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Netflix Storytelling

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM COMUNICAÇÃO E MARKETING EM MÍDIAS DIGITAIS
Fichamento de Estudo de Caso
Diogo Gonçalves Siqueira
	
Trabalho da disciplina 
Storytelling
Tutor: Profª. Maria Adelaide Maio Rodrigues
Rio de Janeiro
2018
ESTUDO DE CASO: 
Storytelling
Netflix.
REFERÊNCIA: SHIH Willy, KAUFMAN Stephen e SPINOLA David 
.Netflix. Harvard Business School, 27 de Abril de 2010.
O estudo de caso “Netflix” relata a trajetória da empresa, desde o surgimento da ideia de serviço home movie até o streaming de vídeo online. Além disso, conta as dificuldades do ramo das videolocadoras com seus problemas de estoque, devoluções atrasadas e a falta de sortimento de filmes. Por fim, o impacto do vídeo on demand para empresas como a Netflix.
Segundo o texto, a Netflix foi fundada em 1997, originou a partir de uma ideia tida por Hastings após pagar 40 dólares de atraso na devolução de um filme. Hastings começou a estudar alternativas melhores para o serviço de home video até que surgiu com a ideia de locação por serviço postal. 
Na época, a grande líder do mercado de home video era a locadora Blockbuster. A Blockbuster tinha como principal estratégia estar ao alcance de seus clientes, isto é, a população norte-americana tinha uma Blockbuster a cada 10 minutos de carro. Ela estudava e analisava os melhores locais para abrir um ponto, pois acreditavam que as locações de filmes eram feitas por impulso. Além disso, a Blockbuster tinha um estoque de 2.500 títulos diferentes por loja e se dedicavam aos filmes de sucesso, mantendo os de lançamentos como destaque em suas prateleiras. 
	Em 1998, a Netflix dedicava seus esforços na adoção de DVDs, uma vez que a maioria das locadoras estavam presas em fitas VHS enquanto as novas tecnologias estavam sendo lançadas no mercado. Além disso, a Netflix contava com os serviços de entrega postal norte americano que entregava os DVDs alugados até o assinante. 
	A Netflix trabalhou para atrair os clientes por meio do valor, conveniência e seleção. Hastings utilizou o mesmo modelo de preço dos locadores tradicionais mantendo o valor, enquanto a seleção e conveniência foram através do site da Netflix e a alternativa do cliente não se deslocar para alugar um filme. 
	Contudo, os clientes deram um feedback negativo em relação ao valor cobrado pela Netflix por cobrarem o mesmo preço de locadoras tradicionais e ter uma entrega demorada. Esse feedback fez com que a Netflix parasse de cobrar multas por atraso na devolução e criasse um novo modelo para o négocio: serviço de assinatura pré-pago, permitindo ao cliente a posse por um mês de quatro filmes. Em seguida, a Netflix alterou o modelo novamente para o serviço ilimitado, permitindo três filmes pelo tempo que o cliente quisesse. As trocas por novos filmes continuavam mediante a devolução dos que estavam em posse do cliente.
	A Netflix atraiu mais clientes, contudo, a aquisição de filmes se tornou um ônus pesado, pois adquirir lançamentos se tornou caro e eles passaram a ter problemas de estoque. Portanto, a Netflix passou a testar estratégia para contrabalancear a procura de títulos caros. Inicialmente, eles utilizaram o merchandising tradicional para complementar o motor de busca, mas perceberam que não seria viável por muito tempo. Após essa percepção, os engenheiros da Netflix se empenharam num sistema de recomendação próprio para a demanda do cliente. O algoritmo de recomendação era alimentado pelo próprio assinante e se aperfeiçoava com o tempo através das avaliações e classificações dadas por ele. 
 	O algoritmo de recomendação ajudou a lidar com a falta de um título no estoque, pois se o item não estivesse disponível, ele não seria recomendado para o assinante. Isto é, novos lançamentos raramente eram recomendados já que seria altamente possível estar em falta no estoque. Além disso, as recomendações ajudaram filmes desconhecidos que continuariam assim a se tornarem conhecidos, o que agradou bastante aos assinantes. Os filmes de menos sucesso se tornaram prioridade para a Netflix com o tempo. 
Mas a procura por lançamentos ainda continuava e a Netflix estava perdendo pontos devido a falta de estoque, uma vez que era caro adquirir os lançamentos. Em 2000, a Netflix fechou acordos com grandes estúdios e conseguiu reduzir os custos na aquisição de títulos de lançamento. Além da posse de títulos, outro problema do estoque era a demora na devolução e entrega de filmes. A solução tanto para a entrega quanto para a devolução rápida foi o estoque nacional da Netflix com a aquisição de novos centros de distribuição e a parceria com o serviço de postagem. 
Com o desenvolvimento da tecnologia de Vídeo on-demand, Hastings estudava formas de Vídeo online que pudessem melhorar os serviços da Netflix com os avanços tecnológicos de home video. Portanto, ao invés de contar atacar, viram o VOD como uma nova oportunidade de crescimento. Alternativas de implantar essa tecnologia na Netflix foram analisadas até que, apesar das preocupações, chegaram à opção de integrar o recurso de streaming aproveitando os recursos já existentes da empresa como a recomendação de filmes e sua grande fatia de clientes online.

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