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Contrarrazões de Apelação andraina coperpasso

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Marcelo Michel Portella Janaína Leite Portella
OAB/RS Nº 30.852 OAB/RS Nº 42.649
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL ESPECIALIZADA EM FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE PASSO FUNDO – RS.
 			Processo nº 021/1.09.0006083-7
ANDRAINA MARGARETE STOLARSKI, já qualificada, vem, por meio de seus advogados infra constituídos, perante Vossa Excelência, apresentar contrarrazões ao Recurso de Apelação interposto por COOPERATIVA DOS TRABALHADORES AUTÔNOMOS DE PASSO FUNDO, já qualificado, pelos seguintes fatos e fundamentos que passa a expor:
Atenta, a Apelada ao teor da Nota de Expediente nº 226/2017, vêm, tempestivamente, sendo feriados os dias 14 de abril – sexta-feira e 21 de abril sexta-feira, apresentar Contrarrazões ao Recurso de Apelação interposto por COOPERATIVA DOS TRABALHADORES AUTÔNOMOS DE PASSO FUNDO, requerendo seu recebimento e acolhimento das razões para julgar improvido o recurso.
		 	DIANTE DO EXPOSTO, requer, após cumpridas as formalidades legais, sejam os autos remetidos à apreciação do Egrégio Tribunal Regional Federal da 4ª Região.
Termos em que aguarda deferimento.
Passo Fundo - RS, 20 de abril de 2017.
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
	PROCESSO n°. 021/1.09.0006083-7
APELANTE: COOPERATIVA DOS TRABALHADORES AUTONÔMOS DE PASSO FUNDO Adv.: Enio Da Silva Barreto OAB/ RS 29.239
APELADADA: ANDRAINA MARGARETE STOLARSKI 
Adv.: Marcelo Michel Portella OAB/RS 30.852
Janaina Leite Portella OAB/RS 42.649
ORIGEM: 1º Vara Cível Especializada em Fazenda Pública da Comarca de Passo Fundo- RS
CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO
Colenda Câmara
Eméritos Julgadores
	I – DA DECISÃO RECORRIDA:
	 A decisão recorrida refere-se a Ação de Indenização por Danos Materiais, Morais e Estéticos ajuizada pela Apelada, onde pleiteia o direito a indenização material, moral e estéticos sofridos pela Apelada, em razão de danos causados a mesma decorrentes de tratamento médico- odontológico.
A decisão recorrida, , julgou parcialmente procedente os pedidos da Apelada, para o efeito de condenar a Capassemu, ao pagamento de indenização pelos danos materiais sofridos no valor de R$ 1.032,00 (um mil e trinta e dois reais), ao pagamento de indenização pelos danos morais no valor de R$4.000,00 (quatro mil reais), julgou procedente o pleito regressivo deduzido em sede de litisdenunciação pela Capassemu em face de Coperpasso, para efeito de condenar o litisdenunciado a ressarcir o litisdenunciante do pagamento da quantia a que foi condenado.
	Restando demonstrada breve síntese do julgamento da lide, passa-se a impugnar as razões de recurso de apelação apresentadas pela Apelante; bem como, apresentar as contrarrazões, a serem conhecidas e ensejarem o improvimento do recurso interposto.
	II – DA SÍNTESE DO RECURSO DE APELAÇÃO:
	O Recurso de Apelação oferecido pela Apelante resume-se em discordar do provimento dos pedidos da parte Apelada; bem como, em alegar que Apelada não comprovou, sequer, a existência do nexo de imputação, quanto ao fato de ter sido o dentista demandado o que fez o trabalho de clareamento do dente nº 11, e de nenhum dos outros dois que foram também submetidos ao clareamento, afirma também que o dentista demandado não realizou o clareamento do dente, apenas o tratamento de canal.
 	Afirmou ainda que a Apelada contribuiu para o desenvolvimento dos problemas dentários, acusando-a de descuido para com os seus dentes. Acusa também o Apelante que a Apelada aproveitou-se do problema para obter vantagem pecuniária.
 	Afirma não haver nexo da causa e efeito entre o procedimento odontológico dispensado pelo dentista Rogério Oedmann e o resultado lesivo. Que a mesma teria mentido à dentista Elisa Zanella, qual foi testemunha, quando relatou que sentia dores no dente, que este mesmo dente já estava com coroa enfraquecida pela sequência de tratamentos que se passou.
