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TEORIA DO CRIME - FINAL

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Teoria do Crime
Conceitos de crime
Conceito de crime
ANALÍTICO
MATERIAL LEGAL
FORMAL
Conceito Formal
• É comportamento humano proibido pela norma;
• É violação da norma;
• Toda ação ou omissão proibida pela lei e sob ameaça 
de pena 
Aspecto externo puramente formal do fato
Conceito Material
é fato humano que, propositadamente ou
descuidadamente lesa ou expõe a perigo bens
jurídicos fundamentais para a coletividade e a
paz social.
Tem em vista o bem jurídico protegido pela lei
Conceito Analítico de Delito
• Conceituar analiticamente significa:
• Descobrir suas características
• Extrair de todo e qualquer crime aquilo que for comum a
todos eles;
• É descobrir seus elementos estruturais.
Todo crime é:
FATO TIPICO, ANTIJURÍDICO E CULPÁVEL
Estudar o crime é
Estudar o FATO TÍPICO, A ILICITUDE E A 
CULPABILIDADE
Conceito de Crime
Conceito Formal Conceito Material Conceito Analítico
• É comportamento 
humano proibido pela 
norma;
• É violação da 
norma;
•Toda ação ou 
omissão proibida pela 
lei e sob ameaça de 
pena 
Aspecto externo 
puramente 
formal do fato
Tem em vista o 
bem jurídico 
protegido pela lei
Examina as 
características 
do crime
• é fato humano que, 
propositadamente ou 
descuidadamente 
lesa ou expõe a 
perigo bens jurídicos 
fundamentais para a 
coletividade e a paz 
social
• decompõem-se o 
delito em suas partes 
constitutivas;
• É uma questão 
metodológica:decompo-
sição sucessiva de um 
todo em suas partes;
Conceito Legal de Crime
“Considera-se crime a infração penal a que a lei comina
pena de reclusão ou de detenção, quer isoladamente, quer
alternativamente ou cumulativamente com a pena de multa;
contravenção, a infração penal que a lei comina,
isoladamente, a pena de prisão simples ou de multa, ou
ambas, alternativamente ou cumulativamente”.
At. 1º da Lei de Introdução ao Código Penal:
FATO TÍPICO
9
FATO TÍPICO 
1) CONDUTA DOLOSA OU CULPOSA
2) RESULTADO
3) NEXO CAUSAL
4) TIPICIDADE
Conceito: É fato 
material que se 
amolda 
perfeitamente 
aos elementos 
constantes do 
modelo previsto 
na lei penal.
CRIME = FATO TÍPICO + Antijurídico + Culpável
Elementos do FATO TÍPICO:
I) CONDUTA 
1- Teorias da Ação
2- Conceitos
3- Elementos da Conduta
4- Ausência de Conduta
5- Formas de Conduta
6- O Dolo
7- A Culpa em sentido estrito
8- Crimes qualificados pelo Resultado
11
Teorias 
da
Ação
1. Teoria
Causalista
2. Teoria
Finalista
3. Teoria
Social
da
Ação
4. Teoria
Jurídico-penal
1. Teorias da Ação
1.1 Teoria Causalista
Vontade Conduta Resultado
CAUSA CAUSA
Os causalístas:
Ao examinarem a conduta de uma pessoa, não realizam nenhuma 
valoração acerca do FIM pretendido pelo agente;
1.2.Teoria Finalista da Ação
Hans Welzel 
primeiras décadas 
do século XX;
“Todo e qualquer acontecimento humano é um acontecimento FINALISTA 
E não puramente CAUSAL, pois o homem, enquanto ser consciente das
leis naturais de causa e efeito, pode prever as conseqüências de seu
comportamento e tem condições de dirigir sua atividade no sentido da 
Produção de um ou de outro resultado.”
Ação
Externamente
(concretiza sua vontade)
Internamente
(pensamento)
Finalidade
Conclusão: somente analisando o conteúdo da vontade é que se pode afirmar 
a realização de um tipo legal de crime, já que a finalidade é parte integrante da 
conduta, dela inseparável. Esta é a essência do FINALISMO. 
