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Modelo petição inicial erro medico

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EXCELENTÍSSIMO(A)	SENHOR(A)	DOUTOR(A)	JUIZ(A)	DE DIREITO DA	 ___ VARA CÍVEL	DA	COMARCA DE	_________
 
________________, qualificação________ por meio de sua advogada, que a esta subscreve, procuração anexa, com escritório na Rua _________________ vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 186, 927, 951 do Código Civil e artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor, Lei 8.078/90, propor a presente
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS EM DECORRÊNCIA DE ERRO MÉDICO c/c DANO REFLEXO c/c PERDA DE UMA CHANCE
 
em face de __________________________________, pelos fatos e fundamentos a seguir descritos:
1.	PRELIMINAR – ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA
Os REQUERENTES são pessoas pobres na acepção jurídica do termo e bem por isto não possuem condições de arcar com os encargos decorrentes do processo sem prejuízo de seu sustento e de sua família, desta forma, requerem a concessão dos benefícios da justiça gratuita, preceituados no artigo 5.º, LXXIV da Carta Magna e do Art. 4º da Lei 1.060/50.
DO POLO ATIVO
O polo ativo é ocupado pelo REQUERENTE E SUA COMPANHEIRA E CURADORA DEFINITIVA, Sra. _______, tendo em vista o dano moral reflexo, ou em ricochete.
Embora a REQUERIDA _________________ seja empresa especializada em prestação de serviços de plano de saúde, a mesma é proprietária do HOSPITAL ____________, nosocômio onde foi realizado o atendimento.
O HOSPITAL _______ não tem personalidade jurídica autônoma da REQUERIDA _______, segundo busca realizada na Junta Comercial do Estado de São Paulo – JUCESP.
Este é o entendimento do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo:
“Responsabilidade civil – Ação declaratória c.c indenizatória – Extinção, sem exame de mérito, em relação ao nosocômio e reconhecimento da prescrição da pretensão, nos termos do art. 206, §3º, V, do CC, quanto ao plano de saúde – Inconformismo –	Desacolhimento – Pretensão decorrente de suposta falha na prestação de serviços médicos – Nosocômio que não tem personalidade jurídica própria, pois se trata de filial do plano de saúde – Retificação do pólo passiva mantida – Relação de consumo – Aplicação do prazo prescricional previsto no art. 27, do CDC – Precedente do C. STJ – Prescrição afastada – Exame do mérito – Regularidade da transação extrajudicial celebrada entre as partes – Alegação de dificuldade financeira que não tem densidade jurídica para mitigar os efeitos da livre manifestação da vontade – Improcedência confirmada – Recurso desprovido.”(TS/SP – Apelação nº 9219219-81.2008.8.26.0000, Des.Rel.GRAVA BRAZIL, julg. 04/10/2011)–	
Sendo o HOSPITAL _____ de propriedade da REQUERIDA _____________ e não possuindo personalidade jurídica autônoma, deve figurar no polo passivo a REQUERIDA ______
2.	DOS FATOS
1.	O REQUERENTE convive com a Sra. ______ no município de _______ e sempre foi ativo. Por mais de trinta anos, trabalhou na _______, seu único emprego durante toda a vida. Exerceu cargos de Chefia, de Técnico de Segurança, acumulando diversos certificados de cursos realizados ao longo da sua vida profissional (cópias das carteiras de trabalho e dos certificados anexas). 
2.	Apesar de aposentado, o REQUERENTE realizava vários serviços como pedreiro, para aumentar a renda. Era o alicerce da família, pois cuidava de tudo. Inclusive, havia demolido uma casa pouco tempo antes do AVC e já estava tudo acertado para que ele construísse outra no lugar, mas a cliente teve que procurar outro profissional após o incidente.
3.	Agora, inválido, o REQUERENTE não tem condições de cuidar da companheira e dos assuntos que normalmente lhe cabiam antes do ocorrido. Passou a ser dependente totalmente, até mesmo para os cuidados básicos de higiene pessoal.
-	Da doença e do erro médico
4.	O REQUERENTE é conveniado com a REQUERIDA ____________________ desde ___________, conforme cópia de boleto anexo e foi vítima de erro médico, com falha no diagnóstico, o que provocou a perda de uma chance de cura e causou-lhe danos materiais, morais, bem como dano reflexo à sua curadora e companheira.
5.	Tudo começou na manhã do dia_________________, quando no enterro de um tio em _______________, o REQUERENTE passou mal e chegou a vomitar.
