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Princípios Farmacêuticos
Farmácia Hospitalar
Profa. Ana Lúcia Faria Ribeiro
2012
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Atendimento à saúde
Nível primário = Controle da população sadia, preservação e promoção da saúde, tratamento de certas doenças crônicas e pequenas urgências. Ex: postos e centros de saúde
Nível secundário = Instituições detentoras de recursos básicos de diagnóstico (laboratório de análises clínicas, radiologia, eletrocardiografia) e que também possuem leitos para internações em áreas básicas da medicina (clínica médica, cirurgia geral, obstetrícia e pediatria). O nível secundário permite a resolução de 80 a 90% dos problemas sanitários da população. Ex: pequenos hospitais públicos, centros de especialidade médica.
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Atendimento à saúde
Nível Terciário = Atendimento mais complexo, recursos materiais e humanos mais sofisticados, com alto grau de especialização. Ex: hospitais de ensino e particulares de primeira linha
Nível Quaternário = Nível de atendimento mais elevado cientificamente, com investimento em tecnologia de ponta para a realização de tratamentos especiais (transplantes de órgãos, neurocirurgia, cirurgia cardiovascular).
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Atendimento à saúde
Com base nessa classificação dos níveis de atenção à saúde fica claro que a Assistência Farmacêutica se insere em todos eles.
Farmácia Pública e Farmácia Hospitalar - possuem aspecto assistencial idêntico no que se refere ao objetivo maior = atenção ao PACIENTE.
Farmácia Pública = Inserida no nível primário de atenção à saúde - Complemento à avaliação médica em ambulatórios/consultórios e não um substituto.
Exerce papel fundamental na preservação e manutenção da saúde = Depende da presença do FARMACÊUTICO. 
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Hospital
Segundo a OMS
“O hospital é parte do sistema integrado de saúde, cuja função é dispensar à comunidade completa assistência à saúde preventiva e curativa, incluindo serviços extensivos á família em seu domicílio e ainda um centro de formação para os que trabalham no campo da saúde e das pesquisas biossociais”
Funções do Hospital 
1. Prevenir a doença
2. Restaurar a saúde
3. Exercer funções educativas
4. Promover a pesquisa
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Hospital
1. Prevenir a doença
Pré-natal
Educação sanitária
Luta contra doenças transmissíveis
2. Restaurar a saúde
Tratamento curativo das enfermidades
Assistência em urgências
3. Exercer funções educativas = Estágios e residências
4. Promover a pesquisa = Centros de desenvolvimento
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Hospital
Classificação:
Regime jurídico
1. Público
2. Privado
Porte
1. Pequeno = menos de 50 leitos
2. Médio = entre 50 e 200 leitos
3. Grande = entre 200 e 500 leitos
4. Especial = acima de 500 leitos
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Hospital
Tipo de serviço
1. Hospital geral: oferece duas ou mais especialidades
2. Hospital especializado: oferece apenas uma especialidade
Corpo clínico
1. Aberto = os médicos não são necessariamente funcionários da instituição
2. Fechado = apenas os médicos contratados podem atender os leitos
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Hospital
Serviços hospitalares técnicos:
1. Diretoria clínica = Elabora normas e rotinas, contrata médicos, participa das comissões (ética, CFT, CCIH). Diretor clínico = Médico - designado pela diretoria do hospital ou eleito pelo corpo clínico.
2. Serviço de Enfermagem = Acompanhamento direto do paciente. Principal órgão executor da prescrição médica e da administração de medicamentos. Presta cuidados gerais ao paciente, avaliando e registrando sua evolução diária.
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Hospital
3. Serviços de Nutrição e dietética = Trata do preparo da alimentação dos pacientes. A equipe também exerce a nutrição clínica - avaliação nutricional dos pacientes.
4. Serviços Assistência Social = Acompanhamento do paciente e familiares. 
5. Serviços Auxiliares de Diagnóstico e Tratamento = Radiologia, laboratório de análises clínicas, banco de sangue, Ultra-sonografia, endoscopia.
