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2012 José Gaspar - MedUerj2016 Versão 1.0 25/02/2012 Anatomia I – resumo p1 Índice Planos e Eixos -- Principais planos e eixos Sistema Ósseo -- Função e divisão do esqueleto -- Classificação dos ossos -- Coluna Vertebral -- Curvaturas -- Características das vértebras -- Gradil Costal -- Costelas Sistema Articular -- Articulações Fibrosas -- Articulações Cartilaginosas -- Articulações Sinoviais -- Características gerais -- Classificação Funcional -- Classificação Morfológica -- Articulações mais notáveis -- Resumo de articulações Campos Pleuropulmonares -- Pleuras -- Pulmões -- Traquéia e Brônquios -- Segmentaçao Broncopulmonar Sistema Muscular -- Músculos do Tórax -- Relacionados ao membro superior -- Relacionados à respiração -- Diafragma -- Pilares -- Aberturas -- Hérnias -- Vasos e Nervos -- Músculos do dorso -- Relacionados ao membro superior -- Relacionados à respiração Mediastino - Superior - Inferior -- Anterior -- Médio -- Posterior Pericárdio -- Seios do pericárdio -- Suprimento arterial -- Drenagem venosa -- Suprimento nervoso Coração -- Limites do Coração -- Esqueleto fibroso do coração -- As quatro câmaras do coração -- -- Átrio Direito -- -- Átrio Esquerdo -- -- Ventrículo Direito -- -- Ventrículo Esquerdo -- Suprimento arterial do coração -- Drenagem venosa do coração -- Drenagem linfática do coração -- Suprimento Nervoso do coração -- Complexo Estimulante do coração -- Áreas de Ausculta cardíaca Sistema Arterial -- Suprimento Arterial da parede torácica -- Drenagem Venosa da parede torácica -- Circulação Fetal -- Os ramos da Aorta -- -- Torácica Ascendente -- -- Arco da Aorta -- -- Torácica Descendente -- -- Abdominal -- Os ramos das AA. Subclávias Sistemas Venosos -- da Veia Cava Superior -- da Veia Cava Inferior -- da Veia Ázigos -- da Veia Porta Hepática -- Anastomoses dos Sistemas Venosos O Sistema Linfático -- Ducto Torácico e Ducto Linfático Direito -- O Timo e o Baço Para Minha madrinha Larissa Miranda MedUerj 2015 e meu afilhado Leandro Guedes MedUerj 2017 Por José Gaspar MedUerj 2016 Planos e Eixos Planos de delimitação e Eixos Planos Lateral direito Lateral Esquerdo Anterior Posterior Superior Inferior Definição de Plano: “É um subconjunto do espaço R3 de tal modo que quaisquer dois pontos desse conjunto, podem ser ligados por um segmento de reta inteiramente contido no conjunto”. Eixos Linhas imaginárias que unem dois planos de delimitação. Planos de Secção Sagital Frontal Transversal Planos de construção do corpo humano Antimeria - Simetria bilateral do corpo. Não é real. Metameria - consiste na organização do corpo em uma série de segmentos, iguais ou semelhantes, os metâmeros, que se repetem ao longo de seu comprimento. Paquimeria –Divisão axial do corpo em dois tubos (visceral ou anterior)(posterior ou neural ) . Estratigrafia – Divisão do corpo em camadas que se superpõem. Biotipos Ângulo de Charpy- ângulo formado pelas duas últimas costelas , aproximadamente 90º . Longilíneo- indivíduo de alta estatura, ângulo de Charpy< 90º. Normolíneo- indivíduo de estatura normal , ângulo de Charpy= 90º. Brevelíneo – indivíduo de baixa estatura, ângulo de Charpy >90º. Alguns termos em anatomia Variação - Alteração na forma sem prejudicar a função. Ex : Duas artérias braquiais. Anomalia - Alteração na forma prejudicando a função. Ex : Hidrocefalia. Monstruosidade – Alteração incompatível com a vida. Ex : Ciclopia e Anencefalia. Mediano- que se situa na linha mediana. Ex.: a laringe, a traqueia, o ramo ascendente da aorta, o esôfago, etc.; Intermédio- (verticalmente) está entre o medial e o lateral. Ex.: o músculo intermédio está entre um músculo medial e outro lateral; Médio- (horizontalmente) está entre o superior e o inferior. Ex.: as falanges, tanto da mão quanto do pé, estão dispostas uma superiormente (falange proximal), outra inferiormente (falange distal) e uma entre ambas (falange média). Pequeno dicionário de termos anatômicos TERMOS DE POSIÇÃO E DIREÇÃO Descrevem as relações das partes do nosso corpo em posição anatômica. • Anterior ou ventral: voltado ou mais próximo da fronte; • Posterior ou dorsal: voltado ou mais próximo do dorso; • Superior ou cranial: voltado ou mais próximo da cabeça; • Inferior ou podálico: voltado ou mais próximo do pé; • Medial: mais próximo do plano mediano; • Lateral: mais próximo do plano mediano; • Intermédio: entre uma estrutura lateral e outra medial; • Proximal: mais próximo do tronco ou do ponto de origem do membro; • Distal: mais distante do tronco ou do ponto de origem do membro; • Médio: entre uma estrutura proximal e outra distal; • Superficial: mais próximo da superfície; • Profundo: mais distante da superfície; • Interno: no interior de um órgão ou de uma cavidade; • Externo: externamente a um órgão ou a uma cavidade; • Ipsilateral: do mesmo lado; • Contralateral: do lado oposto. TERMINOLOGIA USADA NA OSTEOLOGIA • Linha – margem óssea suave; • Crista – margem óssea proeminente; • Tubérculo – pequena saliência arredondada; • Tuberosidade – média saliência arredondada; • Trocanter – grande saliência arredondada; • Maléolo – saliência óssea semelhante à cabeça de um martelo; • Espinha – projeção óssea afilada; • Processo – projeção óssea; • Ramo – processo alongado; • Faceta – superfície articular lisa e tendendo a plana; • Fissura – abertura óssea em forma de fenda; • Forame – abertura óssea arredondada; • Fossa – pequena depressão óssea; • Cavidade – grande depressão óssea; • Sulco – depressão óssea estreita e alongada; • Meato – canal ósseo; • Côndilo – proeminência elíptica que se articula com outro osso; • Epicôndilo – pequena proeminência óssea situada acima do côndilo; • Cabeça – extremidade arredondada de um osso longo, geralmente separada do corpo do osso através de uma região estreitada denominada colo. TERMOS DE MOVIMENTO • Flexão: realizado no plano sagital e ao redor do eixo transversal, reduz o ângulo entre duas partes do corpo; • Extensão: realizado no plano sagital e ao redor do eixo transversal, retorno da flexão ouaumenta o ângulo entre duas partes do corpo; • Abdução: realizado no plano coronal e ao redor do eixo sagital, afasta parte do corpo do plano mediano ou aumenta o ângulo entre duas partes do corpo. • Adução: realizado no plano coronal e ao redor do eixo sagital, aproxima parte do corpo do plano mediano ou diminui o ângulo entre duas partes do corpo. • Rotação: girar em torno do próprio eixo, ou seja, realizado ao redor do eixo longitudinal, podendo ser lateral ou medial; • Supinação: movimento de rotação do antebraço com o rádio girando lateralmente ao redor de seu próprio eixo; o dorso da mão fica voltado posteriormente e a palma anteriormente (posição anatômica); • Pronação: movimento de rotação do antebraço com o rádio girando medialmente ao redor de seu próprio eixo; o dorso da mão fica voltado anteriormente e a palma posteriormente; • Eversão: movimento realizado na articulação talocalcânea, afastando a planta do pé do plano mediano; • Inversão: movimento realizado na articulação talocalcânea, aproximando a planta do pé do plano mediano; • Oposição ou oponência: dirigir a polpa do polegar (primeiro dedo) em direção à polpa do dedo mínimo (quinto dedo); • Reposição: é o retorno do polegar à posição anatômica;. • Elevação: levantar uma parte do corpo; • Depressão (abaixamento): abaixar uma parte do corpo; • Protrusão: movimento realizado para frente; • Retrusão: movimento realizado para trás; • Circundação: movimento circular combinado (flexão-abdução-extensão-adução) que descreve um cone cujo ápice é o centro da articulação. Sistema Ósseo Os ossos são órgãos vivos que se danificam quando lesados, sangram quando fraturados, remodelam- se em relação às forças exercidas sobre eles e mudam com a idade. Como outros órgãos, os ossos têm vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos. Podem se tornar infectados. Ossos não usados, como em um membro paralisado, atrofiam. É o conjunto de ossos e cartilagens que constituem a estrutura do corpo humano. Divisão do Esqueleto: Esqueleto Axial - Composta pelos ossos do crânio, coluna e gradil costal. Esqueleto Apendicular - Composta pelos membros superiores e inferiores. A união do esqueleto axial com o apendicular se faz por meio dos cíngulos escapular (clavícula e escápula) e pélvico (ossos do quadril). Os cíngulos são considerados parte do esqueleto axial. Funções do Esqueleto Proteçao Sustentação Locomoção Reservatório de íons- (Homeostase mineral) Hematopoiese- (Produção de células sanguíneas) Locais de hematopoiese no adulto Epífises Calota Craniana Corpos