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Aula II Elementos do Tributo e da Legislação Tributária

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CURSO DE GRADUAÇÃO
CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Prof. Mauro Miranda Brito
Aula II
fevereiro/agosto – 2018
Rio de Janeiro - Brasil
Professor: Mauro Miranda Brito
Unidade: Rio Comprido, Méier I e II, Bento Ribeiro e Jacarepaguá.
Código: GES A29
Turma:
Créditos: 03
Carga Horária: 60 h
Disciplina: Legislação Tributária
Objetivo:
Como objetivo principal, pretende-se à transmissão de conhecimentos que permitam a formação de um profissional ético e com visão sistêmica das espécies tributárias existentes no ordenamento jurídico pátrio, operando a legislação de maneira coerente, com análise crítica e capaz de compreender os elementos constitutivos da legislação tributária, a classificação doutrinária, constitucional e a legal, contida no Código Tributário Nacional (CTN), de maneira a permitir a solução pacífica das controvérsias tributárias.
Ementa:
Introdução. Princípios Constitucionais Tributários. Limites ao Poder de Tributar. Fontes Formais Principais e Complementares. Vigência, Aplicação e Interpretação da Legislação Tributária. O Tributo. Espécies de Tributos. A Dinâmica Tributária. O Nascimento da Obrigação Tributária. O Sistema Tributário Nacional. Tributos Aplicáveis à Empresa.
		
Professor: Mauro Miranda Brito
Unidade: Bento Ribeiro
Código: GES A29
Turma:
Créditos: 03
Carga Horária: 60 h
Unidade II – LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
 	Legislação tributária é um conjunto de regra e princípios, de natureza tributária, vigente em um país.
2. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA 
2.1. Conceito, Elementos e Natureza.
 	Obrigação Tributária é toda obrigação que surge quando se consuma um fato imponível previsto na legislação tributária. 
 	Segundo dispõe o Código Tributário Nacional, obrigação tributária é principal e acessória. 
 	O parágrafo 1º do artigo 113 do CTN determina que a obrigação principal surja com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
 	Em consonância com o parágrafo anterior, dispõe o parágrafo 2º que a obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nelas previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
 	Em consonância com os parágrafos anteriores, dispõe 3º que a obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.
 	O mestre Ives Gandra Martins (doutrinador da matéria) afirma que “A obrigação tributária abrange tanto o tributo quanto à penalidade pecuniária. O pagamento seja do tributo, seja da penalidade pecuniária – que são duas espécies do gênero obrigação tributária –, extingue o crédito tributário”.
2.2. O Tributo no Brasil
 	Podemos colocar a situação dos impostos no Brasil dividindo nos três modelos políticos básicos aqui utilizados: Colônia, Império e República.
 
 	Durante nossa fase colonial os tributos eram ditados por Portugal, nossa metrópole, e assim os brasileiros eram indiscriminadamente explorados pelos funcionários da coroa. 
Modalidades de Impostos
Quinto (que era a quinta parte da produção de ouro);
Direitos Régios (que era um imposto de importação) e;
Dízimo Real (que era um imposto sobre os produtos agrícolas e o trabalho do lavrador).
DIREITO TRIBUTÁRIO
2.3. Introdução
CONCEITO
	O Direito Tributário é um conjunto de normas e princípios enucleados pelo conceito de tributo. 
 	E assim, há, sem dúvida, um conglomerado de regras de Direito que apresentam como denominador comum o terem por objeto a atividade tributária do Estado.
 	 Assim, enquanto organização política da sociedade, o Estado reúne poderes que lhe permite arrecadar recursos financeiros de forma impositiva e coercitiva, é dizer, com força jurídica tal, que independe da vontade individual do contribuinte. 	É uma emanação dos poderes soberanos do Estado. Dizer que decorre dos seus poderes soberanos não significa que esta atividade seja arbitrária ou que transcorra fora do âmbito jurídico. Pelo contrário, por ferir um dos princípios fundamentais sobre o qual se erige o Direito – que é o da propriedade privada -, esta restrição só pode produzir-se nos estritos limites autorizados pela Constituição e pelas leis. 
Do exposto, se por um lado é certo que a todos é dado usar, gozar e dispor do seu patrimônio e de ser indenizado quando ele é lesado por outrem, ao Estado também é facultado o direito de exigir prestações pecuniárias que impliquem sacrifício de parcela desse patrimônio. Nisso consiste o tributo.
2.3.1. O Dever do Contribuinte
 