6. Diversos = Fonoterapia, fisioterapia e psicologia
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Hospital
7. Serviço de Farmácia = 
Farmácia de Unidade Hospitalar (CFF) = Unidade clínica de assistência técnica e administrativa, dirigida por farmacêutico, integrada funcional e hierarquicamente às atividades hospitalares.
Tem como principal função garantir a qualidade da assistência prestada ao paciente por meio do uso seguro e racional de medicamentos e correlatos, adequando sua aplicação à saúde individual e coletiva, nos planos assistencial, preventivo, docente e investigativo, devendo para tanto, contar com farmacêuticos em número suficiente para o bom desempenho da assistência.
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Farmácia Hospitalar
Competências:
Coordenação técnica da seleção e aquisição de medicamentos, germicidas e correlatos.
Cumprir normas e disposições gerais - armazenamento, controle de estoques e distribuição.
Estabelecer um sistema eficiente e seguro de dispensação
Dispor um setor de farmacotécnica = manipulação, fracionamento, produção de medicamentos e germicidas
Elaborar manuais técnicos e POP´s
Manter membro nas CFT, CCIH, Licitação
Atuar na central de esterilização
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Farmácia Hospitalar
Educação em saúde
Estimular a implantação e o desenvolvimento da Farmácia Clínica
Pesquisa e desenvolvimento de tecnologias.
Diretor-técnico
Cumprir e fazer cumprir a legislação
Organizar, supervisionar e orientar tecnicamente todos os setores.
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Farmácia Hospitalar
Atualmente em países desenvolvidos a Farmácia Hospitalar ocupa lugar de destaque, dada a sua importância.
A Farmácia Hospitalar é uma unidade polivalente, auxiliar no diagnóstico e tratamento adequados, através da ampla Assistência Farmacêutica; promovendo o correto armazenamento, a manipulação , a distribuição, o controle e gerando informações sobre medicamentos, produtos correlatos e afins, contribuindo para a plena recuperação do paciente.
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Farmácia Hospitalar
A Farmácia Hospitalar tem por finalidade :
Prestar Assistência Farmacêutica integrada ao desenvolvimento de atividades multidisciplinares, no tocante ao tratamento preventivo e curativo.
Compatibilizar as exigências terapêuticas com as condições econômicas do Hospital.
Promover o desenvolvimento do ensino e pesquisa no campo de Ciências Farmacêuticas.
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Área 
A literatura preconiza o seguinte cálculo para estabelecer a área adequada para a Farmácia Hospitalar
0,9 m² x leito
1,2 m²x leito
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Área
A área utilizada pela Farmácia deve, preferencialmente, ser dividida em uma Farmácia Central e uma ou mais Farmácias-Satélite.
As Farmácias-Satélite localizam-se em andares intermediários do Hospital, onde concentra-se um grande número de leitos. 
Estas unidades têm como objetivo estarem mais próximas dos usuários, agilizando o atendimento e otimizando o processo de abastecimento, suprimindo muitas vezes a necessidade do uso do elevador. 
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Área
Ao se definir o local para farmácia hospitalar deve-se levar em consideração os seguintes aspectos:
Facilidade de circulação e abastecimento;
Acesso adequado aos meios de transporte, - acesso deve ser fácil, com plataformas para facilitar os procedimentos de carga e descarga nos meios de transporte utilizados, vias de acesso desobstruídas, área de manobra para carros e caminhões.
Certo grau de isolamento devido aos ruídos, calor odores, e poluição
Identificação externa – apresentar identificação visível
Portas - Passagem de carrinhos de transporte
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Área
O ambiente geral deve ser propício, apresentar condições adequadas quanto à temperatura, ventilação, luminosidade e umidade, permitindo ainda boa circulação e estar organizado de forma a permitir a fácil limpeza e controle de pragas.
Segurança – o número e o posicionamento de portas e janelas devem permitir o controle do acesso de pessoas não autorizadas; deve dispor de sistema de segurança apropriado à proteção das pessoas e dos produtos em estoque;
Adequaçãoda área = redução de custos, otimização do tempo, qualidade do serviço, redução acidentes de trabalho.