Vertebrais Esterno Crista Ilíaca Locais de punção no adulto Esterno Crista Ilíaca Classificação dos ossos quanto a forma Ossos longos São tubulares. (altura >espessura) Ex : úmero, fêmur, tíbia, fíbula,rádio, falanges, metatarsos, metacarpos, ulna. As extremidades são chamadas de epífises e o corpo diáfise. Metáfise – placa do crescimento. Região que desaparece quando o indivíduo completa o crescimento. Divisão - Osso compacto, osso esponjoso( onde ficam as células que fazem hematopoiese) e a cavidade medular Link aqui Medula ossea rubra(ativa) ou flava (inativa). Ossos planos Normalmente têm funções protetoras. São ossos de espessura fina. Ex : ossos da calota craniana, escápula, quadril Ossos curtos Têm a forma cuboide ,isto é, as três dimensões equivalentes. São encontrados apenas no tornozelo (tarso) e no pulso (carpo). Ossos pneumáticos Ossos que possuem cavidades (seios).Equilibram a pressão do crânio. Etimoide , esfenoide, frontal e maxilar. (temporal é controverso) Sinusite é inflamação da mucosa dos ossos pneumáticos. Ossos irregulares Possuem formas que não se enquadram em nenhuma classificação. Ex : vértebra. Ossos sesamóides São ossos envolvidos por um tendão. Ex : patela. Ossos extra-numerários Podem ser classificados como variação ou anomalia (monstruosidade não). Exemplo : osso intersutural, costela cervical. Configuração interna dos ossos Todos os ossos tem uma fina lâmina superficial de osso compacto em torno de uma massa central de osso esponjoso, exceto onde o último é substituído por uma cavidade medular. A medula óssea preenche as cavidades de alguns ossos. É constituída de um rede, em forma de treliça, de tecido conjuntivo, contendo fibras ramificadas e preenchida por células medulares. Apresenta-se de dois tipos, amarela e vermelha. A medula amarela ou flava é encontrada em cavidades grandes de ossos grandes e consiste em sua grande maioria de células adiposas e umas poucas células sangüíneas primitivas. A medula vermelha ou rubra é um tecido hematopoiético e é o sítio de produção de eritrócitos e leucócitos. O Periósteo é uma membrana de tecido conjuntivo denso que reveste a superfície externa da diáfise. Protege o osso e serve como ponto de fixação para os músculos e contém vasos sanguíneos que nutrem o osso subjacente. Trauma a um osso Para a fratura cicatrizar adequadamente, as extremidades quebradas precisam ser aproximadas de sua posição original. Isto é chamado de redução de uma fratura. Os fibroblastos (células do tec. conjuntivo) adjacentes se proliferam e secretam colágeno que forma um colar de calo para manter os ossos juntos. O osso se remodela e o calo se calcifica ao redor da fratura. Punção do esterno O exame de medula óssea fornece valiosas informações sobre doenças hematológicas. O esterno é comumente usado para coleta de medula óssea devido à sua facilidade de acesso. Uma agulha grossa é inserida através do fino osso do esterno, até o osso esponjoso, e uma amostra de medula vermelha é aspirada com uma seringa para exame em laboratório. Coluna Vertebral A coluna vertebral é o conjunto de ossos articulados (vértebras) que formam o eixo de sustentação do corpo com funções de sustentação, proteção, locomoção, postura, hematopoética e de reserva de íons. Regiões Formada pelas vértebras ( 33 ossos irregulares), é dividida em 5 regiões. Cervical – sustenta o crânio e possui 7 vértebras Torácica- base para o gradil costal e possui 12 vértebras. Lombar – com 5 vértebras Sacral – com 5 vértebras fusionadas. Cóccix – com 4 vértebras fusionadas. Curvaturas da coluna vertebral A- Feto e recém-nascido possuem apenas uma curvatura com concavidade anterior e convexidade posterior ( posição fetal) B – Quando possui a capacidade de sustentar a cabeça (3 ou 4 meses) , faz a curvatura cervical com convexidade anterior e concavidade posterior. C- Ao conseguir ficar de pé apresenta inversão na curvatura lombar (convexidade anterior e concavidade posterior) Curvatura primária é aquela que mantém a orientação da curvatura do recém nascido. É a curvatura definitivas das regiões: torácica, sacral e coccígea. Curvatura secundária é aquela que inverte a orientação da curvatura da coluna do recém nascido. É a curvatura definitiva da região cervical e lombar. Curvaturas patológicas da coluna vertebral. São exarcebações das curvaturas normais. A Cifose é a exarcebação das primárias como a torácica (corcunda) . A Lordose é a exarcebação das secundárias, geralmente a lombar. A Escoliose é a exarcebação da curvatura lateral, geralmentepor mal hábito postural ficando um ombro mais alto que o outro. Cifo-escoliose é a associação das duas patologias. Hérnia de disco O disco intervertebral é composto por um núcleo, que chamamos de núcleo pulposo e por um disco de fibrocartilagem que o circunda, chamado de anel fibroso. Tanto o núcleo quanto o anel podem escorregar para fora de seus limites normais. Esta protusão caracteriza a hérnia de disco. Características gerais das vértebras Corpo vertebral na parte anterior Arco vertebral formado por 2 pedículos e 2 lâminas. Forame vertebral. Processos – 4 articulares , 2 transversos, 1 espinhoso. Incisuras superior e inferior. O conjunto de todos os forames forma o canal vertebral por onde passa a medula espinhal. A incisura superior juntamente com a incisura inferior da vértebra suprajacente formam o forame intervertebral por onde passam os nervos espinhais. Características das vértebras por região. Vértebra cervical típica Possuem um corpo pequeno em forma de feijão exceto a primeira e a segunda vértebra. Em geral apresentam processo espinhoso bífido e horizontalizado. Processos transversos possuem forames transversários (passagem de artérias e veias vertebrais). Vértebras cervicais atípicas Atlas – C1 – Não possui corpo. Só tem o arco. Possui fóvea articular superior (para o occipital) e inferior (para o Axis). Axis - C2 – Possui corpo com proeminência chamada “dente do axis” ou processo odontoide. Seu processo espinhoso é curto e bífido. Proeminente – C7 – Possui processo espinhoso não bifurcado, horizontalizado, palpável e grande. Vértebra Torácica Articulam-se com as costelas e têm processo espinhoso longo e horizontalizado. O corpo vertebral é quase triangular, em forma de coração. Possui seis fóveas costais, três de cada lado (superiores, inferiores e transversais). A cabeça da costela se articula com a junção da fóvea costal superior de uma vértebra com a fóvea costal inferior da vértebra suprajacente. O colo se liga à fóvea transversal que se localiza no processo transverso. Vértebra Lombar Possuem corpo vertebral grande e riniforme (em forma de rim). Possui dois processos para ligação com músculos: Processo mamilar – grande, entre o espinhoso e o transverso. Processo acessório – pequeno, entre o mamilar e o transverso. As 5 cristas sacrais são formadas pelo fusionamento das vértebras : Mediana – fusionamento dos processos espinhosos. Intermédia – fusionamento dos processos mamilares. Lateral – fusionamento dos processos transversos. Ver link Articulações Sacro-ilíacas Vértebras Sacrais O sacro tem por função transmitir o peso que a coluna suporta para a pelve e as pernas. São 5 vértebras fusionadas sendo a face anterior côncava e lisa e a face posterior convexa e irregular apresentando 5 cristas. A base, formada pela face superior de S1, articula-se com os processos articulares inferiores de L5 e possui o promontório sacral, importante ponto de referência obstétrico, que apresenta ao seu lado as asas laterais do sacro. O ápice é a extremidade delgada inferior que se articula com o cóccix. Há 4 ou 5 pares de forames sacrais (ventrais e dorsais) por onde passam os nervos da pelve. O canal sacral, por onde passa a calda equina, é a continuação do canal vertebral até o hiato sacral (onde não há processo espinhoso na última ou nas duas últimas vértebras). As vértebras coccígeas , 4 fusionadas,têm pouca importância funcional sendo resquícios de uma calda. Resumo de vértebras típicas Cervicais Torácicas Lombares Corpo Vertebral Retangular Cordiforme Riniforme Forame Vertebral Largo e triangular Estreito e circular Intermediário e triangular Processo Espinhoso Horizontalizados, curtos e bífidos Verticalizados e longos Curto , forte e espesso (em forma de machadinha) Processo Transverso Com forame transversário Longos , fortes e com fóvea costal Longos e delgados e com processos acessório . Gradil Costal Os ossos do tórax formam uma verdadeira caixa, chamada de gradil costal, que protege as vísceras torácicas e algumas abdominais. Além das funções gerais dos ossos, esta estrutura é especializada para a função