcular a quantidade de base para supositório necessária para a manipula•ção de 10 supositórios de Indometacina 100 mg. Calcular, também, a quantidade de ativo necessária levando em conta a perda durante o procedimento de preparo. Dado: peso médio dos supositórios preparados somente com a base é de 2g Exemplos 4. Calcular a quantidade de base para supositório necessária para a manipula•ção de 20 supositórios de Indometacina 100 mg. Calcular, também, a quantidade de ativo necessária levando em conta a perda durante o procedimento de preparo. Dado: peso médio dos supositórios preparados somente com a base é de 1,5g Quantidade de base excipiente em gramas deslocada por 1 grama do f‡ármaco. Exemplo: o ‡ácido b—órico possui fd igual a 0,67 o que significa que 1 grama do mesmo desloca 0,67 g da base excipiente. fator de deslocamento (fd) fator de deslocamento (fd) fator de deslocamento (fd) M = p - [ S x fd) Onde: M = quantidade de base excipiente a ser utilizada (em gramas) p= peso médio dos supositórios produzido com a base (em gramas) p= peso do fármaco (em gramas) fd = fator de deslocamento do fármaco (valor tabelado) ou universal (0,7) Exemplos 5. Calcular a quantidade de base para supositório necessária para a manipula•ção de 10 supositórios de Fluconazol 200 mg. Calcular, também, a quantidade de ativo necessária levando em conta a perda durante o procedimento de preparo. Dado: (1) peso médio dos supositórios preparados somente com a base é de 2g, (2) fd é de 0,7. Exemplos 6. Calcular a quantidade de base para supositório necessáriapara a manipula•ção de 10 supositórios de Paracetamol 250 mg. Calcular, também, a quantidade de ativo necessária levando em conta a perda durante o procedimento de preparo. Dado: (1) peso médio dos supositórios preparados somente com a base é de 1,5g, (2) fd do Paracetamol em base PEG é de 0,8. Exemplos 7. Calcular a quantidade de base para supositório necessária para a manipula•ção de 10 supositórios de Paracetamol 500 mg. Calcular, também, a quantidade de ativo necessária levando em conta a perda durante o procedimento de preparo. Dado: (1) peso médio dos supositórios preparados somente com a base é de 2g, (2) fd do Paracetamol em base graxa é de 0,66. Passo 1: Calibrar, previamente, o molde de supositório com a base a ser utilizada Passo 2: Lubrificar molde, previamente, limpo e seco Passo3: Aquecer molde de metal, previamente, limpo e seco para evitar choque térmico Passo4: Calcular a quantidade necessária de cada ingrediente, adicionando-se cerca de 10% extra, para compensar perdas e permitir o preenchimento do molde com excesso. Passo6: Aquecer a base até a fusão, monitorando a temperatura para que não ultrapasse 55°C. Passo5: Pesar ou medir com precisão cada ingrediente Passo7: Adicionar os ativos. Atenção Passo9: Deixar resfriar na temperatura ambiente por 15 a 30 minutos. Passo8: Verter a mistura ainda fluida para o molde montado Passo10: Retirar o excesso de massa sobre o molde com uma espátula e refrigerar por mais 30 minutos. Passo11: Remover, cuidadosamente, os supositórios, embalar e rotular. Base lipossolúveis Base hidrossolúveis Refrigeração (-1°C) ou local fresco (8 - 15°C) Ambiente muito úmido: supositório esponjoso Qual o tipo de base? Ambiente muito seco: supositório quebradiço Atenção: Não pode congelar!
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