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Giardíase Amebíase - ok Reino : Protista Sub-reino: Protozoa Filo: Sarcomastigophora Sub-filos: Mastigophora e Sarcodina Giardíase Giardia duodenalis / intestinalis / lamblia Giardia duodenales Classe: Zoomastigophorea Ordem: Diplomonadina Gênero: Giardia Espécie parasita do homem: G. duodenales ou G. lamblia ou G. intestinalis parasita também animais domésticos e silvestres - diferentes genótipos Epidemiologia Cosmopolita países desenvolvidos também tem! mais comum climas temperados do que tropicais OMS: 500 mil novos casos/ano maior incidência em crianças SP: 20-25% BA: 2% Giardia duodenales agente etiológico - giardíase Giardia duodenales - Eucarioto dos mais primitivos (Fóssil vivo - (genoma quase completo) - Características de: Eucarioto – membrana nuclear, citoesqueleto Procarioto - ausência de nucléolo e de mitocôndria Metabolismo - anaeróbio Ciclo de vida Fezes1. Água 2. Alimentos 3. Direto (oral ou anal) Giardia duodenales Transmissão ingestão de cistos Trofozoíto Cisto Formas de vida Trofozoíto – forma móvel piriforme com simetria bilateral achatamento dorsoventral superfície ventral - disco adesivo DA 2 núcleos N 2 axóstilos AX: feixes de fibras longitudinais 2 corpos parabasais CP (Golgi) 4 pares de flagelos posteriores Giardia duodenales N CP AX DA Formas de vida Trofozoíto habitat: duodeno e parte do jejuno mergulhados nas criptas aderidos mucosa - disco suctorial metabolismo: anaeróbio (não tem mitocôndria) aerotolerante nutrição: membrana e pinocitose Deslocamento rápido batimento flagelos reprodução: divisão binária longitudinal Giardia duodenales Formas de vida Cistos – Forma de resistência ovóides com parede cística (quitina) 4 núcleos (duplas estruturas internas) eliminados com as fezes formadas formas de resistência água: 2 meses Encistamento: colón Desencistamento passagem pelo estômago - eclosão intestino delgado 1 cisto - 2 trofozoítas Giardia duodenales Mecanismo de infecção Ingestão de cistos - eliminados fezes formadas água ou alimento contaminado Trofozoítas - eliminados fezes diarréicas Não resistem ao ambiente externo Giardia duodenales patologia e sintomatologia Variável: Enterite branda e autolimitada diarréias crônicas e debilitantes incubação: 12-20 dias - Assintomática - Sintomática (agudo-crônico) - Aguda, intermitente e autolimitante - Dores abdominais (cólicas) - Diarréia (líquida) - muco + gordura - ausência de hemácias - mal absorção intestinal Giardíase Mecanismo de patogenicidade - processo “principalmente” mecânico - parasitas em grande quantidade aderem e recobrem a parede do duodeno - “tapete” - “impression prints” - marcas deixadas quando o parasita descola, arrancando as microvilosidades. Giardia duodenales Mecanismos de Adesão via disco ventral Múltiplos mecanismos Ação hidrodinâmica: propulsão dos flagelos e a força de sucção do disco ventral - processo físico de adesão. Receptores: lectinas ligantes de manose (superfície do parasito) Contração das proteínas do disco ventral Giardia duodenales Mecanismos de Escape Giardia duodenales relação parasita-hospedeiro Variação antigênica Antígenos de superfície Evasão do sistema imune Sobrevivência diferentes condições intestinais Resposta do hospedeiro Aguda - neutrófilos e eosinófilos Crônica: inflamação - atrofia das microvilosidades HIV - não induz aumento ou gravidade de casos Diagnóstico Parasitológico de fezes cistos em fezes sólidas trofozoítas em fezes líquidas ou aspirado de duodeno pode requerer exames repetidos (3 amostras) Imunológico ELISA - pesquisa de Ags nas fezes Giardia