6.	Sua companheira, a Sra. ______________, então, levou-o até o pronto atendimento do HOSPITAL _____________, onde são feitos os atendimentos do convênio da REQUERIDA , aproximadamente às ___________, sendo que foi levado de cadeira de rodas até o consultório, onde o Dr. __________, plantonista no momento, diagnosticou labirintite.
7.	Aproximadamente às _____, o REQUERENTE recebeu alta pelo Dr. ____. Ao chegar à portaria do referido nosocômio, voltou a sentir-se mal, com náusea e tontura.
8.	A sra. ______, então, pediu que fosse chamado o Dr. _______, o qual já atendera seu companheiro em muitas ocasiões anteriores, tendo conhecimento do seu histórico.
9.	A enfermeira chefe acomodou o REQUERENTE em uma cama e chamou o Dr. _____, que chegou após uns vinte minutos e diagnosticou uma crise de depressão.
10.	Já conhecendo o histórico do requerente, o Dr. ______ decidiu interná-lo no mesmo dia, quinta feira, _____, para observação. No domingo, dia ______, estando melhor, o REQUERENTE recebeu alta e lhe foi receitado um antidepressivo, sendo que a primeira dose foi tomada no próprio hospital, aproximadamente às ______
11.	O REQUERENTE então, retornou ao seu lar e passou o restante do dia bem, mas mais ou menos às ________, quando a sra. ________ se arrumava para ir à igreja, aquele lhe pediu dipirona, para tomar caso sentisse dor, já começando a demonstrar que não estava se sentindo bem.
12.	Aproximadamente às _________ quando já ia sair para a igreja, ao se aproximar do REQUERENTE para se despedir, a sra. _________ constatou que este se encontrava sem voz, não conseguia falar. Imediatamente ligou para seu cunhado _________, pedindo ajuda para socorrer o companheiro.
13.	Assim que chegou, o Sr. ______ carregou o irmão, ora REQUERENTE até o carro, uma vez que este não estava conseguindo se locomover normalmente, estando arrastando os membros inferiores, e dirigiram- se ao pronto atendimento do HOSPITAL ________, onde o médico, ora REQUERIDO ____________________ se encontrava de plantão.
14.	Na recepção, a sra. ____________ pediu que chamassem o Dr. _____________, ao que a recepcionista respondeu que o médico plantonista chamaria, caso fosse necessário.
15.	O REQUERENTE foi levado em cadeira de rodas até o consultório de atendimento, onde a sra. ______ perguntou ao REQUERIDO ________ se o companheiro estaria sendo vítima de um AVC (Acidente Vascular Cerebral), pois se encontrava com a fala enrolada e ela já conhecia os sintomas, após ter cuidado do sogro quando teve o mesmo problema.
16.	O REQUERIDO _________, afirmou que não se tratava de AVC, mesmo sem ter feito qualquer exame. Perguntou à sra. __________ sobre o medicamento ministrado pelo Dr. __________ e aquela apresentou-lhe a caixa, cujo nome constava “Espran”, um antidepressivo do laboratório Torrent do Brasil Ltda, que o REQUERENTE havia tomado um comprimido de manhã, antes de receber alta.
17.	O REQUERIDO ____________ ministrou então soro intravenoso ao REQUERENTE e afirmou que os sintomas de tontura e instabilidade eram devido a uma reação ao medicamento ingerido pela manhã. Não deu importância ao fato do REQUERENTE não estar conseguindo falar, bem como estar arrastando uma perna.
18.	A sra. __________ solicitou ao REQUERIDO ___________ que chamasse o Dr. _________, que já estava ciente do caso, inclusive foi quem havia determinado a internação, ao que aquele respondeu que não havia necessidade.
19.	Diante da recusa do REQUERIDO __________ e pressentindo a gravidade do estado do companheiro, a sra. _________ chamou sua filha, _____________, que ao chegar repetiu o pedido para que fosse chamado o Dr. __________ para avaliar o padrasto e novamente o pedido foi recusado.
20.	Diante do agravamento do quadro, a sra. __________ já estava se desesperando e o REQUERIDO ___________afirmava categoricamente não se tratar de AVC e pegou-a com força pelo braço, dizendo-lhe que estava muito nervosa, tendo aferido sua pressão arterial, sendo que o resultado foi _______ mm Hg. Não foi a primeira vez que o REQUERIDO ____________ tratou um familiar daquela com negligência. Já o fez há sete anos atrás, com a filha _________, no momento do parto.
