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Abordagem fisioterapêutica no paciente idoso portador de pé diabético

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1 
 
Abordagem fisioterapêutica no paciente idoso portador de pé diabético 
 
Lincoln França Souza de Matos¹ 
fisiofmatos@gmail.com 
Dayana Priscila Maia Mejia² 
Pós-graduação em Fisioterapia Gerontológica – Faculdade Ávila 
 
Resumo 
Este trabalho tem como tema cuidados paliativos em idosos com pé diabético (PD). 
Descrever os benefícios da fisioterapia nos pacientes idosos portadores de PD como objetivo 
geral. Objetivos específicos: estudar a fisioterapia no PD; compreender as disfunções do PD; 
verificar a aplicabilidade dos cuidados paliativos em idosos com PD. Envelhecer é um 
privilégio, contudo, em tempos de mudanças demográficas e epidemiológicas tão marcantes 
no Brasil, é importante envelhecer com qualidade de vida. O número de idosos vem 
crescendo a cada CENSO, somavam 5,9% em 2000, chegando a 7,4% em 2010. Região 
Norte, o número de idosos passou de 3,6% em 2000 para 4,6% em 2010. Estudo do tipo 
revisão bibliográfica pesquisando artigos, dissertações, teses, diretrizes e consensos de 1996 
a 2012. São necessários estudos de coortes mais aprofundados, empregando os aparelhos de 
eletrotermofototerapia. O PD é uma entidade com fisiopatologia complexa e de prevalência 
elevada, dependendo para sua prevenção e controle, de ações de saúde paradoxalmente 
simples e que dependem, fundamentalmente, de educação do paciente, família e sociedade, e 
interações multidisciplinares. É importante que sejam estabelecidas medidas de prevenção 
evitando formação de úlceras e amputações, já que o PD é prevenível. 
Palavras-chave: Diabetes Mellitus; Idosos; Pé Diabético; Fisioterapia. 
1. Introdução 
Envelhecer, um privilégio e uma das mais importantes conquistas sociais da humanidade. 
Contudo, em tempos de mudanças demográficas e epidemiológicas marcantes no nosso país, 
envelhecer com qualidade de vida (QV) e independência ainda é um grande desafio. 
Longevidade alcançada pela população brasileira hoje resulta em um período de 
envelhecimento marcado pela dependência e incapacidade, principalmente devido à alta 
prevalência de doenças crônico-degenerativas que geram sequelas necessitando de cuidados 
de longa duração e alto custo (PERRACINI e FLÓ, 2009). 
O número de idosos vem crescendo a cada CENSO no Brasil, segundo dados populacionais, 
os idosos a partir de 65 anos, somavam 5,9% em 2000, chegando a 7,4% em 2010. Na Região 
Norte, a proporção de idosos de 65 anos ou mais passou de 3,6% em 2000 para 4,6% em 2010 
(COMUNICAÇÃO SOCIAL DO IBGE, 2011). Não só a proporção de idosos está 
aumentando progressivamente em todo o mundo, como também esses estão vivendo cada vez 
mais. É quase unanimidade, no entanto, que esses anos vividos a mais só valem à pena se 
forem vividos com boa QV. No entanto, QV é um conceito vago e difícil de quantificar e 
 
¹ Fisioterapeuta, Pós-graduando em Fisioterapia Gerontológica. 
² Fisioterapeuta,Orientadora Especialista em Metodologia de Ensino Superior; Mestranda em Aspectos Bioéticos 
e Jurídicos da Saúde. 
 
2 
 
operacionalizar. Esse conceito sustenta-se na compreensão das necessidades humanas 
fundamentais, materiais e espirituais, e tem no conceito de promoção de saúde seu foco mais 
relevante (PERRACINI e FLÓ, 2009). Fleck (2000), QV é a percepção do indivíduo de sua 
posição na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive, e em relação 
aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. 
Segundo Perracini e Fló (2009), alguns autores apontam um declínio em torno de 12% ao ano 
após os 45 anos. Fatores associados ao comprometimento da capacidade funcional em idosos 
são: idade avançada, gênero feminino, baixa renda e escolaridade, arranjo familiar 
multigeracional, hospitalização no último ano, visão ruim, declínio cognitivo, presença de 
depressão e várias comorbidades, além de baixa frequência de contatos sociais e prática de 
atividade física. 
O predomínio do diabetes mellitus tipo 2 (DM2) vem aumentando de forma importante, 
obtendo características de epidemicidade em diversos países, em especial os emergentes, 
dentre eles o Brasil (SARTORELLI & FRANCO, 2003). Já é considerada a epidemia do 
século 21, e acomete 246 milhões de pessoas em todo o mundo. Até 2025, a conjetura é de 
que esse número chegue a 380 milhões. Calcula-se que boa parte da população que tem 
diabetes, ignore a sua própria circunstância (PORTAL DA SAÚDE - SUS, 2009). Dentre as 
enfermidades crônicas não transmissíveis, o DM surge como importante causa de 
morbimortalidade, principalmente entre os idosos (RIBEIRO, ROCHA, POPIM, 2010). 
Conforme Portal da Saúde – SUS (2008), no Brasil a prevalência de DM aumenta conforme a 
idade: atinge 18,6% de indivíduos com idade superior a 65 anos. Foi realizada uma 
investigação detalhada dos trabalhos científicos que tratam da quantidade de doentes no 
Brasil. Atualmente, estima-se que existam 12.054.827 (Doze milhões cinquenta e quatro mil 
oitocentos e vinte sete) cidadãos diabéticos (DAMACENO, 2012). 
É uma moléstia endócrino-metabólica, acontecendo de forma que, com a ingestão de 
alimentos, ocorre a digestão no intestino, transformando-os em açúcar, chamada glicose, que 
é sorvida para o sangue. A glicose sanguínea é exercitada pelos tecidos com vigor. O emprego 
da glicose depende da existência de insulina (substância gerada nas células pancreáticas). Se 
porventura a glicose não for bem aproveitada pelo organismo, ocorre a sua elevação no 
sangue, o que chamamos de hiperglicemia. Portanto, diabetes é o aumento da glicose 
sanguínea (DAMACENO, 1997). 
Segundo Damaceno (1997), existem 3 tipos de DM: diabetes tipo 1 (DM1), DM2 e diabetes 
tipo gestacional (DMG). Todavia, neste artigo, daremos mais ênfase ao DM2. 
DM1: igualmente conhecido como diabetes insulinodependente, diabetes infanto-juvenil e 
diabetes imunomediado. Nessa forma, a geração de insulina é inepta, pois suas células sofrem 
a chamada destruição autoimune. Os portadores desse tipo necessitam de injeções diárias de 
insulina para sustentar a glicose sanguínea em estimativas regulares. Há risco de morte, caso 
as doses de insulina não forem injetadas conforme preconizado. Embora esse tipo de diabetes 
possa ter a possibilidade de ocorrer em qualquer idade, é mais convencional em crianças, 
adolescente ou adulto jovem. 
DM2: também chamada de diabetes não insulinodependente ou diabetes do adulto, 
correspondendo a 90% dos casos. Ocorre normalmente em pessoas obesas, com mais de 40 
anos de idade, entretanto atualmente encontra-se com maior frequência em jovens, em 
consequência de maus hábitos alimentares, sedentarismo e estresse da vida urbana. Aqui, nos 
deparamos com a presença de insulina, todavia seu ato torna-se difícil pela obesidade 
(conhecida também como resistência insulínica, sendo um dos motivos da hiperglicemia). Por 
ser quase assintomático, este tipo na maior parte das vezes, persisti por muitos anos sem 
diagnóstico, consequentemente sem tratamento, o que realça a ocorrência de suas 
complicações cardíacas e cerebrais. 
3 
 