duodenales Giardia duodenalis Tratamento Giardia duodenales Profilaxia Saneamento básico (água) Higiene - creches, asilos Cuidados com alimentos Tratamento dos doentes Tratamento dos portadores assintomáticos - muito importante Animais doméstico (cães e gatos) são reservatórios Derivados Nitroimidazólicos – Metronidazol (síntese de DNA) Benzidazólicos – Albendazol (absorção glicose) -Resistência -Vacina para giardíase canina Amebíase Entamoeba histolytica Protozoários Cavitários Classe Lobosea Ordem Amoebida Família Endamoebidae Gênero Entamoeba Espécies parasitas homem E. histolytica E. coli E. dispar E. hartmanni E. gengivalis Intestino - Cavidade bucal patogênica Amebas Amebas Parasitas Vida livre Comensais Vida livre eventualmente parasitas Protozoários com inúmeros habitats: Entamoeba histolytica Acanthamoeba, Naegleria Entamoeba coli, E. dispar, E. hartmanni, E. gengivalis, Endolimax nana, Iodamoeba bütschlii Vários gêneros e espécies Ciclo de vida hospedeiro meio Fezesalimentos e água Cisto forma de resistência Amebas Trofozoíto Eucariotos primitivos, não tem: -Mitocôndria, REG, Aparelho de Golgi, Microtúbulos Amebas trofozoíto 1 núcleo, pleomórfico citoplasma: ecto e endoplasma ingestão pinocitose/fagocitose: bactérias/hemáceas (forma invasiva) multiplicação: divisão binária simples 1-4 núcleos esféricos/ovais forma de resistência eliminado nas fezes cisto E. histolytica Trofozoíto:forma ativa, que se alimenta (via pinocitose, fagocitose e membrana) e se reproduz rapidamente E. histolytica Metabolismo - aeróbico facultativo - microaerófila - principal fonte energética – glicose (estoque – vacúolos de glicogênio) núcleo Amebas Trofozoíto: pleomórfico, com grande variabilidade tamanho Motilidade – pseudópodes E. histolytica Cisto:forma de resistência eliminada com as fezes Membrana plasmática + parede cística (quitina) 1-4 núcleos (N) (divisão endomitose) Vacúolos de glicogênio (V) Corpos cromatóides (CC) – agregados de ribossomos N N V CC Cisto jovem cisto maduro AMEBÍASE Epidemiologia Cosmopolita- varia de acordo com a região de 5 a 50% pessoas infectadas 500 milhões de infectados, 10% com formas invasivas óbito anual 100.000 pessoas - regiões tropicais/subtropicais - condições precárias de higiene - estado nutricional deficiente Americas: México, América Central, Perú, Colômbia, Equador Brasil: Até 30% (AM,PA, BA,PB,RS) Ingestão de cistos Direta: pessoa-pessoa Indireta: água ou alimentos contaminados Cistos são viáveis por até ~ 30 dias no meio externo Cistos - passam pelo estômago (quitina) – resiste pH ácido - enzimas digestivas, pH alcalino - desencistamento – intestino delgado - ciclo:luz intestino grosso Trofozoítas - destruídos no estômago Mecanismos de transmissão E. histolytica E. histolytica Ciclo de vida E. histolytica Desencistamento intestino delgado -eclosão 37 º C – ambiente anaerobiose 1 Cisto 4 núcleos- divisões sucessivas 8 amebas pequenas(fase metacística) Se alimentam e crescem (fase trofozoítica) Habitat trofozoíto - luz intestino grosso estômago Encistamento Luz intestino grosso Amebíase- Formas clínicas - Forma assintomática - Forma intestinal (não invasiva) - dores abdominais (cólicas) - diarréias (pode ficar crônica) - Forma intestinal invasiva - colite amebiana aguda, desinteria grave (fezes líquidas) - úlceras intestinais, abscessos - Forma extra-intestinal - fígado - pulmão - cérebro - pele E. histolytica Forma intestinal E. histolytica Forma intestinal invasiva amebíase intestinal - diarréias - colites - úlceras - perfurações - peritonite - - apendicite - amebomas -Forma aguda fulminante amebíase