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Área
Pisos = lisos e resistentes = Peso do material e trânsito de carrinhos
Ventilação = Vãos ou janelas (com tela) para circulação de ar. Evitar pilhas muito altas
Evitar incidência solar direta
Temperatura ambiente - ideal = em torno de 20oC (com variação de 2 graus)
Divisões : medicamentos, soros, correlatos, psicotrópicos, termolábeis
EXTINTORES
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Princípios para estocagem
“Palettização” - Pallets ou estrados = plataformas horizontais de tamanhos variados, de fácil manuseio, utilizados na estocagem de produtos de grandes volumes, mantendo determinada altura do solo para evitar acúmulo de poeiras e sujidades.
Caixas grandes e facilmente identificáveis.
Pilhas = obedecer - limites de estocagem, sentido da caixa, topo da pilha (pelo menos 70 cm do teto).
Preferencialmente - Plástico = facilidade de limpeza, dificuldade de contaminação, ajuste de altura, modelagem, tamanhos, cores.
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Princípios para estocagem
Prateleiras: constituem-se o meio de estocagem mais simples e econômico para produtos leves e de estoques reduzidos. 
As estantes devem ser arrumadas mantendo-se uma certa distância das paredes e do teto, evitando formação de zonas de calor, facilitando uma boa circulação interna de ar.
Empilhamento: o empilhamento deve obedecer às recomendações do fabricante quanto ao limite de peso e número de volumes, para evitar desabamentos e alterações nas embalagens, por compressões. 
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Princípios para estocagem
Alguns procedimentos de estocagem são também padrão; 
Ordenar os produtos de forma que permita fácil identificação. 
Os medicamentos/correlatos com datas de validade mais próximas devem ficar à frente; 
Manter distância entre os produtos, produtos e paredes, parede, teto e para facilitar a circulação interna de ar.
Conservar os medicamentos nas embalagens originais, ao abrigo da luz direta. A maioria dos medicamentos é sensível à luz.
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Princípios para estocagem
Não colocar medicamentos em contato com o chão, encostado às paredes ou muito próximo do teto.
Estocar os medicamentos isolados de outros materiais, principalmente os de limpeza, perfumaria, cosméticos etc.
O manuseio inadequado dos medicamentos pode afetar a sua estabilidade. Por isso, não se deve arremessar caixas, arrastar ou colocar muito peso sobre elas. Todos os funcionários, incluindo motoristas, devem ser sensibilizados e treinados quanto ao manuseio e transporte adequado de medicamentos.
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Princípios para estocagem
Proteger os produtos contra pragas e insetos, colocando telas finas nas janelas.
Manter em local seguro os medicamentos de alto custo, com um controle rigoroso. Recomenda-se uma conferência diária por amostragem.
Refrigeradores ou geladeiras – equipamentos destinados à estocagem e conservação de vacina e soros (+2 a +8 ºC). Uma geladeira é a garantia de qualidade para os medicamentos termo-sensíveis, o que a torna indispensável para a Farmácia .
Um armário com chaves, para estocagem dos psicotrópicos, é também um ítem obrigatório. 
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Infra-estrutura
As formas farmacêuticas sólidas (cápsulas, comprimidos, drágeas) e líquidas unitarizadas (fracionadas), bem como injetáveis, frascos e materiais descartáveis devem ser armazenados em estantes móveis com escaninhos, que permitem fácil limpeza da área, assim como a sua remodelação ou adequação sempre que necessário, além de economizar espaço, melhorar as condições de conservação e facilitar a identificação destes itens.
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Infra-estrutura
Além disso, visando um melhor aproveitamento da área, podemos utilizar prateleiras fixas, com grandes escaninhos, para estocagem dos medicamentos ainda não unitarizados.
Os soros podem ser armazenados em cestas expositoras, que facilitam a identificação, evitam o excesso de peso sobre os frascos e permitem uma fácil limpeza. As caixas devem ficar sobre estrados.