respiratória. A abertura superior do tórax permite que as diversas estruturas do pescoço ganhem a cavidade torácica e a abertura inferior é fechada pelo diafragma. O tórax é constituído: - posteriormente pelas 12 vértebras torácicas - anteriormente pelo osso esterno - lateralmente por 12 pares de costelas e cartilagens costais associadas. Esterno É um osso chato, plano e ímpar. É um importante osso hematopoiético. Articula-se com as clavículas e com as cartilagens das 7 primeiras costelas. Constituído por 3 partes: manúbrio, corpo e processo xifóide. Manúbrio Tem um formato de trapézio. Possui: - Uma face anterior, que também pode ser chamada de face externa ou face peitoral. Essa face é bastante lisa e levemente convexa - Uma face posterior, que também pode ser chamada de face interna ou pleural. Ela é côncava e lisa. - Uma borda superior onde encontramos a Incisura Jugular e as Incisuras Claviculares (articulação esterno-clavicular- sinovial selar) - Duas bordas laterais, onde cada borda possui uma incisura para a articulação da 1º costela(sincondrose costo-esternal) e outra incisura para a metade da articulação da 2º costela (sinovial plana). - Uma borda inferior, que se articula com o corpo do esterno. Essa articulação é chamada de sínfise manúbrioesternal e forma um ângulo, o Ângulo esternal ou Ângulo de Louis. Seguir o link Articulações da parede torácica. Corpo do Esterno É a maior parte do osso esterno, tem formato alongado e possuí varias incisuras laterais para as articulações com as costelas. Possui: - Uma face anterior ou que é levemente convexa. - Uma face posterior, que também pode ser chamada de face interna ou pleural, côncava e lisa. - Uma borda superior que se articula com o manúbrio, é a sínfise manúbrioesternal. - Uma borda inferior que se articula com o processo xifóide, é a sincondrose xifo-esternal. - Duas bordas laterais que possuem as incisuras costais para articular o esterno às cartilagens costais (2ª à 7ª) .Articulações sinoviais planas. Processo Xifóide É a menor das 3 porções do esterno, alem de ser bastante delgado. Articula-se com o processo xifóide, é a sincondrose xifo-esternal. Costelas As costelas são em número de 12 pares. São ossos alongados, em forma de semi-arcos, ligando as vértebras torácicas ao esterno. Classificação: 7 Pares Verdadeiras: Articulam-se com o esterno através das cartilagens costais. 3 Pares Falsas Propriamente Ditas: Suas cartilagens se aderem às cartilagens das costelas suprajacentes. 2 Pares Falsas Flutuantes: São livres 1ª Costela e 2ª costelas Face Superior Sulco Ventral - passagem da veia subclávia Tubérculo Escaleno - Inserção do músculo escaleno anterior Sulco Dorsal - passagem da artéria subclávia Tubérculo do Músculo Escaleno Médio Tuberosidade do músculo Serrátil Anterior 2ª a 12ª Costelas Extremidade Posterior Cabeça da Costela - Parte da costela que articula-se com a coluna vertebral (vértebras torácicas) Fóvea da Cabeça da Costela Coloda Costela - Porção achatada que se estende lateralmente à cabeça Tubérculo da Costela - Eminência na face posterior da junção do colo com o corpo Fóvea do Tubérculo da Costela Ângulo Costal Extremidade anterior A extremidade anterior ou esternal é achatada, e apresenta uma porosa depressão, oval côncava, na qual a cartilagem costal é recebida. Corpo (Diáfise) Face Externa Face Interna Borda Superior Borda Inferior Sulco Costal onde passa o plexo intercostal. Articulações das costelas Com a coluna vertebral há duas articulações sinoviais planas com as fóveas costais. Com as cartilagens costais articulações costocondrais. Sistema Articular Articulações ou junturas são as uniões funcionais entre os diferentes ossos do esqueleto. 1. Classificação funcional – de acordo com o grau de mobilidade. Sinartroses – Imóveis, comuns no esqueleto axial. Ex: Suturas no crânio Anfiartroses – Pouco móveis, comuns no esqueleto axial. Ex. Entre os corpos vertebrais. Diartroses – Bastante móveis, comuns no esqueleto apendicular. Ex. Ombro. 2. Classificação estrutural – de acordo com o tecido ou cavidade. Fibrosas – junções por fibras Cartilaginosas – junções por cartilagens Sinoviais – junções por cápsulas e ligamentos. Articulações Fibrosas Nestas articulações, o elemento que se interpõe às peças que se articulam é o tecido conjuntivo fibroso. Funcionalmente, permitem pouco ou nenhum movimento (sinartrose ou anfiartrose) e o grau de mobilidade depende do comprimento das fibras interpostas. Existem três tipos de articulações fibrosas: Sutura= Suturas dos ossos do crânio, onde existe uma fina camada de tecido conjuntivo fibroso denso; as margens são irregulares conferindo adesão adicional e evitando fraturas. Como é imóvel, é classificada funcionalmente como sinartrose (imóvel). Sindesmose = Quando o espaço entre os ossos que se articulam e a quantidade de tecido conjuntivo denso são maiores, e permitem um algum movimento, sendo classificada funcionalmente como uma anfiartrose (pouco móvel). Dois únicos exemplos: Art. Tibio-fibular (porção distal), Art. Radio-ulnar (porção média). Gonfose= É uma art. fibrosa, na qual um pino de forma cônica ajusta-se a um encaixe. O único exemplo são as art. das raízes dos dentes com encaixes dos processos alveolares das maxilas e da mandíbula. É classificada funcionalmente como uma sinartrose (imóvel). Obs: Alguns autores acrescentam Esquindilese como sendo uma articulação fibrosa em que uma lâmina fina de osso se insere na cavidade ou fissura de outro. Ex : art. entre o Etmoide e o Vomer .( no crânio) 2- Articulações Cartilaginosas Nas articulações cartilaginosas o tecido que se interpõe é a cartilagem. Quando a cartilagem é hialina, temos as sincondroses. Quando a cartilagem é fibrosa, temos as sínfises. Em ambas a mobilidade é reduzida. Funcionalmente, permitem pouco ou nenhum movimento (sinartrose ou anfiartrose), assim como as art. fibrosas. Podem sofrer sinostose que é a fusão de dois ou mais ossos. Ex: As Articulações Xifo-esternal (sincondrose) e Manúbrio-esternal (sínfise) se fundem em pessoas idosas. Há dois tipos: Sincondrose (primárias)- são unidas por cartilagem hialina, que permitem uma leve flexão (segundo o Moore) no início da vida. Um exemplo é a lâmina epifisal que une a epífise à diáfise de um osso longo em crescimento no sentido do crescimento. Funcionalmente, é considerada uma sinartrose apesar de ser levemente móvel. Quando o crescimento cessa, esta cartilagem hialina é substituída por osso quando as epífises se fundem com as diáfises. Muitas sincondroses são articulações temporárias, com a cartilagem sendo substituída por osso com o passar do tempo (isso ocorre em ossos longos e entre alguns ossos do crânio). Exemplos: As sincondroses são raras e o exemplo mais típico é a sincondrose esfeno-occipital que pode ser visualizada na base do crânio. As articulações entre as dez primeiras costelas e as cartilagens costais (costocondrais), são sincondroses permanentes. A articulação xifo-esternal; 2-Sínfise (secundárias)- são articulações fortes, ligeiramente móveis e unidas por fibrocartilagens. Funcionalmente são anfiartroses, ou seja, levemente móveis. Exemplos: A sínfise púbica. As articulações que se fazem entre os corpos das vértebras podem ser consideradas como sínfise, uma vez que se interpõe entre eles um disco de fibrocartilagem - o disco intervertebral. A articulação Manúbrio-esternal. 