intestinal Fase (geralmente)não patogênica Forma invasiva Fase patogênica??? Patogenia E. histolytica Patogenia Trofozoítos lise de células da mucosa intestinal Adesão Penetração Citotoxicidade Amebíase E. histolytica Mecanismos de invasão - Adesão - Destruição tecidual - Dispersão amebóide extra-intestinal Mecanismo de invasão 1. Adesão - via receptores específicos - células do epitélio intestinal 2. Processo de destruição tecidual (origem do nome - histolytica) - ação de enzimas (hialuronidase/proteases/mucoplissacaridases) - formação de úlcera típica 3. Dispersão – o trofozoíta cai na circulação e atinge o fígado via sistema porta (filopódios,fagocitose) 4. Formação de abscessos, necrose e até obstrução do sistema porta - pode levar o paciente a óbito. E. histolytica Membrana plasmática do trofozoíta - composta principalmente por glicoproteínas - adesinas (glicoproteínas) - receptores para fibronectina e laminina - interação com membrana das células - “capping” e “shadding” de proteínas (importantes na evasão) -“turnover” contínuo de membrana plasmática - trofozoítas em movimento deixam um “rastro” - potentes proteases E.histolytica Interação trofozoítas com células do epitélio intestinal proteína formadora de poros (“amebapore“) E. histolytica E. histolytica Fatores líticos 1. mecanismos dependentes de contato -liberação peptídeos ativos - “amebapores” atividade citolítica 2. mecanismos independentes de contato - liberação de colagenase e cisteíno-proteases degradação matriz extra-celular Fígado Trofozoíto intestino Amebíase Forma extra-intestinal E. histolytica Invasão Desenvolvimento de quadros hepáticos, com abscessos no fígado que podem levar à morte do hospedeiro Patologia E. histolytica Adesão Ulceração perfuração Abscesso fígado Amebíase - Patologia Amebíase Forma extra-intestinal cérebro pulmão fígado E. histolytica Forma invasiva: Patologia AmebíaseMecanismos de defesa do hospedeiro 1. camada mucosa - mucinas: gel aderente, previne adesão ‘as células epiteliais e facilita a eliminação do parasita 2. Glicosidases produzidas pelas bactérias da flora intestinal e proteases do lumen degradam a lectina da E. hystolyica 3. Resposta Imune E. histolytica: relação parasita-hospedeiro Trends in Parasitology 2007, 23 (3) Amebíase E. histolytica: relação parasita-hospedeiro Fatores de Virulência do parasita - Capacidade de matar e fagocitar células do hospedeiro - Indução de morte celular de células do hospedeiro por apoptose (limita a inflamação e facilita a evasão da reposta imune). - Moléculas da membrana do trofozoíta - Glicoproteínas: 35kDa Gal-specific lectin – fundamental para uma forte adesão - Glicolipídeos: Lipofosfoglicanas (LPG) – quantidade relacionada com a virulência - Fatores líticos Diagnóstico Clínico – diarréia/síndrome do cólon irritável Parasitológico de fezes Pesquisa de cistos em fezes sólidas (diferenciar amebas não patogênicas) trofozoítas em fezes líquidas Cultura de fezes Diagnóstico imunológico -ELISA para detecção de antígeno nas fezes -ELISA para detecção Acs IgG soro - amebíase invasiva Diagnóstico Molecular - PCR (distingue espécies) Amebíase: E. histolytica Diagnóstico Problemas: - Diagnóstico diferencial amebas não patogênicas E. histolytica x E. coli E. histolytica x E. dispar Amebíase: E. histolytica Morfologia - trofozoítas Entamoeba histolytica Entamoeba coli E. histolytica X E. coli Diagnóstico diferencial Morfologia (cistos) Entamoeba histolytica Entamoeba coli E. histolytica X E. coli Diagnóstico diferencial Variabilidade da patogenia X origem geográfica Dilema durante + de 50 anos: Uma