na atividade gerencial. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 6 A relevância das informações Em relação ao nível de relevância – ou importância –, as informações podem ser classificadas em quatro categorias: irrelevante, potencial, mínima e crítica. A figura abaixo ilustra essas categorias e o impacto que representam para as organizações. Figura 2 - A relevância das informações, adaptada de (Moresi, 2000). Informações críticas são aquelas que garantem a sobrevivência da organização, como, por exemplo, os indicadores financeiros. As informações mínimas são usadas para o gerenciamento das atividades, por exemplo, os indicadores de desempenho operacionais. As informações potenciais são aquelas que podem ter um impacto futuro, tipicamente usadas para buscar diferenciais competitivos para as empresas, como por exemplo, uma tendência de mercado. Por fim, as informações irrelevantes não causam impacto algum sobre a organização, e devem ser descartadas. A qualidade das informações A qualidade de uma informação é avaliada pelos seguintes atributos: relevância, precisão, confiabilidade e temporalidade. A relevância reflete a importância da informação para a tomada de decisão. A precisão indica a proximidade – ou margem de erro – da informação em relação ao fato em si. A CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 7 confiabilidade indica o grau de confiança na fonte produtora da informação. A temporalidade se refere ao tempo que a informação leva para ser apresentada ao tomador de decisão; quando esse tempo é muito curto, dizemos que a informação foi produzida em tempo real, como as utilizadas por operadores de bolsas de valores. TEMA 04 - Convertendo dados em informações Como visto anteriormente, os dados são geralmente coletados em grandes volumes e em formatos inadequados para serem usados diretamente pelas pessoas. Para que se tornem úteis, é necessária a sua conversão por meio de algum tipo de formatação ou configuração que permita sua análise. A conversão de dados em informações envolve três fases: a filtragem, o processamento e a apresentação. Figura 3 - Conversão de dados em informações. Para transformar dados em informação, a partir de um sistema informacional, utilizamos algumas operações específicas. Nossa tarefa de transformação é implícita e não percebemos que fazemos esses processos a todo momento, quando experimentamos qualquer conjunto de dados. De acordo com Davenport e Prusak (1999), podemos caracterizar as seguintes operações: CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 8 Contextualização Sabemos qual a finalidade dos dados coletados. Categorização Conhecemos os componentes essenciais dos dados. Cálculo Os dados podem ser analisados matemática ou estatisticamente. Correção Os erros são eliminados dos dados. Condensação Os dados podem ser resumidos para uma forma mais concisa. Assim, quando vemos uma planilha de produção, contextualizamos os dados do setor específico de que trata o documento; verificamos os diferentes tipos de produtos e categorizamos aqueles que atingiram a meta ou não; fazemos cálculos de cabeça quanto ao atingimento geral em um prazo maior (por exemplo, na semana ou no mês); informamos quanto à correção de algum dado com erro explícito na planilha; e buscamos condensar os dados para um nível de informação mais resumido, como a produção do dia, ao invés de hora em hora. Filtragem dos dados A primeira etapa da conversão de dados em informações é a filtragem, na qual selecionamos apenas o que interessa à nossa análise. Por exemplo, se pretendemos avaliar o desempenho de vendas de um determinado produto em uma determinada região, serão descartados todos os dados que não atendem a essas condições. Tal tarefa é desempenhada com muita eficiência pelos bancos de dados e seus mecanismos de filtragem. Processamento dos dados Depois de filtrados, os dados passam pela etapa de processamento, onde são inter-relacionados, interpretados e manipulados para que se transformem em informações. Um relatório financeiro que agrupa receitas e CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 9 despesas e calcula a margem de lucro a cada período é um bom exemplo. O processamento dos dados é realizado por rotinas de software e normalmente envolve operações aritméticas e estatísticas, como o cálculo de médias, frequências, percentuais, totalizações e sumarizações. Tecnicamente falando, os dados se tornam informações ao final do processamento. É nessa etapa que eles são inter-relacionados e se tornam significativos para fins de análise. Mas, na prática, para que as informações sejam interpretadas pelos usuários, precisam ser exibidas de forma adequada, o que é realizado na etapa de apresentação, como veremos baixo. Apresentação das informações Dados coletados e processados com qualidade terão pouca utilidade se não forem apresentados de maneira apropriada aos seus destinatários. A etapa de apresentação cumpre essa função, transformando as informações em um formato compreensível e útil ao usuário. Aqui as técnicas de comunicação usadas para apresentar as informações determinam, em grande parte, a forma com que as pessoas se apropriam das informações. Uma comunicação eficiente deve garantir que as informações apresentadas sejam significativas e encaminhadas às pessoas certas. Para isso, identificamos dois importantes processos: a ‘sumarização’ e o ‘roteamento’. A primeira reduz o volume de informações levadas ao destinatário, para que apenas o que é mais relevante seja apresentado, por exemplo: “as vendas deste mês caíram 20% em relação ao mês anterior”. Com a sumarização, evitamos apresentar detalhes que geram o excesso de informações, podendo levar a confusões e incompreensões. O segundo processo – o roteamento – garante que as informações cheguem até as pessoas certas, isto é, as que efetivamente fazem parte do processo decisório, ou que poderão contribuir para ele. Os softwares realizam o roteamento das informações com muita eficiência, permitindo a criação de grupos de usuários por departamento, projeto ou nível funcional, por exemplo. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 10 Na prática, o roteamento é feito por meio de mensagens de grupo ou arquivos em diretórios compartilhados nos servidores corporativos, com as devidas permissões de acesso. Em relação ao formato, as informações podem ser apresentadas de forma textual, tabular ou gráfica, por meio de relatórios, tabelas e planilhas. A disposição gráfica das informações facilita a interpretação dos dados pelo usuário, destacando os elementos relevantes da análise. Técnicas especiais são usadas na apresentação de informações complexas, com múltiplas dimensões de análise e dados em grande volume. É dessa forma que os usuários conseguem interagir com as informações, observá-las seletivamente, alterando dinamicamente os dados, incluindo e excluindo variáveis e rotacionando os gráficos para observar o resultado do processamento. É o caso, por exemplo, das tabelas dinâmicas e gráficos tridimensionais usados pelos executivos na análise de situações complexas. O fenômeno do Big Data, apresentado no capítulo anterior, impulsionou a criação de novos métodos de apresentação das informações (Taurion, 2013), através do uso intensivo de técnicas tridimensionais interativas para manipular dados heterogêneos em larga escala. TEMA 05 - A pirâmide do conhecimento Agora que compreendemos a relação entre dado e informação,