3- Articulações Sinoviais São articulações de maior mobilidade, envolvidas por uma cápsula que se estende sobre uma cavidade articular que contém um líquido lubrificante (sinovial). Geralmente apresentam movimento livres e são classificadas funcionalmente como diartroses. Algumas articulações sinoviais possuem um disco articular de fibrocartilagem. Características das Articulações Sinoviais Possuem sempre algumas das características abaixo: Superfícies ósseas articulares = são os pontos de contatos entre as extremidades que se articulam. Cartilagem articular = é a cartilagem hialina que reveste as superfícies ósseas articulares, tornando- as lisas, polidas e esbranquiçadas. Em caso de lesão ela não se regenera causando a artrose. Cápsula articular = a cápsula articular é uma membrana conjuntiva que envolve a articulação sinovial como um manguito. Apresenta-se com duas camadas: a membrana fibrosa (externa) e a membrana sinovial (interna). A primeira é mais resistente e pode estar reforçada, em alguns pontos, por ligamentos, destinados a aumentar sua resistência. Em muitas articulações sinoviais, todavia, existem ligamentos independentes da cápsula articular e em algumas, como na do joelho, aparecem também ligamentos intra-articulares. Membrana sinovial = é um tecido conjuntivo vascularizado que forra a superfície interna da cápsula articular, mas não reveste a cartilagem articular. É responsável pela produção do líquido sinovial que lubrifica a articulação e nutre a cartilagem articular. Ligamentos = São feixes fibrosos que reforçam em alguns pontos a porção fibrosa ou externa da cápsula articular. Os ligamentos e a cápsula articular têm por finalidade manter a união entre os ossos, mas, além disto, impedem os movimentos indesejados e limitam a amplitude dos movimentos normais. Lábio articular = fibrocartilagem que se dispõe no contorno de uma cavidade, como se fosse a moldura de um quadro, permitindo um melhor ajuste ósseo. Só encontramos lábio articular nas articulações escapulo-umeral (do ombro) e na coxofemoral (do quadril). Menisco = é uma estrutura fibrocartilaginosa, com formato semilunar que age como estabilizador absorvendo choques. Também facilita a lubrificação da articulação e a nutrição da cartilagem articular devido ao fato dele permitir melhor distribuição do líquido sinovial. É encontrado apenas no joelho e quando lesado não se regenera. Disco = é uma estrutura fibrocartilaginosa, de forma circular, muito semelhante ao menisco, que serve para melhor adaptação das estruturas que se articulam, mas também funciona como amortecedor destinado a receber violentas pressões. Encontramos exemplo na art. esterno-clavicular e na art. têmporo-mandibular. Classificação funcional das Articulações Sinoviais O movimento nas articulações depende, essencialmente, da forma das superfícies que entram em contato e dos meios de união que podem limitá-lo. Na dependência destes fatores, as articulações sinoviais podem realizar movimentos em torno de nenhum, um, dois ou três eixos.Sendo assim, as articulações sinoviais podem ser classificadas funcionalmente quanto ao tipo de movimento: Não axiais – Quando apresenta apenas um pequeno movimento de deslizamento. Ex: Plana. Uniaxiais- Quando uma articulação realiza apenas movimentos em torno de um eixo (um só grau de liberdade). Ex: Trocoide, Gínglimo. Biaxiais- Quando uma articulação realiza movimentos em torno de dois eixos (dois graus de liberdade). Ex: Condilar, Selar. Triaxiais- Quando uma articulação realiza movimentos em torno de três eixos (três graus de liberdade). Ex: Esferoides. (Atenção: Segundo o Moore as sinoviais esferoides são multiaxiais) As articulações que só permitem deslizamento são as não axiais; as que permitem flexão e extensão, como a do cotovelo, são mono-axiais; aquelas que realizam extensão, flexão, adução e abdução, como a radio-cárpica (articulação do punho), são biaxiais; finalmente, as que além de flexão, extensão, abdução e adução, permitem também a rotação, são ditas tri-axiais, cujos exemplos típicos são as articulações do ombro e do quadril. Obs.: O movimento de circundação é o resultado do movimento combinatório que inclui a adução, extensão, abdução, flexão e rotação. Neste tipo de movimento, a extremidade distal do segmento descreve um círculo e o corpo do segmento, um cone, cujo vértice é representado pela articulação que se movimenta. Classificação morfológica das Articulações Sinoviais Tipos morfológicos de articulações sinoviais: 0- Planas, onde as faces articulares dos ossos são planas ou levemente curvas. É uma articulação uniaxial, permite movimentos curtos de deslizamento entre os ossos. (Moore) Exemplos: Articulação Acromioclavicular. Articulação entre a patela e o fêmur. 1- Esferoides, onde face articular esférica encaixa-se em uma depressão semelhante de outro osso. É uma articulação multiaxial (Moore!) que se move em vários eixos, faz movimentos de flexão / extensão, adução / abdução, rotação interna / rotação externa, circundação, rotação medial e lateral. (Moore) Exemplos: As articulações escapulo-umeral (do ombro) e na coxofemoral (do quadril). 2- Condilar, onde a depressão oval convexa de um osso encaixa-se na depressão oval côncava de outro osso. É uma articulação biaxial, possibilitando movimento ao redor de dois eixos em ângulo reto (flexão- extensão, abdução-adução mas não a rotação). (Estranhamente, o Moore inclui circundação também o que teria que incluir obrigatoriamente a rotação) Exemplos: As articulações do joelho e a Temporomandibular (Segundo o prof. Afonso. Segundo o Moore é gínglimo modificada). As articulações radiocarpais, do punho e as metacarpofalângicas, do segundo ao quinto dedos. 3- Selar, a face articular de um osso tem o formato de sela e a do outro se encaixa nesta sela. Superfície côncava em uma direção e convexa em outra, com encaixe recíproco. É uma articulação biaxial, realiza movimentos de flexão / extensão e adução / abdução. (Moore) Exemplos: Articulação carpo-metacarpo do polegar, entre o polegar (metacarpo) e o trapézio (osso do carpo), permite movimentos de um lado para outro e para cima e para baixo. Esterno-clavicular (entre o manúbrio e a clavícula). 4- Gínglimo, onde a face convexa e cilíndrica de um osso encaixa-se na face côncava e cilíndrica de outro. É uma articulação mono-axial (ou uniaxial), tipo dobradiça, permite apenas os movimentos de flexão / extensão Exemplos: As art. dos joelhos, cotovelos (úmero-ulnar), tornozelos e entre as falanges são exemplos. 5- Trocoideas, onde a art. se faz entre uma superfície pontiaguda ou arredondada de um osso com um anel formado parcialmente por outro osso e parcialmente por um ligamento; permite a rotação em torno de seu próprio eixo longitudinal. É uma articulação mono-axial (ou uniaxial). Exemplos: Articulação atlanto-axial, entre o atlas e o axis, permitindo virar a cabeça de um lado para o outro. Articulação rádio-ulnar, permitindo virar as palmas das mãos para frente e para trás. Algumas articulações notáveis Articulações da parede torácica Articulações costocondrais São articulações de cartilagem hialina. (cartilaginosa primária), portanto, são cartilaginosas do tipo sincondroses. Articulações da mão Interfalângicas – Sinoviais Gínglimo Metacarpofalângicas – Sinoviais Condilares Carpometacarpais e Intercarpais – Sinoviais Planas com exceção da Carpometacarpal do polegar que é uma Sinovial Selar. Radiocarpal – Sinovial Condilar (Moore) Articulações entre os arcos vertebrais Também chamada de articulação zigapofisária. Zigo= união de dois. Apófise = projeção óssea (Zigo+Apófise) Projeção óssea com a função de articular. Apófises Articulares: São articulações sinoviais planas entre os processos articulares superiores e inferior de vértebras adjacentes. Articulações dos corpos vertebrais Articulações Cartilaginosas do tipo Sínfise (secundárias) Apresentam discos intervertebrais e ligamentos. Os discos intervertebrais são formados por anel fibroso e um núcleo pulposo. Não existem discos intervertebrais entre C1 e C2 e o mais inferior está entre L5 e S1. (Obs : alguns autores informam a existência de um disco intervertebral entre o sacro e o cóccix ) Os ligamentos mais importantes são o ligamento longitudinal anterior (uma forte faixa fibrosa larga que conecta as faces anterolaterais dos corpos vertebrais) e o ligamento longitudinal posterior (uma faixa mais estreita que corre dentro do canal vertebral ao longo da face posterior dos corpos vertebrais). As Articulações Lombossacrais são as articulações entre a 5ª vértebra lombar e o osso sacro. Como as demais vertebras, seus corpos são unidos por sínfise, incluindo um disco intervertebral. Articulações atlantoaxiais (C1-C2) São três articulações sinoviais entre o atlas e o axis: Duas laterais Uma mediana Articulações laterais: entre as faces articulares inferiores das massas laterais de C1 e as faces articulares dos processos articulares superiores de C2. Sinoviais Planas (deslizantes). Articulação mediana: entre o dente de C2 e o arco anterior de C1. Sinovial do tipo trocoide (em pivô). Durante o movimento de rotação da cabeça de um lado para o outro, o crânio e C1 rodam como uma unidade sobre C2. Articulações atlantocciptais (C0-C1) São articulações entre as massas laterais do atlas e os côndilos occipitais. São articulações sinoviais do tipo condilar. Essa articulação é reforçada pelos ligamentos: Transverso do atlas (mantém o dente de C2 – o axis- contra o arco anterior de C1 – o atlas), e os alares (fixam o crânio à vértebra C1, controlam os movimentos de rotação e inclinação lateral da cabeça). Articulações sacro ilíacas São fortes articulações sinoviais. (Moore) A articulação sacro ilíaca é do tipo sinovial plana (só deslizamentos) em sua porção anterior e ligamentar em sua porção posterior. É responsável pela transmissão de forças do tronco para os membros inferiores