21.	O REQUERIDO __________ em seguida, pediu que a enfermeira ministrasse o medicamento Diazepan 10 mg na sra. _______, o que sua filha ______ não permitiu, voltando a pedir que o Dr. _______ fosse chamado.
22.	Enfim, o Dr. ______ não foi chamado, por entender o REQUERIDO _______ que não havia necessidade e mais ou menos às ______, o soro foi retirado e o REQUERENTE recebeu alta, com boletim médico onde consta o diagnóstico de TONTURA E INSTABILIDADE com CID 10 R42. (documento anexo)
23.	A orientação do REQUERIDO __________ foi que o REQUERENTE e sua companheira, ao chegarem em casa, tomassem 01 comprimido do medicamento Rivotril 10 mg cada um.
24.	O REQUERENTE foi transportado em um táxi até sua residência, cujo motorista ajudou a carregá-lo, pois não conseguia mais andar. Já em casa, em sua cama, foi tentar se alimentar não conseguiu segurar o talher, tendo a sra. ___________ o surpreendido pegando os alimentos com as mãos.
25.	Na manhã do dia seguinte, __________, mais ou menos às _______, ao tentar se levantar, o REQUERENTE caiu junto à sua cama e sua companheira chamou imediatamente o resgate, sendo que os paramédicos aferiram a pressão sanguínea daquele, que se encontrava em _______ mm Hg, muito alta.
26.	Antes mesmo de sair de casa, a sra. ______ ligou para chamar o Dr. _________, sendo que ao chegar à Sala de Emergência, os primeiros atendimentos foram dados pelo Dr. ___________. Assim que o Dr. ___________ chegou e avaliou o estado do REQUERENTE, saiu apressado do consultório para leva-lo até o local onde se realizam as tomografias computadorizadas e confidenciou à companheira deste: “Infelizmente é um AVC !”.
27.	Após os exames, tendo sido constatado tardiamente AVC, o REQUERENTE foi internado para tratamento, sendo que ficou até o dia _______, aproximadamente, e após a alta, já não possuía mais a capacidade de locomover-se, tornando-se totalmente dependente da companheira e de profissionais de enfermagem, para ter suas necessidades básicas atendidas
-	Das sequelas e da busca por justiça
28.	O ocorrido, desestabilizou a família do REQUERENTE, pois antes havia uma vida normal, e agora, tudo gira em torno dos cuidados dispendidos a este: gastos com medicamentos, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, enfermeiro para dar banho, comida especial, fraldas geriátricas, táxi para transporte aos locais de tratamento, sobrecarregando o orçamento doméstico, bem como a companheira, que não tem mais vida própria.
29.	São praticamente 24 horas por dia junto ao REQUERENTE, atenta a cada momento para ver se ele necessita de alguma coisa, pois não consegue mais falar ou movimentar-se sozinho.
30.	O convênio forneceu o prontuário do atendimento do dia fatídico, bem como os das internações. Nota-se inicialmente, que não foram realizados os protocolos de atendimento necessários no caso em que o paciente demonstrou dificuldade locomotora bem como na fala, o que é imprescindível, no caso de estar ocorrendo um AVC.
31.	O REQUERIDO __________, de plantão na data de ____________, à noite, simplesmente ignorou os vários pedidos da companheira para que verificasse se o REQUERENTE não estaria sendo vítima de um AVC (Acidente Vascular Cerebral), atualmente com a nomenclatura de AVE – Acidente Vascular Encefálico.
32.	O REQUERENTE vem a juízo, certo de que a atuação médica foi negligente, imperita e imprudente, em razão do desastroso atendimento que culminou com a sequela de sua invalidez permanente. Pleiteia que os REQUERIDOS sejam compelidos a reparar os danos morais e materiais sofridos pelo REQUERENTE e por sua companheira, sra. _________.
-	Da perda de uma chance de cura
33.	Atualmente, vem se acentuando pela jurisprudência, a utilização do conceito da perda das possibilidades de resultados da cura ou da sobrevivência.
34.	Segundo a Juíza de Direito Grácia Cristina Moreira do Rosário, em seu artigo “A Perda da Chance de Cura”:
[...] Se um indivíduo é privado de um diagnóstico correto, sendo, desta forma, prejudicado em vir a seguir uma terapêutica adequada útil à sua cura, está constituída uma perda de chance, que também constitui um dano em si mesma. Não é sem razão que, ao se referir à responsabilidade
 
médica, IRANY NAVAH MORAES2 diz ser essa examinada a partir do que o médico “fez e não deveria ter feito, deixou de fazer e deveria ter feito, falou e não deveria ter falado ou, ainda, não falou e deveria ter falado”.[...]