1.3 Teoria Social da Ação
JESCHEK E WESSELS entenderam que o finalismo de Welzel era 
INSUFICIENTE para conceituar conduta porque esquecia uma 
característica essencial de todo comportamento humano, que é o 
seu LADO SOCIAL (TELES, 2005). 
Ação é a causação de um resultado típico 
SOCIALMENTE RELEVANTE”
“a Teoria social da ação vê na relevância social do fazer ou da
omissão humanos, o critério conceitual comum a todas as formas
de comportamento”.
Críticas: Damásio e Assis Toledo
Para Damásio essa teoria não deixa de ser CAUSAL
1.4 Teoria Adotada no Direito Penal
 A Teoria Finalista é a que mais atende aos interesses do Direito 
Penal;
 É a teoria que consegue explicar a conduta com base no próprio 
direito positivo.
Conduta 
VONTADE FINALIDADE
-é ação ou omissão humana consciente e dirigida a determinada 
finalidade (DAMÁSIO, 1998);
-É ação ou omissão humana, consciente e voluntária, dirigida a uma 
finalidade (CAPEZ,2005).
CONDUTA
AÇÃO
OMISSÃO
VONTADE Onde não houver 
vontade não há 
conduta
FINALIDADE
CONSCIÊNCIA
2. Conceitos
3. Elementos da Conduta
a) Vontade
b) Finalidade;
c) Exteriorização (inexiste quando é pensamento)
d) Consciência
Conduta – é realização material da vontade humana, mediante 
a prática de um ou mais ATOS.
Ato – é apenas uma parte da conduta.
4. Ausência de Conduta
Só existe conduta quando houver vontade do agente.
ATO VOLUNTÁRIO (JOLIVET, apud Damásio, 1998)
1. Deve ser espontâneo, isto é, proceder de uma tendência
própria e interior à vontade; se não é coagido e forçado;
2. O fim deve ser conhecido como tal; se não, o ato não é
voluntário mas natural ou instintivo.
DÁ-SE AUSÊNCIA DE CONDUTA QUANDO OCORRE
LESÃO A BEM JURÍDICO, COM A INTERFERÊNCIA DO
HOMEM, SEM TER HAVIDO CONDUTA, POR INEXISTIR
VONTADE.
Ex: enfermeira imobilizada por imobilizada, é impedida de
administrar medicamento imprescindível para a
manutenção da vida do paciente.
São três os casos possíveis:
1. Coação física absoluta ou força irresistível;
2. Movimentos Reflexos;
3. Estados de Inconsciência
1. Coação física absoluta ou força irresistível – trata-se de força
absoluta, que não se pode resistir. (Vis absoluta).Essa é uma força
tão forte que elimina a vontade do homem – logo não há conduta.
Ex: enfermeira imobilizada por imobilizada, é impedida de
administrar medicamento imprescindível para a manutenção da vida
do paciente.
Forçar fisicamente alguém a assinar documento falso. Autor do
falso é o coator.
Se a coação for moral (vis compulsiva), há conduta, porém viciada.
Não há culpabilidade. Ex: gerente do banco que tem sua esposa e
filhos ameaçados e rouba banco.
4. Ausência de Conduta
2. Movimentos Reflexos – movimentos do corpo ditados por reflexos
naturais.
Ex: Um indivíduo que tem um reflexo rotuliano e danifica um bem
valioso. Não pode ser considerado crime de dano pois não há vontade,
logo não há FATO TÍPICO (Fato típico = conduta (não há conduta, pois
não há vontade) + resultado+ nexo causal+ tipicidade).
Ex: Um indivíduo que ao levar um choque elétrico, tem um movimento
involuntário no braço e atinge o rosto de uma mulher, causando-lhe um
hematoma.
3. Estados de Inconsciência – não existe a consciência do fato. Ex:
sonambulismo; atos praticados sob efeito de hipnose ou em estados
de inconsciência.
4. Ausência de Conduta
5. Formas de Conduta
• Ação 
comportamento 
positivo, 
movimentação 
corpórea, facere. 
(CAPEZ,2005);
• Omissão 
comportamento 
negativo, 
abstenção de 
movimento, non 
facere (CAPEZ, 
2005).
