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* * IDENTIFICAÇÃO DE PARASITAS Profª Daiane Mastrocola * * HELMINTOS INTESTINAIS * * Enterobius vermicularis * * Enterobius vermiculares Oxiuríase, Oxiurose, Enterobíase e Enterobiose Infecção comum entre crianças * * Morfologia Macho 5 mm Fêmea 1 cm 5 a 16 mil ovos Ovo embrionado 50 µm comp. por 20 µm largura * * Ovo * * Larva de Enterobius vermiculares Fêmea adulta: 13mm de comp. Aletas ou asas cefálicas * * * * Ciclo biológico * * Manifestações Clínicas Assintomáticos: raros Prurido anal Náusea leve e vômito Insônia e irritabilidade Mucosa recoberta de muco e larvas vaginite * * Transmissão Heteroinfecção Indireta: ovos atingem o mesmo hospedeiro. Autoinfecção externa ou direta: ovos levados pela mão (cronicidade da doença) Autoinfecção interna: eclosão das larvas dentro do reto e migram para o ceco adultas. Retroinfecção: larvas eclodem na região perianal e penetram pelo ânus. * * DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Método da Fita Adesiva transparente ou método de Graham * * Exame de fezes – diagnóstico de apenas 5 a 10% Método Faust * * Profilaxia Lavar roupas do hospedeiro separadamente e com água fervente; Tratamento de todas as pessoas ; Cortar unhas; Lavar as mão. * * Trichuris trichiura * * Importância médica 1 bilhão de pessoas infectadas Prevalente em regiões úmidas e quentes Larva adulta: chicote Antiga: relatada em múmia Homem: principal hospedeiro Relatos: macacos, porcos * * TRICURÍASE Formas: ovos e larvas Forma infectante: ovos larvados (L2) ingeridos pelo homem. Sobrevivência da larva adulta no homem: 5 a 8 anos * * Morfologia : OVOS Ovos: são mto resistentes três camadas lipídica externa quitinosa intermediária vitelínica interna. Forma elíptica, barril, com poros transparentes e salientes (50 – 55 µm de comp por 22 a 24 µm. * * Ovo de Trichuris trichiura * * Larvas Tamanho: 3 a 5 cm * * * * SINTOMAS Dependem da carga parasitária Fatores: idade, estado nutricional, disposição das larvas no intestino * * Infecções leves: assintomática ou discreta alteração intestinal Infecções moderadas: 1.000 a 9.999 ovos g/ fezes dores de cabeça, dor epigástrica e abdominal, vômito, náuseas e diarréia. * * Distribuição dos parasitas no intestino * * Infecções intensas: diarréia intermitente com muco e sangue, dor abdominal com tenesmo, anemia, desnutrição grave (peso e altura diminuído para a idade). * * Prolapso retal Exteriorização do reto (infecções maciças) Esforço continuado na defecação associado a alterações nervosas locais * * * * Ciclo biológico SOLO Homem Fezes Ovo não embrionado (Meio externo – TEMP.) (2 a 3 semanas – 25ºC) Ovo embrionado ou larvado (Forma infectante) * * HOMEM Ovos embrionados Ingestão Intestino delgado: eclosão Larva Intestino grosso (ceco): verme adulto oviposição cada fêmea elimina cerca de 7.000 ovos/dia NÃO FAZ CICLO PULMONAR Ciclo total: 60 dias * * * * Imunidade Pouco se conhece Diminuição de intensidade de sintomas * * Profilaxia Condições ambientais que favorecem o desenvolvimento do ovo; Inexistência de saneamento básico adequado; Tratamento dos doentes * * Diagnóstico Diagnóstico clínico: não é específico * * Diagnóstico laboratorial Método direto ou de concentração Kato-Katz (avaliação quantitativa e qualitativa) * * Ascaris lumbricoides * * Ascaridíase “Lombriga” Maior nematódeo que infecta o homem Homem: HD “oral-fecal” Considerada