só espécie? Conversão não patogênica em patogênica? Associação com bactérias Duas espécies morfologicamente indistinguíveis? Marcadores genotípicos confirmaram que existem 2 espécies E. histolytica X E. dispar Diagnóstico diferencial E. histolytica: espécie patogênica (nem sempre) potencial invasivo virulência dependente - cepa - resposta do hospedeiro menos freqüente E. dispar: espécie não patogênica - raramente causa erosão de mucosa 10X mais freqüente portadores assintomáticos E. histolytica X E. dispar Tratamento 1. Amebíase intestinal – Dicloracetamidas Ação somente sobre trofozoítas 2. Amebíase teciduais – nitroimidazóis, deidrometina e emetina + usado metronidazol E. histolytica História natural da amebíase Profilaxia e Controle Vacinas (experimentais): alvos – trofozoítas (via oral) - cistos (impedir encistamento – bloqueio transmissão) E. histolytica Portadores assintomáticos! 1. Saneamento básico 2. Educação sanitária: 3. Tratamento de água 4. Controle de alimentos (lavar frutas e verduras). 5. Tratamento das fontes de infecção 6. Cuidados com higiene pessoal (lavar as mãos). The genome of the protist parasite Entamoeba histolytica. Nature 2005, 433:865 Predicted metabolism of E. histolytica based on analysis of the genome sequence data. Família Vahlkamphidae Gênero Naegleria Amebíase como doença oportunista Família Hartmannellidae Gênero Acanthamoeba Amebas encontradas no solo e na água, bacteriófagas. Parasitas facultativos em vertebrados. Família Leptomyxiidae Gênero Balamuthia Meningoencefalite amebiana primária Úlcera de córnea Ceratite Encefalite amebiana granulomatosa Infecção cutânea crônica imunodeprimidos Trofozoítos fagocitam e digerem microorganismos Amebas de vida livre Mecanismos de transmissão AcanthamoebaNaegleria fowleri Encontradas em todo o mundo no solo, água (rios, lagos, piscinas, água encanada). Cistos estáveis por 8 meses ‘a temperatura ambiente. Naegleria fowleri – contato com água, contaminação via epitélio neurolfatório - indivíduos sadios Acanthamoeba – contato com água, uso de lentes de contato. Contaminação local, via epitélio olfatório, via hematogênica. Temperatura, dose infectante, imunidade de mucosa, imunodeficiência Acanthamoeba A. culbertsoni A. polyphaga A. hatchetti A. castellanii Acanthamoeba spp. trofozoítos cistos Ameba de vida livre potencialmente patogênica •Infecção ocular ceratites) Acanthamoeba spp Acanthamoeba - Patogenia Infecção ocular Micro-lesão ou trauma pré-existente (lentes de contato, por exemplo) Contato adesão efeito citopático lesão/morte celular Serino e cisteíno-proteases Fagocitose/ apoptose Persistência de cistos AMEBAS DE VIDA LIVRE • GAE (granulomatous amoebic encephalitis) Acanthamoeba spp. Acanthamoeba Pacientes com imunodepressão Encefalite amebiana granulomatosa Infecção cutânea crônica Endossimbiontes – Legionella e outras bactérias Amebíase como doença oportunista Família Vahlkamphidae Gênero Naegleria Naegleria fowleri Termofílica Meningoencefalite amebiana primária Família Vahlkamphidae Gênero Naegleria N.gruberi N. lovaniensis N. australiensis Naegleria fowleri Patogenia Naegleria Meningoencefalite amebiana primária, ocorre principalmente em indivíduos jovens. Doença rara, mas fulminante. Meningoencefalite necrotizante hemorrágica. Mecanismos de invasão: adesão, proteína formadora de poros, fosfolipase, outras proteases. Diagnóstico Exame do LCR: hemorrágico, neutrófilos, glicose normal ou baixa, proteína elevada. Pesquisa de trofozoítos Ceratite – raspado de córnea e cultura. Exame direto Cultura
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