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7.AFECÇÕES DO SISTEMA LOCOMOTOR DE EQUINOS

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SISTEMA LOCOMOTOR DE EQUINOS
O apoio do equino deveria estar distribuído pela muralha do casco, e não na sola, pois isso causa dor. A sola deveria estar encostando no chão apenas em situações de maior impacto. 
O casco deve ser côncavo, e a ranilha auxilia no amortecimento, dentro do casco está a falange distal ou terceira falange inteira, e a porção distal da segunda falange. Osso navicular está no interior do casco (osso sesamóide distal), o sesamóide proximal está no boleto. O navicular serve para mudar eixos, do tendão flexor digital profundo. O coxim digital auxilia amortecimento digital e está dentro do casco também. Lesões em bulbo dos talões podem ocorrer quando o cavalo “se alcança”: encosta o membro pélvico no torácico. Também pode causar lesões em ranilha, quando a ferradura fica frouxa após se alcançar. 
Sempre que o equino tiver doenças graves (com febre), há alterações em coroa do casco, sendo observadas “anéis/linhas de crescimento”, sendo possível até mesmo predizer quando o animal teve problemas, pela análise das linhas. 
HEMATOMA E ABCESSO
As razões para aparecerem são distintas, mas a lesão é semelhante: acúmulo de material. 
 Os hematoma podem se formar por concussão na parede: difícil de visualizar devido a coloração do casco. Ou ainda por concussão na sola: por ferradura larga (normalmente aparece após 2-3 dias da ferração do cavalo, que passa a demonstrar dor – o correto é que a ferradura seja mais fina na parte interna do casco), solo duro e pedras.
 Já os abcessos estão ligados a detritos e bactérias que invadem orifícios no casco: causados por pedrinhas, arames, rachaduras, etc. É uma secreção purulenta enegrecida, de cheiro ruim. 
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA: Claudicação, Doloroso até ser aliviado. 
TRATAMENTO: Localizar lesão e abri-a, Lavar com água oxigenada (esporocida) e Dakin ou iodo, Curativo com PVPI, “Bota” de proteção: não deve permanecer por mais de 24 horas, Se necessário AINE + ATB.
PODODERMATITE INFECCIOSA (NECROBACILOSE/”BROCA”)
Causado pela bactéria gram negativa Sphaerophorus necrophorus, responsável por fazer túneis no casco, sendo que utiliza de pequenos orifícios no casco para entrar, subindo e causando lesão. Geralmente é percebida pelo casqueador, como uma secreção enegrecida e falhas no casco. A ação da bactéria não causa dor, apenas quando as lesões já são extensas.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Inflamação local: calor, dor, hipertermia, Odor fétido, Rachaduras/orifícios em casco, além da laudicação: Se o equino é constantemente ferrageado, cuidado, a lesão será rapidamente percebida e essa alteração não será observada.
TRATAMENTO: Limpeza e secagem, Abertura da lesão: identificar o local através da percussão do casco, sendo percebida dor (variável) e um ruído oco. Uso de antisséptico: Iodo 5-10% (não deve tocar na coroa do casco – lesa tecido); ½ fenol ½ iodo 5%; Formalina 10%; Sol. Sulfapiridina 15%; Sulfato de cobre; Ácido pírico; Licor de Vilate. 
Recuperação rápida (cuidados com higiene local diária; reduzir umidade do ambiente).
PODRIDÃO DA RANILHA
Provocado pela presença da bactéria Sphaerophorus necrophorus na ranilha, associado à excesso de umidade e Falta de pressão na ranilha: Animal está em repouso, não trabalha e não força a ranilha. Também pode estar associada à falha de casqueamento e/ou forrageamento: ranilha muito rasa. A afecção vai levar ao mau cheiro e alargamento da ranilha
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Secreção enegrecida e fétida nos sulcos da ranilha, Afundamento dos sulcos, Possível claudicação, e a afecção tende a ser mais comum em MP do que em MT: limpezas mais rápidas e superficiais, medo de manejar o membro pélvico devido a coices. 
DIAGNÓSTICO: Inspeção: secreção enegrecida na ranilha; Olfação: cheiro forte de podridão
TRATAMENTO: Limpeza diária, uso de Cama limpa e seca. Medicações tópicas antissépticas: as mesmas utilizadas na pododermatite infecciosa (broca), colocado na ranilha com seringa, gaze, etc. Recuperação rápida: menos de uma semana.