[...] O diagnóstico equivocado pode levar a uma perda da chance do paciente de evitar os riscos que aconteceram pelo erro cometido. O diagnóstico pode ser definido como a apreciação do médico sobre o estado atual do paciente ou sobre o seu futuro. É a ação de determinar uma doença a partir de seus sintomas. A obrigação do médico no quadro do diagnóstico é uma obrigação de meios. Se os meios técnicos e intelectuais que são colocados em ação habitualmente por um profissional competente e diligente não tiverem sido acionados, a sua responsabilidade poderia ser comprometida. Se o diagnóstico é difícil de definir, não se pode reclamar do médico, salvo se ele tiver conformado com os dados adquiridos da ciência que se apresentam, caso seja necessário chamar terceiros competentes.[...]
[...] A reparação do dano sofrido deve ser integral, caso possível, pois o indivíduo lesionado tem o direito de ser ressarcido. O art. 944 do Código Civil determina que: “A indenização mede-se pela extensão do dano”. O cerne do dispositivo é atribuir proteção ao lesado, com o intuito de retorno ao estado primário, ou seja, anterior à ocorrência do fato danoso.[,,,]
Ainda neste sentido, julgou o TJ-RS:
TJ-RS - Embargos de Declaração ED 70057037178 RS (TJ- RS)
Data de publicação: 29/11/2013
Ementa: EMBARGOS DECLARATÓRIOS. APELAÇÃO CÍVEL. ERRO MÉDICO. ROMPIMENTO DE ANEURISMA. AVC HEMORRÁGICO. DEMORA NO DIAGNÓSTICO. INVALIDEZ PERMANENTE. RESPONSABILIDADE PELA PERDA DE UMA CHANCE. CULPA MÉDICA NA MODALIDADE DE NEGLIGÊNCIA. DANOS MATERIAIS POR RICOCHETE. PENSIONAMENTO AO MARIDO DA VÍTIMA. TERMO FINAL.
Evidenciado que, em decorrência da falha no serviço prestado pelos médicos do Hospital embargado, resultou a esposa do autor com incapacidade permanente, a pensão mensal a ser paga é vitalícia. Pensionamento mensal a ser pago ao marido da vítima até a data em que esta falecer. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ACOLHIDOS. (Embargos de Declaração Nº 70057037178, Nona Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Miguel Ângelo da Silva, Julgado em 27/11/2013)
35.	O caso em tela reporta a perda da chance de cura do REQUERENTE, pois se tivesse sido atendido com respeito aos protocolos determinados, haveria a chance de não ter ficado com sequelas graves.
-Dos danos morais
36.	O dano moral decorreu justamente pela ofensa à integridade psicológica do REQUERENTE e de sua companheira, sra. __________, pelo erro médico deixou sequelas irreversíveis.
37.	Os danos de ordem moral são severos e a reparação total é impossível. Vale lembrar que, dano moral não é dor, tristeza, angústia, vergonha, humilhação etc, essas são suas consequências. Assim, dano moral é a lesão aos direitos da personalidade, por isso conforme a doutrina e jurisprudência atual não há mais a necessidade de prová-lo, pois agora a prova é in re ipsa, ou seja, incita na própria coisa.
38.	Então, para constituir o dano moral basta a violação de um direito, independentemente do sentimento negativo consequente, o qual terá relevância apenas para a quantificação do dano. Devem-se levar em conta ainda, as condições econômicas e sociais dos envolvidos.
3.	DO DIREITO
-	Da aplicação do Código de Defesa do Consumidor.
39.	Os REQUERIDOS prestam serviços na área de saúde, restando perfeitamente incluídono rol dos prestadores de serviços do Código de Defesa do Consumidor. Desta forma, incide aqui o art. 14 da Lei 8.078/90 o qual contém o seguinte teor:
"O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços,	bem	como	por	informações	insuficientes	ou inadequadas sobre sua fruição e riscos."
40.	Saliente-se que, no caso presente, é cabível a inversão do ônus da prova, em virtude de estarem devidamente satisfeitos os requisitos para a ocorrência de tal inversão. A verossimilhança está comprovada através dos indícios apresentados nesta exordial e a hipossuficiência é evidente, tendo em vista que os REQUERIDOS possuem maiores condições técnicas de trazer aos autos do processo elementos fundamentais para a resolução da lide, além de uma equipe renomada de advogados para realizarem sua defesa. Nesse sentido, o Código de Defesa do Consumidor, disciplina a questão ao preceituar:
"Art. 6º - São direitos básicos do consumidor: (...)