 	Afirmou que a Apelada não comprovou a culpa do dentista Rogério Oedmann pelo ato lesivo causado a mesma, nem que tenha desembolsado o valor da condenação para o tratamento do dente denominado 11, acusando-a de locupletar-se indevidamente as custas da Apelante, bem como não comprovar o valor do tratamento feito com a Doutora Elisa Zanella, afirmando que o valor seria de R$ 830,00 (oitocentos e trinta reais), e não R$1.032,00 (Um mil e trinta reais), valor da condenação.
	Por fim, requereu a reforma da sentença, para o indeferimento dos pedidos de indenização da Apelada.
	Esta é a breve síntese do Recurso de Apelação apresentado pela Apelante, de modo que, passa-se abaixo a apresentar as razões de fato e direito que levaram a parte Apelada a oferecerem contrarrazões, impondo-se a manutenção da decisão recorrida.
	III – DAS CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO:
O Recurso de Apelação oferecido pela Apelante resume-se em discordar do provimento dos pedidos da parte Apelada, alegando que a mesma não comprovou, a existência do nexo de imputação, quanto ao fato de ter sido o dentista demandado Dr. Rogério que fez o clareamento do dente nº 11, e de nenhum dos outros dois, submetidos a este mesmo tratamento.
Alegações estas que não procedem, já tendo sido demonstrado dos autos, comprovado pela ficha anexada (fl. 20), assim que iniciado o tratamento do canal, foi constatado o escurecimento do esmalte do dente, após a Apelada ter exigido providências, iniciando- se o tratamento de clareamento por indicação do mesmo.
Destaca- se ainda, conforme consta nos autos e comprovado pela ficha anexada (fl. 20), fora realizado tratamento de canal do dente elemento 11 realizado pelo dentista Rogério, decorrido algum tempo da realização do tratamento de canal, a Apelada voltou a sentir fortes dores no dente “11” (dente da frente, como identificado na inicial, fls. 2), procurando novamente atendimento odontológico e sendo atendida pelo dentista Leandro, qual indicou que era responsabilidade do Réu Rogério que já havia iniciado o tratamento. 
A Apelante faz constar que a Apelada afirma após o tratamento de canal continuou a sentir fortes dores no dente da frente, buscando atendimento novamente da CAPASEMU, recebendo atendimento por dois outros dentistas, o que realmente aconteceu tendo a Apelada procurado por diversas vezes atendimento de emergência em razão das fortes dores que sentia no elemento 11, sendo que em nenhuma das vezes os médicos que lhe atenderam chegaram a realizar algum procedimento no dente doente, pois a mesma estava em tratamento junto a Apelante, com o dentista Rogério.
A Apelante reporta que o dente elemento n. 11 fora tratado pela última vez em 15 de fevereiro de 2007, aduz que nos meses de realização do tratamento a Apelada teve várias faltas as consultas e nas vezes que foi as consultas, nesse período foram tratados outros dentes, tratamentos quais diz foram feitos por outros dentistas, menciona que a Apelada passou a sentir dores após concluído tratamento de canal, afirma porém que a Apelada recebeu atendimentos em várias datas, afirmando que por várias vezes a mesma não compareceu as consultas aduzindo assim que a mesma não sentia dores, alega que restou claro descuido da Apelada para com seus dentes, tendo de um total de 33 consultas faltado oito, o que não encontra respaldo na prova produzida.
Nesse sentido, qualquer mediano sabe que a realização de tratamento odontológico é muito delicado e complexo, e que sequelas de um tratamento deficiente podem aparecer de imediato; bem como, na maioria das vezes, decorrido algum tempo da realização do mesmo, como ocorreu com a Apelada.
Com relação a alegação de que a Apelada não sentia dores porque supostamente agendou consultas e não compareceu, a mesma não se justifica pois como já referido, a Apelada não compareceu a consultas em decorrência de eventuais imprevistos, remarcando as consultas e tendo sim realizadoextenso tratamento junto as Demandadas, já comprovado, pelo que em nada acrescentam datas de ausências da Apelada citadas pela Apelante. Busca eximir-se de responsabilidade a Apelante afirmando que se a Apelada realmente estivesse com dor de dente, não teria faltado ao dentista; porém, ignora que a Apelada compareceu a mais de vinte consultas como pode se observar do prontuário constante dos autos fl.20, o que já um número de consultas bem elevado em se tratando de tratamento de canal.
A Apelante tenta induzir o juízo a crer em falsa afirmação, agindo de má-fé, quando em suas razões recuersais reporta que a médica Elisa Zanella (dentista), disse difícil crer que a Apelada estivesse sentindo dores, porém não consta em momento algum nos autos que a mesma tenha realizado referido comentário, pelo contrário, a mesma relata que após o tratamento e ainda já após a perda do dente a Apelada ainda sentia leves dores, de onde se pode auferir tamanho do dano ocasionado ao dente da Apelada; bem como todo seu em torno, coroa e raiz.