e, através dos tecidos moles que a envolvem, permite a estabilidade do anel pélvico. Junto com a sínfise púbica, formam o anel pélvico. Articulações costovertebrais Uma costela articula-se com a coluna vertebral de duas maneiras: ambas sinoviais planas. Articulação da cabeça da costela. Entre a cabeça da costela e a fóvea costal superiordo corpo de sua vértebra correspondente com a fóvea costal inferior do corpo da vértebra superior a ela. Também participa o disco intervertebral. Articulações costotransversárias. Entre o tubérculo da costela com o processo transverso da vértebra correspondente. Articulação Temporomandibular É uma articulação sinovial do tipo gínglimo modificada (Moore), Condilar (prof. Afonso) As faces articulares envolvidas são o côndilo da mandíbula, tubérculo articular do temporal, e a fossa da mandíbula. Um disco articular divide a articulação em dois compartimentos separados: os movimentos de protrusão e retrusão ocorrem no compartimento superior e os de dobradiça ocorrem no compartimento inferior. O ligamento lateral reforça a articulação lateralmente. Articulações Tibiofibulares A Tíbia e a Fíbula estão conectadas por duas articulações: (Moore) A proximal é do tipo Sinovial Plana. Sua cápsula é reforçada pelos ligamentos Anterior e Posterior. A distal é do tipo Sindesmose. “Além disso, uma membrana interóssea une os corpos dos dois ossos”. (Moore) Atenção: O Moore não considera a membrana interóssea como sendo uma terceira articulação do tipo sindesmose Articulação Talocrural É uma articulação sinovial do tipo gínglimo. (Moore) Entre as extremidades distais da fíbula e da tíbia e a parte superior do talus. A cápsula fibrosa é fina, porém é sustentada de cada lado por fortes ligamentos colaterais. (Moore) Articulação do Joelho O joelho é primariamente uma articulação sinovial do tipo gínglimo a qual permite flexão e extensão. (Moore) . É uma articulação composta de três articulações: Duas articulações sinoviais condilares entre os côndilos do fêmur e os da tíbia (femorotibiais). Uma articulação sinovial plana entre a patela e o fêmur (patelofemoral) Obs.: Pode ocorrer rotação da perna em volta do seu eixo longitudinal de maneira interna ou externa. A rotação interna leva a ponta do pé para dentro. A rotação externa leva a ponta do pé para fora. Ligamentos extra capsulares da articulação do joelho Ligamento patelar - é constituído pelas fibras do tendão do músculo quadríceps. Tem inserção na patela e tuberosidade anterior da tíbia; Ligamento colateral tibial - apresenta a forma de uma lâmina fibrosa, mais larga superiormente que inferiormente. Este ligamento é mais importante que o LCL, no que diz respeito à estabilidade do joelho. Está inserido no menisco medial; Ligamento colateral Fibular - é muito mais estreito que o LCM. Estende-se para baixo, a partir do epicôndilo lateral do fêmur até à cabeça da fíbula; Ligamento poplíteo oblíquo - é uma extensão do tendão do músculo sem membranoso. Reforça a articulação do joelho, posteriormente. Ligamento poplíteo arqueado - é um reforço ligamentoso da fáscia do semimembranoso, que se posiciona em "arco", estendendo-se do côndilo lateral do fêmur até a tíbia. Também executa a função de reforçar a cápsula fibrosa, na parte posterior do joelho. Ligamentos intracapsulares da articulação do joelho Ligamento cruzado anterior - tem origem na parte anterior da área intercondilar da tíbia, daí se dirige para cima, para trás e lateralmente, inserindo-se na face medial do côndilo lateral do fêmur. Tem como função impedir o deslocamento posterior do fêmur sobre a tíbia e a hiperflexão do joelho; Ligamento cruzado posterior - é o mais resistente dos dois ligamentos cruzados, tem sua origem na parte posterior da área intercondilar da tíbia, daí se dirige para face lateral do côndilo medial do fêmur. Tem como função impedir o deslocamento anterior do fêmur sobre a tíbia ou a "luxação" posterior da tíbia; Os meniscos - são fibrocartilagens que repousam sobre as superfícies articulares da tíbia. Cada joelho possui um par de meniscos, um para cada superfície articular da tíbia (medial e lateral). Articulação radio-ulnar No conjunto, é uma articulação sinovial do tipo trocoide, pois realiza o movimento de rotação (pronação / supinação) no seu eixo vertical. É formada por duas articulações: (Moore) a) Articulação rádio-ulnar proximal- sinovial trocoide b) Articulação rádio-ulnar distal- sinovial trocoide Atenção: O Moore não menciona a membrana interóssea como sendo uma terceira articulação do tipo sindesmose c) Articulação rádio-ulnar média- Sindesmose.( Para outros autores) a) Articulação rádio-ulnar proximal = ocorre entre a circunferência da cabeça do rádio e a incisura radial da ulna, sendo reforçada pelo ligamento anular. É do tipo sinovial trocoide reforçada pelo ligamento Anular. (Moore) Ligamento Anular - É um forte feixe de fibras que envolvem a cabeça do rádio, mantendo-a em contato com a incisura radial da ulna. b) Articulação rádio-ulnar distal = ocorre entre a incisura ulnar do rádio e a cabeça da ulna. A articulação é uma sinovial trocoide. Possui um disco articular e os ligamentos Anterior e Posterior. (Moore) c) Articulação rádio-ulnar média = As margens interósseas do rádio e da ulna são unidas pela membrana interóssea. Por isso essa articulação medial é também considerada fibrosa do tipo sindesmose. (Outros autores) Articulações do pé Talonavicular sinovial esferoide. Metatarsofalângicas sinoviais condilares. Interfalângicas sinoviais do tipo gínglimo. As demais são sinoviais planas. (Moore) Resumo de articulações Articulações do crânio Fibrosas Sutura coronal (tipo Sutura Serrátil) Sutura sagital (tipo Sutura Serrátil) Sutura lambdóidea (tipo Sutura Serrátil) Sutura escamosa (tipo Sutura escamosa) Sutura internasal (tipo Sutura plana) Sutura intermaxilar (tipo Sutura plana) Entre dentes e os Proc. alveolares (Tipo gonfose) Cartilaginosas Esfenoccipital (Tipo Sincondrose) Sinoviais Temporomandibular (ATM) - (Sinovial Gínglimo modificada) (Moore), Condilar (segundo Prof. Afonso) Articulações da coluna vertebral Fibrosas Cartilaginosas Entre os corpos vertebrais – (Tipo Sínfise- com disco intervertebral) Lombossacral – (entre os corpos vertebrais) Sínfise- com disco intervertebral) Sacrococcígea– (Tipo Sínfise- com disco intervertebral) Sinoviais Atlanto-axiais (C1-C2) – As duas laterais são Sinoviais Planas Atlanto-axial (C1-C2) – A medial é Sinovial Trocoide Entre os proc. articulares dos arcos vertebrais – (Sinovial Plana-zigapofisária) Lombossacral (entre os processos art. superiores do sacro e L5) – (Sinovial Plana- zigapofisária) Atlanto-occipital – (Sinovial Condilar) Sacro-ilíaca – (Sinovial plana) Articulações do membro superior Fibrosas Rádio-ulnar medial– (Tipo Sindesmose) (o Moore não considera) Cartilaginosas Sinoviais Acromioclavicular - (Sinovial plana) Escapulo-umeral – (ombro) (Sinovial esferoide) Umeroulnar (cotovelo) (Sinovial gínglimo) Rádio-ulnar proximal e distal (Sinovial trocoide) Radiocarpal (Sinovial condilar) Carpometacarpal do polegar (Sinovial selar) Metacarpofalângicas (Sinoviais condilares) Interfalângicas da mão (Sinoviais gínglimo) Articulações do membro inferior Fibrosas Fíbulo-tibial distal– (Tipo Sindesmose) Cartilaginosas Sínfise púbica Sinoviais Fíbulo-tibial proximal– (Sinovial plana) Sacroilíaca (Sinovial plana) Coxofemoral (quadril) (Sinovial esferoide) Joelho (Sinovial gínglimo) (Moore) Talocrural (Tornozelo) (Sinovial gínglimo)Talocalcânea (Sinovial plana) Metatarsofalângicas (Sinoviais Condilares) Interfalângicas do pé (Sinoviais gínglimo) Articulações da parede torácica Fibrosas Cartilaginosas Manúbrio-esternal – Sínfise Costo-esternal – Sincondrose Xifo-esternal – Sincondrose Costo-condral - Sincondrose Sinoviais Esterno-clavicular – Sinovial Selar Costo-esternal – Sinovial plana Intercondrais - Sinovial plana Sistema Muscular Músculos Estriados Esqueléticos: Contraem-se por influência da nossa vontade, ou seja, são voluntários. O tecido muscular esquelético é chamado de estriado porque faixas alternadas claras e escuras (estriações) podem ser vistas no microscópio óptico. Uma categoria especial de músculos é a dos músculos cuticulares que tem pelo menos um de seus pontos de fixação na pele. Ex: músculos da mímica. Músculo Estriado Cardíaco: É um músculo estriado, porém involuntário. Ex : miocárdio. Músculos Lisos: Localizado nos vasos sanguíneos, vias aéreas e maioria dos órgãos da cavidade abdômino-pélvica. Ação involuntária controlada pelo sistema nervoso autônomo. Tórax O tórax se localiza na região superior do tronco, é definido anteriormente pelo