	O tributo é o dever dos contribuintes de pagarem uma determinada quantia em dinheiro ao Estado independentemente de o Poder Público lhes ter prestado algum favor ou serviço, assim como sem vinculação à prática de qualquer ato ilegal pelo contribuinte. 
Da Obrigação
 	A obrigação de pagar tributo surge tão-somente de ter o contribuinte se inserido debaixo de alguma daquelas situações hipoteticamente descritas pela norma como geradora da obrigação tributária. Por meio do tributo, o Estado abastece os seus cofres para satisfazer as suas necessidades. Não é a única via, mas é a mais importante no Estado Moderno.
 	No decorrer dos tempos, as organizações políticas foram abandonando outras formas de autofinanciamento, como formas de exploração do próprio patrimônio; a feitura de guerras de conquistas, para adotar a via do tributo, que ocupa um lugar de destaque na atividade financeira o Estado. 
A SATISFAÇÃO DAS NECESSIDADES DO ESTADO
Por meio do tributo, o Estado abastece os seus cofres para satisfazer as suas necessidades. 
Não é a única via, mas é a mais importante no Estado Moderno.
2.3.2. O Estado Moderno
	O Estado moderno trás, no corpo da Constituição, os elementos fundamentas e as formas pelas quais os entes públicos União, Estados, Distrito Federal e Municípios, devem constituir seus tributos. Assim, para termos maior embasamento no estudo do tributo, necessário se faz analisar os preceitos constitucionais e, partindo deles, o estudo de cada espécie de tributo elencado no Código Tributário Nacional.
2.3.4. A Constituição Federal de 1988 e o bem de todos
 
	O objetivo fundamental da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, entre outros, é promover o bem de todos (art. 3º, II e IV).
	
 	Buscando atender as determinações do referido art. 3º, II e IV, entre outros, o Estado procura realizar inúmeras tarefas nos diversos setores da vida pública. 
Assim, vejamos:
Político: detectar as inclinações da Nação e traduzir os grandes anseios da sociedade;
Econômico: desenvolver os meios de produção, reduzir as desigualdades, promover a distribuição mais justa de renda;
Social: cuidar do bem-estar social da população;
Policial: zelar pela segurança interna e externa do povo (autodeterminação e a soberania nacional);
Administração: procura aparelhar-se eficientemente, a fim de atender às atividades dos demais setores;
2.3.5. Finalidades do Estado
	Para alcançar suas finalidades o Estado necessita de grande soma de recursos econômicos. Tais recursos recebem o nome de receita. 
2.3.6. Receita
	Receitas são recursos que o Estado necessita para alcançar suas finalidades.
2.3.7. Divisão das Receitas
	As receitas se dividem em original e derivada.
Original: promovida diretamente pelo patrimônio do Estado;
Derivada: provém diretamente do patrimônio do particular.
Nota: A receita derivada é constituída, basicamente, pela arrecadação dos tributos. Isto é, dos impostos, taxas e contribuições.
2.4. O Poder de Império do Estado
	O Poder de Império obriga o particular a ceder parcela do seu patrimônio para os cofres públicos, a fim de somar recursos destinados ao bem comum.2.5. A Relação Entre o Estado e o Particular.
	A relação entre o Estado e o particular é jurídica, no que se refere à cobrança de tributos. Nessa relação o Estado é tratado como fisco e o particular recebe o nome de contribuinte.
Estado: é tratado como fisco.
Particular: recebe o nome de contribuinte. 
2.6.. A Relação Jurídica e o Direito Tributário
	Disciplinando a relação jurídica entre o fisco e o contribuinte (particular) existe o Direito Tributário.
2.7. O Direito Tributário
2.7.1. Conceito ou Definição
	O Direito Tributário pode ser conceituado como o conjunto de normas e princípios enucleados pelo conceito de tributo que regulam as relações jurídicas entre o Estado, no seu direito de exigir tributos, e as pessoas sob sua jurisdição, no seu dever de contribuir.
2.8. Tributo
2.8.1. Conceito ou Definição
	O Código Tributário Nacional (art. 3º) define tributo como:
“Toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”.
 
2.8.2. Análise do texto:
1º) - “prestação pecuniária compulsória”: O tributo é obrigatório porque decorre do poder de império do Estado sobre o particular. Seu pagamento deve ser efetuado em dinheiro ou em bens cujo valor possa exprimir-se em moeda. Também pode ser um serviço prestado.
2º) - “em moeda ou em cujo valor nela se possa exprimir”: hoje em dia o tributo assume normalmente a forma de moeda, como já indicado pelo termo “pecuniário” constante do primeiro segmento da definição; esta, contudo, abre brecha para que certos bens – aí incluído o trabalho humano – possam ser entregues como se moeda fossem, desde que passíveis de uma correspondência com esta, em termos de valor;
3º) - “que não constitua sanção de ato ilícito”: Entende-se por ato ilícito aquele que contraria as normas jurídicas, sendo, por isso, punido pelo Estado. O pagamento do tributo, entretanto, não constitui punição de ato ilícito, não devendo ser encarado como sanção ou penalidade. Portanto, pagar tributos não constitui sanção, mas dever-prestação do titular.
 