DMG: é a existência de glicose sanguínea em excesso durante a gravidez. Em geral, a glicose 
no sangue se normaliza no pós-parto. Contudo, as mulheres que exibem ou apresentaram 
DMG, tem maiores probabilidades de evoluírem para o DM2 tardiamente, da mesma forma 
podem ocorrer com seus descendentes. 
Este artigo apresentou o seguinte problema: quais os benefícios da fisioterapia nos pacientes 
com pé diabético (PD)? 
Descrever os benefícios da fisioterapia nos pacientes idosos portadores de PD como objetivo 
geral. 
Para objetivos específicos, este trabalho possui: estudar a fisioterapia no PD; compreender as 
disfunções do PD; verificar a aplicabilidade dos cuidados paliativos em idosos comPD. 
Este trabalho se justifica, pelos argumentos sustentados anteriormente, no aumento do número 
de idosos que é uma tendência mundial, inclusive no Brasil. Logo o estresse diário está mais 
comum (mesmo entre as pessoas aposentadas), mais indivíduos sedentários, comidas rápidas 
e as guloseimas também são mais consumidas, consequentemente os casos de DM2 também 
tende a se elevar. Com essas realidades, perspectivas e preocupações, somando-se ao 
complexo tentação versus diabetes que os profissionais de saúde convivem, assim como a 
fisioterapia, fazendo ciência, em que um dos objetivos é a busca dos benefícios em pacientes 
com PD. Reitera disciplinamento e estímulo ao autocuidado a fim de se evitar maiores 
complexidades de forma aguda e diminuição dos perigos de complicações em longo prazo. 
2. Fundamentação Teórica 
A velhice é caracterizada por mudanças biológicas, psicológicas, cognitivas e sociais que 
aumentam predisposição a situações de incapacidade funcional, multimorbidade e aumento do 
risco a situações de vulnerabilidade. Alterações essas bastante diversificadas e individuais, o 
que torna o envelhecimento uma experiência heterogênea e subjetiva (PERRACINI e FLÓ, 
2009). 
A velhice é um período da vida com uma alta prevalência de doenças crônicas não 
transmissíveis, é influenciado por diversos fatores, como constituição genético-biológica, 
gênero, caráter, personalidade, hábitos e estilos de vida, condições socioeconômicas, estado 
funcional, meio ambiente, valores e crenças pessoais, perspectivas de vida, espiritualidade, 
sintomas depressivos e declínio sensorial. Considerando-se que QV é um construto complexo 
pela sua subjetividade, multidimensionalidade, bipolaridade, sua mutabilidade, além da 
influência dos desfechos que o medeiam, sua aferição é uma tarefa extremamente complexa 
(PERRACINI e FLÓ, 2009). Entretanto, tem crescido o interesse em estabelecer quais os 
fatores que, isolada ou conjuntamente, melhor explicam o risco que um idoso tem de morrer 
em curto prazo, uma noção útil do ponto de vista epidemiológico e clínico. Para responder 
essa questão, no entanto, fazem-se necessários estudos longitudinais, que acompanhem 
coortes de idosos, controlando os possíveis fatores de risco (PERRACINI e FLÓ, 2009; 
RAMOS, 2003). 
O interesse dos profissionais de saúde pela temática QV é bastante recente, não só pela 
mudança do perfil demográfico e epidemiológico da população brasileira, mas também por 
uma mudança de paradigmas na perspectiva das novas abordagens na área da saúde, em que 
os determinantes e condicionantes do processo saúde-doença são multifatoriais e complexos. 
Hoje, esse processo é compreendido como uma continuidade, e a melhoria da QV tende a ser 
um importante resultado das ações de saúde, tanto no campo da atenção primária quanto no da 
secundária e da terciária (PERRACINI e FLÓ, 2009). 
Embora a grande maioria dos idosos seja portadora de, pelo menos, uma doença crônica, nem 
todos ficam limitados, e muitos levam vida perfeitamente normal, com suas enfermidades 
controladas e expressa satisfação. O autor diz que conceito clássico da Organização Mundial 
de Saúde (OMS) mostra-se inadequado para descrever o universo dos idosos, já que ausência 
4 
 
de doenças é privilégio de poucos, e o completo bem-estar pode ser atingido por muitos, 
independentemente da presença ou não de doenças (RAMOS, 2003). 
Para Ramos (2003), o que está em jogo na velhice é a autonomia, ou seja, a capacidade de 
determinar e executar seus próprios desígnios. Qualquer pessoa que chegue à velhice capaz de 
gerir sua própria vida e determinar quando, onde e como se darão suas atividades de lazer, 
convívio social e qualquer tipo de trabalho certamente essa pessoa será considerada saudável. 
Pouco importa saber que essa mesma pessoa é hipertensa, diabética, cardíaca e que toma 
remédio para depressão – infelizmente uma combinação bastante frequente nessa fase da vida. 
O importante é que, como resultante de um tratamento bem-sucedido, ela mantém sua 
autonomia, é feliz, integrada socialmente e, para todos os efeitos, uma pessoa idosa saudável. 
Os embaraços crônicos têm a possibilidade de serem distribuídos em complicações 
macroangiopáticas e microangiopáticas em longo prazo (5 a 10 anos), levam à disfunção, 
defeito ou falência de vários órgãos. As complicações crônicas incluem a nefropatia, com 
possibilidade de evoluir para insuficiência renal; a retinopatia com possibilidade de cegueira 
e/ou neuropatia; com provável existência de úlcera nos pés; Artropatia de Charcot e 
revelações de disfunção autonômica, incluindo disfunção sexual. Pessoas diabéticas oferecem 
maiores riscos de doença vascular aterosclerótica como doença coronariana; doença vascular 
periférica (DVP); com chances aumentadas de infarto agudo do miocárdio ou acidente 
vascular encefálico (AVE) e uma neuropatia periférica diabética (NPD), agregado a uma 
aterosclerose dos vasos de pequeno diâmetro, que prepara para problemas isquêmicos e 
infecciosos das extremidades, levando à ulceração, gangrena e amputação (DOINE, 2008; 
FERREIRA et al, 2011; VIDAL, 2009). 
As complicações crônicas têm ampla importância patogênica na ulceração, sendo maior em 
pacientes do sexo masculino, pacientes com mais de 10 anos de diabetes e aqueles com 
dificuldades microvasculares. Em consequência ao espessamento da membrana, ocorre 
diminuição do fluxo sanguíneo sem obstrução total do vaso acometido. Edemas leves 
ocorridos por traumas; trombose séptica ou infecção podem ocluir totalmente as artérias 
distais, levando à gangrena dos dedos, podendo evoluir para amputação caso não seja 
instituído o tratamento precoce e adequado (CALSOLARI et al, 2002; SECRETARIA DE 
ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL, 2001). 
Além da DM ser caracterizada por hiperglicemia crônica (HC), geralmente é acompanhada de 
dislipidemia, hipertensão arterial sistêmica (HAS) e disfunção endotelial. Principais 
complicações crônicas podem ser decorrentes de alterações: na microcirculação (retinopatia; 
nefropatia; densidade difusa das membranas basais, porém é mais evidente nos capilares da 
pele e musculatura esquelética), na macrocirculação (cardiopatia isquêmica, doença 
cerebrovascular e DVP) e neuropáticas (DOINE, 2008; LUCAS et al, 2010; VIDAL, 2009). 
Segundo Bortoletto et al (2010); Vidal (2009), indícios padrões de hiperglicemia incluem: 
astenia, nictúria, polidipsia, boca seca, poliúria, polifagia, fadiga, fraqueza e perda 
inexplicável de peso. Além de letargia, prurido vulvar, diminuição brusca da acuidade visual, 
achado de hiperglicemia ou glicosúria em exames de rotina. Este panorama de HC está 
agregado, depois de extensos períodos, ao dano e à falência de vários órgãos, principalmente: 
olhos, rins, nervos, coração e vasos sanguíneos. 
Vidal (2009), o DM está conectado ao progresso de moléstias cardiovasculares. Sujeitos com 
DM2, possuem chances 4 vezes maior de ir a óbito por doença cardíaca quando confrontados 
com pacientes não diabéticos. Esse fato é devido à própria doença e existência de outros 
fatores de risco cardiovasculares como: obesidade, HAS e dislipidemia – também chamada 
síndrome plurimetabólica. Além de indicarem risco elevado de 4 vezes para AVE, a 
aterosclerose periférica atende pela fundamental causa de amputação não traumática em 
membros inferiores (MMII) desses pacientes. 
5 
 