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Infra-estrutura
A iluminação com lâmpadas frias, corretamente calculadas e instaladas, a ventilação adequada, fazendo com que a temperatura ambiente não ultrapasse os 25 º C, piso e paredes de material lavável e cor clara finalizam as exigências em relação às instalações da Farmácia Hospitalar.
Corredores = largos - carrinhos de transporte, evitar acidentes entre funcionários
Obs: Temperatura 
Conservação em congelador: -20 a 0ºC
Conservação em refrigerador: 2 a 8ºC
Conservação em local fresco: 8 a 15ºC
Conservação em temperatura ambiente: 15 a 30ºC
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Ordenação
Classe de produtos = Medicamentos, soros e soluções de grande volume, correlatos, materiais
Medicamentos:
Forma farmacêutica = diminuição dos erros de medicação
Ordem alfabética (nome comercial/genérico) = horizontal/vertical
Validade
Grupo farmacológico
Código
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Equipe
A literatura preconiza para a Farmácia Hospitalar que atende 24 horas, um quadro com 1 funcionário para cada 10 leitos .
Em geral são adotados os turnos de 12 X 36.
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Farmacoeconomia 
Farmacoeconomia - qualidade sem desperdícios
É a união da farmacologia à economia. 
O resultado é uma ciência híbrida, que mantém o rigor científico dos estudos clínicos somados à otimização de custos da economia. 
A farmacoeconomia nunca perde de vista a efetividade da terapêutica e a qualidade de vida do paciente. 
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Farmacoeconomia 
Seus conceitos, de fato, podem levar à constatação de que o barato pode sair caro, quando a opção não leva em conta aspectos qualitativos. 
A filosofia não é gastar menos, mas gastar o necessário. 
A idéia comum de que o termo “economia” relaciona-se com escassez e corte de despesas = Resistência.
“SAÚDE NÃO TEM PREÇO” 
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Farmacoeconomia 
Cada vez mais difícil assegurar que cada paciente esteja recebendo o tratamento mais adequado ao seu caso, com toda a eficácia, segurança e economia possíveis.
Pode-se afirmar que há um considerável desperdício de recursos, em decorrência de sua utilização irracional.
Exames desnecessários (tomografias), cirurgias desnecessárias (cesáreas), prescrição de medicamentos de maior custo antes de evoluir por uma série de alternativas lógicas.
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Farmacoeconomia 
Devemos evitar o raciocínio simplista de mera eliminação do “novo e caro”, em prol do “velho e barato”.
É necessária uma avaliação criteriosa para separar aquilo que efetivamente traz benefícios reais, tanto em custo quanto em qualidade de resultados, daquilo que até pode representar menor preço unitário, mas não traz tantas vantagens.
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Farmacoeconomia 
Por falta de conhecimento da importância do seu papel nesse processo, a maior parte dos médicos indica medicamentos sem considerar as implicações econômicas da prescrição.
Esta realidade vem sendo modificada por pressão dos hospitais, dos planos de saúde e do próprio paciente (consumidor), que passa a exigir menor custo do tratamento, sem perda da qualidade.
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Farmacoeconomia 
A análise de novas tecnologias e produtos médicos inclui considerações sobre a eficácia, a qualidade e a segurança.
Essa conduta é adotada na Farmacologia, havendo uma série de estudos aplicados à farmacoterapêutica, antes e depois da liberação de medicamentos para comercialização.
Cada medicamento passa por um grande número de testes em animais, voluntários e pacientes, a fim de determinar sua eficácia.
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Farmacoeconomia 
É difícil estabelecer limites para todas as situações e todos os elementos envolvidos na farmacoterapêutica, mas há um conjunto de regras gerais que podem ser aplicadas a todos os casos e garantem condições de máxima eficiência, eficácia e segurança na utilização de produtos.
Ainda que essas regras visem diretamente elementos técnicos de prescrição e uso de fármacos, possuem implicação direta e fundamental na economia de recursos.
