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Helmintos Ascaris lumbricoides - Nome da doença: Ascaridiose, Ascaridíase, Ascaríase - Nomes populares: lombriga, “bicha” - Agente etiológico (Helminto multicelular eucarioto): Ascaris lumbricoides Ascaris suum (parasito do porco) Nematelminto (corpo cilíndrico) Tipo de geo-helminto - Morfologias do Ascaris lumbricoides: Ovo, Larva e Verme adulto *Crianças em idade escolar: disseminam geo-helmintíases, pois constituem um grupo altamente suscetível e são responsáveis pela eliminação de grande quantidade de ovos no ambiente por meio das fezes. - Larvas de Ascaris lumbricoides: - São submetidas a 4 mudas (ecdises). Em cada muda, a cutícula que reveste a superfície do corpo despende-se e é substituída por outra. - Cutícula é a proteção do parasito contra agentes externos. Serve como exoesqueleto para ação muscular (movimentos de flexão ou enrolamento) - Resultados das mudas? Larvas L1, L2, L3, L4 e L5 - Larva de terceiro estágio (L3 ou filarióide): estágio infectante (não perde a cutícula, não se alimenta, reduz seu metabolismo e aguarda a oportunidade de entrar em contato com seu hospedeiro) Por que a larva precisa realizar ciclo pulmonar? É uma necessidade metabólica. - Ascaris lumbricoides: anaeróbio facultativo. - Ovos (metabolismo em aerobiose) - Larvas (metabolismo em aerobiose) - Vermes adultos (metabolismo em anaerobiose praticamente, devido à escassez de O2 no intestino delgado) *Ciclo biológico: 1. Ovos não embrionados são eliminados pelas fezes no meio ambiente 2. Amadurecimento da larva dentro do ovo fértil, mediante condições favoráveis de temperatura, umidade e oxigênio 3. Amadurecimento da larva dentro do ovo fértil. Larva L1 evolui para L2 4. Amadurecimento da larva. L2 evolui para L3 (filarióide – forma infectante). Os ovos férteis se tornam embrionados (amadurecimento da larva até chegar na condição de larva L3) 5. Ingestão dos ovos no Intestino Delgado e liberação das larvas L3 6. Rompimento dos ovos no intestino delgado e liberação das larvas L3 7. Larvas L3 invadem a parede intestinal (ceco), atingem vasos linfáticos, veia mesentérica superior, fígado, coração e pulmão. No pulmão: L3-L4. Nos alvéolos pulmonares: L4-L5. Migração L5 para brônquio, traqueia, laringe e faringe. Expulsão da larva por expectoração ou deglutição. 8. L5 deglutida atinge o intestino delgado e evolui para forma adulta (macho ou fêmea), copulam e fazem a oviposição. Os ovos, ainda não embrionados, serão eliminados pelas fezes. - Forma ativa no homem: verme adulto - Forma infectante ao homem: Ovo com Larva L3 - Forma diagnóstica: Ovo - Forma de resistência: Ovo - Classificação do parasito: Monoxeno - Classificação do hospedeiro: Homem (definitivo) - Transmissão oral: frutas, hortaliças e água contaminados com ovos embrionados (ovos com Larva L3); Contato fecal-oral (ex: mãos contaminadas com ovos com larva L3 são levadas até a boca); Papel dos vetores mecânicos (moscas, baratas, etc). - Síndrome de Loeffler e patogênese: causada pelas larvas de Ascaris lumbricoides Febre, tosse produtiva, dispneia, pneumonia eosinofilica (eosinófilo no aspirado broncoalveolar) e eosinofilia no hemograma, pneumonite difusa (descamação do epitélio alveolar, presença de exsudato nos alvéolos e bronquíolos dilatados). Passagem das larvas pelos pulmões. - As lesões teciduais são causadas por parasitos e hospedeiros. - Parasito (ação traumática: pontos hemorrágicos/necrose e ação alérgica: hipersensibilidade tipo I) - Hospedeiro: resposta imune contra as larvas (inflamação) Exame de imagem: focos de consolidação bilaterais nos lobos superiores, achado atípico, mas consistente com inflamação. Este padrão radiológico perihilar pode ser sugestivo de pneumonia eosinofílica. *Manifestações clínicas - Vermes adultos: Habitat (local de reprodução): intestino delgado (jejuno e íleo) Infecção de baixa intensidade (3-4 vermes adultos): sem alteração Infecção de alta intensidade (30-40 vermes