Segundo Caiafa et al (2010/2011); Vidal (2009), aproximadamente 2/3 das complicações 
agudas do DM são iniciadas por fatores evitáveis como infecção; não adesão ao tratamento ou 
tratamento inadequado. Essas complicações constam de cetoacidose diabética, motivada por 
uma lacuna grave de insulina; síndrome hiperosmolar hiperglicêmica ou condição 
hiperosmolarnão cetônico, em razão da alta taxa de glicose sérica e quadro de desidratação 
extrema; e hipoglicemia. Tais complexidades distinguem por uma modificação intensa da 
glicemia, por uma perturbação do metabolismo dos carboidratos, em um curto período de 
tempo. 
Dificuldades essas indicam variação intensa da glicemia, por mau funcionamento do 
metabolismo dos carboidratos, em curto momento. O enfermo DM1 tem mais probabilidade 
de sofrer embaraços agudos que o condescendente DM2, pois no primeiro, deturpações 
glicêmicas realizam-se de forma mais súbita pela falta geral do hormônio insulina (VIDAL, 
2009). 
A circulação dos pés é realizada pelos ramos das artérias ilíacas comuns, que se dividem nas 
artérias ilíacas externas e femorais. O ramo femoral superficial estende-se em direção medial 
e posterior pelo canal adutor e transforma-se na artéria poplítea. Esta se ramifica em três 
ramos logo abaixo do joelho: artéria tibial anterior, artéria tibial posterior e peroneira. A 
artéria tibial anterior desce adjacente aos músculos anterolaterais da perna e passa à frente do 
tornozelo, onde se transforma na artéria pediosa, que irriga a região dorsal e a planta do pé. 
As artérias, tibial posterior e peroneira, originam-se mais diretamente, ramos medial e lateral 
da artéria poplítea. A artéria tibial posterior é um vaso significativamente mais calibroso, 
passa atrás do maléolo interno do tornozelo e irriga a região plantar do pé e seus músculos. A 
artéria peroneira passa por trás do maléolo externo e irriga a região lateral do pé, que é menos 
musculosa (PITTA, CASTRO, BURIHAN, 2003; VIDAL, 2009). 
Esses vasos, com geralmente 1 a 2 mm de diâmetro, podem desenvolver placas de 
aterosclerose (lipídeos, colesterol e cálcio), diminuindo seriamente o fluxo sanguíneo e 
favorecendo o aparecimento de lesões isquêmicas nos pés. Outras duas alterações podem 
prejudicar o fluxo sanguíneo periférico: esclerose da camada média ou esclerose de 
Moenckeberg e fibrose difusa da camada íntima. A primeira caracteriza-se pela calcificação 
da camada média das artérias musculares, produzindo um conduto rígido, que não 
compromete o lúmen arterial e surgem poucos anos após as manifestações clínicas da doença. 
A segunda constitui um processo natural do envelhecimento do endotélio (PITTA, CASTRO, 
BURIHAN, 2003; VIDAL, 2009). 
Caracteriza-se como PD o termo empregado para nomear as diversas alterações e 
complicações ocorridas, isoladamente ou em conjunto, nos MMII dos diabéticos, ocorrendo 
em média após 10 anos de evolução diabética. É uma das cruciais causas de amputação não 
traumática podendo ser prevenido através da identificação precoce do grau de risco em 
desenvolver úlcera no pé. Começa com lesão de tecidos moles, formação de fissura entre os 
dedos ou na área do pé onde contém pele ressecada. Ressalta-se que a maioria dos pacientes 
diabéticos possui insensibilidade na área afetada e as lesões podem ser ocasionadas por 
substâncias químicas, térmicas e de cunho traumático (BORTOLETTO et al, 2010; CAIAFA 
et al, 2010/2011; LUCAS et al, 2010; PITTA, CASTRO, BURIHAN, 2003; VIDAL, 2009). 
Segundo Vidal (2009), essas lesões caracterizando o PD apresentam contaminação por 
bactérias gram-positivas nos tecidos superficiais e bactérias gram-negativas nos tecidos 
profundos como Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosas, Proteus sp e Neisseria 
gonorrhoeae. 
Diagnóstico da polineuropatia pode ser feito através de vários testes: sensação vibratória com 
diapasão de 128 Hz; sensação dolorosa com estilete; sensibilidade térmica; sensação profunda 
com martelo (tendão de Aquiles); com monofilamento (CAIAFA et al, 2010/2011). Os 
lugares mais comuns de aparecimento de lesões são – dedos, devido pressões externas 
6 
 
elevadas causadas por atrofia da musculatura; sulcos interdigitais, pela ocorrência de fissuras 
e pequenos cortes, favorecendo colonização por fungos na pele; região distal do pé onde 
proeminências dos metatarsos podem originar focos infecciosos capazes de penetrar nas 
articulações falangeanas, levando a infecções locais e/ou osteomielite; e região medial 
podálica, local de desenvolvimento de calosidades e lesões por representar região de apoio 
(VIDAL, 2009). 
Casuísticas da NPD são multifatoriais se relacionadas com hiperglicemia de longa duração e 
isquemia das fibras nervosas sensitivas, motoras e autonômicas. Hiperglicemia e isquemia 
acarretam espessamento das paredes vasculares e obstrução do fluxo sanguíneo, caso 
evoluam, podem ser reversíveis ou não. NPD sensitiva: ocorre diminuição ou ausência das 
sensibilidades tátil, térmica, de pressão e propriocepção. A inexistência desta última leva à 
perda dos reflexos tendinosos profundos. NPD sensorial: queimação, pontadas, agulhadas, 
formigamentos, dormência, dor que varia de leve a forte intensidade (predominantemente 
noturna), sensação de frio, cãibras. Perdendo sensibilidade protetora, expondo o pé ao 
desenvolvimento de lesões em consequência de abalo repetitivo. NPD autonômica: 
ressecamento da pele e fissuras, hiperemia, hipertermia, edema e alterações ungueais 
(CAIAFA et al, 2010/2011; CARVALHO, 2003; FERREIRA et al, 2011; SECRETARIA DE 
ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL, 2001; VIDAL, 2009). 
Para Caiafa et al (2010/2011), Neuropatia Autonômica causada pela lesão do Sistema 
Nervoso Autônomo, em particular dos nervos simpáticos: acarreta perda do tônus vascular, 
levando a vasodilatação com aumento da abertura de comunicações arteriovenosas 
consequentemente passagem direta de fluxo sanguíneo da rede arterial para a venosa, 
reduzindo nutrição nos tecidos. Acarreta também anidrose, que causa o ressecamento da pele, 
culminando com a formação de fissuras, e alterações no crescimento e na matriz das unhas, 
importantes portas de entrada para infecções. 
Diagnóstico correto e precoce do DM2 permite medidas terapêuticas, podendo evitar e/ou 
retardar aparecimento das complicações crônicas, principalmente cardiovasculares nos 
diabéticos. Diagnóstico caracterizado por: DVP, pequenos traumas, histórias de úlceras e 
amputação. Alterar nervos motores pode resultar em atrofia e enfraquecimento da 
musculatura intrínseca dos pés, com consequente desequilíbrio da harmonia dos seus vários 
grupos musculares (caracterizando a NPD Motora). Igualmente, pode levar a deformidades 
como: dedos em martelo e dedos em garra (domínio dos músculos flexores sobre os 
extensores); hálux valgo; pé cavo; proeminências ósseas; calosidades (em áreas de pressões 
anômalas); pontos de pressão (principalmente na cabeça dos metatarsos, região dorsal e 
plantar dos dedos) alterando o padrão normal da marcha e úlcera plantar (CAIAFA et al, 
2010/2011; CARVALHO, 2003; LUCAS et al, 2010; PERRACINI e FLÓ, 2009; 
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL, 2001; VIDAL, 2009). 
Para Caiafa et al (2010/2011), avaliação periódica da sensibilidade plantar ao monofilamento 
é necessária em todos diabéticos para estadiamento e classificação do risco. Muitos fatores de 
risco para ulceração/amputação podem ser descobertos com exame cuidadoso. Exame clínico 
é o método diagnóstico mais efetivo, simples e de baixo custo para NPD. Anamnese, 
importante analisar, aderência do paciente e familiares, como também estado nutricional, 
imunidade e comorbidades. Abordagem do MI não é desvinculada de cuidados gerais 
(controle glicêmico, HAS, obesidade, dislipidemia, tabagismo, atividade física e alimentação) 
que são decisivos para melhoria da QV e aumento da sobrevida. 
Neuropatia Sensitivo-Motora: ocorre perda gradual da sensibilidade tátil e dolorosa (sensação 
protetora) que torna os pés vulneráveis a traumas. Indivíduo diabético com perda dessa 
sensação poderá não mais sentir incômodo da pressãorepetitiva de um sapato apertado, dor 
de um objeto pontiagudo ou cortante no chão ou ponta da tesoura durante ato de cortar unhas. 
Acarreta também atrofia da musculatura intrínseca, causando desequilíbrio entre músculos 
7 
 