Afirma em razões de recurso que alegado descuido da Apelada para com seu tratamento foi o que desencadeou os problemas no dente referido como elemento 11, pelo que impõe esclarecesse a conduta da Apelada, que inconformada com a situação e descaso por parte do médico dentista que a atendia, buscou atendimento junto ao consultório odontológico particular, justo preocupando-se com sua saúde bucal, buscando ajuda profissional para cuidados com seus dentes.
Do Preparo para clareamento e a contradição da narração inicial:
A Apelante aduz que em 19/07/2007 fora feito preparo para o clareamento dos dentes 11, 21 e 22, em seguida em uma tentativa de distorcer os fatos, afirma que a Apelada afirmou na inicial que o dentista demandado só tratou o dente elemento n. 11, porém esclarecesse em momento algum a Apelada disse que o demandado só tratou do dente 11, mas sim afirmou que o dente 11 só fora tratado pelo demandado. 
A Apelante relata que após realização do clareamento a Apelada retornou ao consultório e reclamou de dores no dente elemento n. 11, tendo o dentista realizado raio-x e registrado na ficha da fl. 20, a existência de fratura, nesse sentido afirma que pode-se verificar que o dentista demandado agiu com a máxima transparência, tanto que registrou que existia fratura no dente, ora Nobres Julgadores, parece que até a Apelante se espanta em ver resquícios de bom senso de referido dentista, visto que a verificação de fratura no dente e posterior anotação na ficha do paciente é o mínimo de bom senso e profissionalismo que pode se esperar de um profissional, ainda mais tratando- se de um dentista, profissional de uma área essencial que é saúde.
Alega a Apelante que mesmo antes que houvesse proposta para solução do problema a Apelante procurou outro profissional, aduz que a Apelada agiu desta forma visando obter vantagem pecuniária, narrando fatos de forma obscura, pelo que se esclarece os fatos foram narrados de acordo com o que aconteceu, se restam os mesmos em situação obscura, é porque pode- se perceber a gravidade dos danos ocasionados a Apelada.
No que se refere as acusações da Apelante de que a Apelada agiu objetivando vantagem pecuniária, evidente sem fundamento as alegações da mesma, sendo claro que após tratamento deficiente por um profissional na gravidade dos danos ocasionados a Apelada, qualquer pessoa iria de imediato procurar outro profissional.
Desta forma, não procedem as alegações da Apelante de que não fora o demandado que realizou clareamento do dente elemento n. 11, bem como, sem qualquer fundamento as acusações feitas de que a Apelada procurou outro profissional visando obtenção de vantagem pecuniária.
Da Alegação de que a fratura não se deveu de conduta culposa do dentista demandado:
A Apelante alega que os fatos narrados na inicial e os documentos apresentados pela Apelada não permitem concluir pela existência de nexo da causa e efeito entre o procedimento odontológico que lhe foi dispensado pelo Dr. Rogério e o resultado lesivo causado a Apelada, esclarecesse que o nexo causal entre o tratamento recebido e a fratura coronária do dente 11, resta claramente demonstrado, tendo a Apelada buscado tratamento junto as Demandadas, recebido tratamento ineficaz, tratamento de canal deficiente, pelo que incorreu no escurecimento do dente, posterior realização negligente de clareamento interno que ocasionou o enfraquecimento do dente elemento 11, levando a fratura coronária.
Alega que fora inserido no decorrer do processo fatos novos, meramente oportunistas, afirma que existe contradição afirmando fora dito na inicial que o dentista de demandado foi o responsável pelo dente n. 11 somente, e que após fora referido que o mesmo tratou o dente n. 17, ocorre como já esclarecido que em momento algum a Apelada disse que o demandado só tratou do dente 11, mas sim afirmou que o dente 11 só fora tratado pelo demandado.
Pelo que não se justificam as acusações feitas pela Apelante classificando a Apelada como oportunista, sob alegação de que foram alterados termos da inicial, estando a Apelante distorcendo fatos e termos constantes dos autos, visando eximir- se das responsabilidades pelos danos ocasionados a Apelada.
A Apelante afirma que não existem provas que o dente sofreu fratura coronária por culpa do dentista demandado, reitera alegação de que não fora comprovado que o clareamento foi realizado pelo mesmo.
