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Professor: Glediston Nepomuceno Costa Júnior Características Geométricas de Superfícies Planas Introdução As figuras planas simples (retângulos, triângulos, círculos) e compostas (trapézios, losangos) possuem características geométricas. Algumas dessas características são facilmente percebidas (dimensões como base, altura, raio), enquanto outras precisam ser calculadas para que sejam conhecidas (área, momento estático, centróide, momento de inércia, raio de giração). Momento Estático Definimos o momento estático para um elemento infinitesimal como sendo o produto da área desse elemento (dS) pela distância dele ao eixo de referência (x ou y). Para obter o momento estático (momento de primeira ordem) da área total, devemos integrar sobre toda a superfície. Momento Estático A partir de uma análise dimensional, a unidade dos momentos estáticos é dada pela dimensão L3 . Os momentos estáticos são necessários para determinar as tensões de cisalhamento que atuam na peça devido ao esforço cortante. Centróide É o centro geométrico de figuras geométricas. É o ponto em que a estrutura se mantém em equilíbrio. Pode está localizado na própria figura ou fora dela. Momento de Inércia O momento de inércia de uma superfície plana em relação a um eixo de referência, é definido através da integral de área dos produtos entre os infinitésimos da área que compõem a superfície e suas respectivas distâncias ao eixo de referência elevadas ao quadrado. Momento de Inércia Os momentos de inércia são características geométricas importantes utilizadas no dimensionamento de peças sujeitas à flexão. Quanto maior for o momento de inércia da Seção Transversal em relação ao eixo perpendicular ao plano de atuação da flexão, maior será a resistência da peça. Realizando uma análise dimensional, temos que a unidade do momento de inércia tem a seguinte dimensão: L4. Momento Polar de Inércia É uma característica geométrica utilizada nos cálculos das tensões devidas à torção e representa parte da resistência do corpo à torção. Momento Polar de Inércia Teorema dos Eixos Paralelos Raio de Giração É uma característica geométrica utilizada no dimensionamento de pilares, que são peças sujeitas à compressão paralela ao seu eixo longitudinal e que provoca o efeito de flambagem. O raio de giração é definido como uma relação entre o momento de inércia e a área da figura plana. Raio de Giração Realizando uma análise dimensional, observamos que a unidade do raio de giração é dada em dimensão de comprimento (L). Exemplo 01 Determinar as coordenadas do CG de cantoneira de abas desiguais representada na figura a seguir. Unidades em mm. Exemplo 02 Determinar as coordenadas do CG da superfície hachadura representada na figura a seguir. Considere r = 2 m. Exemplo 03 Dado o perfil T, determinar o momento de inércia e o raio de giração relativo ao CG. Unidades em mm. Respostas Exemplo 01 xc = 16,54 mm. yc = 26,54 mm. Exemplo 02 xc = yc = 1,55 m. Exemplo 03 Ix = 19,64 cm 4. Iy = 10,75 cm 4. rx = 1,48 cm. ry = 1,09 cm. Exercício 01 Dado o perfil I, determinar o momento de inércia e o raio de giração relativo ao CG. Unidades em mm. Respostas Exercício 01 Ix = 830.833,33 mm 4. Iy = 110.833,33 mm 4. rx = 25,28 mm. ry = 9,23 mm. Esforços Externos Introdução No dimensionamento de qualquer peça estrutural, além de calcular algumas das características geométricas da seção transversal (ST), necessitamos, também, conhecer quais são, de que tipo e qual a magnitude das cargas que atuam no elemento estrutural a ser dimensionado. Vigas As vigas são elementos estruturais que oferecem resistência à flexão, que é provocada por carregamentos aplicados. Por definição, as vigas têm duas dimensões muito menores que a terceira (comprimento) e as cargas que as solicitam são perpendiculares ao seu eixo longitudinal. Tipos de Vigas Em geral, elas são retas, têm ST constante e são nomeadas de acordo com seus apoios ou conexões. Tipos de Apoios Cálculo das Reações de Apoio Estudaremos apenas as estruturas isostáticas, ou seja, aquelas que podem ser resolvidas somente com a utilização das três equações de equilíbrio. Tipos de Carregamentos nas Estruturas Cargas externas: provenientes das peças das máquinas ou das partes da edificação. Esforços internos: responsáveis por manterem unidas as partes internas do elemento estrutural. Tipos de Carregamentos nas Estruturas As cargas externas são de dois tipos: Cargas Concentradas: aquelas que atuam em um ponto ou região desprezível. Cargas Distribuídas: atuam em um trecho ao longo do comprimento da viga. Tipos de Carregamentos nas Estruturas Essas cargas gerarão esforços internos (momentos fletores e esforços cortantes) que devemos determinar para podermos dimensionar a viga. Determinar erradamente o valor ou posição da carga atuante implica em comprometer todo o dimensionamento. Cargas Concentradas As cargas concentradas são representadas por uma seta. Normalmente elas provêm de peças que se apoiam em vigas. Dessa forma, de acordo com a lei da ação e reação, a reação de apoio em uma peça será a ação atuante na viga na qual ela se apoia. Cargas Concentradas Carga Uniformemente Distribuída e Variável As cargas distribuídas (normalmente indicadas pela letra “q”) são representadas por um conjunto de setas ligadas por uma reta ou curva. Elas são devidas ao peso próprio da viga, ao peso das paredes (ou chapas metálicas verticais) apoiadas diretamente sobre a viga, e às reações de apoio de lajes apoiadas na viga. Carga Uniformemente Distribuída e Variável Reações de Apoio devidas às Cargas Concentradas Reações de Apoio devidas a Cargas Distribuídas Uma carga distribuída sobre um trecho de uma viga pode ser substituída por uma carga concentrada equivalente, de magnitude igual à área da figura da carga distribuída e aplicada no centróide dessa figura. Substituindo a carga distribuída por uma carga concentrada equivalente, podemos calcular as reações de apoio como no caso das vigas sujeitas à carga concentrada. Reações de Apoio devidas a Cargas Distribuídas Reações de Apoio devidas a Cargas Distribuídas Reações de Apoio devidas a Cargas Distribuídas Peso Próprio Peso Próprio Para obtermos o peso próprio distribuído, multiplicamos a área da ST pelo peso específico do material que compõe a viga. É usual denominar “W” ao peso próprio concentrado, “P” às demais cargas concentradas, “g” ao peso próprio distribuído e “q” às demais cargas distribuídas (inclusive quando somadas ao peso próprio distribuído). Exercício 02 Determine as reações de apoio da viga. Exercício 03 Determine as reações de apoio da viga. Respostas Exercício 02 RA = 18 kN. RB = 22 kN. Exercício 03 RA = 55 kN. RB = 45 kN. Diagramas dos Esforços Internos Solicitantes
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