adultos) ou maciças (100): Ação espoliativa – consumo de nutrientes Ação tóxica – reação entre antígenos parasitários e IgE (edema, urticária e convulsões) Ação mecânica: irritação da parede intestinal Localização ectópica: deslocamento do verme adulto, do intestino delgado, para outras regiões, como ducto colédoco e pancreático, boca, narinas, apêndice, etc. - PANO: manchas circulares no rosto, tronco e braços. Quadro clínico comum em crianças. *Fatores de virulência: - Enzimas (digestão de proteínas, lipídeos e carboidratos dos alimentos semidigeridos) - Atividade contínua - Verme adulto: lábios com dentículos - Tegumento espesso do verme adulto *Imunidade: - Resposta imune significativa contra estágios larvários iniciais nos pulmões - Larvas tardias e vermes adultos são pouco antigênicos (produção de anticorpos não protetores) - Há evidências que a resposta imune contra o A. lumbricoides é mais alérgica do que protetora. Reação de Hipersensibilidade tipo I (altas concentrações de IgE, desgranulação de mastócitos, urticária, problemas respiratórios) - Presença de eosinófilos no sangue e tecidos - Presença de neutrófilos - Resposta imune adaptativa celular Th2, principalmente - Exames diagnósticos: Clínico: inconclusivo Parasitológico/complementar: pesquisa de ovos nas fezes (exame direto). Encontrados com 40 dias após contaminação Eliminação diária de ovos - Tratamento: Medicamentos: Albendazol, Mebendazol, Ivermectina, Levamisol, Pirantel, etc. Agem nos vermes adultos/não agem em larvas (repetir a dose)/poucos com ação ovicida (Tiabendazol) Obstrução intestinal: piperazina (paralisa os vermes adultos)/ laparotomia Atenção à alimentação (organismo debilitado) Sonda nasogástrica Tratamento complementar com plantas medicinais (Paico). Necessita mais estudos. - Profilaxia: Educação sanitária Saneamento básico Tratamento do indivíduo infectado Proteção e higienização dos alimentos Higienização das mãos Tomar água potável Ancylostoma - Doença: Ancilostomose ou Ancilostomíase, anemia tropical ou doença do Jeca-Tatu - Américas: Necator americanos - Ancylostoma duodenale - Interfere no desenvolvimento social, profissional, educacional - Conhecida popularmente como Amarelão Caso clínico: Paciente, masculino, 5 anos, queixa principal: diarreia constante com fezes líquidas e de odor fétido. Piora do estado geral há aproximadamente 15 dias, com vômitos, dor abdominal, febre de 38ºC, hiporexia, apatia e sonolência. Relata geofagia. Dieta atual: leite de vaca, mingau de maisena, cremogema com água, arroz e peixe. Mora em sítio localizado em zona rural, sem saneamento básico. A criança toma banho em rio e brinca no chão. Exames complementares: Hemograma – Hb 6,8 (ref. 12-16), VCM (ref. 90-100), HCM 21,4 (ref. 27-32), CHCM 27,2 (ref. 32-37), eosinofilia. Parasitológico de fezes: 1ª imagem: ovo (forma de resistência do helminto) 2ª imagem: vermes adultos - Paciente não tem alimentação adequada e por isso come areia (geofagia) como forma de “repor” o que falta - Falta de saneamento básico adequado - Amarelão por ter anemia (microcítica hipocrômica) - Aumento de eosinófilos - O helminto pode se alimentar do sangue - Tipos de GEO-HELMINTO: Ancylostoma duodenale: regiões temperadas e Necator americanos: regiões tropicais - Morfologia: Ovo, larvas (L1 e L2: rabditóide, L3: filarióide, L4 e L5) e verme adulto: macho e fêmea OVO: (microscópico) - Cor castanha (casca fina e transparente) - Ovos parecidos de Ancylostoma e Necator - Desenvolvido no solo, eclode em 24-48h no meio externo favorável - Viabilidade 1-1,5 ano - Prefere ficar dentro da gente, pois esses patógenos tem preferência por nossos nutrientes - Para perpetuar a espécie prefere ficar no meio ambiente LARVA: (microscópica) - Pode ter Síndrome de Loeffler (NASA: necator, ancylostoma, strongyloides, ascaris) - Faz ciclo pulmonar - Desenvolve no solo (L1, L2 e L3) e no hospedeiro (L4 e L5) - Lava rabtóide (L1 e L2): Larva originada da eclosão do ovo no ambiente. Se