a parasitose mais prevalente no mundo (1,3 bilhão) * * Morfologia - Larvas Macho: Mede cerca de 20 a 30 cm de comp; Apresenta extremidade posterior fortemente encurvada para a face ventral; * * • Fêmea: Mede cerca de 30 a 40 cm de comp. Apresenta extremidade posterior retilínea 200 mil ovos não embrionados * * * * Ovos São brancos Cor castanha nas fezes Ovo fértil Ovo infértil (fêmeas não fecundadas) * * Ovos Membrana externa albuminosa Fértil 45-75μm x 35-50μm s/ camada mamilar * * Ovos Sem membrana externa Albuminosa (casca + fina) Infértil 88-94μm x 39-44μm * * Ovo larvado * * Ciclo biológico - solo Homem Ovos não embrionados (fertéis) Ovo embrionado ( L1 não infectante - rabdtóide) Ovo embrionado (L2 infectante) Ovo embrionado (L3 infectante) FEZES SOLO DURAÇÃO 4 a 6 SEMANAS (MEIO EXTERNO) * * Ovos embrionados (L3) Ingestão Intestino delgado: eclosão larva (aeróbia L3) Vasos sanguíneos e linfáticos (L3) Fígado Coração Pulmão (8 dias após – L4) Traquéia e laringe (L5) Deglutição Estômago Intestino (jejuno e íleo): macho e fêmea ovos HOMEM DURAÇÃO DE 2 A 3 MESES Longevidade das larvas adultas de 1 a 2 anos * * * * Sintomas Assintomática a infecção grave Os vermes adultos podem sair pelo nariz, boca ou ânus * * Fase de Migração: Síndrome de Loeffler ou Loss (tosse, febre, eosinofilia, pneumonia) * * Fase intestinal má digestão, dores abdominais, perda de peso, irritabilidade Obstrução intestinal: enovelamento de vermes adultos * * Os vermes adultos podem sair pelo nariz, boca ou ânus * * DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Exame parasitológico de fezes: Macroscópico: pesquisa de vermes adultos Microscópico: pesquisa de ovos Métodos: Direto (com lugol) :sensibilidade >90% Sedimentação: Hoffman Kato-Katz (quantitativo: carga parasitária) * * Ancylostomidae * * Ancylostomidae Duas espécies diferentes: Ancylostoma duodenale Necator americanus Não é possível diferenciá-los pelo ovo. Prevalência das espécies varia de acordo com a região. DOENÇA: ancilostomose (amarelão) * * Morfologia - Ovo 60 µm por 40 µm * * Ancylostoma duodenale peças bucais - 4 dentes no Ancylostoma Necator americanus 2 placas cortantes no Necator Larvas * * LARVA RABDITÓIDE larva de 1º estágio; não infectante; que se alimenta; tem esôfago e bulbo refringente ESÔFAGO COM DUAS DILATAÇÕES * * LARVA FILARIÓIDE larva de 3º estágio; não se alimenta; tem bainha esôfago longo e estreito ESÔFAGO RETILÍNEO * * Larva filarióide Machos: 8 a 11mm Fêmeas: 10 a 18mm * * Larva do tipo filarióide (L3); Infectante; Cutícula externa; Não se alimenta; Movimentos serpentiniformes; Estimuladas por efeitos térmicos (pele) suco gástrico (oral); Penetração dura 30 min. (pele) * * Ovo e Larva * * Ciclo biológico * * * * Larva filarióide L3 Larva rabditóide L2 Larva rabditóide L1 Estômago L4 Estômago L4 * * Sintomas Forma aguda: prurido na pele, eritema, erupção papulo-veniculosa; * * Manifestações respiratórias (ciclo pulmonar): tosse seca ou com expectoração, síndrome de Loeffler; Grande carga de parasitos: náuseas e vômitos, anorexia, mal estar, cólicas, diarréia, cansaço, perda de peso, anemia grave, dilatação cardíaca, insuficiência respiratória. * * Forma crônica: indivíduos bem nutridos: sem sintomas característicos. indivíduos subnutridos: anemia (palidez), cansaço, mucosas descoradas, fraqueza, tonturas, dores musculares, cefaléia, anorexia. OBS: PERDA SANGUÍNEA CRÔNICA