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação, ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias da experiência."
41.	Diante de tais fatos, principalmente de sua hipossuficiência, requer, desde já, seja declarada a inversão do ônus da prova, cabendo aos REQUERIDOS o ônus de produzir todas as provas atinentes ao presente processo.
42.	A companheira também é vítima dos serviços falhos prestados pelos REQUERIDOS, que ocasionaram a invalidez do REQUERENTE, como dispõe o artigo 17 do CDC que “Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do evento”.
43.	Ainda, é devida a aplicação do CDC, pois o caso está relacionado à prestação de serviço pelo plano de saúde conforme versa a súmula 469 do Superior Tribunal de Justiça: “Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de plano de saúde”.
-	Do dano moral reflexo ou em ricochete
44.	O dano reflexo, também chamado de ricochete, pode ser conceituado como a viabilidade de os efeitos danosos de um ato ilícito praticado contra determinado indivíduo alcançarem, ainda, pessoa diversa. Com efeito, no que diz respeito ao dano moral, a despeito de sua natureza personalíssima, há situações em que não somente a vítima direta do dano é atingida, porquanto outras pessoas, de algum modo vinculadas à vítima, acabam por experimentá- lo, reflexamente.
STJ - AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL: AgRg no REsp 1212322 SP 2010/0166978-7:
Do inteiro teor do Acórdão, extraiu-se o seguinte trecho:
“Não obstante a compensação por dano moral ser devida, em regra, apenas ao próprio ofendido, tanto a doutrina quanto à jurisprudência tem admitido a possibilidade dos parentes do ofendido e a esse ligados afetivamente, postularem, conjuntamente com a vítima compensação pelo prejuízo experimentado, conquanto sejam atingidos de forma indireta pelo ato lesivo.”
“Trata-se de hipótese de danos morais reflexos, ou seja, embora o ato tenha sido praticado diretamente contra determinada pessoa, seus efeitos acabam por atingir, indiretamente, a integridade moral de terceiros. É o chamado dano moral por ricochete, cuja reparação constitui direito personalíssimo e autônomo dos referidos autores.”
Ainda neste sentido, os Tribunais Pátrios decidiram:
APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAIS E MORAIS. ERRO MÉDICO. RELAÇÃO DE CONSUMO. RESPONSABILIDADE PELO FATO DO SERVIÇO. ART. 14, §§ 1º A 4º, DO CDC.
AGRAVOS RETIDOS NÃO CONHECIDOS. Agravos retidos não conhecidos, pois não reiterados nas contrarrazões de apelo, como prevê o art. 523, § 1º, do CPC. RESPONSABILIDADE CIVIL DO HOSPITAL. A responsabilidade civil dos hospitais pelos danos causados ao paciente por ato de seus prepostos é objetiva, prescindindo da demonstração da culpa do estabelecimento. Entretanto, cumpre averiguar se houve falha no serviço prestado por médico integrante de seu corpo clínico, respondendo civilmente o nosocômio quando comprovado ato doloso ou culposo imputável ao facultativo. Intelecção do art. 14 do CDC. Já a responsabilidade civil do médico é subjetiva, a teor do que preceitua o § 4º do art. 14 do CDC, porquanto, de regra, sua obrigação é de meio e não de resultado. AUTORA ACOMETIDA DE CEFALÉIA INTENSA E PERSISTENTE E PRESSÃO ARTERIAL ANORMAL. QUADRO QUE PERDUROU POR VÁRIOS DIAS E FOI CONSTATADO EM DIVERSAS CONSULTAS. AUSÊNCIA DE PRESCRIÇÃO DE EXAMES DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA E/OU RESSONÂNCIA MAGNÉTICA QUE PODERIAM CONTRIBUIR AO ADEQUADO DIAGNÓSTICO DA MOLÉSTIA. ROMPIMENTO DE ANEURISMA. AVC HEMORRÁGICO. DEMORA NO DIAGNÓSTICO. INVALIDEZ PERMANENTE. RESPONSABILIDADE PELA PERDA DE UMA CHANCE. CULPA MÉDICA NA MODALIDADE DE NEGLIGÊNCIA.