DOENÇA DA LINHA BRANCA
Etiologia: Infecção fúngica da parede do casco e invasão em áreas pré-injuriadas, com em casos pós laminite e abcessos. A infecção se estende até as cavidades entre as lâminas e parede externa do casco promovendo a separação da parede/sola. 
DIAGNÓSTICO: Visual: alargamento da linha branca e “pó” branco nessa região
TRATAMENTO: Limpeza, Debridamento, Aplicação de iodo 5% ou formalina 10%, Resolução rápida. Fica um buraco, que é reconstituído somente com crescimento do casco. A higiene do casco deve ser bem feita.
RACHADURAS
As rachaduras de casco podem ter seu desenvolvimento associado devido a presença de cascos compridos devido à atraso de casqueamento, Lesões na coroa: fragilidades em alguns locais do casco, ou ainda por Ressecamento e adelgaçamento da parede.
Cerca de 80% das rachaduras começam de baixo para cima, mas são mais fáceis de resolver. Entretanto, as rachaduras de cima para baixo são mais complicadas, pois mesmo as pequenas são difíceis de resolver. 
MANIFESTAÇÃO CLÍNICAS: Separação da parede, Claudicação (proximidade das lâminas sensíveis), Hemorragia após trabalho: volumes muito pequenos, quadro de Infecção.
DIAGNÓSTICO: Visual
TRATAMENTO Conforme o tipo de rachadura: 
1. Superfície de apoio (de baixo para cima): Impedir que alcancem a coroa: grosar (“lixar” o casco, gastando 1-1,5 mm), fazer fenda ou queimar. Ferragem corretiva: meia-lua; Guarda-cascos ao lado da rachadura; Ferradura de meia barra. Usar fios de aço e resina: (EquiBlock -dura mais de 30 dias- ou Metilmetacrilato – dura 20-25 dias- ou Durepox -dura de 10-15 dias).
2. Coroa (de cima para baixo): Limpeza + abrir com rineta ou máquina de gesso, Grosar a cada 15 dias + casqueamento mensal, Ferrageamento: meia-lua, Fios de aço e resina (EquiBlock, Metilmetacrilato ou Durepox)
PROGNÓSTICO: Favorável: Quando a origem é na superfície de apoio e sem infecção. Reservado: Quando a rachadura é em coroa e em caso em que há infecção.
SINDROME NAVICULAR
A síndrome navicular apresenta maior predisposição em equinos de meia idade e idosos, sendo uma doença decorrente de pouca vascularização (degenerativa) em osso sesamóide distal. Pode haver relação genética: Animais com encastelamento ou cavalos de casco pequeno e maior peso. Também pode estar associado ao trabalho sistemático em piso duro: lesões em tecidos duros.
DIAGNÓSTICO: Anamnese e exame físico, sendo que o equino vai apresentar claudicação progressiva e crônica, sendo mais frequente nos membros anteriores: cascos mais pontudos, os MT são mais largos devido ao peso da cabeça, e geralmente bilateral.
No início da doença pode melhorar durante o exercício, e posteriormente ao exercício agravar o quadro. No início o tratamento caseiro com AI era mais efetivo e foi diminuindo com o passar do tempo (doença degenerativa piorando). O animal começa a enterrar pinça e apoiar talões sobre pequenos “montes”: Faz um “saltinho”. À palpação: pinça do casco é dolorosa. Bloqueio do Nervo digital: por meio de bloqueio baixo ou abaxial Se não claudicar após, fecha o diagnóstico. Raio X: Radiografia: aumento da radioluscência de canais no osso navicular, aparecimento de cisto radioluscente, ranhuras no osso navicular. Esses achados, associados ao histórico, fecham o diagnóstico.
TRATAMENTO
Clínico: realizar períodos de repouso, uso de AINES: Fenilbutazona (maiores efeitos colaterais – usar no máximo 5 dias), Meloxicam (até 8 dias de tratamento), Flunixim-meglumine (até 10 dias). Promover aumento de vascularização: Ácido acetil salicílico (AAS) dose alta (1 comprimido para 10-15 kg de PV, macerados na ração, no glicopam ou mel). Ferragem corretiva: Oval (pianela)/Fechada. Shock Wave: “pancadas” no casco, de forma a favorecer a circulação do casco.