flexores e extensores, desencadeando deformidades osteoarticulares (dedos em garra, dedos 
em martelo, dedos sobrepostos, proeminências das cabeças dos metatarsos, hálux valgo) 
(CAIAFA et al, 2010/2011; PERRACINI e FLÓ, 2009; VIDAL, 2009). 
Evolução do pé neuropático é osteoneuroartropatia de Charcot ou Pé de Charcot (PC), na qual 
se observa alteração estrutural, com altos riscos ulcerativos por pressões inadequadas e 
quadros de infecção, levando às amputações. PC, entidade clínica relacionada à 
polineuropatia periférica do diabético. A neuropatia autonômica provoca perda da regulação 
das comunicações arteriovenosas com aumento de fluxo sanguíneo levando à reabsorção 
óssea, com decorrente osteopenia e fragilidade do tecido ósseo, associada à perda da sensação 
dolorosa e trauma repetitivo da deambulação, pode levar a múltiplas fraturas e deslocamentos, 
subluxações ou luxações (CAIAFA et al, 2010/2011; CARVALHO, 2003; FERREIRA et al, 
2011; VIDAL, 2009). 
Caiafa et al (2010/2011), classificam PC em Agudo (PCA): presença de sinais inflamativos 
(edema, hiperemia, hipertermia e dor) sem infecção, sendo importante fazer esse diagnóstico 
diferencial. Dor pode não estar presente se houver concomitantemente diminuição acentuada 
da sensibilidade. E PC Crônico (PCC): fase avançada da complicação, caracterizada por 
deformidades osteoarticulares importantes, principalmente médio-pé, com desenvolvimento 
de calos e úlceras plantares. 
A DVP não constitui fator de risco isolado para ulcerações, mas associada à neuropatia é uma 
das principais causas não traumáticas de amputação. Além de favorecer aparecimento de 
úlceras, dificulta cicatrização pelo embaraço do organismo em fornecer nutrientes e oxigênio 
ao leito da ferida, assim como favorece a infecção devido à isquemia. Ligada a processos 
ulcerativos é 4 vezes mais comum em diabéticos e ocorre precocemente em ambos os sexos. 
Sua gravidade está diretamente relacionada ao inadequado controle glicêmico, duração da 
doença, idade, tabagismo, HAS, dislipidemia e obesidade. Processo aterosclerótico acelerado 
produz hipercoagulação e aumento da resistência vascular, precipitando, obstrução das 
artérias e arteríolas distais, que dificultam o fluxo sanguíneo (VIDAL, 2009). 
Segundo Vidal (2009), primeiros sinais da DVP são queixa de claudicação intermitente, dor 
ao repouso ou durante a noite. Inicialmente, aparece dor, caminhando em terrenos íngremes e 
irregulares e depois em terrenos planos. Sua gravidade depende da riqueza circulatória 
colateral. Tem pior prognóstico quando a algia aparece em caminhadas curtas, em regiões 
mais distais aos pés. Importante ressaltar que, diante de insensibilidade, pacientes diabéticos 
podem não se queixar de claudicação intermitente. 
Amputar é definido como cortar, mutilar um membro do corpo. Falar da amputação de um 
membro é falar de perda, de luto (experiencia-se luto quando se perde alguém querido, um 
ideal de vida) por causas traumáticas, ou intervenções cirúrgicas. Indivíduo muitas vezes ao 
sofrer mutilação não aceita o próprio corpo, pois sua reação a todos os aspectos da vida se 
relaciona a essa atitude de indigno e de ter um corpo inaceitável (CARVALHO, 2003; 
VIDAL, 2009). 
Vidal (2009), cita o cirurgião vascular Roberto Beck, que ao comentar sobre amputações de 
membros, enfatiza que são utilizadas como último recurso, tão somente para salvar vida do 
paciente. Amputações não traumáticas têm no DM e consequente DVP sua principal causa. 
Mutilação de MMII, uma das mais graves complicações do DM, associada à morbidade 
significativa, incapacidade e mortalidade. Em primeiro lugar está PD, com 85% de 
amputações em MMII, além de contribuir para prolongadas e recorrentes internações. Não se 
aceita mais o fato de que amputação, procedimento final em paciente vasculopata. Para o 
cirurgião, tal procedimento corresponde uma nova etapa que deverá permitir retorno do 
paciente ao convívio familiar e profissional, passando a ter ou readquirindo uma boa QV. 
Amputação não significa somente perda dos membros, frequentemente acarreta desemprego, 
aposentadoria precoce e pior QV. Retirando-se a extremidade, podem ocorrer mudanças 
8 
 
importantes na vida da pessoa que, para se ajustar à nova situação necessitará compreensão e 
apoio não só da equipe de saúde, mas também da família e da sociedade (CARVALHO, 2003; 
LUCAS et al, 2010). Segundo Caiafa et al (2010/2011), caso ocorra amputação da 
extremidade, importante providenciar precoce e adequada protetização do MI, além de 
prevenir ulcerações e mutilação contralateral. 
Fenômenos comuns e menos compreendidos experimentados pelos amputados são: dor 
fantasma e sensibilidade fantasma. Sensibilidade fantasma, definida como percepção ou 
sensibilidade não dolorosa, que dá forma à determinada parte do corpo, com dimensões, peso 
ou alcance de mobilidade específico. Dor fantasma, uma sensibilidade dolorosa 
experimentada em um membro amputado, inexistente. É imprevisível, à intensidade, à 
frequência, à duração, ao caráter e aos estímulos desencadeantes. Estímulos desencadeantes 
mais comuns são: estresse emocional, exposição ao frio e irritação local (CARVALHO, 2003; 
VIDAL, 2009). 
Vários perfis dos idosos são descritos pela funcionalidade. Idosos ativos mantêm atividades 
abalizadas importantes durante a velhice, priorizando aquelas que têm significado e 
motivação para crescimento pessoal. Têm consciência das limitações impostas pelo 
envelhecimento e são capazes de lançar mão de recursos pessoais para manter um controle 
ativo sobre a própria vida, a despeito da presença de doenças (PERRACINI e FLÓ, 2009). 
Em estudo conduzido com uma coorte de 7.364 mulheres idosas, foi observado que cerca de 
70% eram totalmente independentes nas atividades instrumentais de vida diária (AIVD), 
15,3% e 7,3% apresentavam dependência em uma e duas AIVD, respectivamente. 
Dependência nas AIVD estava relacionada à idade avançada, comprometimento da memória, 
déficits sensoriais, má autoavaliação da saúde e baixa renda. Além de diabetes, depressão, 
AVE e doença isquêmica do coração estiveram associadas com, pelo menos, uma AIVD 
comprometida (PERRACINI e FLÓ, 2009). 
Queixas relativas a outros sistemas não afastam a necessidade de avaliação dos MMII, pois 
geralmente o paciente não valoriza dados importantes: calos, fissuras e micoses. História 
familiar, tipo de tratamento e tempo de diagnóstico do diabetes são importantes. Fazer sempre 
pesquisa ativa do mecanismo da lesão: trauma direto, repetitivo e fissura infectada (CAIAFA 
et al, 2010/2011). 
3. Metodologia 
A metodologia trata-se de um estudo do tipo revisão bibliográfica pesquisando artigos, 
dissertações, teses, diretrizes, consensos e livros de 1996 a 2012. Foram averiguados sites de 
pesquisa como Google Acadêmico, Scielo, Bireme, Universidades Brasileiras (públicas e 
privadas), Sociedades de Pesquisas, Associações, Bibliotecas Virtuais, Acervos Digitais, 
Domínio Público e impressos. 
4. Resultados e Discussão 
Tratamento das úlceras envolve: controle metabólico e nutricional adequado; curativos 
diários; uso de coberturas especiais apropriadas para diversas fases evolutivas da ferida 
podem acelerar sua cicatrização; repouso; técnicas de alívio da pressão; sandálias de alívio; 
órteses sob medida e palmilhas adequadas; gesso de contato total – tratamento padrão ouro; 
cirurgias ortopédicas de alívio da pressão; material necrótico e/ou osteomielite associados 
(debridamento cirúrgico; curativoscom pressão negativa podem oferecer benefícios no 
tratamento das lesões) (CAIAFA et al, 2010/2011). 
Para cuidado do PCA: repouso absoluto e imobilização da extremidade no mínimo até 
normalização da temperatura cutânea. PCC e outras alterações morfológicas mais graves ou 
recidivantes: órteses sob medida, próteses e cirurgias ortopédicas corretivas/reconstrutivas 
(CAIAFA et al, 2010/2011). 
9 
 