alimenta de bactérias e matéria orgânica - Larva filarióide (L3): formainfectante – vive cerca de 2 semanas. Se alimenta de reserva nutricional. VERMES ADULTOS: (morfologia) - Dimorfismo sexual - Fêmea: 1 cm - Macho: um pouco menor. Machos têm bolsa copuladora na extremidade - Vermes adultos de Necator são um pouco maiores - Ciclo biológico e transmissão: - Forma ativa: verme adulto - Forma infectante: Larva filarióide (L3) - Forma diagnóstica: Ovos - Resistência: Ovos e larvas - Classificação do parasito: Monoxeno - Classificação do hospedeiro: Homem (definitivo) Habitat do verme: Intestino delgado 1) Ovos liberados para o meio externo junto c/ fezes 2) Eclosão do ovo e liberação da larva rabtóide 3) Diferenciação em larva filarióide (L3). Infectante ao homem. 4) Transmissão: 1. Penetração ativa na pele. Penetração 30 minutos (movimento/cápsula bucal, enzimas). 2. Via oral (ancylostoma). 5) Corrente sanguínea ou linfática/coração/pulmões (L4)/alvéolos/bronquíolos/traqueia/laringe/faringe/larvas deglutidas/estômago/intestino delgado (L5 e vermes adultos). · Patogênese e manifestações clínicas: - PELE: penetra na larva – fase aguda Prurido. Lesão papulo-eritematosa, edemaciada ou dermatite alérgica - PULMÕES: migração da larva – fase aguda Tosse seca com ou sem expectoração, febre Sinais radiológicos de Síndrome de Loeffler Eosinofilia sanguínea e pulmonar - INTESTINO: hematofagismo dos vermes adultos. Pode se estender à fase crônica. Relação com o estado nutricional do hospedeiro. Lesão da mucosa intestinal: dilacera fragmentos de mucosa (necrose e parcialmente digerido e ingerido pelo verme, juntamente com o sangue). Muda de lugar e repete a agressão (problemática de infecção secundária). Infecção intensa: mucosa edemaciada com infiltrado leucocitário (principalmente eosinófilo). Exame radiológico evidencia apagamento das pregas da mucosa. Mal estar, dor abdominal na região epigástrica, anorexia, náuseas, vômitos, cólica, diarreia Espoliação sanguínea: secreta substâncias anticoagulante, facilita a perda de sangue. Varia com a carga parasitária. Forma crônica: parasitismo ao longo dos anos por reinfecções. Intenso hematofagismo, gravidade da doença está relacionada ao estado nutricional do hospedeiro (carência de ferro na dieta é decisivo para que se esgotem a reserva desse metal no organismo, desencadeando anemia). Hemograma indica anemia. Palidez, conjuntivas e mucosas descoradas, cansaço fácil, desânimo, fraqueza, tonturas, dor muscular, apatia, mudança na personalidade (características do jeca-tatu). - Fatores de virulência e resposta imune: Larva: enzimas Verme adulto: placa bucal Verme adulto: tegumento espesso Resposta: Th2 - Diagnóstico: Exame parasitológico de fezes (pesquisa de ovos) O exame de fezes não permite identificar o gênero e espécie do agente etiológico, pois os ovos são morfologicamente semelhantes - Tratamento: Específico: anti-helmínticos. Ex: albendazol, mebendazol, levamizol. Medicamento de baixo custo. Anti-helmíntico não matam larvas nos pulmões, podendo ocorrer a reinfecção. Necessário um 2º tratamento após 20 dias do 1º. De suporte: reverter anemia, melhorar dieta - Profilaxia: Saneamento básico Educação sanitária Destino seguro das fezes humanas Higiene das mãos e alimentos crus, beber água filtrada e fervida (transmissão oral) Usar calçados e luvas ao manusear o solo (transmissão pela pele) Larvas migrans - Infecção de larvas de helmintos provenientes de animais domésticos ou silvestre no homem. Larvas raramente conseguem evoluir no homem. Realizam migrações através do tecido subcutâneo ou visceral - Larva migrans cutânea: dermatite serpiginosa ou pruriginosa/ bicho geográfico). L3 penetra na pele. A. braziliensis (gato), A. caninum (cachorro), Strongyloides stercoralis (cães e gatos), S. myopotami (roedores) - Larva migrans visceral: Ingestão de L3. Toxocara cati (ascarídeo) e A. Caninum (cães e gatos). Migrações prolongadas da larva no homem. Enterobius