Cirúrgico: Neurectomia Abre na região da patela, localiza o plexo e secciona o nervo. Utilizar lidocaína como anestesia local, para reduzir a ocorrência de neuroma. Ética: Veterinários indicam sem necessidade (alto ganho $$) e não resolve a degeneração, apenasfaz com que o animal não sinta dor por 1 ano e meio a dois anos. Após isso, os nervos fazem um novo caminho de condução e o animal precisa ser aposentado. Se o proprietário não é ético, pode intensificar muito o trabalho do paciente, que pode se machucar.
Prognóstico Reservado: Doença degenerativa, chega um ponto onde nada mais pode ser feito.
LAMINITE
A laminite é sequela de distúrbios que promovam endotoxemia e liberação de mediadores inflamatórios, sendo não só uma doença inflamatória que gera muita dor, como também apresenta caráter degenerativo. 
Excesso de corticosteroides (a utilização de corticoides deve ser cautelosa em equinos, com doses baixas e de protocolos curtos), Cólicas prolongadas, pleuropneumonia, metrite séptica, exaustão e desidratação, Trabalho em piso duro (lesão óssea e degeneração de lâminas), Peso desigual entre os membros. É mais comum ter laminite em membros torácicos, por isso ele pode assumir uma postura de membros afastados e esticados, joga a cabeça para o lado para aliviar o peso, e para manter o equilíbrio joga os pélvicos para baixo do corpo. 
O casco em seu interior é composto pela falange distal, e uma parte da falange média, osso navicular e ligamento flexor digital profundo. O estojo córneo emite lâminas finas que se justapõe com a terceira falange mantendo a adesão. Essas lâminas são denominadas de lâminas dérmicas e epidérmicas, havendo as primárias e secundárias de ambas, as lâminas que partem do estojo córneo são as epidérmicas, as lâminas que saem da terceira falange são as dérmicas, havendo o contato íntimo entre elas, gerando um arranjo forte o suficiente a não permitir que o casco saia. Partindo das lâminas primárias saem as lâminas secundárias que vão aumentar a segurança da adesão. 
Apesar do TFDP passas a vida inteira tracionando a terceira falange, ela não se move, devido a esse arranjo funcional de aderência, com a laminite há fragilidade das lâminas, e neste momento, a tração feita pelo TFDP é suficiente para gerar um deslocamento da terceira falange, pois as lâminas alteradas não conseguem manter a falange em sua posição correta. O tendão não fica mais forte, são as lâminas que estão mais frágeis, e a única possibilidade mecânica é a rotação da falange ventralmente. Nem todo cavalo com laminite tem rotação, apenas em casos mais graves, mais crônicos, sendo algo comum. Quando há rotação, há tendência da falange comprimir o casco, podendo em algum momento ocorrer fratura, com exposição da terceira falange (nestes casos a recomendação é eutanásia). 
SC Agudos (mais comum) aumento de FC e FR (ocorre pela dor), depressão, anorexia ou redução de apetite, alternância do apoio para poupar o membro (não confundir com estereotipia que é o tempo todo balançando), aumento do pulso nas aa. Digitais (consegue contar a frequência), pinçamento de casco: sensibilidade na sola e pinça (nem sempre dá pra fazer, pois as vezes por dor ele não consegue levantar o membro para fazer e jogar o peso em outro), relutância em mover-se, claudicação, depressão e exsudação na faixa coronária (levemente úmido oriundo da inflamação), pele pode descolar da muralha do casco, sola achatada ou protuberante entre a pinça e ranilha (rotação e afundamento da falange distal). Os MT são mais acometidos pelo maior peso, e as lâminas dorsais são mais acometidos que os talões, então dói mais na frente do que atrás do casco. Em casos mais graves o estojo córneo pode se soltar. 
SC Crônicos aqueles que a aguda não foi tão a grave, estabilizou, ou o tratamento não foi feito ou a resposta não foi adequada, gerando claudicação, conformação anormal do casco, sola achatada ou caída (esparramado no chão), linha branca alargada (por que a sola achinela), muralha do casco com crescimento desigual, anéis córneos irregulares. 
