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Diapositivos de Ética Empresarial 2018 2019

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Sólo una decidida apuesta por la ética en la vida de
las empresas y las organizaciones puede contribuir a
generar dosis crecientes de humanización en la vida
socioeconómica. Sólo así irán los individuos creciendo en
su humanidad y configurando un entorno más rico y
habitable.
José Luis Fernández Fernández
ÉTICA EMPRESARIAL 
UNIVERSIDADE DO ALGARVE 
FACULDADE DE ECONOMIA
Mestrado em Gestão Empresarial
Maria Margarida Nascimento Jesus
E-mail: mmjesus@ualg.pt
Novembro 2018
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SUMÁRIO
 ENQUADRAMENTO CONCEPTUAL
 Conceitos de Ética, Moral e Deontologia, Valores, Axiologia e 
Cultura
 ÉTICA EMPRESARIAL
 A Ética Empresarial 
 A Responsabilidade Social da Empresa 
 A Teoria dos Stakeholders
 Os Códigos de Ética 
 ESTUDOS EMPÍRICOS
 O Caso do Algarve
 O Caso do CHBA
 A Responsabilidade Social das Empresas no Algarve
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O que é a Ética?
Poderá parecer-nos fácil apresentar uma definição de
ética uma vez que todos nós cremos saber o que é:
 Respeitar o próximo, dizer a verdade, ser bom, ser
justo.
Princípios elementares que nos são incutidos desde
crianças pela família, pela escola, pela sociedade.
Mas… deveremos dizer sempre a verdade!
Será que, por vezes, não é melhor que a verdade não
seja dita?
"Como agir melhor, quando é impossível agir
perfeitamente?"
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O que é a Ética?
Viver em sociedade é inerente à condição humana.
Contudo, o facto de as pessoas fazerem parte da mesma
sociedade não implica que sejam iguais, que pensem ou
que actuem de forma idêntica.
Cada pessoa, dentro dos constrangimentos gerados pelo
seu grupo, tem a sua própria liberdade de agir.
É precisamente nessa relação entre a liberdade
individual e a necessidade de respeitar os valores
coletivos, que se situa toda a problemática da ética.
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O que é a Ética?
O facto das pessoas terem objetivos diferentes e se
comportarem de forma desigual, pode conduzir ao
aparecimento de conflitos de interesses, o que implica
que, em certos momentos, tenham que decidir sobre o
que é justo ou injusto, certo ou errado, bom ou mau.
São muitas as situações do quotidiano que, em virtude de
determinados comportamentos adotados, as pessoas
podem causar prejuízos individuais ou coletivos. Por
exemplo:
 Conduzir um carro tendo ingerido excesso de álcool;
 Furtar algo que não lhe pertence;
 Deitar para o chão o resto de um cigarro aceso…
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O que é a Ética?
A ética, enquanto ramo do conhecimento, tem por
objecto o comportamento livre do ser humano no
interior de qualquer sociedade.
O estudo desse comportamento, no sentido do agir
que possibilite a convivência pacífica entre os homens,
é o objectivo da ética.
 Ética é a disciplina do conhecimento humano que
engloba o conjunto de reflexões acerca do bem e
do mal, do certo e do errado, do permitido e do
interdito. Estuda, portanto, a acção humana e a
sua adequação a uma moral.
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O que é a Ética?
 Ética é o ramo da FilosofIa que se
preocupa com o que é moralmente bom
ou mau, certo ou errado, justo ou injusto.
Podemos também dizer que ética e
filosofia da moral são dois conceitos
sinónimos.
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O que é a Ética?
A forma de agir em sociedade determina, portanto, o
comportamento de um indivíduo como ético ou não
ético.
 Ser ético ou agir de forma ética refere-se a um
comportamento baseado em valores morais. É o
comportamento definido socialmente como bom.
Deve-se, no entanto, ter em conta que cada
sociedade possui as suas próprias regras morais
resultantes da própria cultura.