vermiculares - Enterobiose, Oxiúro, lagartinha - Enterobius vermiculares (antigo Oxyurius vermiculares) - Nematelminto (tipo de helminto com corpo cilíndrico) Nomes das morfologias: Ovo, Larvas (L1-L5), Vermes adultos. *Morfologia: * Ciclo biológico e transmissão: - Forma infectante: Ovo com Larva L3. - Forma ativa: verme adulto - Forma diagnóstica: fita gomada. Ovos grudados na região perianal - Resistência: Ovos - Classificação do parasito: Monoxeno - Classificação do hospedeiro: Homem (definitivo) - Heteroinfecção: ovos presentes na poeira ou alimentos, eliminados por determinado hospedeiro, atingem um novo hospedeiro. - Retroinfecção: na região perianal, as larvas são liberadas dos ovos, penetram no ânus, migram para o ceco e transformam-se em vermes adultos. - Autoinfecção externa direta: ovos na região perianal são levados à boca do mesmo indivíduo, através de suas mãos não higienizadas devidamente - Autoinfecção externa indireta: ovos presentes na poeira ou alimentos atingem o mesmo hospedeiro que os eliminou - Autoinfecção interna: ainda no reto, as larvas são liberadas dos ovos, migram até o ceco e transformam-se em vermes adultos (raro). · Patogênese: - Infecções de baixa intensidade (poucos vermes adultos): assintomática/ nenhuma alteração - Infecções intensas: náuseas, vômitos, cólica, tenesmo (vontade de evacuar, mas não tem o quê), prurido anal (característico, que exacerba à noite devido ao calor do local onde o parasita se movimenta. Perturba sono, nervosismo e irritabilidade. - Mulheres: presença de verme na região genital feminina (erotismo) – prurido vulvar, vaginites. - infecções mais intensas com mais parasitas: colite crônica: produção de fezes diarreicas, perda de apetite e emagrecimento. - O ato de coçar lesiona mais a pele e promove rompimento da fêmea grávida e liberação dos ovos. Todo verme adulto tem enzimas para digestão. - Fatores de virulência: - Enzimas: digestão de proteínas, lipídeos e carboidratos dos alimentos semidigeridos - Atividade contínua (movem-se contra peristaltismo) - Lábios com dentículos (fixa no intestino, mas não causa hematofagismo, não tem anemia). - Resposta imune: - Resposta imune significativa contra estágios larvários no intestino (mudas): alto poder antigênico: resposta inflamatória no intestino. - Movimentação da fêmea para o reto + liberação de enzimas + eclosão dos ovos: aumento de proteínas antigênicas: inflamação local: ativação de mastócitos: prurido anal (coceira) e eritema. - Componentes imunológicos: neutrófilo, eosinófilo significativo no sangue e tecido, mastócito, IgA, IgE e secreção de muco: Hipersensibilidade Tipo I. - Diagnóstico: Clínico: inconclusivo. Prurido anal noturno como suspeita clínica. Complementar: pesquisa de ovos e fêmeas adultas nas fezes Método swab anal ou fita gomada (mais eficaz) – ovos aderidos à região perianal - Tratamento: Anti-helmínticos (albendazol, mebendazol, pirantel), anti-inflamatórios e anti-histamínicos por conta do prurido - Profilaxia: Higiene das mãos e de alimentos crus Corte de unhas Tratamento do indivíduo infectado e dos membros da família Não sacudir roupas de cama Lavar roupas de cama em água fervente Limpar a casa com aspirador de pó ou pano úmido (não varrer) Educação em saúde - Diferenças entre os três ciclos biológicos das doenças acima: Helmintos Ascaris lumbricoides - Nome da doença: Ascaridiose, Ascaridíase, Ascaríase - Nomes populares: lombriga, “bicha” - Agente etiológico (Helminto multicelular eucarioto) : Ascaris lumbricoides Ascaris suum (parasito do porco) Nematelminto (corpo cilíndrico) Tipo de g eo - helminto - Morfologias do Ascaris lumbricoides: Ovo, Larva e Verme adulto * Crianças em idade escolar: disseminam geo - helmintíases , pois constituem um grupo altamente suscetível e são respo nsáveis pela eliminação de grande quantidade de ovos no ambiente por meio das fezes. - Larvas de A scaris lumbricoides:- São submetidas a 4 mudas (ecdises). Em cada muda, a cutícula que reveste