Tratamento das consequências neuropáticas para os pés – prevenção e tratamento da 
ulceração e prevenção da amputação – déficit de sensibilidade: educação, cuidados com pés e 
sapatos comuns de bico largo e caixa alta; pé ressecado: cremes hidratantes diariamente; 
calosidades iniciais e pequenas deformidades: sapatos comerciais comuns com bico largo, de 
caixa alta, palmilhas e remoção gradativa das calosidades com lixas; calosidades maiores, 
com ou sem hematomas: remoção cirúrgica, prescrição de palmilhas e órteses adequadas; 
grandes deformidades causadas pela neuropatia motora, por úlceras cicatrizadas ou após 
amputações parciais: órteses confeccionadas sob medida com alívio da pressão (CAIAFA et 
al, 2010/2011). 
Além de cuidados gerais com os pés; cuidados com unhas (corte adequado); cuidados para 
evitar micoses; uso de calçados adequados; higiene diária com cuidado especial ao secar a 
umidade entre os dedos; inspeção diária dos pés e sapatos; proibido uso de calicidas e 
raspadores ou lâminas nos calos pelos pacientes são medidas igualmente importantes. 
Paciente que não adere tratamento tem probabilidade 50 vezes maior de ulcerar o pé e 20 
vezes maior ser amputado que aqueles que seguem corretamente as orientações (CAIAFA et 
al, 2010/2011; FERREIRA et al, 2011; VIDAL, 2009). 
Caiafa et al (2010/2011), tratamento é o controle metabólico rigoroso (consenso como 
prevenção e tratamento da neuropatia). Entretanto, na prática, abordagem terapêutica é 
basicamente, melhoria dos incômodos sintomas, na forma do tratamento conservador ou 
cirúrgico das sequelas (deformidades, calos, úlceras e PC). Profilaxia das complicações 
neuropáticas em extremidades inferiores: primordial identificação do risco para ulceração 
(perda da sensibilidade, deformidade e história úlcera prévia) e risco para amputação (PC, 
infecção e insuficiência vascular) além da estratificação do paciente nas categorias de risco e 
elaboração de estratégias para atendimento racional. Segundo Perracini e Fló, 2009 tratamento 
da NPD deve estimular musculatura envolvida, visando ganhos de força muscular e amplitude 
de movimento. 
Haveria então três tipos de intervenções que poderiam restaurar funcionalidade dos idosos, 
melhorando saúde e prevenindo fragilidade. Intervenções como exercícios, medicação ou 
suplementações com efeitos multissistêmicos; intervenções multifatoriais, que identificam e 
tratam diferentes fatores relacionados à incapacidade e doenças crônicas; e dispositivos de 
controle externo com diferentes efeitos sobre sistemas dinâmicos, como tratamento do 
descondicionamento físico e fraqueza muscular por meio administrativo de hormônios forma 
cíclica, melhorando ação insulínica e utilização da glicose (PERRACINI e FLÓ, 2009). Três 
objetivos de tratamento DM: controlar sintomas agudos, prevenir complicações tardias e 
favorecer QV aos padecentes. Estratagemas para se alcançar essas metas: controle quadro 
metabólico, domínio fatores de risco para complicações crônicas do DM, revelação precoce e 
tratamento das complicações (DOINE, 2008). 
Para Lucas et al (2010), ações preventivas devem ser adotadas para diminuir número de 
pessoas portadoras de DM que podem ter membros amputados. Procedimento relacionado à 
amputação gera custos onerosos para setor saúde. Por isso, importância da prevenção tem se 
tornado cada vez maior, pois tempo e gastos são menores se comparado com grandes 
despesas hospitalares e medicamentosas geradas pelo tratamento, além de menor desgaste 
físico-psicossocial do paciente e familiares. 
Custos financeiros e emocionais e complicações potenciais associadas ao efeito PC são 
avassaladores. Evitar perda do membro e sua função é objetivo da equipe multiprofissional 
que trata dos pacientes com úlcera de PD. Para atingir esse objetivo, equipe de saúde deve 
compreender a abrangência e gravidade do diabetes e seus resultados fisiológicos (VIDAL, 
2009). 
Preocupação mundial, custo humano e financeiro dessa complicação é imenso e dependente, 
para seu controle ou prevenção, da conscientização quanto necessidade de bom controle da 
10 
 
moléstia e implantação medidas relativamente simples de assistência preventiva, diagnóstico 
precoce e tratamento mais resolutivo nos estágios iniciais da doença (CAIAFA et al, 
2010/2011). Nesse contexto, fisioterapeutas gerontólogos têm como foco de trabalho não só 
pessoa idosa, mas também envelhecimento enquanto processo experenciado pelos indivíduos, 
velhice enquanto etapa da vida fortemente influenciada por fatores sociais e culturais 
(PERRACINI e FLÓ, 2009). 
Segundo Vidal (2009), tratamento do PD é um desafio complexo, é mais eficazmente 
administrado por equipe multidisciplinar, com conhecimentos específicos na área, oferecendo 
melhor assistência ao portador de DM, partindo de trabalho preventivo, onde informação 
educativa será sempre foco principal. Com isso, espera-se evitar evolução das manifestações 
agudas para manifestações crônicas da patologia, reduzindo casos de amputações de MMII e 
morbimortalidades em pacientes diabéticos. 
Entendimento das várias dimensões do ser geronte e modelos de funcionalidade permitem ao 
fisioterapeuta atuar para além da técnica e procedimentos terapêuticos, sem perder 
especificidade de sua atuação profissional. Reabilitação gerontológica, definida como um 
conjunto de intervenções diagnósticas e terapêuticas cujo objetivo é manter e/ou restabelecer 
capacidade funcional dos idosos, melhorando seu potencial particular. Inclui ações 
especializadas, devendo ser desenvolvidas por equipe multiprofissional apta realizar 
intervenções multidimensionais e complexas de forma integrada e orientadas a objetivos 
claramente definidos (PERRACINI e FLÓ, 2009). 
Humanização assistencial é necessária para que profissional de saúde desempenhe atividades 
de modo mais efetivo e completo. Considerando a mutilação com olhos da pessoa amputada, 
permite um cuidar direcionado à singularidade da pessoa e à particularidade da experiência 
por ela vivida (LUCAS et al, 2010). 
Clinicamente, fisioterapia aplicada aos distúrbios vasculares periféricos utiliza-se de técnicas 
frequentemente empregadas, como recursos terapêuticos manuais, eletrofototermoterapia e 
exercícios aeróbicos. Apesar de existir reduzido número de publicações científicas na área, 
existem indícios da eficiência dessas técnicas abordando DVP, trombose venosa profunda, 
insuficiência venosa crônica e linfedema (PERRACINI e FLÓ, 2009). Também exercícios 
aeróbicos, como caminhada, ciclismo, corrida, natação. Exercícios de resistência são eficazes 
na melhora do controle glicêmico em DM2 (FERREIRA et al, 2011; MILECH et al, 2009). 
Segundo Perracini e Fló (2009), DVP foco da fisioterapia, exposta pela claudicação 
intermitente, classificada pelos estágios II de Fontaine ou I de Rutherford (Tabela 1). Doença 
oclusiva causada primariamente pela aterosclerose em MMII, desde bifurcação da artéria 
aorta. Fatores de risco envolvidos no desenvolvimento da DVP são: tabaco, DM, dislipidemia, 
HAS e hipo-homocisteinemia. 
 