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Farmacoeconomia 
Para que se possa praticar o uso racionalde medicamentos, é necessário conhecer e aplicar:
Nomes genéricos, sinonímias, marcas
Indicações, CI, precauções, modo de usar
Posologias, Ef. Colaterais, Reações adversas
Farmacocinética, farmacodinâmica
Classes terapêuticas
Similares e Genéricos
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	MEDICAMENTOS
GENÉRICOS
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Por que Genéricos ???
	“A disponibilidade e o acesso aos medicamentos constituem parâmetros que permitem medir a qualidade dos serviços de saúde e constituem indicadores sociais de justiça e equidade na distribuição das riquezas de uma nação”
	Declaração sobre Políticas Farmacêuticas dos Países Andinos - Cartagena, Colômbia, mar/93
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Política de Genéricos
	A adoção de uma política de medicamentos genéricos, envolvendo a produção, a garantia de qualidade, a prescrição, a dispensação e o uso dos mesmos, é parte fundamental de uma diretriz para promoção do uso racional de medicamentos em nosso País
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Política de Genéricos - Vantagens
Revisão dos requisitos de qualidade, segurança e eficácia dos medicamentos
Monitoração do cumprimento das BPFC na indústria
Regulamentação de boas práticas de armazenamento e transporte de medicamentos
Regulamentação da dispensação de medicamentos genéricos
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Política de Genéricos - Vantagens
UMA SIGNIFICATIVA REDUÇÃO NO PREÇO DOS MEDICAMENTOS SEM PERDA DA QUALIDADE !!!!
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Política de Genéricos - Vantagens
EUA - genérico chega ao mercado 25% + barato. Depois de 2 anos a diferença pode chegar a 60%. Estima-se que os americanos economizam entre US$8 e 10 bilhões/ano com a aquisição de genéricos que correspondem a + de 50% das prescrições.
Canadá - Genérico = 30% + barato que o referência quando existe apenas 1 genérico, 35 % quando existem 2 e até 40% quando existem 3 ou +.
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Histórico
Mundialmente a indústria de genéricos surgiu na década de 60, nos EUA
Em 1984, teve um grande impulso com a criação de mecanismos simplificados para registro de genéricos
Em 1997, o mercado de genéricos da União Européia movimentou mais de 6,7 milhões de euros.
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Brasil
No Brasil, desde 1976, as indústrias foram autorizadas a registrar produtos similares ao medicamento inovador ou original. 
Hoje temos no mercado somente os similares com marca. 
Somente em 1996 o Brasil voltou a respeitar a lei de patentes
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Brasil
E finalmente, em 1999, foi publicada a Lei n° 9787, que instituiu o medicamento genérico no País, em concordância técnica e conceitual com normas internacionais adotadas por Países da Comunidade Européia, EUA, Canadá, além da Organização Mundial de Saúde (OMS). 
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Brasil
Em função disso, é possível solicitar o registro de genéricos no caso de medicamentos cuja patente já tenha expirado. 
Estes produtos são identificados na embalagem apenas pelo nome genérico do fármaco, segundo a DCB, pelos dizeres: "Medicamento genérico de acordo com a Lei nº 9.787/99” e por uma tarja amarela com uma grande letra G, em azul escuro, seguida da inscrição : Medicamento Genérico.
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Equivalentes Farmacêuticos
São medicamentos que contém o mesmo fármaco, isto é, mesmo sal ou éster da mesma molécula terapeuticamente ativa, na mesma quantidade e forma farmacêutica, podendo ou não conter excipientes idênticos. 
Devem cumprir com as mesmas especificações atualizadas da Farmacopéia Brasileira
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Medicamento de Referência
Produto inovador registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária e comercializado no País, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao órgão federal competente, por ocasião do registro.
Em geral é o detentor da patente
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Medicamento Genérico
Medicamento equivalente a um produto de referência ou inovador, que pretende ser com este intercambiável, geralmente produzido após a expiração ou renúncia da proteção patentária ou de outros direitos de exclusividade, comprovada a sua eficácia, segurança e qualidade, e designado pela DCB ou, na sua ausência, pela DCI.