 Um comportamento não ético traduz-se num
comportamento moralmente incorreto, ou seja, no
incumprimento de normas morais estabelecidas na
sociedade.
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O que é a Ética?
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O que é a Ética?
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Falta de ética
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Falta de ética
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Falta de ética
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Falta de ética
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Falta de ética
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Falta de ética
MJ1
MJ2
Diapositivo 17
MJ1 (Calvin & Hobbes em Portugal, Calvin e Haroldo no Brasil) é uma série de banda desenhada escrita e ilustrada pelo autor 
norte-americano Bill Watterson e publicada em mais de 2000 jornais do mundo inteiro entre 18 de novembro de 1985 e 31 de 
dezembro de 1995[1], tendo ganho em 1986 e 1988 o Reuben Award, da Associação Nacional de Cartunistas dos Estados Unidos.
Margarida Jesus; 09/10/2018
MJ2 Calvin é um garoto de seis anos de idade cheio de personalidade, que tem como companheiro Hobbes, um tigre sábio e sardónico, que 
para ele está tão vivo como um amigo verdadeiro, mas para os outros não é mais que um tigre de peluch. De acordo com algumas 
visões, as fantasias mirabolantes de Calvin constituem frequentemente uma fuga à cruel realidade do mundo moderno para a 
personagem e uma oportunidade de explorar a natureza humana para Bill Watterson.
Ao fim de dez anos de publicação, os fãs consideram Calvin & Hobbes uma obra prima pela sua visão única do mundo, pela imaginação
do protagonista e pelas situações insólitas que se estabelecem.
Margarida Jesus; 09/10/2018
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As Teorias da Ética
Ao longo da história, vamos encontrar um numeroso grupo de filósofos e
pensadores para os quais as questões ligadas à ética ocuparam um lugar
central nas suas reflexões.
Desde os antigos gregos, Sócrates, Platão, Aristóteles (a quem a Ética deve o
estatuto de disciplina filosófica), Epicuro e Séneca;
Passando por S. Tomás de Aquino, pelos modernos Hobbes, Hume, Smith,
Kant, Bentham, Hegel, Stuart Mill, Nietzche, até Durkheim, Weber, Ortega
y Gasset
E pelos contemporâneos Heidegger, Aranguren, Ricoeur, Rawls,
Habermas, Nozick, muitos pensadores deram importantes contributos à
problemática da ética.
 As teorias da ética surgem como propostas de alguns destes pensadores e
filósofos definirem a eticidade de uma acção.
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As Teorias da Ética
Os Clássicos...
A ética como ciência nasceu com o advento
das cidades gregas, no “Século de Péricles”
(Sec.V a.C.), primeiro com os sofistas,
depois com Platão e Aristóteles.
MJ1
MJ2
MJ3
Diapositivo 19
MJ1 Com o tempo, começaram a acusar os sofistas de arrogarem uma capacidade para o ensino de virtudes. Houve sectores que assinalaram
os sofistas como enganadores que, fazendo uso da retórica e da dialéctica, enganavam as pessoas.
Margarida Jesus; 06/11/2017
MJ2 Desta forma, começou-se a qualificar como sofistas aqueles que recorriam aos sofismas para desenvolver os seus raciocínios e 
convencer os demais/outros. Um sofisma é uma falácia: algo que, pelas aparências, se apresenta como válido, ainda que, na realidade, 
não seja falso.
Margarida Jesus; 06/11/2017
MJ3 Porém, a partir das posturas de Platão, Sócrates e outros sábios, começou-se a associar os sofistas ao engano. Assim, pode-se tomar a 
definição de sofista como aquele que, usando sofismas e falácias, engana as pessoas e até obtém um rédito da sua capacidade para 
confundir o outro através dos seus argumentos.
Margarida Jesus; 06/11/2017
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As Teorias da Ética
Para os Sofistas (a.C.)