4) - “instituída por lei”: o fundamento do dever de pagar o tributo há de ser sempre uma lei ou ato que possua a mesma força. É o princípio da reserva legal tributária segundo o qual não há tributo sem lei anterior que o institua. Ficam excluídas, pois, as obrigações que derivam do contrato ou da vontade unilateral das partes; esses atos são também informados pela lei, que, contudo, limita-se a emprestar força ao pactuado pelas partes, e não a instituir o tributo;
5º) - “e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”: a atividade tributária não costuma deixar margens ao exercício da apreciação subjetiva do agente fiscal; a lei já fornece todos os elementos para que se edite o ato próprio denominado “lançamento”, e ficam excluídos, assim, os atos que têm caráter discricionário, de ampla utilização em outros campos do Direito.
3. As Principais Espécies de Tributos.
 	A própria Constituição enuncia quais são as categorias de tributos em nosso sistema. A classificação dos tributos no Direito brasileiro ganha importância suplementar. É que só por essa maneira pode-se assegurar uma competência tributária mínima a cada uma das pessoas políticas, ou seja, União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
3.1. O Artigo 145 da Constituição
	Assim, em primeiro lugar, o art. 145 da Constituição faz referência a impostos, taxas e contribuição de melhoria. Isso não impede, no entanto, que a Constituição, em outros passos, aluda as duas outras modalidades, quais sejam, as contribuições sociais (art. 148 da CRFB/88) e os empréstimos compulsórios (art. 149 da CRFB/88).
3.2. Impostos
Conceito: art. 16 do CTN.
	O Código Tributário Nacional (art. 16) define Imposto como:
“Imposto é o tributo cuja obrigação tem como fato gerador uma situação independente de qualquer atividade específica, relativa ao contribuinte”.
	O imposto pode ser classificado como uma prestação pecuniária exigida dos particulares por via de autoridade, a título definitivo e sem contrapartida, com o fim de cobrir as obrigações públicas.
	Ficam então claros os seguintes elementos:
Caráter obrigatório do imposto;
Ausência de qualquer relação de correspondência entre a exação tributária e qualquer sorte de compensação do Estado ao contribuinte;
O imposto exigido não é acompanhado de qualquer promessa de reembolso, o que lhe confere a qualidade de definitivo.
3.3. Classificação do Imposto
	Os impostos podem ser classificados em pessoais e reais, diretos e indiretos.
	A doutrina tem feito crítica à divisão dos impostos em pessoais e reais, argumentando que nada teria de jurídica, já que, do ponto de vista do Direito, o crédito tributário é decorrente de uma obrigação jurídica e, como sabemos, a obrigação é sempre pessoal.
	O professor Ruy Barbosa Nogueira oferece um exato enquadramento da matéria: “... já vimos que o crédito de imposto se funda sempre numa obrigação pessoal, pois a lei, ao tributar, sempre obriga um determinado sujeito vinculado ao fato gerador, que se chama contribuinte ou responsável. A pessoa do contribuinte pode ser designada diretamente (exemplo no imposto de renda), mas o que é tributado é o rendimento; ou de uma maneira indireta quando a lei tributa a prática de atos pelas pessoas (ex.: no ICMS), ou ainda se refira ao indivíduo por ele ser o proprietário ou possuidor de determinados bens (imposto predial e territorial).”
3.4. Impostos Diretos e Indiretos
Diretos - O Imposto direto é aquele que toma em linha de conta a situação patrimonial do contribuinte. O exemplo paradigmático é o do imposto de renda. A sua principal vantagem é, sem dúvida, a de poder graduar a imposição tributária segundo a capacidade contributiva da pessoa colhida por esta exação.
Indiretos - 	O imposto indireto não desfruta da possibilidade de averiguar a capacidade econômica do contribuinte, uma vez que o seu fato gerador é constituído por um evento jurídico ou material desprendido da condição patrimonial de quem o pratica (exemplo: a compra de mercadoria).
3.3. Nascimento da Obrigação
 	A obrigação de pagar tributo surge tão-somente de ter o contribuinte se inserido debaixo de alguma daquelas situações hipoteticamente descritas pela norma como geradora da obrigação tributária.
3.4. Fato Gerador
 	Qualquer situação hipoteticamente descrita pela norma como geradora da obrigação tributária é fato gerador do tributo. 
3.4.1. Obrigação Tributária
 	Obrigação tributária é toda obrigação que surge quando se consuma um fato imponível previsto na legislação tributária, ou seja, verificando-se a hipótese prevista na lei tributária, com a ocorrência do fato gerador, nasce a obrigação tributária (Maximiliano Roberto Ernesto Fuher, Malheiros, 2010).
3.5. Crédito Tributário