COM ANEMIA FERROPRIVA SECUNDÁRIA * * Forma infectante e Diagnóstico Forma infectante: L3 filarióide. Pesquisa de ovos: Hoffmann Larvas: método de Rugai, devem ser diferenciadas de larvas rabditóides de filarióides de Strongyloides stercoralis. * * Pesquisa de sangue oculto nas fezes Hemograma (auxiliar) : avaliar anemia. * * Testes imunológicos Imunofluorescência * * Hemaglutinação * * ELISA * * Strongyloides stercoralis * * Strongyloides stercoralis DOENÇA: estrongiloidíase Ocorre em regiões tropicais e subtropicais Elevada prevalência * * Morfologia Fêmea partenogenética Capaz de reprodução unissexual Não é necessário a fertilização * * Fêmea de vida livre ou estercoral Aspecto fusiforme; Medem de 0,8 a 1,2 mm de comp. por 0,05 a 0,07; 30 a 40 ovos por dia Macho de vida livre Aspecto fusiforme; Medem 0,7mm por 0,04mm * * Ovos São eliptícos; Parede fina; Idênticos aos dos ancilostomídeos; Medem 0,5mm por 0,03mm; Exepcionalmente podem ser observados nas fezes de indivíduos com diarréia grave ou após utilização de laxantes. * * Sintomas Assintomáticos: portadores de pequeno número de parasitos, mas isso não indica ausência de patogenicidade. Formas graves às vezes fatais: carga parasitária, subalimentação com carência de proteínas, imunidade, intervenções cirúrgicas. * * Lesões cutâneas: edema local, prurido e urticária (ação mecânica - penetração cutânea) Lesões pulmonares (S. de Löeffler): tosse, expectoração, edema pulmonar, insuficiência respiratória, mal estar. Lesões intestinais (ação mecânica, ação irritativa, inflamação catarral (criptas dos intestinos) e pontos hemorrágicos). * * Intestinos: desconforto abdominal, diarréia, perda do apetite, úlcera com dor ritmada, náuseas e vômitos, má absorção, (hemograma - leucocitose, eosinofilia) Sintomas gerais: desidratação, emagrecimento, anemia, astemia, irritabilidade, depressão. * * Disseminada: rins (larvas na urina acompanhada de hematúria e proteinúria), fígados (larvas nos espaços porta), vesícula biliar, coração (larvas no líq. Pericárdico), cérebro, pancrêas, tireóide, etc. * * Transmissão Hetero ou primoinfecção Larvas filarióides infectantes (L3): pele ou mucosas Autoinfecção externa ou exógena Larvas rabditóides da região perianal completam ciclo direto tornando se infectantes: indivíduos que dependem de fraldas Autoinfecção externa ou endógena Larvas rabditóides ainda na luz intestinal tornam-se infectantes (L3) penetrando na mucosa intestinal: responsável pela cronificação da doença * * Ciclo de vida * * 24 a 72h 18 a 24h * * * * Diagnóstico Método de Rugai (pesquisa de larvas nas fezes); Pesquisa de LARVAS em secreções ou líquidos orgânicos. * * Métodos auxiliares ou indiretos: Hemograma Diagnóstico por imagem * * Testes imunológicos Boa sensibilidade e especificidade Suspeita da doença não determinada por outros métodos ELISA e imunofluorescência indireta Desvantagens: Custo Reações cruzadas com a filariose Não diferenciam infecção anterior de recente * * Diferenciação das larvas * * (Grande) (Pequeno) * * Profilaxia Hábitos de higiene; Lavagem adequada dos alimentos; Utilização de calçados; Educação sanitária; Saneamento básico * * Tratamento Tiabendazol Forma líquida p/ crianças: 30mg/kg/dia Comprimido: 50mg/kg/dia Duas tomadas por dois ou três dias Albendazol Líquido ou Comprimido: 800mg/kg/dia durante 3 dias consecutivos. *
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