 A virtude de um homem é funcionar bem como homem. Para isso
deve ser um bom cidadão. Mas ser bom cidadão significa ser
aceite pela multidão, proveniente de muitas origens distintas, e
para isso é preciso saber impressionar a plateia.
 Sofistas com Gekko, colocavam o objetivo da moral na busca do
sucesso da felicidade.
Mas não se podem abandonar outros valores como justiça e equilíbrio, 
indispensáveis à virtude.
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As Teorias da Ética
Platão
 O maior discípulo de Sócrates, aceitava que o bem e a
virtude estão ligados à felicidade e ao sucesso. Mas
pensava que tal só pode funcionar numa sociedade
ideal – dualismo existencial (dois mundos: o mundo de
ideias, perfeito, ideal e o mundo das sombras, em que
vivemos).
 Introduz a teoria do significado e a lógica na ética.
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As Teorias da Ética
Aristóteles Discípulo de Platão, revolucionou o sistema do seu
mestre exigindo o realismo na análise. Eliminou o
dualismo dos mundos, recusando a existência de
elementos que a nossa percepção não tem a
capacidade de captar.
 Tudo aquilo que o ser humano deseja, todas as ações
que pratica dirigem-se para um bem.
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As Teorias da Ética
Aristóteles
 Autor das três obras básicas da ética no Ocidente:
- Ética a Nícomano
- Ética a Eudemio
- Magna Moralia (Grande Moral)
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Podemos englobar as teorias tradicionais da ética em
dois grandes sistemas: teleológicos e deontológicos.
 As teorias teleológicas determinam a eticidade de
uma ação tendo em conta as suas consequências
(ou fins);
 As teorias deontológicas determinam se um acto é
ético tendo em conta os processos de tomada de
decisão (ou meios).
As Teorias da Ética
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As Teorias da Ética
Entre as teorias teleológicas mais representativas podemos citar:
 A teoria do utilitarismo (Jeremy Bentham 1748-1832 e Stuart Mill 1806-1873):
a eticidade de uma acção é julgada pelos seus resultados para a
sociedade. Um acto ou uma decisão são considerados correctos se
deles resultar benefício para as pessoas e são incorrectos se, pelo
contrário, lhes causarem danos ou prejuízos. O objectivo do
utilitarismo é criar o maior benefício possível para o maior
número de pessoas, com o menor prejuízo .
 A teoria da justiça distributiva (concebida por John Rawls, filósofo americano
contemporâneo da Universidade de Harvard) é baseada no conceito de
equidade. A justiça distributiva defende que os actos ou decisões
éticas são aqueles que conduzem a uma distribuição equitativa dos
bens e serviços, tornando-se fundamental determinar um método
justo de distribuição dos mesmos.
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As teorias deontológicas baseiam-se em regras ou princípios
que comandam as decisões.
 Kant (1724-1804), um dos percursores destas teorias, entendia que a
rectidão de um acto depende pouco (ou nada) do resultado desse
acto. A pessoa moral tem “boa vontade” e toma decisões éticas
baseadas naquilo que é correcto independentemente das
consequências da decisão, isto é, obedece a um dever.
 Kant formulou o conceito de imperativo categórico de acordo com
o qual cada pessoa deve agir somente segundo aqueles princípios
que poderão ser considerados como leis universais, aplicáveis
a toda a humanidade (razão pela qual esta abordagem também é
conhecida por universalista).
As Teorias da Ética
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Para Kant os princípios da ética são imperativos
categóricos:
 São imperativos porque a lei moral não aconselha,
manda!
 São categóricos porque são juízos absolutos e não
hipotéticos.
As Teorias da Ética
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Uma das formulações do imperativo categórico de Kant 
pode ser enunciada da seguinte forma: 
“Só devo agir de maneira que possa aceitar
que o critério que me orientou se possa
converter em lei universal"
ou seja uma acção pessoal é moralmente justa numa
determinada situação, se e só se, o princípio que guiou
a execução dessa acção possa ser aplicado em todas
as situações semelhantes.