Elementos fático-probatórios encartados nos autos que evidenciam falha no atendimento médico prestado por facultativos integrantes do corpo clínico do hospital mantido pela Associação demandada. Sintomatologia indicativa da possibilidade de a paciente, esposa do autor, vir a sofrer aneurisma cerebral e acidente vascular cerebral hemorrágico. Demora na identificação do quadro clínico que desembocou nesse evento danoso. Literatura médica que corrobora a versão dos fatos descrita na inicial. Princípio do livre convencimento motivado. Arts. 131 e 436 do CPC. Situação retratada no feito em que a paciente, no intervalo de cinco dias, compareceu oito vezes ao serviço de emergência do Hospital mantido pela ré, com queixas de cefaleia intensa e súbita, hipertensão e rigidez na nuca. Rompimento de aneurisma no quinto dia, causando hemorragia subaracnóidea, com sequelas irreversíveis. Desconsideração dos médicos integrantes do corpo clínico desse hospital dos sintomas relatados pela paciente. Realização de radiografia da coluna cervical. Ausência de prescrição de exames adequados, tais como tomografia computadorizada ou ressonância magnética, para a correta identificação da doença. Liberação da paciente com diagnóstico equivocado de cervicalgia. Aplicação da teoria da perda de uma chance. Embora impossível comprovar o nexo de causalidade entre a conduta negligente dos médicos e o rompimento do aneurisma que vitimou a autora, há demonstração de que deixaram de empreender todas as diligências possíveis para minimizar a ocorrência do dano. Subtração das chances da paciente de evitar ou, quiçá, reduzir as sequelas decorrentes de AVC hemorrágico. Reparação de danos morais devida ao esposo. DANOS MATERIAIS. VALORES DESPENDIDOS COM O CUSTEIO DE TRATAMENTO MÉDICO. PENSIONAMENTO AO MARIDO DA VÍTIMA. Não só a vítima que amargou os prejuízos ou os efeitos diretos do evento danoso, mas também aqueles que, de forma reflexa sentem os efeitos do dano por aquela suportado podem vir a juízo reclamar a sua reparação, na condição de prejudicados indiretos. Cuidando-se de danos materiais reflexos, indiretos ou por ricochete, a reparação é devida ao autor em razão da concreta diminuição da renda do núcleo familiar decorrente da incapacidade laboral de sua esposa, vitimada pelas sequelas do AVC. Lucros cessantes fixados na forma de pensionamento mensal. Danos emergentes não comprovados. DANOS MORAIS POR RICOCHETE. INDENIZAÇÃO DEVIDA AO MARIDO DA VÍTIMA INVÁLIDA.
Comprovado o dano moral experimentado de forma reflexa pelo marido da paciente, eis que essa ficou inválida e com vida praticamente vegetativa, a reparação dos danos morais que resultam dessa situação é medida que se impõe. ARBITRAMENTO DO "QUANTUM" INDENIZATÓRIO. FIXAÇÃO PROPORCIONAL ÀS CHANCES EVENTUALMENTE PERDIDAS. Admitida a indenização pela chance perdida, o "quantum" deve ser calculado em proporção ao prejuízo final experimentado. Montante da indenização arbitrado em atenção aos critérios de proporcionalidade e razoabilidade, bem assim às peculiaridades do caso concreto. Redução proporcional inerente à responsabilidade civil pela perda de uma chance. Consonânciacom os parâmetros usualmente adotados pelo colegiado em situações similares. AGRAVOS RETIDOS NÃO CONHECIDOS. APELO PROVIDO EM PARTE. (Apelação Cível Nº 70054237573, Nona Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Miguel Ângelo da Silva, Julgado em 09/10/2013)
(TJ-RS - AC: 70054237573 RS , Relator: Miguel Ângelo da Silva, Data de Julgamento: 09/10/2013, Nona Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 11/10/2013)
45.	Sem dúvida, no presente caso, a companheira do REQUERENTE foi igualmente vítima de danos morais, pois além de ter que cuidar deste diuturnamente, perdeu a ajuda daquele que, com seus pequenos serviços, complementava a renda da família.
46.	Atualmente, ela é uma mulher preocupada, que só pode sair de casa, para fazer uma compra ou dar um passeio, caso alguém fique junto ao seu companheiro até seu regresso.
-	Da Responsabilidade dos REQUERIDOS.
47.	A responsabilidade pelos serviços médicos prestados pelos REQUERIDOS é objetiva, conforme dispõe o artigo 932, inciso III do Código Civil: “O empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou razão dele; ”
O Código de Defesa do Consumidor, também dispõe:
“Art.14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos”.