Relata que dentre a data e que teria finalizado tratamento do dente 11, e a data que procurou a Dra. Elisa, haviam transcorridos 8 meses, período ao longo do qual a Apelada fora atendida para tratamento de outros dentes, aduz que clareamento fora em julho de 2007 e a fratura apenas constatada em outubro do referido ano.
Nesse sentido, esclarecesse tratando- se os tratamentos odontológicos de procedimentos muito delicados e complexos, os mesmos podem ocasionar efeitos que se demonstrem a curto, médio e longo prazo, no caso oito meses deveria ser considerado no máximo um efeito a médio prazo já que quando se busca um tratamento busca- se uma solução para longo prazo, que não lhe cause mais preocupações, nem dores, nem danos, assim em nada procedem as suposições apresentadas pela Apelante.
Reporta que Dra. Elisa referiu que a Apelada buscava reestabelecer a estética perdida, o que evidente ser um dos principais objetivos, sendo a mesma ainda jovem com toda uma vida pela frente normal que preze por sua aparência, mas não somente isso, como poderia a Apelada ficar sem um de seus dentes, já que referida testemunha afirma em trecho trazido pela própria Apelante que a Apelada não tinha sequer mais a coroa do dente, restando apenas a raiz.
A Apelante traz trechos da testemunha Elisa, dentista que atendeu a Apelada, alega assim que a própria profissional que atendeu a Apelada afirma que não há como afirmar o por que da fratura, distorcendo o depoimento da testemunha Dra. Elisa, que afirmou o dente elemento 11 já tinha sofrido tratamento de canal, salienta- se realizado pelo Dr. Rogério, devia ter histórico de caries, o que procede tendo a Apelada buscado ajuda profissional para tratamento das mesmas, já tinha sofrido clareamento interno, esclarecesse realizado pelo Dr. Rogério, assim em nada tais afirmações eximem as Demandadas ora Apelante dos danos ocasionados a Apelada, apenas vem a corroborar com a demonstração de ineficiência do tratamento realizado pelo profissional Rogério que já havia realizado diversos tratamentos e acabou por ocasionar dano ainda maior a Apelada.
Aduz que o dente já encontrava- se com a coroa enfraquecida, não tendo compreendido corretamente descrição da testemunha que afirmou que a Apelada não tinha mais a coroa do dente que é parte externa do mesmo, pois sim evidente, já que a mesma com o tratamento de canal foi enfraquecida, não poderia Dr. Rogério ter indicado a paciente ora Apelada a realização de clareamento interno como o fez, sendo referido procedimento evasivo, que causa ainda maior enfraquecimento do dente, que ocasionou a fraturacoronária do mesmo.
A Apelante continua a afirmar que o dentista Rogerio não fora responsável pelo clareamento, afirmando que a Apelada afirmou que o mesmo só teria tratado do dente elemento 11, o que não ocorreu, tendo, como já referido, a Apelada afirmado apenas que o dente elemento só fora tratado pelo referido profissional.
 Das Alegadas provas não produzidas:
 A Apelante alega que a prova de que o clareamento fora feito pelo dentista demandado era da Apelada, sentido no qual demonstra- se através dos documentos anexos já restou comprovada, observando-se dos prontuários indicações de tratamento e atendimentos realizados pelo demandado da Apelada, bem como já tendo restado demonstrada através da prova testemunhal.
A Apelante ainda visando afastar sua obrigação de indenizar a Apelada, aduz que referidos danos deram-se por culpa exclusiva da vítima, alegando que a Apelada só buscou atendimento quando supostamente estaria em péssimas condições.
Cabe impugnar referidas alegações, não havendo qualquer possibilidade de configuração de culpa exclusiva da vítima, pois mesmo que a Apelada tenha negligenciado com seus dentes ocasionando cáries, a busca da mesma por assistência profissional, demonstra sua preocupação com sua saúde bucal, tendo os danos ocasionados a mesma sido causados pelo tratamento deficiente, negligencia prestado a mesma no consultório odontológico das Demandadas.
Esclarecendo-se mais uma vez que a alegação Apelada contribuiu para o desenvolvimento dos problemas dentários, e do descuido para com os seus dentes, não é verídica sendo que a Apelada havia consultado pela última vez a seis meses quando procurou o atendimento do dentista demandado, sendo ela modelo e necessitando de um cuidado especial com sua imagem e saúde bucal, demonstrado quando a mesma se submeteu ao procedimento de clareamento quando teve o dente escurecido pelo tratamento do dentista.	