5.1 Teorias da Omissão
A) NATURALÍSTICA – a omissão é um fenômeno causal, que
pode ser claramente percebido no mundo dos fatos.
_“a omissão provoca modificações no mundo naturalístico
(mundo dos fatos), na medida em que o omitente, ao
permanecer inerte fez coisa diversa da que deveria ser feita”.
B) NORMATIVA – a omissão NÃO é um simples fazer, MAS
NÃO FAZER ALGUMA COISA (uma ação esperada).
A omissão por si mesma Não tem relevância jurídica, o que
lhe dá este atributo é a norma que impõe um determinado
comportamento.Essa teoria foi acatada pelo Código Penal na reforma de
1984. (art. 13, §2º )
6. A Conduta dolosa
CONDUTA Resultado
Fato Típico
Nexo-causal Tipicidade
Dolosa Culposa O DOLO é o elemento 
PSICOLÓGICO da CONDUTA
Conceito: é a vontade e a consciência de realizar elementos 
constantes do tipo legal.
“o crime será doloso quando o agente quis o resultado ou assumiu o 
risco de produzi-lo (art.18 CP)
6.1 Teorias do Dolo
São várias as teorias que procuram explicar o dolo. Veremos 3 das mais
importantes:
1. A TEORIA DA VONTADE;
2. A TEORIA DA REPRESENTAÇÃO;
3. A TEORIA DAO ASSENTIMENTO OU DO CONSENTIMENTO.
1. Teoria da Vontade – “age com dolo quem tem como objetivo a prática 
de um fato definido como crime. “ é dolosa a conduta em que o agente 
tem VONTADE de alcançar o resultado”. CONSCIÊNCIA E VONTADE
Ex: João tem consciência de que, se deixar cair uma pedra na cabeça de
sua mulher poderá matá-la. Desejoso de ficar viúvo, desfere o golpe e
mata a mulher para ficar com sua amante. (MOURA TELES, 2005, p.
146).
6.1 Teorias do Dolo
2. Teoria da Representação – não é necessário que o agente tenha
vontade de alcançar o resultado, bastando que o PREVEJA, (que
represente o resultado).
O dolo seria a representação do RESULTADO.
3 – Teoria do Assentimento ou do Consentimento – exige que o agente
tenha consciência do fato, tenha previsão do resultado, mas NÃO
EXIGE QUE QUEIRA ALCANÇAR O RESULTADO, bastando que o
ACEITE, CONSINTA, caso ele aconteça.
Ex: Um indivíduo esta caçando e avista um animal próximo a um
homem. Desejando atingir a caça, prevê que, se errar o tiro atingirá o
homem, a quem não deseja matar. Atira e atinge o homem. Para essa
teoria o indivíduo agiu dolosamente pois, apesar de não querer o
resultado, ACEITOU-O.
O CP adotou a Teoria da vontade e a Teoria do Assentimento. (Art. 18,I) 
6.2 Elementos do Dolo
DOLO
• Consciência do fato (Previsão)
• Vontade de alcançar o resultado
• POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE
Para a teoria Clássica
Para a Teoria Finalista
O DOLO É NATURAL
• Consciência do fato (Previsão)
• Vontade de alcançar o resultado
• POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE
Culpabilidade
6.3 Espécies de Dolo
1. Dolo direto ou determinado – é aquele em que o sujeito busca
alcançar um resultado certo e determinado. O sujeito visa um
CERTO E DETERMINADO RESULTADO (DAMÁSIO, 1998)
Ex: A mata B, testemunha de um delito, para silenciá-la.
2. Dolo indireto ou indeterminado – quando a VONTADE do
agente NÃO se dirige a certo e DETERMINADO fim. Possui duas
formas:
a) Dolo alternativo – quando a VONTADE do agente se dirige a
um ou a outro resultado. Ex: o agente desfere golpes de faca na
vítima com intenção alternativa: FERIR OU MATAR.
b) Dolo eventual – quando o sujeito assume o risco de produzir o
resultado, isto é ADMITE E ACEITA O RISCO DE PRODUZI-LO.