48.	A Constituição Federal, ao disciplinar a responsabilidade civil do Estado, prestigiou a responsabilidade objetiva, tendo por fundamento a teoria do risco administrativo. A norma do artigo 37, §6º, incluiu as pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público no rol dos possíveis responsáveis, sendo desnecessário, portanto, por parte da vítima, provar a culpa do agente. Dispõe no parágrafo 6º do artigo 37:
§6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
49.	Dessa forma, conclui-se que comprovados o nexo causal e o dano sofrido, desnecessária a comprovação de culpa para a responsabilização dos fornecedores de serviços hospitalares.
50.	Como exposto, o prontuário médico foi fornecido pelos REQUERIDOS e anexados integralmente à exordial. Nota-se, que o exame de Tomografia Computadorizada só foi realizado no dia ______, APÓS 12 HORAS DE DECORRIDO O AVC, depois que o REQUERENTE passou a noite toda sofrendo, sem medicação adequada, que poderia impedir ou ao menos minimizar as sequelas.
51.	Realizar o exame de Tomografia Computadorizada é a primeira providência que um médico deve tomar ao consultar um paciente com os sintomas que o REQUERENTE apresentava na noite de ______, mormente sabendo que acabara de ter alta de internação na manhã do próprio dia. Mas nada foi feito pelo REQUERIDO ____________, além de ministrar um soro intravenoso.
52.	Ressalta-se que a REQUERIDA ____________________ é proprietária do HOSPITAL __________ e este, por sua vez não tem personalidade jurídica autônoma daquela.
53.	Ao que tudo indica, o atendimento negligente pelo REQUERIDO ___________ foi o principal motivo que levou à piora do estado clínico do REQUERENTE, causando-lhe sequelas irreversíveis.
54.	Dessa forma, o REQUERENTE e sua companheira fazem jus a uma indenização por danos morais e materiais, por suas sequelas e consequentes gastos financeiros, decorrente de evidente erro médico.
55.	Prescreve o art. 927 do Código Civil: “ Aquele que, por ato ilícito (artigos. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo”.
56.	E, aqui, aplica-se o disposto no art. 951:
“O disposto nos artigos. 948, 949 e 950 aplica-se ainda no caso de indenização devida por aquele que, no exercício de atividade profissional, por negligencia, imprudência ou imperícia, causar a morte do paciente, agravar-lhe o mal, causar-lhe lesão, ou inabilita-la para o trabalho”.
57.	Desta forma, certo de que o médico agiu no exercício de sua profissão, não importa se a atuação tenha sido dolosa ou culposa, havendo dano, impõe-se a indenização.
58.	A partir do momento em que se está colocando em pauta a saúde e a vida da pessoa humana, o menor descuido deve ser visto com uma dimensão muito maior, de modo que o erro médico não precisa ser exatamente grave para ensejar uma indenização. Para a saúde e a vida não se pode admitir falhas, nem pequenas, nem grandes.
59.	De acordo com J.M. Carvalho Santos:
“[...] Ninguém mais contesta, em tese, a responsabilidade do médico pelos danos que por ato culposo seu, resultem ao paciente. Assim, que se age com culpa, se por uma imprudência manifesta, resulta um prejuízo para seu cliente, tem este com ele ação para exigir perdas e danos, como por exemplo: se após uma operação grave abandona o paciente sem prestar a devida assistência; se num caso de urgente necessidade de ser o paciente operado, não realiza a intervenção por estar o médico obrigado; se o médico, por erro ou engano receita um remédio em lugar do outro, agravando-se à situação do doente; se engana na dose a prescrever; se esquece de recomendar as precauções imprescindíveis a serem tomadas durante o uso de medicamento perigoso, em qualquer dessas hipóteses, se vem a ocorrer, um acidente de sua responsabilidade é incontestável.” (J.M. Carvalho Santos – CCB Interpretado – Vol. XXI, pág. 258, Ed. 1983). (grifo nosso)
60.	No presente caso, ocorreu justamente isto, houve um acidente de responsabilidade do médico e do convênio, que por sua vez, admitiu o médico.
61.	Não se trata de analisar o erro médico e responsabilização sob a óptica de obrigação de meio, pois o convênio tem uma obrigação de resultado, ou seja, de dar o melhor e mais adequado atendimento possível.