Fontaine Rutherford 
Estágio Clínica Grau Categoria Clínica 
I Assintomático 0 0 Assintomático 
IIa Claudicação média I 1 Claudicação média 
IIb Claudicação moderada a grave I 2 Claudicação moderada 
 I 3 Claudicação grave 
III Isquemia e dor ao repousoII 4 Isquemia e dor ao repouso 
IV III 5 Perda tecidual pequena 
 Ulceração ou gangrena IV 6 Ulceração ou gangrena 
Fonte: PERRACINI e FLÓ (2009) 
Tabela 1 Estágios de Fontaine e Rutherford 
 
11 
 
Tratamento da claudicação intermitente, aumentar habilidade de caminhar, melhorar estado 
funcional, reduzindo sintomatologia e preservando viabilidade dos membros. Para alcançar 
esses objetivos, únicas intervenções que têm comprovada eficiência e evidência científica são 
programas de exercícios aeróbicos supervisionados. Programas de reabilitação, com 
exercícios em esteira ergométrica ou caminhadas, demonstraram ser eficientes em aumentar 
distância caminhada sem dor, desempenho cardiopulmonar e circulação periférica, Figura 1 
(MILECH et al, 2009; PERRACINI e FLÓ, 2009). 
 
Início 
 Aquecimento e desaceleração do exercício entre 5 e 10 minutos cada. 
Tipos de exercícios 
 Exercícios aeróbicos: na esteira ou caminhadas com ritmo rápido. 
 Exercícios de fortalecimento são bem tolerados e trazem benefícios aos indivíduos com doenças 
cardiovasculares associadas, no entanto na DVP sua prescrição é complementar aos exercícios 
aeróbicos. 
Intensidade 
 Inicialmente, a carga na esteira deve ser livre e o nível de caminhada na velocidade que elicita os 
sintomas de claudicação intermitente. 
 Os pacientes devem caminhar nessa carga até chegarem a uma claudicação moderada, podendo 
então realizar um repouso para permitir a diminuição dos sintomas. 
Duração 
 O exercício intervalado com repouso deve ser repetido no início do treinamento. 
 A duração inicial dos exercícios deve ser de 35 minutos, sendo aumentada em 5 minutos a cada 
sessão até atingir o tempo de 50 minutos. 
Frequência 
 3 a 5 vezes por semana. 
Função da supervisão direta 
 À medida que os pacientes aumentam a habilidade de caminhar, a carga e a velocidade devem ser 
aumentadas para assegurar-se de que o estímulo sensibiliza os sintomas de claudicação intermitente. 
 À medida que os pacientes aumentam a habilidade de caminhar, podem surgir sinais de sintomas 
cardíacos que devem ser avaliados por um cardiologista. 
Fonte: PERRACINI e FLÓ (2009) 
Figura 1 Guia sobre programas de reabilitação para claudicação intermitente DVP 
 
Idosos constituem uma população em risco para desenvolvimento de linfedema, 
principalmente depois de tratamento com radioterapia devido câncer, esvaziamento axilar ou 
retroperitoneal e consequências de erisipelas de repetição. Comorbidades referentes à 
população idosa, como artrite reumatóide, diabetes, parkinsonismo, hérnia de disco, doenças 
cardíacas e respiratórias, limitam processos que estão intimamente relacionados ao transporte 
no sistema linfático, como contração muscular, caminhadas, mudanças posturais e diminuição 
capacidade respiratória (PERRACINI e FLÓ, 2009). 
Segundo Perracini e Fló (2009), existem evidências científicas suficientes, para atuação 
fisioterápica no tratamento do linfedema. Tratamento depende da realização correta drenagem 
linfática manual, elevação do membro associando exercícios miolinfocinéticos, tratamento 
compressivo, acesso e acompanhamento médico em casos complexos, aderência ao 
tratamento seguindo orientações e auto-cuidados. Esses cuidados seriam: lavagem diária; 
tratamento cuidadoso da pele com hidratação; exercícios de movimentação articular e 
elevação, no mínimo 1 vez por dia. Todos os tipos de exercícios musculares, isométricos e 
isotônicos em MMII e membros superiores, mostraram ser eficientes em aumentar fluxo do 
sistema linfático. 
12 
 
Idade, um fator importante para se desenvolver úlceras venosas, arteriais, diabéticas e por 
pressão. Mudanças fisiológicas da idade fazem com que feridas no idoso curem-se mais 
lentamente que nos jovens, favorecendo que se tornem crônicas. Diminuição da resposta 
inflamatória, granulação retardada, reduzida interligação e organização das fibras colágenas, 
baixa resistência à tensão do tecido cicatricial, baixa taxa epitelização e vasos cutâneos mal 
organizados são algumas alterações comuns nos mais velhos. Essas alterações, somadas à 
mobilidade reduzida, aumentam risco de desenvolver úlceras por pressão, especialmente pela 
redução da quantidade e qualidade do colágeno da derme, tornando pele mais fina e menos 
elástica (PERRACINI e FLÓ, 2009). 
Segundo Perracini e Fló (2009), quando ocorre lesão tecidual, nota-se a corrente fraca, entre a 
pele e tecidos lesionados, chamada corrente de lesão. Essa corrente continua sendo gerada até 
que lesão cutânea seja reparada e processo cicatricial interrompido. Acredita-se que essa 
corrente dispare processo de reparo biológico e favoreça migração de células epidérmicas 
para leito da lesão (galvanotaxia), fato esse extremamente importante, principalmente nas 
fases inflamatória e proliferativa. Nas úlceras crônicas, essa corrente de lesão pode diminuir 
ou até mesmo cessar. A estimulação elétrica pode acelerá-la ou reiniciá-la, favorecendo 
processo de reparação. 
Duas classes principais de correntes vêm sendo utilizadas com objetivo de melhorar processo 
cicatricial: correntes unidirecionais (contínua de baixa intensidade, Tabela 2; pulsada 
monofásica retangular, Tabela 3; e pulsada de alta voltagem, Tabela 4) (PERRACINI e FLÓ, 
2009). 
 
Parâmetros Programas 
Amplitude 100 – 800 µA 
Tempo 2 horas; 2 a 3 vezes por dia; 5 dias por semana 
Técnica de aplicação Monopolar 
Polaridade Pólo negativo nos 3 primeiros dias ou até melhora da infecção 
Pólo positivo até a completa cicatrização ou quando a mesma atingir o platô 
Fonte: PERRACINI e FLÓ (2009) 
Tabela 2 Corrente contínua de baixa intensidade para utilização em feridas 
 
Parâmetros Programas 
Tempo de duração do pulso 132 – 150 µs 
Amplitude 29 – 35 mA 
Frequência 128 Hz – início do tratamento (fase inflamatória) 
64 Hz – fase proliferativa 
Tempo 30 minutos, 2 vezes/dia, 7 vezes/semana 
Técnica de aplicação Monopolar 
Polaridade Pólo negativo até o controle da infecção e, depois, alternância a 
cada 3 dias ou alternância diária 
Fonte: PERRACINI e FLÓ (2009) 
Tabela 3 Corrente pulsada monofásica retangular para utilização em feridas 
 
 
 