Ex: O agente pretende atirar na vítima, que está conversando com
outra pessoa. Percebe que atirando na vítima pode atingir a outra
pessoa (ele tolera a morte do terceiro).Se atira e também mata o
outro, responde por 2 crimes de homicídio. Um a título de dolo
direto e outro, de dolo eventual. (DAMÁSIO, 1998).
3. Dolo Genérico e dolo específico
a) Dolo Genérico – de acordo com a doutrina, é a vontade de
realizar fato descrito na norma penal incriminadora;
Obs: o dolo é genérico quando a vontade do agente não vai além
do fato material. Ex:
b) Dolo específico – o agente quer um resultado que se encontra
FORA DO FATO MATERIAL
(a existência do dolo específico não exclui o dolo genérico)
6.3 Espécies de Dolo
Exemplos (DAMÁSIO)
Alteração de limites
Art. 161 - Suprimir ou deslocar tapume, marco, ou qualquer outro 
sinal indicativo de linha divisória, PARA APROPRIAR-SE, no todo 
ou em parte, de coisa imóvel alheia:
Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, e multa.
Escrito ou objeto obsceno
Art. 234 - Fazer, importar, exportar, adquirir ou ter sob sua guarda, 
PARA FIM DE COMÉRCIO, de distribuição ou de exposição pública, 
escrito, desenho, pintura, estampa ou qualquer objeto obsceno:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa.
CONDUTA Resultado
Fato Típico
Nexo-causal Tipicidade
Dolosa Culposa
A culpa é elemento 
normativo da conduta
7. A Conduta Culposa
O Contexto:
O Direito Penal tutela os bens jurídicos de grande relevância
para a sociedade;
As condutas dolosas são as mais relevantes para o Direito
Penal, entretanto, hoje, em razão do próprio modo de vida
da sociedade, vários bens jurídicos são atingidos por lesões
graves, por meio de CONDUTAS NÃO DOLOSAS;
Assim, o Direito Penal não poderia deixar de considerar
essas condutas chamadas CULPOSAS, ou praticadas com
CULPA EM SENTIDO ESTRITO (TELES, 2006).
7. A Conduta Culposa
7.1 Conceitos
Segundo Moura Teles, não existe um conceito perfeito de culpa, em 
sentido estrito, mas que, com base no enunciado do art. 18,II do CP:
- diz-se crime culposo quando o agente deu causa ao resultado, por 
IMPRUDÊNCIA, NEGLIGÊNCIA OU IMPERÍCIA. 
CONDUTA CULPOSA - é a CONDUTA VOLUNTÁRIA que produz
RESULTADO ILÍCITO, não desejado, mas PREVISÍVEL, e,
excepcionalmente previsto, que podia, COM A DEVIDA ATENÇÃO,
ser EVITADO. (MIRABETI, apud TELES, 2006).
CULPA – É ELEMENTO NORMATIVO DA CONDUTA. A culpa é
assim chamada porque sua verificação necessita de um PRÉVIO
JUÍZO DE VALOR, sem o qual não se sabe se ela está ou não
presente (CAPEZ, 2005).
7.2 Elementos da culpa
em sentido estrito
a) Conduta Voluntária
b) Inobservância do dever de cuidado objetivo
c) Resultado Lesivo Indesejado
d) Previsibilidade Objetiva
e) Tipicidade
Só haverá 
CULPA, stricto 
sensu, se 
TODOS os 
elemento 
estiverem 
presentes.
Ausente um 
deles – o fato 
não é culposo e 
NÃO HAVERÁ 
CRIME 
CULPOSO.