O diagnóstico vai se dar baseado no histórico do paciente, manifestações clínicas e em associação com os achados radiográficos para ver se houve rotação, com perda de paralelismo entre a muralha e a falange Maior distância entre a muralha do casco e o córtex dorsal da 3° falange, e o grau de angulação da terceira falange Rotação ventral da 3° falange: deslocamento ventral do processo extensor da 3° falange
Tratamento:
Emergencial bloquear o processo degenerativo
AINEs para tratar a dor e a inflamação Fenilbutazona: 4,4mg/kg 2,2mg/kg, IV, SID, 5d ou Flunixin-meglumine (pode ser prolongado o tratamento, diferente da fenilbutazona): 1,1mg/kg, IV, SID, 7d, um deles associado à DMSO (aumenta o potencial anti-inflamatório): 0,2 – 1,0mg/kg em 3l de fluido, por 2 ou 3d e Ác. acetil salicílico (Aumentar a circulação local): 60 compr, 1X/dia.
Reduzir tensão sobre as lâminas: cama de 30-60cm para ficar fofa e facilitar o caminhar do animal, fornecendo mais conforto e encorajar o cavalo a deitar (quanto mais deitado e confortável melhor – respeitar o seu descanso). 
Ferrageamento corretivo: distribuir o peso sobre sola e ranilha e retirar peso da muralha, sustentar ranilha heart bar shoe (o animal está morrendo de dor, poucas chances de deixar colocar os cravos, havendo a necessidade de sedação); palmilhas para proteger sola; rolamento da pinça (desgaste da ponta para jogar o peço para trás do casco, ferradura de colar (Easy Glue®) estrutura de alumínio recoberta por plástico, botinhas com material amortecedor (borracha) com silver tape para colar
Vasodilatação periférica: acepromazina: 0,044mg/kg, IM, BID, por 4-5dias (dose muito baixa que não promove traquilização)
Anti-trombóticos: heparina sódica: 0,5UI/Kg, SID-TID, IM, tempo indeterminado só passa a usar heparina se for muito grave, não para de evoluir, se não é melhor evitar pela formação de hematomas. 
Dessensibilização bloqueio perineural abaxial: bupivacaína 0,75%, BID, por 2 dias ou lidocaína 2% SV, BID, 3 dias, pode-se fazer nos dias que vai trocar a botinha ao invés de 2-3 dias seguidos, pois facilita o manejo já que o animal não está sentindo tanto. 
Prognóstico Satisfatório: resposta ao tratamento entre 24-48h, sem alterações radiográficas
Reservado: 2-5° de rotação nos primeiros 30 dias retorno gradual ao exercício, podendo levar de 2-3m para voltar de verdade.
Grave: 5-10° rotação nas primeiras 6 semanas e sem mais rotação 90 dias de repouso na baia fazendo pouco exercício, 12 meses de pasto sem exercício cavalos de lazer, eventualmente fazer algum exercício.
Péssimo: 10-15° rotação em até 6 semanas necrose das lâminas e exposição da 3° falange eutanásia.
RABDOMIÓLISE
Epidemiologia: doença decorrente do excesso de treinamento, esforço que ele não estava preparado, sendo mais comum (favorecido) em cavalos que há ração rica em carboidratos, animais que houve prévia administração de corticoides e éguas/potrancas > castrados > garanhões (testosterona gera uma certa resistência).
A dieta rica em carboidratos vai levar a maior reserva de glicogênio muscular, e quando há exercício intenso e atinge-se o metabolismo anaeróbio há produção de ácido lático em grande quantidade, provocando dor e edema das fibras musculares. 
Sinais clínicos síndromes:
1.Azotúria: forma mais grave rigidez muscular, espasmos musculares, sudorese, ↑FC, ↑FR, febre baixa, face ansiosa, reluta movimentar-se, mioglobinúria obrigatória (caracteriza a doença). 
2.Atamento: ≈ azotúria, mas em menor grau sudorese, ansiedade, mialgia, rigidez e tremores, SEM MIOGLOBINÚRIA, “esfriamento” (quando molha-se o paciente com água fria depois de um exercício intenso e estar muito quente contração muito rápida). 