osso esterno, lateralmente pelas costelas e posteriormente pela coluna vertebral. A parede torácica é formada pela caixa torácica e pela sua cobertura composta de pele, fáscia e músculos. Suas funções mais importantes são proteger o conteúdo da cavidade torácica e participar mecanicamente da respiração em conjunto com o diafragma e os músculos da parede abdominal. Músculos relacionados ao membro superior Músculos relacionados à respiração Peitoral Maior Diafragma Peitoral Menor Intercostais Externos, Internos e Íntimos Serrátil Anterior Transversos do tórax Subclávio Elevadores das costelas Subcostais M. Peitoral Maior O= Face anterior da metade medial da clavícula; face anterior do esterno, cartilagens costais superiores e aponeurose do oblíquo externo I= Lábio lateral do sulco intertubercular do úmero Ação= Aduz e gira medialmente o úmero; puxa a escápula p/frente a anteriormente M. Peitoral Menor O= 3ª ,4ª e 5ª costelas I= margem medial e face superior do processo coracóide da escápula Ação= Estabiliza a escápula M. Serrátil Anterior O= Faces externas das partes laterais da 1ª a 8ª costelas I= Face anterior da margem medial da escápula Ação= Protrai (faz ir pra frente) a escápula e a mantem contra a parede torácica, gira a escápula Músculo Subclávio O =Junção da 1ª costela com sua cartilagem costal I=Face inferior do terço médio da clavícula Ação = Ancora e abaixa a clavícula Músculos do tórax relacionados à respiração Músculos Intercostais Íntimos São os menos distintos dos mm. intercostais e são mais evidentes na parede torácica lateral. As fibras têm a mesma orientação que os intercostais internos; São fixados às superfícies internas das costelas adjacentes ao longo da margem medial do sulco da costela. Músculos Intercostais Internos Inserção Superior: Borda inferior da costela suprajacente (superior) Inserção Inferior: Borda superior da costela infrajacente (inferior) Inervação: Nervos intercostais correspondentes Ação: A porção intercondral eleva as costelas (ação inspiratória) e o restante deprime (ação expiratória) Músculos Intercostais Externos Inserção Superior: Borda inferior da costela suprajacente (superior) Inserção Inferior: Borda superior da costela infrajacente (inferior) Inervação: Nervos intercostais correspondentes Ação: Elevação das costelas (ação inspiratória) Os músculos intercostais são 3 mm. planos encontrados em cada um dos espaços intercostais passando entre as costelas adjacentes. Cada músculo desse grupo é nomeado de acordo com sua posição: Os intercostais externos são os mais superficiais; Mm. intercostais íntimos são a parte mais profunda dos Mm. intercostais internos. Os músculos intercostais internos e externos se cruzam em "X". As fibras dos intercostais externos se dirigem de superior para inferior e de posterior para anterior (de cima para baixo e de dentro para fora). Já as fibras dos intercostais internos se dirigem de superior para inferior e de anterior para posterior. Músculos Subcostais Inserção Superior: Face interna da costela suprajacente Inserção Inferior: Face interna da 2ª ou 3ª costela infrajacente Inervação: Nervos intercostais correspondentes Ação: Estabilização intercostal Músculos Elevadores das Costelas Inserção Superior: Processo transverso da 7ª vértebra cervical à 11ª torácica Inserção Inferior: Face externa da 1ª à 12ª costela Inervação: Nervos intercostais correspondentes Ação: Elevação das costelas (ação inspiratória) e estabilização intercostal Os músculos levantadores das costelas só existem na região torácica. Têm origem nos processos transversos e prendem-se nas faces externas das costelas subjacentes. São doze de cada lado. Originam-se dos processos transversos das vértebras C7 a T11 e se inserem nas faces externas das costelas um nível abaixo da sua origem (elevadores curtos) ou dois níveis abaixo da sua origem (elevadores longos). Músculos Transversos do Tórax Inserção Superior: Terço inferior da face posterior do esterno, apêndice xifoide e cartilagens costais adjacentes Inserção Inferior: Face interna da 3ª à 6ª cartilagem costais Inervação: Nervos intercostais correspondentes Ação: Estabilização da parte anteroinferior do tórax. Lesões na coluna vertebral A inervação do diafragma (feita pelos dois nervos frênicos) origina-se do plexo cervical (C1,C2,C3,C4 - medula espinhal ), enquanto que os músculos intercostais e a maior parte dos músculos inspiratórios acessórios são inervados a partir de segmentos torácicos e lombares. O diafragma pode, assim, permanecer ativo mesmo quando os outros músculos estejam paralisados por secção transversa da medula espinhal a níveis torácicos superiores ou cervicais inferiores. Como o diafragma é inervado pelo frênico, lesões decorrentes de traumatismo na coluna cervical que comprometam C3 e C4 podem causar insuficiência respiratória aguda por paralisia diafragmática. Inervação do tórax Os nervos intercostais são distribuídos para as paredes do tórax e do abdomen. Existem 12 pares de ramos ventrais dos nervos torácicos, quase todos os 12 estão situados entre as costelas . O último ramo ventral dos nervos torácicos T12 recebe o nome de nervo subcostal e corre abaixo da 12ª costela. Os nervos intercostais correm pela face interna, junto a borda inferior da costela correspondente, ocupando o sulco costal, paralelamente e abaixo da veia e artéria intercostais. As fibras sensitivas dispersam-se pela região lateral e anterior do tórax, denominando-se respectivamente ramo cutâneo lateral e ramo cutâneo anterior. Respiração Músculos inspiratórios: Os principais são Diafragma e os músculos Intercostais externos. A função deles é produzir o aumento da caixa torácica. A contração do diafragma promove o descenso da parte inferior da caixa torácica, o que a expande no sentido vertical. Os intercostais externos elevam as costelas. Osacessórios são os Mm. Peitoral maior e menor, a parte inferior do M. Serrátil Anterior , o M. Serrátil Pósterosuperior e os cervicais (esternocleidomastoideo e os Mm. Escalenos escalenos) que tracionam para cima a parte anterior da caixa torácica, alterando o ângulo das costelas e alongando a espessura anteroposterior da caixa torácica. A porção intercondral dos intercostais internos também participa da inspiração. A inspiração é um fenômeno ativo de expansão da caixa torácica, decorrente fundamentalmente da contração dos músculos inspiratórios. Músculos expiratórios: Os principais são os Intercostais Internos (porção interóssea). A função deles é tracionar as costelas para baixo produzindo a diminuição da caixa torácica. Os acessórios são os Mm. Abdominais que puxam a caixa torácica para baixo reduzindo a espessura e forçam o deslocamento para cima do conteúdo abdominal, o que empurra também o diafragma para cima diminuindo o tamanho da cavidade torácica. O M. Serrátil Pósteroinferior também participa da expiração deprimindo as costelas inferiores. Normalmente a expiração é passiva e ocorre pelo relaxamento principalmente do diafragma. Músculos do dorso • Grupo Superficial (extrínsecos) • Grupo Intermediário (extrínsecos) • Grupo Profundo (Intrínsecos) • Músculos da Nuca (intrínsecos) Estratigrafia do dorso • Pele • Tela subcutânea - fáscia superficial • Fáscia profunda • Músculos extrínsecos do dorso • Fáscia toracolombar • Músculos intrínsecos do dorso • Coluna vertebral e caixa torácica M. Trapézio Extrínsecos M. Grande Dorsal Superficiais M. Levantador da escápula M. Romboide Maior Relacionados ao Membro Superior M. Romboide Menor Extrínsecos M. Serrátil póstero superior Intermediários M. Serrátil póstero inferior Relacionados com a respiração Camada Superficial M. Esplênios M. Esplênio do pescoço M. Esplênio da cabeça M. Longuíssimo Intrínsecos Camada Intermédia M. Eretor da espinha M. Iliocostal profundos ( pilares ) M. Espinal Mm Rotadores Camada Profunda M.Transverso Espinal M. Semi-espinal M. Multífido M. Oblíquo Superior da cabeça Intrínsecos M. Oblíquo Inferior da cabeça Trígono occipital da nuca M. Reto Posterior Maior da cabeça M. Reto Posterior Menor da cabeça Músculos Dorsais Extrínsecos Superficiais (Relacionados ao membro superior) Músculo Trapézio O- Linha nucal superior, ligamento nucal, protuberância occipital externa, Parte descendente – Eleva a escápula Parte transversa - Retrai a escápula Parte ascendente – Deprime a escápula Músculo Latíssimo do dorso Origem – Processos espinhosos das últimas vértebras torácicas e todas as lombares, crista do sacro, crista ilíaca e face externa das quatro últimas costelas. Inserção – Sulco intertubercular do úmero. Funcão – Estende , aduz e roda medialmente o braço Músculo Romboide