13 
 
 Inflamação Proliferação Epitelização Remodelamento 
Polaridade Negativo alternar 
negativo/positivo a 
cada 3 dias 
alternar 
diariamente 
alternar diariamente 
Frequência 
dos pulsos 
30 pps 100 – 128 pps 60 – 64 pps 60 – 64 pps 
Amplitude 100 – 150 V 100 – 150 V 100 – 150 V 100 – 150 V 
Duração 1 hora 1 hora 1 hora 1 hora 
Frequência 
do 
tratamento 
2 vezes/semana, 
1 vez ao dia 
2 vezes/semana, 1 
vez ao dia 
2 vezes/semana, 1 
vez ao dia 
2 vezes/semana, 1 vez 
ao dia 
Fonte: PERRACINI e FLÓ (2009) 
Tabela 4 Corrente pulsada de alta voltagem para tratamento de feridas 
 
Correntes bidirecionais (alternada e pulsada bifásica – simétrica ou assimétrica balanceada – 
dentre essas, a mais usada estimulação elétrica nervosa transcutânea – TENS, Tabela 5). 
Correntes unidirecionais são mais utilizadas na prática clínica do que bidirecionais, com 
principal finalidade incremento das correntes de lesão e efeito bactericida. Já correntes 
bidirecionais têm apresentado resultados animadores e tem o principal efeito fisiológico, 
aumento fluxo sanguíneo, melhorando oxigenação e nutrição tecidual, favorecendo 
cicatrização. Técnicas aplicativas de eletrodos utilizadas são monopolar, que se posiciona um 
eletrodo sobre a ferida e outro na pele íntegra, próximo à lesão; e bipolar, que os eletrodos são 
posicionados na pele íntegra ao redor da lesão. Além do efeito analgésico, alterações térmicas 
e fluxo sanguíneo cutâneo em indivíduos saudáveis e portadores de algumas doenças, comosíndrome de Raynaud e polineuropatia diabética. Disso começaram utilizar TENS com 
objetivo de acelerar o fechamento úlceras isquêmicas difícil reparo, já que teve aumento do 
fluxo sanguíneo (PERRACINI e FLÓ, 2009). 
 
Parâmetros Programas 
Tempo de duração do 
pulso 
100 – 1.000 µs 
Frequência Baixa (2 – 4 Hz) ou alta (40 – 100 Hz) 
Amplitude Frequência baixa: nível motor 
Frequência alta: nível sensorial alto (imediatamente abaixo nível motor) 
Tempo 20 minutos a 2 horas, 1 a 3 vezes por dia 
Técnica de aplicação Bipolar 
Fonte: PERRACINI e FLÓ (2009) 
Tabela 5 Corrente pulsada bifásica balanceada (TENS) utilização em feridas 
 
Equipamentos de laser utilizados em fisioterapia apresentam comprimentos de onda na faixa 
vermelha ou infravermelha. Para tratamento de chaga, atualmente utiliza mais laser vermelho 
por apresentar maior absorção em tecidos superficiais, embora infravermelho também possa 
ser usado. Efeitos fisiológicos vêm sendo postulados para explicar seus benefícios 
terapêuticos na cicatrização de tecidos: aumento síntese de adenosina trifosfato devido à 
estimulação transporte de elétrons mitocondriais, favorecendo mitoses celulares; estimulação 
atividade de macrófagos, linfócitos e fibroblastos através aumento do influxo de cálcio; 
vasodilatação microcirculação, melhorando nutrição tecidual; ativação síntese de proteínas; 
estimulação síntese de RNA e DNA; estimulação angiogênese; aumento da atividade 
14 
 
succinildesidrogenase das células epiteliais basais; e aumento atividades da 
lactodesidrogenase e esterases não específicas dos fibroblastos (PERRACINI e FLÓ, 2009). 
Segundo Perracini e Fló (2009), laser pode ser aplicado em úlceras cutâneas através de três 
técnicas: 
a) Pontual com contato pele intacta na margem da úlcera, respeitando-se uma distância de 1 – 
2 cm entre os pontos. Feixe de luz deverá incidir no tecido, perfazendo ângulo de 90º com 
o mesmo, para diminuir reflexão da luz. O contato direto fará com que, distância entre 
fonte emissora da energia e tecido-alvo seja menor possível, favorecendo penetração da 
energia; 
b) Pontual com ou sem contato no leito da úlcera, por meio de gradeamento imaginário ou 
através de tela quadriculada. Técnica com contato deve-se utilizar filme de policloreto de 
vinila (PVC) envolvendo caneta aplicadora ou superfície da ferida, evitando infecção 
cruzada, já que não é possível esterilizar essas canetas; 
c) Varredura através irradiação de uma margem à outra da úlcera, percorrendo toda sua 
extensão. Quando essa técnica feita manualmente, distribuição energética é menos 
homogênea que técnica pontual, já que é difícil controlar velocidade do movimento do 
feixe e número de vezes que irradia determinado local. Alternativa para tornar técnica mais 
homogênea seria utilização de equipamentos que movimentam feixe continuamente com 
velocidade constante sobre toda área ulcerativa. No entanto, esses equipamentos são mais 
caros e difícil acesso no Brasil. 
Radiação ultravioleta, uma das formas fototerapia. Energia constituída ondas 
eletromagnéticas, variando de 200 a 400 nm. Esse tipo de radiação, especialmente faixa entre 
200 a 290 nm (ultravioleta C), apresenta efeito bactericida, importante no tratamento de 
feridas infectadas. Além disso, radiação ultravioleta promove eritema pela liberação de 
substâncias vasodilatadoras, melhorando fluxo sanguíneo local e permeabilidade capilar. 
Causa esfoliação celular camada córnea da epiderme e estimula hiperplasia das células 
epidérmicas basais, auxiliando na reepitelização. Estimula atividade dos fibroblastos, aumenta 
deposição matriz extracelular, favorece formação do tecido granular e acelera taxa de 
fechamento das feridas. Alguns estudos clínicos demonstraram que feridas crônicas 
resistentes a diversos tratamentos podem responder à radiação ultravioleta (PERRACINI e 
FLÓ, 2009). 
Ultra-som terapêutico (UST) usado para reparação tecidual (Tabela 6). Existem evidências 
científicas que efeitos biofísicos UST podem auxiliar cicatrizando diversos tipos de úlceras, 
como venosas e por pressão, desde que seja aplicado forma apropriada. Caso não seja 
aplicado adequadamente, efeitos terapêuticos podem não ocorrer, ou ocorrer efeitos 
deletérios, impedindo a cicatrização, causando lesão ainda maior (PERRACINI e FLÓ, 2009). 
 
Parâmetros Programas 
Frequência do transdutor 3 MHz 
Modo Pulsado 
Frequência de repetição de pulsos 100 Hz 
Ciclo de trabalho/regime de pulso 20% 
Técnica de aplicação Ao redor da ferida 
Intensidade 0,5 – 1,0 W/cm2 
Tempo de aplicação 1 minuto/cm
2 
Fonte: PERRACINI e FLÓ (2009) 
Tabela 6 UST Parâmetros recomendados para aplicação em feridas 
15 
 