 	Crédito tributário pode ser definido como o direito subjetivo de que é portador o sujeito ativo de uma obrigação tributária e que lhe permite exigir do sujeito passivo o seu objeto (artigos 139 a 193, do CTN).
3.6. Extinção e Exclusão do Crédito Tributário
3.6.1. Extinção
 	As causas que dão ensejo à extinção do crédito tributário vêm elencadas no artigo 156 do CTN, que diz:
Artigo 156. Extinguem o crédito tributário:
I – o pagamento;
II – a compensação;
III – a transação;
IV – a remissão;
V – a prescrição e a decadência;
VI – a convenção do depósito em renda;
VII – o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no art. 150 e seus §§1º e 4º;
VIII – a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do art. 164;
IX – a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;
X – a decisão judicial passada em julgado.
3.6.2.. Exclusão do CréditoTributário
 	As modalidades de exclusão do crédito tributário foram reguladas pelo CTN, que estabelece:
Artigo 175. Excluem o crédito tributário:
I – a isenção;
II – a anistia.
Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído ou dela consequente. 
3.6.3. Incidência – Não incidência
 	A incidência corresponde ao fato ou situação em que o tributo é devido. Dado o fato gerador concreto, recai ou incide sobre ele o tributo em certos casos. 
 	A não incidência, por sua vez, corresponde a um fato ou a uma situação que ficou fora do alcance da norma tributária. Pode decorrer de imunidade ou isenção. 
3.6.4. Imunidade
 	A imunidade consiste na vedação constitucional do tributo.
 Exemplo: a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não podem instituir tributos sobre o patrimônio, à renda ou serviços uns dos outros. 
 	São imunes aos impostos os templos de qualquer culto, os partidos políticos, os livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão (artigo 150, VI, da CRFB/88).
3.6.5. Isenção
 	Já isenção é a dispensa do tributo devido, ou que normalmente seria devido, dispensa feita por lei ordinária.
3.6.6. Diferença entre imunidade e isenção
 	A diferença entre imunidade e isenção consiste em que a imunidade é a dispensa do tributo por força da própria Constituição. Já a isenção é a dispensa do tributo por força de lei ordinária. 
3.6.7. Anistia
 	A anistia exclui o crédito tributário referente à aplicação de penalidades cometidas antes da lei que a concede (também é matéria de reserva legal – art. 97, VI, da CRFB/88). 
Atenção: não se aplica a anistia aos atos definidos como crime ou contravenção e a todos aqueles praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou terceiro em seu benefício. 
3.6.8. Obrigação Tributária II
3.6.9. Tributo sob o Aspecto Financeiro
 	Quanto ao aspecto financeiro, o tributo está relacionado ao ingresso de dinheiro nos cofres públicos, caracterizando a chamada receita.
Todo ingresso de dinheiro para os cofres públicos chama-se entrada.
 	As entradas podem ser provisórias ou definitivas.
 	Provisórias: que não estão destinadas a permanecer nos cofres públicos.
 	Definitivas: realizam-se por meio da cobrança de tributos e dos preços públicos (tarifas).
3.7. Tributo sob o Aspecto Jurídico
 	Quanto ao aspecto jurídico, o tributo está atrelado ao princípio da legalidade, já que, para existir um tipo de tributo é necessário que haja lei anterior que o defina.
 3.7.1. As principais espécies de tributos.
 	A própria Constituição enuncia quais são as categorias de tributos em nosso sistema. A classificação dos tributos no Direito brasileiro ganha importância suplementar. É que só por essa maneira pode-se assegurar uma competência tributária mínima a cada uma das pessoas políticas, ou seja, União, Estados e municípios.
 	Assim, em primeiro lugar, o art. 145 faz referência a impostos, taxas e contribuição de melhoria. Isso não impede, no entanto, que a Constituição, em outros passos, aluda a duas outras modalidades, quais sejam, as contribuições sociais (art. 148 da CRFB/88) e os empréstimos compulsórios (art. 149 da CRFB/88).
3.7.2. Os Sujeitos Ativos da Obrigação Tributária
 	Sujeitos ativos da obrigação tributária são União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, os quais detêm a competência tributária, podendo legislar sobre tributos e exigi-los, dentro de suas respectivas esferas. 
 	Sujeitos ativos são também pessoas públicas que, embora não possam legislar sobre tributos, têm, contudo, capacidade tributária que lhes permite fiscalizar e arrecadar tributos por delegação. 
 	Têm capacidade tributária, por exemplo, e não competência, o INSS e outras autarquias e órgão paraestatais. 
 	Sujeitos passivos são os contribuintes, pessoa física ou jurídica.
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