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Metabolismo - Metabolismo de Carboidrato - Metabolismo de Lipídeos - Metabolismo de Proteínas - Ciclo da Uréia A Glicolise possui duas fases: - A Fase Preparatória - onde a energia de ATP é investida; aumentando o conteúdo de energia livre dos intermediários; e as cadeias carbônicas de todas as hexoses metabolizadas são convertidas em um produto comum, o gliceraldeído–3–fosfato. - A Fase de Pagamento da Glicolise – cada molécula de gliceraldeído- 3-fosfato é oxidada e fosforilada por fosfato inorgânico (não pelo ATP), para forma 1,3-bisfosfoglicerato (passo 6). Então nas reações sequenciais da glicólise, três tipos de transformações químicas são particularmente notáveis: 1ª – rompimento do esqueleto carbônico da glicose para produzir piruvato; 2ª – fosforilação do ADP para o ATP pelos compostos de fosfato de alta energia, formados durante a glicólise, e 3ª - a transferência de um íon hidreto com os seus elétrons para o NAD+, formando o NADH Resumo das Reações da Glicólise: 1º Passo – Fosforilação – da glicose a glicose-6-fosfato; é uma reação endergônica (mas a reação total é exergônica) Glicose + Pi glicose-6-fosfato + H2O ΔGo= 13,8KJ/mol = 3,3 Kcal/mol A hidrólise do ATP é exergônica: ATP + H2O ADP + Pi ΔGo= -30KJ/mol = -7,3Kcal/mol ΔGototal = 13,8 + ( - 30,5) = - 16,7KJ/mol = - 4,0Kcal/mol Reação Geral: Obs.: a glicose-6-fosfato, inibe a atividade da hexoquinase; esse é um ponto de controle da via 2º - Passo – Isomerização – da glicose-6-fosfato a frutose-6-fosfato Requer a enzima fosfoexose quinase ou também conhecida como glicosefosfato isomerase, é uma enzima comum que necessita do Mg2+ 3º - Passo: Fosforilação – da frutose-6-fosfato gerando a frutose-1,6- bisfosfato (o ATP é o doador do grupo fosfato). A Reação Geral: frutose-6-fosfato + ATP frutose-1,6-bisfosfato + ADP ΔGo= - 13,8KJ/mol = - 3,3Kcal/mol Obs.: A fosfofrutoquinase, age como uma enzima reguladora; fazendo uma regulação alostérica de retroalimentação (feedback). - Esta enzima encontra-se no fígado e nos músculos em forma ligeiramente diferente – M e L – ( nas células vermelhas do sangue, ocorrem ambas M3L; M2L2; ML3 . M4 – nos músculos e L4 – fígado) são chamadas de isoenzimas. - Indivíduos que não tem o gene para a forma M da enzima; podem manter a glicólise no fígado, mas sofrem de fraqueza muscular em virtude da falta da enzima no músculo. - O ATP é um efetor alostérico (negativo) nessa reação 4º Passo: Clivagem – neste ponto, a frutose 1,6-bisfosfato quebra-se em dois fragmentos de três átomos de carbono. Com auxílio da enzima frutose 1,6-fosfato aldolase; chamada simplesmente de aldolase. 5º - Passo – Interconversão das trioses fosfato – a diidroxicetona- fosfato é rápida e reversivelmente convertido a gliceraldeído – 3 – fosfato; com auxílio da enzima triose fosfato isomerase. Obs.: Esta reação completa a fase preparatória da glicólise, nela a molécula da hexose foi fosforilada em C-1 e C-6; então dividida em duas moléculas de gliceraldeído – 3 – fosfato . Outras hexoses como a D-frutose, D-manose e D-galactose; também são conversíveis em gliceraldeído-3-fosfato. A Fase de Pagamento da Glicólise produz ATP e NADH Lembre-se de que uma molécula de glicose libera duas de gliceraldeído-3-fosfato. Na segunda fase da glicólise as duas metades da molécula de glicose, seguem a mesma via. A conversão das duas moléculas de gliceraldeído-3-fosfato em duas moléculas de piruvato é acompanhada pela formação de moléculas de ATP, formadas a partir de ADP. Entretanto, o rendimento líquido de ATP, por molécula de glicose degradada é de apenas dois; porque duas moléculas de ATP, foram investidas na fase preparatória da glicólise. 