 
Segundo Perracini e Fló (2009), existem estudos utilizando ondas curtas pulsadas através 
eletrodos indutivos (tambor) para cicatrização de feridas crônicas. Energia desse tipo causa 
aumento da perfusão microvascular e alterações permeabilidade das membranas, causando 
aumento atividade celular. Apesar existirem estudos clínicos com resultados encorajadores no 
tratamento úlceras crônicas, venosas e por pressão, esse tipo recurso não é muito utilizado no 
Brasil, pela maior facilidade na aplicação outros recursos, como o laser. 
Atualmente calor vem sendo empregado, em programas de reabilitação, não apenas para 
aliviar dor e relaxamento muscular, mas também aumentar o fluxo sanguíneo, acelerar 
reparação tecidual, aumentar extensibilidade de tecidos moles e preparar cápsulas articulares, 
ligamentos e músculos rígidos para realização de exercícios. Esses efeitos se devem às 
alterações fisiológicas promovidas pelo calor nos processos metabólicos, hemodinâmicos e 
neuromusculares (PERRACINI e FLÓ, 2009). 
Mecanismos fisiológicos através dos quais calor causa analgesia até o momento não são 
completamente esclarecidos, porém é atribuída aos efeitos diretos exercidos pelo calor sobre 
termorreceptores e condutibilidade dos impulsos nas fibras nervosas, bem como efeitos 
indiretos relacionados à estimulação da reparação tecidual, redução do espasmo muscular e 
isquemia tecidual (PERRACINI e FLÓ, 2009). 
Termoterapia pode ser dividida, superficial e profunda. Superficial, aquecimento tecidual a 
níveis terapêuticos (40 – 45°C) ocorre no máximo, a 1 cm. Nesses casos, consegue-se aquecer 
apenas pele e tecido subcutâneo, dependendo da região tratada. Analgesia pode ter 
consequência indireta, reduzir espasmos musculares, favorecendo relaxamento do paciente. 
Mas efeitos termoterápicos superficiais são limitados pelo fato de não produzirem 
modificações vasculares e metabólicas, nas estruturas mais profundas: músculos, cápsulas, 
ligamentos e tendões. Isso faz com que recursos superficiais sejam menos utilizados pelos 
fisioterapeutas (PERRACINI e FLÓ, 2009). 
Segundo Perracini e Fló (2009), termoterapia profunda consiste em utilizar modalidades que 
causam aquecimento tecidual, podendo atingir entre 2 – 5 cm. Tempo de aplicação agentes 
térmicos varia entre 15 a 30 minutos, dependendo do estágio fisiopatológico tecidual e 
tamanho da área ser tratada. Problemas fase subaguda, recomenda-se aplicação por 15 a 20 
minutos; e lesões fase crônica, 20 a 30 minutos. Dosimetria é feita acordo com respostas dos 
pacientes. Deve-se avaliar cuidadosamente paciente antes utilizar calor, visto que idosos 
podem apresentar alterações de sensibilidade térmica, sendo nesses casos aplicação contra-
indicada pelo risco queimaduras. 
Profissionais da saúde possuem forte atuação também no aspecto promoção de saúde, 
processo que permite pessoas controlar e melhorar sua saúde, prevenindo algumas doenças 
crônicas por meio de atividades físicas. Nunca é tarde demais para adotar estilo de vida 
saudável. Envolvimentoem atividades físicas adequadas associadas uma alimentação 
saudável pode prevenir doenças e declínios funcionais passíveis ocorrer com envelhecimento 
(MILECH et al, 2009; PERRACINI e FLÓ, 2009). 
Exercícios físicos terapêuticos (EFT) usados pelo fisioterapeuta para tratar disfunções 
neuromusculoesqueléticas ou cardiopulmonares de pessoas qualquer idade. Os EFT devem 
ser eficientes para objetivos propostos e seguros mesmo para pessoas debilitadas e com 
limitações funcionais. Eles devem proporcionar uma boa condição anatômica e funcional dos 
ossos, músculos e articulações, além aumentar força muscular, resistência e coordenação 
(PERRACINI e FLÓ, 2009). 
Segundo Perracini e Fló (2009), uma das formas EFT utilizado, em função de suas qualidades 
e segurança, são exercícios resistidos (ER). Fatores sobrecarga podem ser facilmente 
adaptados para qualquer condição de saúde: posição do corpo, amplitude e direção dos 
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movimentos, carga, número de exercícios, repetições e de séries, grau de esforço, duração das 
sessões e frequência semanal. 
Perracini e Fló (2009), citam OMS, que recomenda incorporação dos ER qualquer programa 
para promoção de saúde. Razões desse posicionamento são seus numerosos benefícios: 
aumento da massa muscular, aumento força muscular, aumento da massa óssea, diminuição 
dores musculoesqueléticas, melhora coordenação, conscientização corporal, equilíbrio, 
melhora ou manutenção da flexibilidade e mobilidade, além de bem-estar psicossocial. 
Saúde cardiovascular é estimulada por qualquer atividade física, pode ser por trabalho braçal, 
lazer e programas de condicionamento físico, incluindo ER. Principal estímulo atividade 
física no aspecto cardiovascular, diminuir incidência doenças crônicas que evoluem para 
degeneração vascular. Relacionado ao DM, prática regular de exercícios físicos aeróbios e 
resistidos trazem seguintes benefícios: estimula produção de insulina, aumenta sensibilidade à 
insulina, eleva capacidade captação de glicose pelos músculos, diminui gordura corporal, 
aumentam massa muscular, favorecendo homeostase da glicose. Estudos indicam que número 
de séries que pode ser realizado, tanto para adultos quanto para idosos, é 3 a 4 séries por 
exercício, sendo volume mínimo de 3 séries, incluindo séries de aquecimento (PERRACINI e 
FLÓ, 2009). 
Primeira série deve ser realizada com cerca de 50% da carga da terceira; para segunda série, 
acrescentam-se cerca de 50% da carga da primeira. Terceira série deve ser com máxima carga 
possível para repetições planejadas, observando grau de esforço recomendado para cada caso. 
Primeira série costuma-se realizar entre 12 e 15 repetições; segunda entre 10 e 12; e terceira, 
entre 6 e 10. Cargas são definidas por aproximação sucessiva, sendo muito leves nos 
primeiros dias de treino, principalmente para pessoas sedentárias e debilitadas (PERRACINI e 
FLÓ, 2009). 
Pessoas debilitadas, treinamento deve abranger todo corpo em cada sessão. Frequência é 
importante para prescrição do exercício. Profissionais da saúde devem considerar 
necessidades e objetivos de cada um; indivíduos mais frágeis, frequência de treinamento deve 
ser 2 vezes semanais, havendo mais tempo de recuperação, aumentando adesão. Intervalo é 
necessário para recuperar capacidade metabólica dos músculos, permitindo volta da 
frequência cardíaca aos níveis basais, preconiza-se de 1 a 2 minutos (PERRACINI e FLÓ, 
2009). 
Sistema cardiovascular dos idosos ocorre perda elasticidade dos vasos, com aumento 
frequência cardíaca ao esforço. Associação, imersão aquática e exercícios, favorecem 
aumento do débito cardíaco, em razão melhora da contratilidade miocárdica. Sabemos vários 
benefícios hidroterapêuticos, porém é contra-indicada aos pacientes com processo 
tromboembólico, HAS, DM e doenças cardíacas não controladas (PERRACINI e FLÓ, 2009). 
5. Conclusão 
São necessários estudos coortes mais profundos, empregando aparelhos 
eletrotermofototerapia. Temos várias pesquisas incluindo-os, porém não se sabe ao certo 
como é fisiopatologia de alguns mecanismos, consequentemente não sabemos como 
acontecem as cicatrizações. 
PD uma entidade com fisiopatologia complexa e prevalência elevada, dependendo para 
prevenção e controle, ações saúde paradoxalmente simples que dependem, fundamentalmente, 
educação e interações multidisciplinares. Estabelecimento programas e projetos, tornando 
viável o acesso todos os níveis atenção, que privilegiem educação dos profissionais de saúde e 
pacientes, familiares e sociedade poderá trazer redução das internações e amputações de 
diabéticos com complicações em MMII. 
Lesões neuropáticas, micoses de pele e unhas, e isquemias estão presentes nos pés dos 
diabéticos. Importante que sejam estabelecidas medidas preventivas, evitando formação de 
17 
 
úlceras e amputações, já que PD é uma complicação prevenível a partir da atuação de um 
grupo multidisciplinar. Nesse grupo, a fisioterapia tem papel decisivo a cumprir como 
cuidador e educador, vez que mesmo atua em diversos níveis de atenção à saúde. Sua atuação 
efetiva pode evitar aparecimento de complicações nos pés, identificação precoce de lesões, e 
caso necessário, instituindo um tratamento adequado podendo prevenir uma possível 
amputação. 
Destarte, que se pretende é acrescentar anos à vida para serem vividos com melhor capacidade 
funcional e independência possível. Em vários países, espera-se viver cerca de 20 a 25 anos 
mais após 60 anos, impondo desafios aos próprios idosos, às famílias e a comunidade, 
principalmente em relação ao sustento da funcionalidade e provisão de cuidados e serviços de 
suporte. 
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