Bioequivalente
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Bioequivalência
Partindo do princípio de que a ação terapêutica de uma substância ativa depende da sua disponibilizarão no local de ação, numa concentração efetiva, durante um período determinado, é previsível que, na presença de resultados farmacocinéticos semelhantes, se obtenha uma ação terapêutica equivalente.
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Bioequivalência
Em outras palavras, se um mesmo indivíduo apresentar, durante um período adequadamente estabelecido, concentrações plasmáticas semelhantes de um mesmo fármaco, a partir de dois medicamentos diferentes, supõem-se que se observem efeitos similares. Surge assim o conceito de Bioequivalência
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Bioequivalência
Ou seja, a Bioequivalência é um estudo comparativo entre as Biodisponibilidades de dois medicamentos que possuem a mesma indicação terapêutica e que são administrados pela mesma via extravascular e na mesma dose.
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Bioequivalência
Dois medicamentos são considerados bioequivalentes quando não forem constatadas diferenças estatisticamente significativas entre a quantidade absorvida e a velocidade de absorção, através de um estudo comparativo em condições padronizadas.
Ou seja, se suas biodisponibilidades, após a administração da mesma dose molar, são similares em tal grau, que seus efeitos sejam essencialmente os mesmos.
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Equivalentes Farmacêuticos
Idêntica composição qualitativa e quantitativa
Biodisponibilidades comparáveis
Mesmo modelo experimental
Bioequivalência
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Prescrição
SUS= Obrigatoriamente DCB ou DCI
Serviços Privados
a critério do profissional de saúde
nome comercial ou nome genérico
restrições de intercambialidade = de forma clara, legível e inequívoca, de PRÓPRIO PUNHO
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Dispensação
 Profissional Farmacêutico
substituição do medicamento DE REFERÊNCIA prescrito exclusivamente pelo genérico correspondente
respeitar as restrições do profissional prescritor 
indicar a substituição realizada
apor carimbo (nome, CRF, data e assinatura)
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Dispensação
 É dever do profissional farmacêutico explicar, detalhadamente, a dispensação realizada ao paciente ou usuário, bem como fornecer toda a orientação necessária ao consumo racional do medicamento genérico.
Substituição = Relação de MG - ANVISA 
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Farmacoeconomia 
A análise farmacoeconômica usa ferramentas para solucionar dúvidas como :
Qual o melhor medicamento para tratar certa doença 
Qual o melhor tratamento para um paciente específico
Quais os melhores medicamentos a serem padronizados na instituição de saúde
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Farmacoeconomia 
A função primordial da farmacoeconomia é verificar quais as ofertas apresentam um valor realmente útil na terapêutica e quais acrescentam pouco ou nada às opções já existentes.
A farmacoeconomia não oferece decisões, mas sim apresenta alternativas que podem subsidiar decisões de profissionais de saúde.
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Comissão de Farmácia e Terapêutica- CFT
Padronização de Medicamentos
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Padronização 
Medicamentos = Maior parcela de custos hospitalares
Reduzir custos - Otimização do investimento
Racionalizar o consumo/gastos de medicamentos = melhor terapêutica ao melhor custo
Seleção de medicamentos que vão compor o nosso estoque = Atende aos critérios propostos pelo MS
Reduzir custos sem prejuízo da eficácia e segurança
Maior eficiência administrativa - Racionalização do planejamento, aquisição, armazenamento, distribuição e controle dos medicamentos = redução do número de itens. 
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Padronização 
Racionalidade na prescrição; 
Racionalidade na utilização de fármacos
Normatização da utilização dos medicamentos
Disciplinar o receituário médico-hospitalar e uniformizar a terapêutica
Maior agilidade da prescrição médica
Facilitar a vigilânciafarmacológica
Regulamentar a inclusão/exclusão de medicamentos quando necessário
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Padronização 
Sistematizar informações sobre o arsenal terapêutico
Possibilitar a disponibilidade dos medicamentos essenciais à cobertura dos tratamentos necessários aos pacientes.