Menor Funcão – Fixa a escápula à parede torácica Músculo Romboide Maior Funcão – Fixa a escápula à parede torácica Músculo Levantador da escápula Funcão – Eleva a escápula. Músculos Dorsais Extrínsecos Intermediários (Relacionados à respiração) Músculo Serrátil Póstero Superior Funcão – Eleva as costelas superiores Músculo Serrátil Póstero Inferior Funcão – Deprime as costelas inferiores Músculos Dorsais Intrínsecos Músculos do dorso propriamente ditos, estão divididos em três camadas. Músculos intrínsecos superficiais Músculo Esplênio da cabeça Músculo Esplênio do pescoço Função: Isoladamente: fletem e rodam a cabeça para o mesmo lado. Em conjunto: estendem a cabeça e o pescoço. Músculos intrínsecos intermédios (Grupo Eretores da Espinha) M. Iliocostal M. Longuíssimo M. Espinal Função dos três: Unilateral: Flete lateralmente a cabeça ou a coluna. Bilateral: estendem a cabeça e parte ou toda a coluna. Músculos intrínsecos profundos (Grupo Transverso Espinal) Mm Rotadores – Funcão – estabilizam as vértebras. M. Multífido- Funcão – estabilizam as vértebras. M. Semi-espinal Funcão – gira as vértebras contralateralmente. Trígono da ausculta É a região entre: margem superior do grande dorsal margem lateral do trapézio inferior margem medial da escápula. Ela representa uma região onde há poucos músculos que cobrem a parede posterior da caixa torácica e, portanto, é um bom lugar para ouvir sons no peito. Trígono Suboccipital Músculos da Nuca : Oblíquo superior da cabeça Oblíquo Inferior da cabeça Reto Posterior maior da cabeça Reto Posterior Menor da cabeça Rotação homolateral da cabeça. Os três primeiros formam o trígono occipital por onde passa a artéria vertebral. Trígonos Lombares Trígono Lombar Inferior Também conhecido por “trígono de Petit”, é formado por: inferiormente pela Crista ilíaca, medialmente pelo M. Grande dorsal e lateralmente pelo M. Oblíquo Externo. É mais superficial que o superior. Esse trígono tem grande importância clínica, pois ocorrem hérnias nesse lugar principalmente em recém nascidos. Estas hérnias são chamadas de "hérnias de petit" ou lombares, com tratamento cirúrgico. Trígono lombar superior Também conhecido por “trígono de Grynfeltt”, é um quadrilátero formado por: lateralmente pelo M. Oblíquo Interno, superiormente pela última costela e medialmente pelo eretor da espinha (sacro-espinhal). As hérnias que ocorrem nesse local são chamadas de hérnias de Grynfeltt. Dica em inglês para decorar os limites dos trígonos lombares Alguns músculos importantes Campos Pleuro-pulmonares A cavidade torácica se divide em: Cavidades pulmonares (duas) Mediastino Pleuras O pulmão é revestido por um saco pleural seroso composto de 2 camadas: Pleura Visceral Pleura Parietal A cavidade pleural corresponde a um espaço virtual entre as duas pleuras, parietal e visceral , e contém um líquido que lubrifica as superfícies pleurais e permite seu deslizamento suave durante a respiração. Pleura Visceral – reveste a superfície pulmonar Cobre intimamenteo pulmão e está aderida a todas as suas estruturas. Pleura Parietal - reveste as cavidades pulmonares Reveste as cavidades pulmonares e se divide em quatro partes: Costal - Cobre as superfícies internas da parede torácica. Mediastinal – Cobre as superfícies laterais do mediastino Diafragmática – Cobre a superfície do diafragma exceto nos locais em que ele se fixa (suas origens) e nos locais onde o diafragma está fundido ao pericárdio (lig. Pericardiofrênico). Cúpula pleural – Cobre o ápice do pulmão e se estende da abertura superior do tórax até a raiz do pescoço. A fáscia endotorácica é uma membrana de tecido conjuntivo fibroso situado entre a parede torácica e a pleura parietal. A fáscia frênico-pleural corresponde a uma camada fina e elástica da fáscia endotorácica que une o diafragma à pleura. A membrana supra pleural é uma porção da fáscia endotorácica que se fixa à borda interna da primeira costela e ao processo transverso da vértebra C7. Os pulmões não se estendem até os limites da cavidade pleural e, nestes pontos, formam-se os recessos pleurais, que são locais onde a pleura parietal está mais afastada da pleura visceral. Quando a pleura costal se encontra com a pleura diafragmática forma o recesso costodiafragmático (costofrênico). Quando a pleura Mediastinal se encontra com a pleura costal tanto anterior quanto posteriormente ao mediastino, forma o recesso costomediastinal, anteriormente e o recesso retro- esofágico, posteriormente. Inervação da pleura A pleura visceral é inervada pelo plexo autonômico simpático e não possui receptores de sensação dolorosa. A pleura parietal, por sua vez, é rica em terminações nervosas, sensitivas, dos nervos frênico, intercostais e ramos do plexo braquial Irrigação sanguínea e drenagem venosa da pleura O folheto parietal é irrigado pelas artérias da parede torácica: AA. Intercostais, A. Torácica interna, AA. Pericardiofrênicas, AA. Frênicas Superiores e AA. Musculofrênicas. O retorno venoso, feito pelas VV. Ázigos, Hemiázigos e VV. Torácicas Internas. O folheto visceral tem irrigação proveniente das artérias pulmonares e de ramos das artérias brônquicas e retorno venoso feito pelas veias pulmonares e pelas veias brônquicas. Pneumotórax, Hidrotórax e Hemotórax Pneumotórax é a entrada de ar na cavidade pleural que resulta em colapso do pulmão. Pode ser resultado de um ferimento penetrante na pleura parietal ou do rompimento de um pulmão provocado por uma bala, por exemplo , ou ainda devido a fraturas nas costelas. Hidrotórax é o acúmulo de quantidade significativa de líquido na cavidade pleural . Pode resultar da efusão pleural (escape de líquidos para a cavidade pleural). Hemotórax é o acúmulo de sangue na cavidade intercostal e decorre de ferimentos no tórax. Geralmente resulta de lesão nos vasos intercostais maiores. Toracocentese Algumas vezes é necessário inserir uma agulha hipodérmica através de um espaço intercostal até o interior da cavidade pleural para obter uma amostra de líquido ou para remover sangue ou pus. Para evitar danos ao nervo e vasos intercostais, a agulha é inserida superior à costela. A agulha atravessa os músculos intercostais e a pleura parietal. Aspiração de corpos estranhos Corpos estranhos têm maior probabilidade de se alojarem no brônquio direito ou em um de seus ramos porque ele é mais largo, mas curto e corre mais verticalmente do que o brônquio esquerdo. Consultórios dentários apresentam risco potencial. Broncoscopia Ao se examinar os brônquios com um broncoscópio, observa-se a carina entre os orifícios dos brônquios principais normalmente situada no plano sagital. Alterações morfológicas na carina são sinais diagnósticos importantes. Por exemplo, em caso de Carcinoma Broncogênico, os linfonodos traqueobrônquicos, situados no ângulo entre os brônquios principais, aumentam de tamanho deslocando a carina de sua posição fisiológica. Pulmões São os órgãos vitais da respiração . Sua função principal é oxigenar o sangue venoso colocando-o em contato com o ar inspirado em seus capilares. Os pulmões fixam-se ao coração e à traqueia através das Raízes Pulmonares que são os vasos e brônquios que entram e saem através do Hilo Pulmonar. Cada pulmão, em formato piramidal, possui um ápice e três faces: costal, mediastinal e diafragmática. Possui também três margens : anterior, inferior e posterior. A margem anterior do pulmão esquerdo possui uma incisura cardíaca profunda. O manguito pleural envolve a raiz do pulmão e é onde as lâminas visceral e parietal da pleura se encontram e se continuam. O ligamento pulmonar pende inferiormente do manguito pleural que se localiza em torno da raiz do pulmão. Dica: Imagine alguém com um jaleco bem largo. Ao levantar o braço: A raiz do pulmão pode ser comparada ao antebraço. A manga do jaleco seria o manguito pleural. A parte solta da manga que pende para baixo seria o ligamento pulmonar . Mãos e dedos seriam como os vasos e brônquios. Pulmão Direito Pulmão Esquerdo 2 fissuras 3 lobos Mais pesado Comprimento menor Largura Maior Brônquio Verticalizado (curto e largo) Hilo: Brônquio, Artéria e Veia 1 fissura 2 lobos Menos pesado Comprimento maior Largura Menor Brônquio horizontalizado (longo e fino) Hilo :Artéria, Brônquio e Veia Dica: Bavária Ambev Cânceres do Ápice do Pulmão. A proximidade de alguns nervos com o ápice do pulmão pode resultar em complicações em caso de câncer nesta região. Se o Nervo Frênico for afetado poderá ocorrer paralisia do diafragma. Se envolver o Nervo Laríngeo Recorrente, pode resultar em rouquidão devido à paralisia de uma prega (corda) vocal porque este nervo supre quase todos os músculos da laringe. Atelectasia. Atelectasia é o colapso de um segmento, lobo ou todo o pulmão, alterando a relação ventilação/perfusão, provocando um shunt pulmonar (os alvéolos do pulmão são perfundidos normalmente com sangue mas a ventilação falha). Traqueia e Brônquios A traquéia se divide em dois brônquios primários, um direito e outro esquerdo, que se dirigem até os pulmões. O brônquio direito é mais amplo porque o pulmão direito é mais volumoso do que o esquerdo. O brônquio primário direito se divide em três brônquios secundários, correspondentes cada um a cada lobo do pulmão direito. Dos três brônquios secundários nascem 10 segmentários ou (brônquios terciários): 3 para o lóbulo superior. 