6º Passo – Oxidação (e fosforilação) – passagem do gliceraldeído-3- fosfato para 1,3-bisfosfoglicerato. A primeira fase de pagamento da glicólise é a conversão do gliceraldeído-3-fosfato em 1,3- bisfosfoglicerato, catalisado pela enzima gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase Observando-se a reação acima por partes: - considera-se a meia-reação de oxidação: O O RC + H2O RC + 2H + + 2e- H H ΔGo= -43,1KJ/mol = -10,2Kcal/mol - meia-reação de redução: NAD+ + 2H+ + 2e- NADH + H+ A reação geral de redox: O O RC + H2O + NAD + RC + NADH + H+ H H Gliceraldeído-3-fosfato 3-fosfoglicerato O grupo carboxílico e ácido fosfórico formam um anidrido misto de dois ácidos; por meio da perda de água 3-fosfoglicerato + Pi 1,3-bisfosfoglicerato + H2O ΔGo = 49,3Kj/mol = 11,8Kcal/mol Reação Geral: O RCHO + HOPO3 2- + NAD+ RC – O – PO3 2- + NADH + H+ 3-fosfoglicerato + Pi + NAD+ 1,3-bisfosfoglicerato + NADH + H+ As duas reações que formam a reação geral são as seguintes: 1- Oxidação do gliceraldeído-3-fosfato (ΔGo = -43,1Kj/mol = -10,3Kcal/mol) Gliceraldeído-3-fosfato + NAD+ + H2O 1,3-bisfosfoglicerato + NADH + H + 2 – fosforilação do 3-fosfoglicerato (ΔGo = 49,3Kj/mol = 11,8Kcal/mol) 3-fosfoglicerato + Pi + H+ 1,3-bisfosfoglicerato + H2O A Reação Geral não está muito longe do equilíbrio, sendo apenas ligeiramente endergônica. ΔGO geral= ΔG O oxidado + ΔG O fosforilado ΔGO geral= (-43,1) + (49,3) Kj/mol ΔGO geral = 6,2Kj/mol = 1,5Kcal/mol 7º Passo – Transferência do grupo fosfato do 1,3-bisfosfoglicerato para o ADP (fosforilação do ADP à ATP) produzindo 3-fosfoglicerato, com auxílio da enzima fosfoglicerato quinase. Obs.: - É o 1º ATP produzido através da Via Glicolítica; - Neste caso o que vai diferenciar a transferência do fosfato para o ADP é que ocorre a fosforilação em nível de substrato (ΔGO = - 49,8Kj/mol); enquanto a fosforilação oxidativa; ocorre reações de transferências de elétrons, sendo o oxigênio o último aceptor deles.(ΔGO =-30,5Kj/mol). - Duas moléculas de ATP são produzidas para cada molécula de glicose; e fazendo o balanceamento onde 2 moléculas de ATP são consumidas no início; e com isso fica com a carga zero. - 8º Passo – Isomerização – Conversão do 3-fosfoglicerato a 2- fosfoglicerato; com auxílio da enzima fosfoglicerato mutase. - 9º Passo: Desidratação – do 2-fosfoglicerato para fosfoenolpiruvato. A segunda reação glicolítica que gera um composto com alto potencial de transferência de grupo fosforil é catalisada pela enolase em presença do íon Mg2+. Essa enzima promove a remoção reversível de uma molécula de água do 2- fosfoglicerato para liberar fosfoenolpiruvato. - 10º Passo: Transferência do grupo fosforil do fosfoenolpiruvato para o ADP. Catalisada pela enzima piruvato quinase; uma enzima que requer K+ e ou Mg2+ ou Mn2+. Conversão do Piruvato à Acetil – CoA Um sistema de enzima chamado complexo piruvato- desidrogenase é responsável pela conversão do piruvato a dióxido de carbono e à porção acetila da acetil-CoA. Há um grupo – SH na molécula da CoA, ao qual o grupo acetila é ligado. Reação Global: Piruvato + CoA-SH + NAD+ Acetil-CoA + CO2 + H + + NADH ΔGo = -33KJ/mol = -8,0Kcal/mol - O NADH é reciclado para uso posterior. Obs.: Três enzimas compõem o complexo piruvato desidrogenase: a piruvato – desidrogenase; diidrolipoil – transcetilase e diidrolipoil – desidrogenase. A reação acontece em quatro etapas. As últimas duas enzimas catalisam reações do ácido lipóico. O ácido lipóico pode agir como um agente oxidante, a reação envolvetransferência de hidrogênios. Uma outra reação do ácido lipóico é a formação de uma ligação tioéster com o grupo acetila, antes de ser transferido à CoA. E1 – piruvato-desidrogenase E2 – diidrolipoil-transcetilase E3 – diidrolipoil-desidrogenase - Primeira Etapa: O piruvato perde CO2 e HETPP (hidroxietil pirofosfato de tiamina – é um metabólico da Vitamina B1) é formado. E esta reação é catalisada pela enzima piruvato- descarboxilase. - Segunda Etapa: o grupo hidroxietil é transferido para o ácido lipóico e oxidado para formar acetil diidrolipoamida. E esta reação é catalisada pela enzima diidrolipoil-transcetilase. - Terceira Etapa: o grupo acetil é tranferido para a CoA. Esta reação é catalisada pela mesma enzima diidrolipoil- transcetilase. - Quarta Etapa: a diidrolipoamida é reoxidada. E esta reação é catalisada pela enzima diidrolipoil-desidrogenase.
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