Desta forma, não encontra êxito a Apelante ao tentar eximir- se da responsabilidade de indenizar a Apelada pelos danos sofridos pela mesma, decorrentes de tratamento odontológico sem sucesso, prestado a mesma no consultório odontológico das Demandadas de forma deficiente e negligente.
	A Apelante alega ainda, que a Apelada não fez prova de que desembolsou valor da condenação por danos materiais para tratamento do dente elemento 11, alega que recibo apresentado diverge do valor apresentado na inicial; bem como que esta no nome do Sr. Eliseu Daré.
	Impugna o recibo de folha 22 sob alegação que não consta o nome da Apelada, esclarecesse que nome constante do recibo é de seu convivente (normal que entre conviventes acha esse tipo de auxílio financeiro), convivência esta que comprova- se sendo a Apelada dependente do mesmo por isso credenciada a CAPASEMU, sendo o mesmo agente de transito, com relação aos valores é comum ter se gastos extraordinários no tratamento tão delicado, como o de aplicação de núcleo estética, esclarecendo- se que constou da inicial valor estimado a R$830,00, ou seja valor médio para referido tratamento, momento algum dito que fora valor X do tratamento da Apelada, tendo ainda valor aumentado diante do parcelamento na realização do pagamento, com relação ao preenchimento do recibo, não se verifica necessidade de preenchimento do mesmo com maiores informações sobre tratamento, razão pela qual fora realizado laudo distinto detalhado, pelo que não se justificam as impugnações da ora Apelante.
Esclarecesse mais um vez que o nexo causal entre o tratamento recebido e a fratura coronária do dente 11, resta claramente demonstrado, tendo a Apelada buscado tratamento junto as Demandadas, recebido tratamento ineficaz, tratamento de canal deficiente, pelo que incorreu no escurecimento do dente, posterior realização negligente de clareamento interno que ocasionou o enfraquecimento do dente elemento 11, levando a fratura coronária, assim demonstrado evidente conduta ilícita e culpa das Demandadas responsáveis pelo tratamento prestado a Apelada pelo profissional Dr. Rogério que veio a ocasionar danos a mesma, ainda no que se refere ao Dano moral o mesmo já restou comprovado nos autos, e pode ser verificado por si só pelo abalo da perda de um dente natural, agravado por tratar-se de um dentre frontal, tornando ainda mais difícil a realização do sonho da Apelada de ter uma carreira de sucesso como modelo.
Desta forma, requer-se o improvimento total da Apelação apresentada pela Apelante sendo a mesma desprovida de fundamentos, apenas uma tentativa da Apelante de distorcer os fatos já comprovados.
 	Resta inegável, diante das provas trazidas nos autos, bem como das respostas aos questionamentos e alegações da Apelante apresentadas acima, que a Apelada suportou inúmeros danos em decorrência de falha no tratamento que recebeu ao procurar consultório odontológico das Demandadas, como já referido, tendo sofrido imensurável abalo a sua moral com a perda de seu dente natural, sentindo- se humilhada e constrangida obrigada a ficar alguns dias sem um dente da frente, após com dente provisório, que possui aspecto bem diferente de um dente natural, com vergonha de falar e sair de casa, situação de abalo que apenas se agrava, sendo no decorrer do presente processo acusada de negligencia em sua higiene bucal, inúmeras vezes em tom sarcástico questionada sua escolha profissional e sua possibilidade de sucesso em referida carreira, reiteradas vezes colocada em dúvida sua capacidade.	
	IV – DOS PEDIDOS:
 		DIANTE DO EXPOSTO, requer sejam recebidas e conhecidas as presentes Contrarrazões ao Recurso de Apelação, para que ao final não seja provido o Recurso de Apelação interposto pela Apelante Cooperativa Dos Trabalhadores Autônomos De Passo Fundo, por ser medida de JUSTIÇA.
 		Requer seja mantido o benefício da Assistência Judiciária Gratuita deferido para a Apelada, visto que conforme documentos acostados não possui condições financeiras de arcar com as custas e despesas processuais sem prejuízo do seu sustento próprio. Fundamenta-se a possibilidade do deferimento da Assistência Judiciária Gratuita para a Recorrente com a Constituição Federal, artigo 5° LXXIV e com o artigo 98 e seguintes do Código de Processo Civil.
Termos em que aguarda deferimento.
Passo Fundo – RS, 21 de Abril de 2017.
Escritório: Rua Uruguai, 1851 - Centro - CEP: 99.010-112 - Passo Fundo-RS
Fone/Fax: 0.XX.54.3045-6293 E-mail: portella-adv@via-rs.net

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