3.Miopatia por falta de condicionamento ao trabalho rigidez, tremores, mialgia, distúrbios eletrolíticos, desidratação. 
Diagnóstico baseado nos sinais clínicos, exames laboratoriais (Enzimas de lesão muscular: Creatinaquinase (CK retorna aos níveis normais em 24h, indicando traumas agudos): > 140 U/L, Aspartato aminotransferase (AST demora até 24h para subir, demorando semanas para voltar ao normal, indicando traumas mais crônicos): > 366 U/L). Sempre comparar com FA para garantir que o problemanão é hepático. 
O tratamento não é complicado, mas é demorado, com fluidoterapia, para garantir hidratação e auxílio na diurese para evitar mioglobinúria nos túbulos renais. Vai fazer fluído até ele começar a urinar bastante, e coletar amostras sequencias para comparação da coloração, parando de fazer a fluido depois que a urina voltou ao normal, depois que ele urina mais 2 ou 3x. 
Tranquilizantes: Acepromazina gerar relaxamento muscular e deixá-lo mais calmo, sem promover muita queda na pressão. Pode suspender se o animal estiver calmo. 
AINEs: Fenilbutazona ou flunixim-meglumine o paciente requer AINE pela lesão inflamatória muscular, mas só depois que estiver bem hidratado para evitar nefropatias. 
Relaxantes musculares: Metocarbamol (Robaxin®) ou Tiocolchicosídeo (Coltrax®)
Cuidados Gerais: Retirar o concentrado, Minimizar a movimentação, Massagem nos músculos. 
TENDINITE, TENDOSSINOVITE, TENOSSINOVITE E DESMITE
Definições das afecções:
Tendinite: inflamação do tendão envolto por paratendão (mais comum)
Tendossinovite: Inflamação do tendão envolto por bainha tendínea
Tenossinovite (“ovas”): inflamação da bainha tendínea (só dói na primeira vez, que geralmente culmina com ruptura da bainha)
Desmite: inflamação do ligamento. 
Tendões e Ligamentos
São pouco extensíveis e histologicamnete são iguais, sendo diferenciados pelo que ligam, se liga osso a osso é um ligamento, osso a musculo é tendão. Passam por uma ou mais articulações e são constituídos por fibras colagenosas: fibroblastos (tenócitos) + matriz (colágeno tipo I em zigue-zague que é o que permite o mínimo de extensível que é possível). 
Injúria Tendínea ou Ligamentosa
Solo de treinamento: piso fofo é mais danoso pois exige maior esforço, tendo mais tendinite
Tipo de trabalho: exercício de velocidade geram mais lesão em TFDS e LSB nos MTs, enquanto os de tração gera mais lesão em LSB nos MPs. 
O tendão é dividido na região da canela em 7 pedaço de tamanho igual, sendo nomeadas de 1A, 1B, 2A, 2B, 3A, 3B e 3C, podendo localizar exatamente onde está a lesão no tendão. A região 2 é a mais acometida, seguida da 3 e da 1. 
Manifestações clínicas
Lesão Aguda: Aumento de volume, temperatura e sensibilidade, Claudicação, Abaixamento do boleto (se houver ruptura). 
Lesão Crônica: Aumento de volume firme (fibrose), Pouca alteração de sensibilidade e claudicação menos intensa. 
Diagnóstico
Clínico: Palpação em estação (sente-se o aumento de volume e a sensibilidade) e Flexão Isolamento à flexão de TFDS / TFDP / LSB (ramos) e Avaliação da sensibilidade. Comparar com o membro contralateral. 
Termografia: permite verificar se a Lesão é aguda ou crônica e a extensão da lesão, porém não indica se está ocorrendo reparação tecidual, diferente do US.
Ultrassonografia diagnóstica (USD): indica se a lesão é aguda ou crônica, se está ocorrendo reparação tecidual e a Extensão da lesão.
A recuperação é muito lenta e demora-se 1 anos para que haja a reposição total do tecido. 