62.	Silvio de Salvo Venosa, corrobora:
“De tudo concluímos que na atividade médica existe ou pode existir responsabilidade contratual; mas existe também, como em qualquer outra profissão – arte, uma obrigação genérica de não causar dano por negligência, imperícia ou imprudência”. (DIREITO CIVIL. 3ª EDIÇÃO. SILVIO DE SALVO VENOSA. RESPONSABILIDADE CIVIL. ED. ATLAS, p. 97).
63.	Nem se diga que se tratava de um problema inerente às condições do paciente. Tal premissa não pode ser considerada, pois, caso fosse esse o motivo, imediatamente os médicos iriam realizar o procedimento de correção, fato que não se deu no presente caso.
64.	Como visto, o AVC só foi detectado no dia seguinte, quando poderia tê-lo sido na véspera, tivesse o REQUERENTE sido imediata e corretamente diagnosticado, majorando significativamente a chance de não ficar com sequelas.
65.	Insta salientar que o plano de saúde, ou seja, o convênio, deve ser responsabilizado, justamente porque é ele quem escolhe os médicos de sua lista referenciada. E, segundo entendimento de Marilise Kostelnaki Bau, citado em obra de Silvio Venosa:
“O convênio mantém para com o paciente uma obrigação de resultado no tocante ao bom atendimento médico que oferece, através do contrato, ou através de qualquer propaganda veiculada pela imprensa”.
66.	Se o convênio mantém com o paciente uma obrigação de resultado, é certo que o mesmo deve juntamente com o médico, ser responsabilizado pelos danos causados.
67.	Merece atenção do plano de saúde, oferecer serviços e produtos de qualidade ao seu segurado, ainda mais quando pertencente a rede credenciada da operadora, na qual o enfermo deposita total confiança e, diga-se de passagem, paga pelo serviços contratados.
68.	Desta forma, resta clara a responsabilidade objetiva da REQUERIDA _____________.
69.	Confira o que diz Claudia Lima Marques a respeito do exposto:
“[...] A organização sistemática e em cadeia da medicina pré- paga, não mais como seguro de risco, mas como serviço garantido de prestação em caso de evento a saúde, deixa clara a responsabilidade solidária entre o organizador da cadeia(fornecedor indireto, mas contratante) e o prestador dos serviços médicos (fornecedor direto, médico, hospital, clinica, contratante interno da cadeia de fornecimento de serviços de saúde)” (Contratos no Código de Defesa do Consumido, 4ª. Edição Revista dos Tribunais, São Paulo, 2002, p. 405).
4.	DOS PEDIDOS
Ante todo o exposto, o REQUERENTE vem à presença de Vossa Excelência pleitear:
a)	A inversão do ônus da prova, nos termos do artigo 6º, inciso VIII do Código de Defesa do Consumidor;
b)	Sejam concedidos os benefícios da justiça gratuita, uma vez que o REQUERENTE não tem condições financeiras de arcar com os custos do processo, sem prejuízo do seu próprio sustento e de sua família (Lei 1060/50, artigo 4º);
c)	A citação dos REQUERIDOS, para que querendo contestem a ação no prazo legal, sob pena de incidirem os efeitos da revelia:
d)	Sejam os pedidos julgados TOTALMENTE PROCEDENTES, condenando os REQUERIDOS ao pagamento de indenização por danos morais, no valor a ser arbitrado por esse Douto Juízo; bem como pensão mensal no valor de 01 (hum) salário mínimo ao REQUERENTE, enquanto viver;
e)	Sejam os REQUERIDOS condenados ao pagamento de indenização por DANO MORAL REFLEXO OU EM RICOCHETE, à companheira do REQUERENTE, sra. _________________, sob forma de pensão equivalente a 01 (hum) salário mínimo mensal, enquanto for vivo o REQUERENTE.
f)	A condenação dos REQUERIDOS ao pagamento dos prejuízos materiais, no valor de R$ 19.426,00 (dezenove mil, quatrocentos e vinte e seis reais), conforme comprovantes de despesas anexos.
g)	A condenação dos REQUERIDOS ao pagamento de honorários advocatícios em 20% e demais custas do processo.
Protesta ainda pela produção de todas as provas admitidas em nosso Direito, em especial, depoimento pessoal do REQUERIDO ___________; documentais, testemunhais, periciais, e as demais que se fizerem necessárias para o deslinde da causa.
Dá-se à causa o valor de R$ _________________, para efeitos fiscais. Termos em que
E. deferimento
_________, ________________
Advogado
OAB

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