2 para o lóbulo médio. 5 para o lóbulo inferior. É possível distinguir 10 segmentos bronco-pulmonares. O brônquio primário esquerdo se divide em dois brônquios secundários, correspondentes cada um a cada lóbulo do pulmão esquerdo. Os brônquios secundários se dividem em 8 brônquios terciários: 4 para o lóbulo superior. 4 para o inferior. Portanto, o pulmão esquerdo compreende 8 segmentos. À medida que se dividem, os brônquios vão fazendo-se progressivamente de menor calibre até passar a dimensões microscópicas e então tomam o nome de bronquíolos. As divisões repetidas dos bronquíolos dão lugar aos bronquíolos terminais ou respiratórios, que se abrem no conduto alveolar, do qual derivam os sacos aéreos. A parede de cada conduto alveolar e saco aéreo está formada por várias unidades chamadas alvéolos. Cada brônquio lobar (sec.) divide-se em brônquios segmentares (terc.) que servem a um segmento bronco pulmonar de mesmo nome. Segmentação brônquicaBrônquio Primário Brônquio lobar(sec.) Brônquio Segmentar(terc.)Bronquíolo TerminalBronquíolo respiratórioDucto alveolarSacos alveolaresalvéolos. Segmentação pulmonar Pulmão Lobos Segmentos As fissuras horizontal e oblíqua dividem os pulmões em lobos. O direito tem três lobos e o esquerdo dois. Os lobos se dividem em segmentos: Segmentos pulmonares possuem uma separação própria, são unidades anatomicamente independentes com suprimentos e drenagens independentes, sendo possível a ressecção cirúrgica. São separados por septos de tecido conjuntivo. São supridos por um brônquio terciário e um ramo terciário da artéria pulmonar. São nomeados de acordo com os brônquios segmentares que os suprem. São drenados pelas veias pulmonares intersegmentares que se situam nos septos e drenam segmentos adjacentes. Acúmulo de secreções Quando o paciente fica acamado por muito tempo ocorre acúmulo de secreções no segmento superior do lobo inferior. Direito Esquerdo Lobo Superior Apical Posterior Anterior Lobo Médio Medial Lateral Lobo Inferior Superior Basilar Medial Basilar Posterior Basilar Lateral Basilar Anterior Lobo Superior Apical Apicoposterior Posterior Anterior Superior Lingular Inferior Lobo Inferior Superior Basilar Anterior basilar anteromedial Basilar Medial Basilar Posterior Basilar Lateral Vascularização Funcional do pulmão O tronco pulmonar origina, ao nível do ângulo esternal, as AA. Pulmonares direita e esquerda que penetram pelo Hilo acompanhando os brônquios emitindo ramos : AA lobares AA Segmentares etc. Em relação às veias : capilares pulmonares veias cada vez maioresveias pulmonares. (2 direitas e 2 esquerdas) Obs1 - As veias não acompanham o trajeto das artérias. Obs2 - As artérias pulmonares conduzem sangue pobre em oxigênio. Obs3 – As veias pulmonares conduzem sangue rico em oxigênio. Vascularização Nutricional do pulmão Suprimento arterial 1 - As AA. Bronquiais fornecem sangue para: Pleura Visceral, Raiz e Tecido de sustentação do pulmão. As duas AA. Bronquiais Esquerdas se originam na A. Aorta Descendente. Entretanto , a única A. Bronquial Direita pode se originar de uma artéria intercostal posterior superior ou de ramos da Aorta. 2- As artérias da parede torácica nutrem a Pleura Parietal. Drenagem Venosa As veias bronquiais drenam o sangue levado pelas artérias bronquiais. A V. Bronquial Direita é tributária da V. Ázigos. A V. Bronquial Esquerda é tributária da V. Hemiázigos Acessória ou V. Intercostal Superior Esquerda. Drenagem Linfática A drenagem linfática ocorre do seguinte modo : O Plexo Linfático Superficial drena o parênquima pulmonar e pleura viceral . O Plexo Linfático Profundo drena a raiz do pulmão. Plexo Linfático Superficial Linfonodos HilaresLinfonodos Carinais Troncos Linfáticos Mediastinicos (direito -> Ducto Linfático Direito) (esquerdo-> Ducto Torácico) Plexo Linfático Profundo Linfonodos Pulmonares Linfonodos Hilares....o resto é igual. Embolia Pulmonar. Caracteriza-se pela obstrução de uma artéria pulmonar por um coágulo sanguíneo que pode , por exemplo, ter vindo de uma veia da perna. Um coágulo que se forma em uma parte do corpo e viaja pela corrente sanguínea até outra parte é chamado de êmbolo. O êmbolo pode obstruir uma artéria que supre um segmento bronco pulmonar causando um infarto pulmonar neste local. O Mediastino A cavidade torácica se divide em duas cavidades pulmonares e o mediastino Superior Mediastino Anterior Inferior Médio Posterior Limites O mediastino é o compartimento central das três cavidades em que está dividida a cavidade torácica. É o espaço entre os campos pleuropulmonares (limites laterais), esterno (limite anterior), vértebras torácicas (limite posterior) e se estende no sentido craniocaudal da abertura torácica superior (limite superior) ao diafragma (limite inferior). Divisões 1- Superior, entre a abertura superior do tórax e o plano delimitado pelo ângulo do esterno (anteriormente) e a transição das vértebras T4 e T5 (posteriormente). O mediastino superior contém o esôfago e a traqueia posteriormente e anteriormente o timo e entre eles os grandes vasos relacionados ao coração e ao pericárdio (arco aórtico com seus ramos, veia cava superior e seus afluentes, parte final da veia ázigos, linfonodos etc.) Em condições patológicas a glândula tireoide (que se situa acima do mediastino) pode vir a fazer parte do mediastino superior (bócio). O Timo é uma glândula responsável pela produção e seleção de linfócitos T, com grande atividade no início da vida ocupa o mediastino superior e o anterior . No indivíduo adulto o timo involui, ocupa apenas o mediastino superior e se torna apenas gordura. Os dois nervos frênicos têm sua origem no plexo cervical e também atravessam o mediastino superior e o médio em direção ao diafragma. 2- Inferior, entre o plano demonstrado acima e o diafragma. Divide-se em três regiões, denominadas Anterior, Média e Posterior. O mediastino médio contém o pericárdio , o coração e a porção inicial dos vasos da base. O mediastino anterior está localizado na frente do pericárdio e atrás do esterno, sendo seu principal componente o timo e gordura. O mediastino posterior está situado atrás do pericárdio. Contém entre outras estruturas o esôfago, a aorta descendente, o duto torácico, veias do sistemas ázigos, nervos dos gânglios simpáticos torácicos, nervo vago que é um ramo do parassimpático. Temos várias cadeias de linfonodos com destaque para os Traqueais, Traqueobrônquicos e Esofagianos. Dilatação do Mediastino É frequentemente observada após trauma , resultante de uma colisão da cabeça, por exemplo, que produz hemorragia no mediastino advinda da lesão de grandes vasos como a aorta ou veia cava superior. Um linfoma maligno também resulta em dilatação do mediastino devido ao aumento maciço dos linfonodos mediastinais. Hipertrofia do coração (que ocorre com a insuficiência cardíaca congestiva) Mediastinites São inflamações na região do mediastino. São infecções muito graves e às vezes letais. Timomas São tumores benignos ou malignos que em alguns casos estão associados à miastenia gravis que é uma doença da placa motora causando problemas sérios de motricidade. Mediastinoscopia É o procedimento cirúrgico que explora o mediastino superior. É utilizada como método diagnóstico de patologias tumorais e no estadiamento do carcinoma de pulmão. É feita uma incisão na incisura jugular do esterno (fúrcula esternal). Divisão do Mediastino Conteúdo Principal Lesões / Patologias Superior Arco da Aorta e seus principais ramos, Veias Braquiocefálicas e VCS, Esôfago, Traqueia, Ducto Torácico e Troncos Linfáticos.Nervos Vagos e Frênicos.Na criança o Timo. Compressão da traqueia pelo Timo, Aneurismas ou Coarctação do Arco da Aorta, A. Subclávia Retroesofágica. Anterior Pequenos vazos, Tecidos Conjuntivos e Adiposos.Na criança o Timo. Timomas Médio Coração,porção inicial dos vasos da base (Aorta ascendente, Tronco Pulmonar, Veias
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