Elaborada pela Comissão de Farmácia e Terapêutica - CFT
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Comissão de Farmácia e Terapêutica
“É a junta deliberativa designada pela diretoria clínica com a finalidade de regulamentar a padronização dos medicamentos utilizados no receituário hospitalar”.
Seu objetivo é padronizar o arsenal de medicamentos, racionalizando seu uso no ambiente hospitalar.
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Comissão de Farmácia e Terapêutica
Sugere-se que a CFT seja constituída por:
01 Farmacêutico, Chefe da farmácia ou indicado por ele, que atuará como membro nato;
01 Médico, representante da Clínica Médica;
01 Médico, representante da Clínica Cirúrgica;
01 Médico, representante da Pediatria;
01 Médico, representante da Ginecologia/Obstetrícia
01 Médico, representante da Residência Médica
01 Médico, representante da CCIH ou indicado por ele, e
01 Enfermeiro, Chefe de Enfermagem ou indicado por ele.
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Padronização
A montagem da padronização de medicamentos deve partir de uma pesquisa, com a equipe de saúde, para verificar:
as necessidades terapêuticas relacionadas às patologias tratadas no hospital (perfil epidemiológico),
os hábitos de prescrição e 
as condições que possam influir ou limitar a eleição dos medicamentos (recursos financeiros e espaço físico disponível para armazenagem).
A partir da análise dos dados coletados e, segundo os critérios de seleção, deve-se eleger os medicamentos necessários ao arsenal terapêutico do hospital. 
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Padronização
Os medicamentos selecionados devem ser agrupados por aparelho e/ou grupo farmacológico e relacionados por seu nome genérico.
A apresentação da padronização pode ser feita sob a forma de um guia, onde, para cada medicamento exista uma pequena monografia, que conste, no mínimo, de dados sobre;
forma farmacêutica de apresentação e dose; 
as indicações e contra-indicações; 
as reações adversas já conhecidas; 
dose recomendada e via de administração, 
observações quanto à utilização no hospital. 
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Sistemas de Distribuição de Medicamentos
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 SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS
Conceito:
É o ato de entrega racional, eficiente, econômica e segura de medicamentos aos pacientes, prestando informações a cerca das características farmacodinâmicas dos mesmos, bem como estudo da posologia, verificação de interações medicamentosas e com alimentos, contra-indicações, dentre outras. 
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 Objetivos
2.1.Distribuir os medicamentos de forma ordenada e racional. 2.2.Prestar informações sobre os mesmos no que diz respeito a estabilidade, características organolépticas, indicação terapêutica, contra-indicações. 2.3.Diminuir erros de medicação. (incorreta transcrição da prescrição, via de administração, forma farmacêutica, dose mal calculada, hora de administração inadequada )
2.4.Diminuir os custos com medicamentos. 2.5.Aumentar a segurança para o paciente. 2.6.Racionalizar a distribuição e administração. 2.7.Aumentar o controle sobre os medicamentos, acesso do Farmacêutico as informações sobre o paciente.
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 SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS
A elaboração de um sistema de distribuição de medicamentos requer uma investigação em profundidade, de atividades que possam garantir eficiência, economia e segurança. 
A seqüência de eventos que envolve a distribuição do medicamento começa quando o mesmo é adquirido e a partir de então um modelo é seguido até sua administração ao paciente ou, por algum motivo seja devolvido à Farmácia, para se concluir o processo. 
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 SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS
Na prática existem quatro (04) tipos de sistema de distribuição de medicamentos :
coletivo, 
individualizado
dose unitária
combinado ou misto
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 SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO COLETIVO DE MEDICAMENTOS
É um sistema onde os pedidos de medicamentos à Farmácia são feitos através da transcrição da prescrição médica pela enfermagem. 
Estes pedidos não são feitos em nome dos pacientes, mas sim, em nome de setores. 