Teorias da Ética
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 Outra abordagem deontológica da ética, resulta da religião. A
avaliação de todas as acções é baseada em regras. A perspectiva
religiosa não é muito diferente da perspectiva Kantiana, excepto no
que respeita à origem dos princípios universais, que resultam, não
da razão, mas directamente de crenças religiosas.
 Ainda integrada nas teorias deontológicas alguns filósofos
defenderam, nos anos mais recentes, a ética da virtude, afirmando
que a eticidade de uma acção está, não nas regras, direitos e
responsabilidades, mas na noção clássica de carácter. Deve ser
dada atenção às actuações que estimulem os aspectos desejáveis
do carácter tais como a honestidade, a lealdade, a compaixão e a
generosidade.
As Teorias da Ética
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Muito antes de Kant, já o filósofo chinês Confúcio (551 a.C.) tinha
estabelecido um sistema moral baseado em regras e direitos que deviam
conduzir a vida das pessoas.
Algumas dessas regras parecem-nos bastante familiares:
 Não faças aos outros o que não gostarias que te fizessem a ti.
 Não desejes resultados rápidos nem procures pequenas vantagens. Se
vires resultados rápidos não atingirás o objectivo final. Se te deixas levar
por pequenas vantagens, nunca atingirás as grandes coisas.
 Quando vires alguém com valor, pensa como o podes imitar. Quando vires
alguém sem valor examina o teu próprio carácter.
 Riqueza e posição social é o que as pessoas desejam, mas se não forem
obtidas de maneira correcta, não devem ser possuídas.
 Sê simpático para toda a gente, mas amigo íntimo apenas dos virtuosos.
As Teorias da Ética
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Importa, ainda, que façamos referência à noção de:
 Relativismo moral, na base da qual está a postura do relativismo
cultural, que argumenta que as práticas éticas diferem entre as culturas,
ou seja, o que é considerado justo numa cultura pode ser considerado
injusto noutra.
O relativismo moral defende que o que é realmente bem ou mal é o que a
cultura estabelece como bem ou mal. Se uma cultura adopta um princípio
moral básico, então os membros dessa cultura actuarão de acordo com
esse princípio moral. Em consequência, a conduta de cada indivíduo deve
orientar-se segundo as normas da cultura onde está inserido e actuar de
acordo com os princípios morais dessa cultura.
Perante uma situação semelhante, pode portanto haver diferentes
comportamentos igualmente éticos, desde que apoiados pelo ambiente
cultural em que essa situação acontece. De acordo com esta posição, não
faz sentido impor como moralmente mais válidos os princípios de uma
certa cultura sobre os de outra, independentemente do seu
desenvolvimento social, económico ou científico.
As Teorias da Ética
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Levando em conta princípios morais mais superficiais, o relativismo moral
parece merecer uma aprovação generalizada. No entanto, quando
pretende aplicar-se de forma absoluta sobre qualquer tipo de princípio
moral, torna-se alvo de contestação por muitos pensadores que afirmam
que há sempre valores universais que subsistem em qualquer cultura.
Princípios genéricos como a defesa da vida, o respeito pelos mais velhos,
a procura do bem para a sociedade, etc., parecem incluir-se num conjunto
de princípios universais, embora possam em certas culturas ter aplicações
aparentemente contraditórias.
Uma tentativa de codificar um conjunto de valores universais e tornar
explícita a sua aceitação em todo o mundo é a Declaração Universal dos
Direitos do Homem da ONU; contudo, a dificuldade da sua
implementação nalguns países, pelo menos em parte, resulta da
resistência em alterar padrões de comportamento que não são
considerados incorrectos nessas culturas.
As Teorias da Ética
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A Ética e a Moral
No discurso comum as palavras ética e moral são muitas vezes
usadas alternadamente para referir os conjuntos de normas que
governam as ações dos indivíduos.