a) A Conduta Voluntária
Conduta culposa FIM
LÍCITO
Não se destina à 
Produção de um
Tipo legal
Não se dirige
À produção do
Resultado
•Se não for Voluntária
•NÃO HÁ CONDUTA
•NÃO HÁ FATO TÍPICO
b) Inobservância do Dever de Cuidado
Dever do Cuidado
Imposto a todas 
As pessoas
da sociedade
Não necessita está expressamente 
determinado, nem constar em 
norma jurídica
Destina-se à proteção 
dos bens jurídicos 
selecionados pela 
sociedade
A NÃO OBSERVÂNCIA 
DO DEVER DE 
CUIDADO É 
COMPORTAMENTO 
PROIBIDO PELO 
DIREITO
LESÃO A 
BEM 
JURÍDICO
DELITO 
CULPOSO
Formas de Inobservância do Dever de Cuidado 
Negligência Imprudência Imperícia
•É falta de atenção, 
relaxamento, 
ausência de 
precaução, descuido
•É sempre uma 
omissão (conduta 
negativa)
•Ex: pai que deixa 
arma carregada em 
local acessível a 
criança ou 
adolescente.
•Criação 
desnecessária de 
perigo;
•É prática de fato 
perigoso;
•É sempre realização 
de movimento do 
corpo (é positiva)
•Ex: dirigir em alta 
velocidade 
(incompatível com o 
local).
•É falta de habilidade 
técnica;
•É falta de destreza, 
aptidão para o 
exercício de 
determinada arte ou 
profissão;
•Ex: médico que não 
realiza procedimento 
cirúrgico correto e 
causa dano ao 
paciente. Não 
dominar a técnica 
cirúrgica.
c) Resultado Lesivo Indesejado
 Para que haja fato culposo é INPRESCINDÍVEL que seja produzido
o resultado indesejado;
 Por mais que o sujeito tenha sido negligente, deixando de observar
o dever de cuidado, se o seu comportamento tiver causado A
MODIFICAÇÃO DO MUNDO EXTERNO, atingindo um bem jurídico;
 Ex: Um indivíduo dirige em alta velocidade pelas ruas da cidade,
realizando manobras perigosas e colocando em risco a vida dos
transeuntes. Assusta as pessoas mas nãoatinge nenhuma delas.
Não haverá fato culposo mas poderá haver fato doloso – “dirigir
veículos na via pública, embarcações em águas públicas, pondo em
perigo a segurança alheia”. (art. 34 LCP)
 Ex: art. 132 CP – “expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto
ou iminente”.
d) Previsibilidade Objetiva
Nem todas as lesões a bens jurídicos podem ser evitadas
Caso Fortuito
Fortuito é aquilo que se mostra 
imprevisível;
É o que chega sem ser esperado e por 
força estranha à vontade do homem.
Ex: incêndio provocado pelo cigarro 
derrubado do cinzeiro por um golpe de 
ar inesperado.
Força Maior
Trata-se de um evento 
externo ao agente, 
tornando inevitável o 
acontecimento.
Ex: coação física.
Excluem o DOLO E A CULPA, consequentemente a CONDUTA.
Não há CRIME
Estes eventos situam-se fora do âmbito do Direito Penal
d) Previsibilidade Objetiva
O Direito Penal só pode punir os fatos que puderem ser evitados
FATO CULPOSOSujeito
Podia prever o 
resultado lesivo
(PREVISIBILIDADE)
É a possibilidade de o sujeito, nas condições 
em que se encontra, antever o resultado 
lesivo. Previsível é aquele resultado que pode 
ser previsto.
Exigível ao cidadão comum
7.3 Critérios de aferição da Previsibilidade
OBJETIVO
A previsibilidade deve ser 
apreciada do ponto de vista de 
uma pessoa prudente e com 
discernimento, colocado nas 
condições concretas.
O que o HOMEM PRUDENTE 
faria?
SUBJETIVO
A previsibilidade deve ser aferida 
tendo em vista as condições 
pessoais do SUJEITO, isto é, 
a questão de o resultado ser 
ou não ser previsível é 
resolvida com base nas 
circunstâncias antecedentes a 
sua produção.
O que era exigível do SUJEITO? 