A Farmácia envia uma certa quantidade de medicamentos para serem estocados nas unidades de enfermagem e demais setores, que de acordo com as prescrições médicas vão sendo ministradas aos pacientes
É um sistema que apresenta mais desvantagens que vantagens, pois não há a participação direta do Farmacêutico.
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 SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO COLETIVO DE MEDICAMENTOS
“Vantagens”:
Grande arsenal terapêutico nas unidades, o que facilita o uso imediato dos medicamentos.
Diminui os pedidos à Farmácia. 
Diminui as tarefas a serem executadas pela Farmácia - redução de RH e infra-estrutura
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 SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO COLETIVO DE MEDICAMENTOS
Desvantagens:
Ausência do farmacêutico na equipe de saúde
Requisições são feitas através da transcrição da prescrição médica o que pode ocasionar erros, tais como: omissões e trocas de medicamentos.
Aumento do potencial de erros de medicação (doses, formas farmacêuticas, horários), uma vez que os medicamentos são dispensados em suas embalagens originais.
Maior tempo gasto pela enfermagem para separar a medicação
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 SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO COLETIVO DE MEDICAMENTOS
Aumenta o gasto com medicamentos:
incapacidade da Farmácia em controlar adequadamente os medicamentos.
Desvio de medicamentos.
Troca de medicamentos de um paciente para o outro
Mal acondicionamento de medicamentos.
Vencimento de prazo de validade.
Devolução de medicamentos sem identificação.
Possibilidade de contaminação
Aumenta o potencial de erros de administração de medicamentos resultante da falta de revisão feita pelo Farmacêutico das prescrições médicas de cada paciente.
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 SISTEMA INDIVIDUALIZADO DE DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS
Sistema no qual os pedidos de medicamentos são feitos especificamente para cada paciente (24 horas), de acordo com a segunda via da prescrição médica (direto - pois a Farmácia tem acesso à prescrição) ou com a transcrição feita pela Enfermagem (indireto). 
Este sistema tem uma maior participação da Farmácia que o anterior, o que permite um melhor controle de medicamentos. 
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 SISTEMA INDIVIDUALIZADO DE DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS
Vantagens:
Diminuição dos estoques nas unidades assistenciais.;
Facilidade para devolução à Farmácia;
Redução potencial de erros de medicação;
Reduz tempo do pessoal da enfermagem quanto as atividades com medicamentos;
Redução de custos com medicamentos;
Controle mais efetivo sobre medicamentos;
Aumento da integração do Farmacêutico com a equipe de saúde;
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 SISTEMA INDIVIDUALIZADO DE DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS
“Desvantagens”:
Incremento das atividades desenvolvidas pela farmácia;
Necessidade de plantão na farmácia hospitalar;
Aumento de RH e infra-estrutura da Farmácia
Permite ainda potencial erros de medicação. Exige um maior investimento inicial (computador, impressora);
Gasto de tempo da enfermagem para separar as dosagens por paciente 
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 Sistema de distribuição de medicamentos por dose unitária (S.D.M.D.U.)
“É uma quantidade ordenada de medicamentos com forma e dosagens prontas para serem ministradas ao paciente de acordo com a prescrição médica, num certo período de tempo”. 
É o melhor sistema de distribuição de medicamentos aos pacientes internados pois permite um rigoroso controle sobre os mesmos.
Os medicamentos são dispensados unitariamente, nas doses certas, acondicionados em tiras plásticas lacradas, com o nome e o leito do paciente, contendo o horário de administração ao paciente.
A medicação é encaminhada ao paciente certo, na dose certa, no horário certo.
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 Sistema de distribuição de medicamentospor dose unitária (S.D.M.D.U.)
Objetivos: 
Racionalizar a terapêutica, diminuindo custos sem reduzir a qualidade da dispensação.
Garantir que os medicamentos prescritos cheguem ao paciente de forma segura e higiênica, garantindo a eficiência do esquema terapêutico prescrito.
Permitir ao Farmacêutico melhor integrar-se à equipe de saúde.
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Seringas prontas para uso
Cartelas fracionadas
Dosador oral
Tampa
Bico de segurança
Escala

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