O mesmo significado atribuído a estes dois vocábulos, advém
do facto de ética e moral terem uma etimologia vizinha: a
palavra ética deriva do grego ethos e a palavra moral deriva
do latim mores, ambas significando hábitos e costumes.
Contudo, podemos dizer que a ética tem um significado mais
amplo que a moral.
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A Ética e a Moral
A moral é um conjunto de regras, valores e proibições vindos do
exterior ao indivíduo, ou seja, impostos pela política, religião,
filosofia, ideologia, costumes sociais, que impõem ao indivíduo
que faça o bem, o justo nas suas esferas de atuação.
Por outro lado, a ética é uma crítica sobre a validade da conduta
humana. A ética implica sempre um reflexão teórica sobre
qualquer moral, ou seja, a moral é a aceitação das regras, a ética
é a reflexão racional e crítica dessas mesmas regras.
Não existe, contudo, por parte de muitos analistas, unanimidadeno que respeita aos conceitos de ética e de moral. Poderemos,
assim, utilizar indistintamente os termos ética e moral no sentido
do agir correto.
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Deontologia
Um outro conceito que habitualmente encontramos
relacionado com o de ética e o de moral é o de
deontologia, vocábulo com base etimológica nas
palavras gregas déon que significa dever e logia que
significa conhecimento
No sentido atual, deontologia designa a ciência ou
tratado dos deveres.
A ética moderna utiliza o termo para aplicá-lo à vida
profissional.
Deontologia pode ser definida como o conjunto
de regras comummente aceites no seio de uma
profissão.
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Valores
Nos fundamentos básicos do comportamento
humano estão os valores e, como tal, os valores
são os fatores chave na tomada de decisões éticas
(ou no comportamento ético).
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Valores
De uma forma genérica, valor é entendido como
tudo aquilo que deve ser objeto de preferência
ou de escolha.
“Um valor é uma convicção que determina a
escolha de uma forma de agir“
Os valores éticos são convicções que orientam
a pessoa a agir entre o "correto" e o “incorreto".
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40
Valores
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Valores e Axiologia
A axiologia, enquanto ramo da filosofia, é entendida como a
reflexão em torno dos valores, em especial dos valores morais.
A axiologia pode igualmente ser entendida como a ciência que
estuda a natureza dos valores.
A reflexão sobre a temática dos valores conduz-nos a constatar
o facto evidente de que qualquer sociedade, possui um sistema
de valores do qual emana uma ética, uma forma de regular as
condutas dos indivíduos.
Esses valores contribuem para a formação da identidade de
cada um dos atores sociais e das instituições oferecendo um
forte contributo para a padronização dos comportamentos e,
desse modo, para a ordem social.
No fundo, os valores são parte integrante daquilo que
comummente se designa por cultura.
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Cultura
Distinguiremos à partida os dois sentidos da palavra cultura:
 Um sentido restrito a que chamaremos "humanista"
 Um sentido lato que designamos por "antropológico"
No sentido restrito, a palavra cultura é utilizada para se referir
às produções humanas "sofisticadas" ou, de uma forma geral
ao "conhecimento": a Literatura , a Ciência, o Teatro, a Ópera,
etc. Cultura opor-se-á, então, a "incultura".
No sentido antropológico, cultura refere-se a todas as
atividades especificamente humanas que são inventar,
aprender e partilhar. Neste sentido lato, não só não há
indivíduos ou grupos "incultos", como a cultura é inerente a toda
e qualquer atividade coletiva humana.
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Cultura
A cultura é, portanto, tudo aquilo que é apreendido,
transmitido e partilhado na vida em sociedade.
Não resulta de uma herança biológica ou genética, mas de um
processo de aprendizagem socialmente condicionado que a
Sociologia designa por processo de socialização e a
Antropologia por endoculturação: o processo através do qual os
indivíduos adquirem os códigos colectivos, os internalizam e
incorporam tornando-se assim "produtos" do meio sociocultural
onde crescem.