a superfície do corpo despende - se e é substituída por outra. - Cutícula é a proteção do parasito contra agentes externos. Serve como exoesqueleto para ação muscular (movimentos de flexão ou enrolamento) - Resultados das mudas? Larvas L1, L2, L3, L4 e L5 - Larva de terceiro estág io (L3 ou filarióide ): estágio infectante (não perde a cutícula, não se alimenta, reduz seu metabolismo e aguarda a oportunidade de entrar em contato com seu hospedeiro) à Por que a larva precisa realizar ciclo pulmonar? É uma necessidade metabólica. - Ascaris lumbricoides : anaeróbio facultativo. - Ovos (metabolismo em aerobiose) - Larvas (metabolismo em aerobiose) - Vermes adultos (metabolismo em anaerobiose praticamente , devido à escassez de O2 no intestino delgado) *Ciclo biológico: 1. Ovos não embrionados são eliminados pelas fezes no meio ambiente 2. Amadurecimento da larva dentro do ovo fértil, mediante condições favoráveis de temperatura, umidade e oxigênio 3. Amadurecimento da larva dentro do ovo fértil. Larva L1 evolui para L2 4. Amadurecimento da larva. L2 evolui para L3 (filarióide – forma infectante). Os ovos férteis se tornam embrionados (amadurecimento da larva até chegar na condição de larva L3) 5. Ingestão dos ovos no Intestino Delgado e liberação das larvas L3 6. Rompimento dos ovos no intestino de lgado e liberação das larvas L3 7. Larvas L3 invadem a parede intestinal (ceco), atingem vasos linfáticos, veia mesentérica superior, fígado, coração e pulmão. No pulmão: L3 - L4. Nos alvéolos pulmonares: L4 - L5. Migração L5 para brônquio, traqueia, laringe e faringe. Expulsão da larva por expectoração ou deglutição. Helmintos Ascaris lumbricoides - Nome da doença: Ascaridiose, Ascaridíase, Ascaríase - Nomes populares: lombriga, “bicha” - Agente etiológico (Helminto multicelular eucarioto): Ascaris lumbricoides Ascaris suum (parasito do porco) Nematelminto (corpo cilíndrico) Tipo de geo-helminto - Morfologias do Ascaris lumbricoides: Ovo, Larva e Verme adulto *Crianças em idade escolar: disseminam geo- helmintíases, pois constituem um grupo altamente suscetível e são responsáveis pela eliminação de grande quantidade de ovos no ambiente por meio das fezes. - Larvas de Ascaris lumbricoides: - São submetidas a 4 mudas (ecdises). Em cada muda, a cutícula que reveste a superfície do corpo despende-se e é substituída por outra. - Cutícula é a proteção do parasito contra agentes externos. Serve como exoesqueleto para ação muscular (movimentos de flexão ou enrolamento) - Resultados das mudas? Larvas L1, L2, L3, L4 e L5 - Larva de terceiro estágio (L3 ou filarióide): estágio infectante (não perde a cutícula, não se alimenta, reduz seu metabolismo e aguarda a oportunidade de entrar em contato com seu hospedeiro) Por que a larva precisa realizar ciclo pulmonar? É uma necessidade metabólica. - Ascaris lumbricoides: anaeróbio facultativo. - Ovos (metabolismo em aerobiose) - Larvas (metabolismo em aerobiose) - Vermes adultos (metabolismo em anaerobiose praticamente, devido à escassez de O2 no intestino delgado) *Ciclo biológico: 1. Ovos não embrionados são eliminados pelas fezes no meio ambiente 2. Amadurecimento da larva dentro do ovo fértil, mediante condições favoráveis de temperatura, umidade e oxigênio 3. Amadurecimento da larva dentro do ovo fértil. Larva L1 evolui para L2 4. Amadurecimento da larva. L2 evolui para L3 (filarióide – forma infectante). Os ovos férteis se tornam embrionados (amadurecimento da larva até chegar na condição de larva L3) 5. Ingestão dos ovos no Intestino Delgado e liberação das larvas L3 6. Rompimento dos ovos no intestino delgado e liberação das larvas L3 7. Larvas L3 invadem a parede intestinal (ceco), atingem vasos linfáticos, veia mesentérica superior, fígado, coração e pulmão. No pulmão: L3-L4. Nos alvéolos pulmonares: L4-L5. Migração L5 para brônquio, traqueia, laringe e faringe. Expulsão da larva por expectoração ou deglutição.
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