(DAMÁSIO, 1998)
7.4 Espécies de Culpa
1. Culpa Consciente
2. Culpa Inconsciente
3. Culpa Imprópria
4. Culpa Mediata ou Indireta 
5.Culpa Presumida 
sujeito realiza a PREVISÃO do 
resultado, MAS CONFIA 
sinceramente que poderá evitá-
lo ou que ele NÃO 
ocorrerá,agindo com a 
convicção plena de que, apesar 
da possibilidade de que o 
resultado ocorra, NÃO 
OCORRERÁ nenhum resultado 
lesivo
Ocorre quando o sujeito não 
realiza a PREVISÃO do 
resultado. É previsível mas o 
sujeito NÃO PREVÊ e 
impulsiona,voluntariamente, a 
conduta dando causa a 
resultados 
1. Culpa Consciente 2. Culpa Inconsciente
Obs: de acordo com a lei penal não existe diferença de tratamento entre a 
culpa com previsão e a culpa inconsciente. Não há diferença entre a 
cominação de pena em abstrato. (exposição de motivos do CP);
Entretanto, parece-nos que no momento da dosagem da pena, o grau de 
culpabilidade, deva o juiz elevar um pouco a sanção de quem age com a 
culpa consciente (CAPEZ, 2005, p. 210)
O sujeito realiza a PREVISÃO do 
resultado, MAS CONFIA 
sinceramente que poderá 
evitá-lo ou que ele NÃO 
ocorrerá,agindo com a 
convicção plena de que, 
apesar da possibilidade de que 
o resultado ocorra, NÃO 
OCORRERÁ nenhum 
resultado lesivo
O agente prevê o resultado, NÃO 
O DESEJA, mas O ACEITA SE 
ELE EVENTUALMENTE VIER 
A ACONTECER 
Culpa Consciente Dolo Eventual
Prevê o Resultado Prevê o Resultado
Assume o risco Não admite o resultado
=
3. Culpa Imprópria - (também conhecida como culpa por extensão,
por equiparação ou por assimilação) é aquela em que o agente,
POR ERRO DE TIPO INESCUSÁVEL (vencível), supõem estar
diante de causa de JUSTIFICAÇÃO, que lhe permita praticar
LICITAMENTE, um fato típico.
EX: Pessoa que está em casa na madrugada e vê uma pessoa
pulando o muro de sua residência. Supondo está sendo vítima de
um assalto, acredita que está agindo em legítima defesa e atira
contra a pessoa, matando-a. Essa pessoa era sua irmã que havia
esquecido a chave do portão e não querendo acordar ninguém, pula
o muro.
7.5 Espécies de Culpa
Elemento subjetivo híbrido – culpa (no início da ação) e dolo no final.
ERRO INESCUSÁVEL ( vencível, se o agente agisse com mais cautela) –
EXCLUI O DOLO E SUBSISTE A CULPA
São casos previstos no CP art 20 § 1o e 2a parte (discriminantes putativas)
4. Culpa Presumida – não existe mais na legislação penal, pois trata-
se de uma forma de RESPONSABILIDADE OBJETIVA. Existia antes
do CP de 1940.
 Havia punição por crime CULPOSO quando o agente causa o
resultado por ter infringido uma norma regulamentar (dirigir sem
habilitação) mesmo que não houvesse NEGLIGÊNCIA,
IMPRUDÊNCIA OU IMPERÍCIA (CAPEZ, 2005, p. 212)
5. Culpa Mediata ao Indireta – é quando o agente produz
INDIRETAMENTE o resultado a título de CULPA.
Ex: Motorista está parado no acostamento de uma rodovia
movimentada, quando é abordado por um assaltante. Assustado,
corre para o meio da pista e morre atropelado.
O agente responde, não apenas pelo roubo, que diretamente causou,
mas também pela morte da vítima, provocada indiretamente.
É necessário NEXO DE CAUSALIDADE para o segundo resultado.
7.5 Espécies de Culpa
7.6 A Excepcionalidade do Crime Culposo
Art. 18 do CP – “Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode 
ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica 
dolosamente”.
Qual o critério para saber quando um crime admite 
modalidade culposa?
Basta analisar a norma INCRIMINADORA
Quando o CP admite a modalidade culposa há referência expressa 
à culpa;
Quando o CP silencia a respeito da culpa é porque NÃO ADMITE A 
MODALIDADE CULPOSA
Ex: Furto – Não há modalidade culposa;
Crimes culposos : art,. 121 § 3º; art. 129 § 6º;

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