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Sistemas de informações gerenciais   aula 2

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na atividade gerencial. 
 
 
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A relevância das informações 
Em relação ao nível de relevância – ou importância –, as informações 
podem ser classificadas em quatro categorias: irrelevante, potencial, mínima e 
crítica. A figura abaixo ilustra essas categorias e o impacto que representam 
para as organizações. 
 
Figura 2 - A relevância das informações, adaptada de (Moresi, 2000). 
 
Informações críticas são aquelas que garantem a sobrevivência da 
organização, como, por exemplo, os indicadores financeiros. As informações 
mínimas são usadas para o gerenciamento das atividades, por exemplo, os 
indicadores de desempenho operacionais. As informações potenciais são 
aquelas que podem ter um impacto futuro, tipicamente usadas para buscar 
diferenciais competitivos para as empresas, como por exemplo, uma tendência 
de mercado. Por fim, as informações irrelevantes não causam impacto algum 
sobre a organização, e devem ser descartadas. 
A qualidade das informações 
A qualidade de uma informação é avaliada pelos seguintes atributos: 
relevância, precisão, confiabilidade e temporalidade. A relevância reflete a 
importância da informação para a tomada de decisão. A precisão indica a 
proximidade – ou margem de erro – da informação em relação ao fato em si. A 
 
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confiabilidade indica o grau de confiança na fonte produtora da informação. A 
temporalidade se refere ao tempo que a informação leva para ser apresentada 
ao tomador de decisão; quando esse tempo é muito curto, dizemos que a 
informação foi produzida em tempo real, como as utilizadas por operadores de 
bolsas de valores. 
 
TEMA 04 - Convertendo dados em informações 
Como visto anteriormente, os dados são geralmente coletados em 
grandes volumes e em formatos inadequados para serem usados diretamente 
pelas pessoas. Para que se tornem úteis, é necessária a sua conversão por 
meio de algum tipo de formatação ou configuração que permita sua análise. A 
conversão de dados em informações envolve três fases: a filtragem, o 
processamento e a apresentação. 
 
Figura 3 - Conversão de dados em informações. 
 
Para transformar dados em informação, a partir de um sistema 
informacional, utilizamos algumas operações específicas. Nossa tarefa de 
transformação é implícita e não percebemos que fazemos esses processos a 
todo momento, quando experimentamos qualquer conjunto de dados. De acordo 
com Davenport e Prusak (1999), podemos caracterizar as seguintes operações: 
 
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Contextualização Sabemos qual a finalidade dos 
dados coletados. 
Categorização Conhecemos os componentes 
essenciais dos dados. 
Cálculo Os dados podem ser analisados 
matemática ou estatisticamente. 
Correção Os erros são eliminados dos dados. 
Condensação Os dados podem ser resumidos para 
uma forma mais concisa. 
 
Assim, quando vemos uma planilha de produção, contextualizamos os 
dados do setor específico de que trata o documento; verificamos os diferentes 
tipos de produtos e categorizamos aqueles que atingiram a meta ou não; 
fazemos cálculos de cabeça quanto ao atingimento geral em um prazo maior 
(por exemplo, na semana ou no mês); informamos quanto à correção de algum 
dado com erro explícito na planilha; e buscamos condensar os dados para um 
nível de informação mais resumido, como a produção do dia, ao invés de hora 
em hora. 
 
Filtragem dos dados 
A primeira etapa da conversão de dados em informações é a filtragem, 
na qual selecionamos apenas o que interessa à nossa análise. Por exemplo, se 
pretendemos avaliar o desempenho de vendas de um determinado produto em 
uma determinada região, serão descartados todos os dados que não atendem 
a essas condições. Tal tarefa é desempenhada com muita eficiência pelos 
bancos de dados e seus mecanismos de filtragem. 
 
Processamento dos dados 
Depois de filtrados, os dados passam pela etapa de processamento, 
onde são inter-relacionados, interpretados e manipulados para que se 
transformem em informações. Um relatório financeiro que agrupa receitas e 
 
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despesas e calcula a margem de lucro a cada período é um bom exemplo. O 
processamento dos dados é realizado por rotinas de software e normalmente 
envolve operações aritméticas e estatísticas, como o cálculo de médias, 
frequências, percentuais, totalizações e sumarizações. 
Tecnicamente falando, os dados se tornam informações ao final do 
processamento. É nessa etapa que eles são inter-relacionados e se tornam 
significativos para fins de análise. Mas, na prática, para que as informações 
sejam interpretadas pelos usuários, precisam ser exibidas de forma adequada, 
o que é realizado na etapa de apresentação, como veremos baixo. 
 
Apresentação das informações 
Dados coletados e processados com qualidade terão pouca utilidade se 
não forem apresentados de maneira apropriada aos seus destinatários. A 
etapa de apresentação cumpre essa função, transformando as informações 
em um formato compreensível e útil ao usuário. Aqui as técnicas de 
comunicação usadas para apresentar as informações determinam, em grande 
parte, a forma com que as pessoas se apropriam das informações. 
Uma comunicação eficiente deve garantir que as informações apresentadas 
sejam significativas e encaminhadas às pessoas certas. Para isso, 
identificamos dois importantes processos: a ‘sumarização’ e o ‘roteamento’. A 
primeira reduz o volume de informações levadas ao destinatário, para que 
apenas o que é mais relevante seja apresentado, por exemplo: “as vendas 
deste mês caíram 20% em relação ao mês anterior”. Com a sumarização, 
evitamos apresentar detalhes que geram o excesso de informações, podendo 
levar a confusões e incompreensões. 
O segundo processo – o roteamento – garante que as informações 
cheguem até as pessoas certas, isto é, as que efetivamente fazem parte do 
processo decisório, ou que poderão contribuir para ele. Os softwares realizam 
o roteamento das informações com muita eficiência, permitindo a criação de 
grupos de usuários por departamento, projeto ou nível funcional, por exemplo. 
 
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Na prática, o roteamento é feito por meio de mensagens de grupo ou arquivos 
em diretórios compartilhados nos servidores corporativos, com as devidas 
permissões de acesso. 
Em relação ao formato, as informações podem ser apresentadas de 
forma textual, tabular ou gráfica, por meio de relatórios, tabelas e planilhas. A 
disposição gráfica das informações facilita a interpretação dos dados pelo 
usuário, destacando os elementos relevantes da análise. 
Técnicas especiais são usadas na apresentação de informações 
complexas, com múltiplas dimensões de análise e dados em grande volume. É 
dessa forma que os usuários conseguem interagir com as informações, 
observá-las seletivamente, alterando dinamicamente os dados, incluindo e 
excluindo variáveis e rotacionando os gráficos para observar o resultado do 
processamento. É o caso, por exemplo, das tabelas dinâmicas e gráficos 
tridimensionais usados pelos executivos na análise de situações complexas. O 
fenômeno do Big Data, apresentado no capítulo anterior, impulsionou a criação 
de novos métodos de apresentação das informações (Taurion, 2013), através 
do uso intensivo de técnicas tridimensionais interativas para manipular dados 
heterogêneos em larga escala. 
 
TEMA 05 - A pirâmide do conhecimento 
Agora que compreendemos a relação entre dado e informação,
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