Como resultado, adquirem formas de agir, de sentir e de pensar
comuns, o que os leva a ser facilmente identificáveis em
contextos culturais diferentes dos seus.
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Cultura
A cultura de um grupo é, assim, composta pela totalidade dos
seus modos de agir, fazer e pensar, pelas suas maneiras de ver o
mundo e de o transformar, por todos os ritos, mitos e símbolos, por
todos os artefactos produzidos e reproduzidos no seu seio, bem
como, pela sua identidade enquanto grupo.
Torna-se, então, evidente, que toda a problemática da ética, dos
valores, da axiologia pode ser inscrita nessa instância mais
alargada que é a problematização da cultura.
Interrogarmo-nos sobre os valores partilhados por determinado
grupo, sobre as suas noções de bem e de mal, de virtude e de
vício, sobre a sua produção, reprodução e mudança é, claramente,
colocar a questão do funcionamento e da dinâmica da sua cultura.
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Ética Empresarial
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Ética Empresarial
Desde há algum tempo que a gestão de empresas deixou de se
orientar exclusivamente para o lucro tendo em conta apenas os
interesses de proprietários ou acionistas. Outras questões,
nomeadamente sociais, culturais, ambientais e éticas têm vindo
a integrar as novas preocupações da gestão.
Nas últimas décadas do século XX, o mundo empresarial assistiu
ao aparecimento de movimentos de ideias que marcaram
decisivamente novas maneiras de encarar a gestão.
Merecem especial destaque no âmbito da ética empresarial, o
emergir do movimento ético, da responsabilidade social da
empresa e da teoria dos stakeholders.
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Ética Empresarial
 Ética é a disciplina do conhecimento humano
que engloba o conjunto de reflexões acerca do
bem e do mal, do certo e do errado, do permitido
e do interdito. Estuda, portanto, a acção humana
e a sua adequação a uma moral.
 No plano empresarial, a ética prende-se com a
reflexão em torno das atitudes e condutas
humanas orientadas para o mundo dos
negócios, na sua vertente moral.
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Ética Empresarial
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Ética Empresarial
Como consequência das profundas transformações
políticas, sociais e económicas ocorridas ao longo do
século XX, as empresas contemporâneas têm vindo a
confrontar-se cada vez mais com problemas de
natureza ética: corrupção, fraudes fiscais, abusos no
campo laboral, desrespeito pelo ambiente, são alguns
dos muitos exemplos que podem ser apontados.
Contudo, paralelamente, vimos assistindo a uma
procura crescente de normas e de comportamentos
éticos por parte das empresas.
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Ética Empresarial
Assistimos a um "acordar" do sentido ético, ou seja, a
uma busca de referenciais éticos por parte das
empresas, que, em número crescente, vão
reconhecendo a importância e o valor de
comportamentos éticos e socialmente responsáveis e
dos riscos e custos que os desvios em matéria de ética
por vezes envolvem.
É neste contexto que se pode situar a emergência do
que podemos designar por movimento ético.
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Movimento ético
 Um movimento de ideias que tem procurado
formalizar e fornecer respostas às principais
situações geradoras de dilemas éticos que se
colocam na vida empresarial.
 Resultante deste processo tem sido, por um lado,
o crescente número de obras dedicadas ao tema
da relação entre ética e negócios e, por outro
lado, a adopção de códigos de ética ou códigos
de boa conduta por parte de cada vez maior
número de empresas.
Ética Empresarial
52
Mas…
 Constituirá esta procura de ética uma
simples moda, ou tratar-se-á de um
movimento duradouro, como resposta às
transformações por que está a passar a
sociedade contemporânea?
Ética Empresarial
53
Este movimento, relativamente recente na Europa,
pois data de meados dos anos oitenta, afigura-se
bastante enraizada nos EUA, donde sopraram os
primeiros ventos;
Este movimento parece ir ao encontro de uma
exigência cada vez mais generalizada das
sociedades modernas e dos seus diferentes grupos,
o que sugere que se trata de um movimento
duradouro, explicado em larga medida pelas
profundas transformações vividas pela sociedade em
geral e pelo meio empresarial em particular.