Tratamento – Lesão Aguda
AINEs: Flunixim-meglumine: 1,1mg/kg, IM ou IV, SID, 5d ou Fenilbutazona: 4,4mg/kg, IV, SID, 5d
AIE: Dexametasona: 0,2mg/kg, IM ou IV, SID uma única dose para reduzir a inflamação se conseguir pegar a lesão no primeiro dia, pois além de retardar a cicatrização não se deve associar com AINE. Triancinolona: 1-2mL, aplicação peritendínea (ao lado e não na lesão, no SC): reduz a aderência com outros ligamentos, intra-tendínea é contraindicada pois gera calcificação do tendão. 
DMSO: ↓ aderência: 1mL/Kg, SID, IV ou VO, 3-10d, como alternativa à triancinolona. 
Ferragem corretiva tem como objetivo gerar mais conforto por diminuir o esforço, porém quando for trocar a ferradura e colocar a normal, o tendão pode romper de novo pois cicatrizou muito curto. 
Massagem tópica com Anti-inflamatórios ou adstringentes (Calminex, Reparil, DMGel, Ekiflogyl, etc...).
Imobilização com ataduras, algodão ou compressas, Gesso (Scott Cast® – 3M). 
Hidroterapia / gelo: ↓ hemorragia e edema, com Sessões de 20-25min e intervalo mínimo de 4h. mais que isso o organismo vai entender como agressão e vai promover ao invés de vasoconstrição, a vasodilatação e inflamação local.
Ultrassom terapêutico (UST): só pode fazer uso após 21d, quando não houver lesão aguda e nem inflamação, por um minuto em cada ponto cada sessão, estimulando a cicatrização. Se após a primeira lesão, o animal continuou se lesionando e a lesão está aguda o UST prejudica a recuperação. 
Repouso Completo 21 dias. Exercício passivo (alinhamento e aderências) por 1-2 meses.
Exercício ativo gradual Cabresto: 1-2 meses (tranquilização, se necessário para evitar que ele corra) e Montado: orientação e acompanhamento veterinário.
Tratamento – Lesão Crônica: Contrairritação agudiza a lesão para melhorar a resposta da lesão ao tratamento
Ponta de fogo (desuso): faz vários furos com o bisturi elétrico no local. Porem gera lesão maior na pele, além disso, cavalos com coloração escura vão ter alteração na coloração do pelo, e vai cair o valor comercial do animal, por saber que o animal já passou pela afecção.
Queimadura química (iodo): com uma escova molhada com iodo passa na região do tendão, a partir do 2º dia o animal já responde negativamente, por isso deve-se priorizar fazer mais no primeiro dia, e faz-se por 4-5 dias até inchar. 
UST: fica parado para que haja a queima. 
Sargeamento (splinting) – pode-se fazer nos ramos do LSB ou no TFDS. Deve-se sedar o animal, faz tricotomia no tendão, e com lâminas de bisturi na vertical faz-se uma série de incisões ao longo do tendão, faz o curativo e espera inflamar. Ou feita as incisões passa-se o iodo e depois o curativo. Não se faz no TFDP ou corpo do LSB pois não se há acesso imediato pelo subcutâneo, são muito profundas. 
POSSIBILIDADES TERAPÊUTICAS MAIS RECENTES
Plasma Rico em Plaquetas (PRP): Fonte autógena de baixo custo
Tira-se sangue do cavalo, centrifuga, remove o sobrenadante e adiciona-se cálcio, e com o ultrassom coloca no animal. 
Implantação do PRP: início aos 30-45 dias após a lesão, até 3 aplicações, com intervalo de 15 a 21 dias. Se até a segunda aplicação não houve resposta, não vai responder. 
Células Tronco
Retira-se material ou do esterno do cavalo, ou da base da cauda (tecido adiposo do glúteo), envia esse material para o laboratório para que haja purificação, e então aplicação in loco.
Quando há tendinite e a cicatrização, a matriz é formada em sua maioria por colágeno 3 e não mais 1, logo o tecido se torna mais frágil, podendo ter recidivas, com exceção de quando se utiliza células tronco.
Cuidados Pós-Lesionais
Compressa de Gelo/hidroterapia após trabalho sobre os tendões.
Ligas de trabalho e ligas de descanso (evita acúmulo de líquidos nos membros – retorno venoso).
Adstringentes tópicos e massagem.
Evitar piso fofo e trabalhar em excesso.
Conscientização do proprietário, treinador e tratador.

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