Ética Empresarial
54
Ética Empresarial
Avizinha-se uma nova forma de olhar para as
organizações empresariais; assistimos a um "acordar"
do sentido ético, ou seja, de uma busca de referenciais
éticos por parte das empresas, que, em número
crescente, vão reconhecendo a importância e o valor de
um comportamento ético ou socialmente responsável e
dos riscos e custos que os desvios em matéria de ética
por vezes envolvem.
Sinais visíveis destas preocupações são a crescente
importância dada à reflexão e investigação acerca do
tema da ética empresarial ou ética nos negócios.
55
Podemossituar as origens do movimento ético na
sequência das transformações verificadas no meio
empresarial desde o início do séc. XX que conduziram
ao aparecimento de grandes empresas, com uma
organização formal e hierárquica e com separação entre
os poderes dos gestores e os dos proprietários, bastante
diferentes da pequena empresa tradicional.
Como consequência destas transformações, assistimos,
a partir dos anos cinquenta, ao crescimento de uma
reflexão ética, centrada sobretudo na actuação e na
gestão destas grandes empresas.
Ética Empresarial
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Questionam-se as actividades destas empresas a partir
das suas consequências sociais, nomeadamente,
aquelas que, em nome do desenvolvimento industrial,
provocam danos ecológicos importantes, ou as que,
fazendo apelo ao consumismo, provocam alterações
significativas no estilo de vida das pessoas.
As preocupações relacionadas com as consequências
sociais das actuações empresariais está na base do
movimento que veio ser designado por responsabilidade
social da empresa. Este movimento, que viria a constituir
uma nova forma de perspectivar a empresa, entendia que
era necessário ter em conta outros interesses para além
dos interesses dos accionistas e dos proprietários.
Ética Empresarial
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Assiste-se a uma mudança na atitude dos gestores,
levando a uma alteração da relação empresa/sociedade.
A empresa é chamada a dar um maior contributo para a
qualidade de vida dos cidadãos.
Definitivamente, deixaram de ser sustentáveis ou aceites
atitudes ou posições sintetizadas nas emblemáticas
frases de Rockfeller:
“ winning at all costs”
“the business of business is business not ethics”
Ética Empresarial
58
A consolidação da ética nos negócios, enquanto disciplina dotada
de uma relativa autonomia observa-se na primeira metade da
década de oitenta, quando se dá uma verdadeira explosão de
iniciativas que demonstram a existência de uma sólida dedicação a
este objecto de estudo.
Exemplos disso são o crescimento e a sistematização formal da
produção científica sobre o tema.
O aparecimento de revistas da especialidade e de centros de
investigação em ética nos negócios regista-se precisamente no
começo dos anos oitenta e, naturalmente, tem início nos EUA.
Ética Empresarial
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Assim, entre outros, podemos citar o aparecimento:
 Em 1981, do Business and Professional Ethics
Journal editado pelo Centre for Applied Ethics da
Universidade da Florida;
 Em 1982, do Journal of Business Ethics, revista
de referência no campo da ética nos negócios;
 Em 1985, do Economics and Philosophy, editado
pela Universidade de Winsconsin;
 Em 1991 da Business Ethics Quaterly, editada
pela Society for Business Ethics, etc.
Ética Empresarial
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De referir ainda, o aparecimento, desde meados dos anos
oitenta, de vários centros de investigação na Europa,
nomeadamente:
 O Business Ethics Research Centre e o Institute of
Business Ethics em Londres;
 O Centre d'Éthique de l'Entreprise em Paris;
 A Chaire Hoover d'Éthique Économique et Sociale, em
Lovaina;
 O Institute of Business Ethics em Saint Gallen;
 O Seminario Permanente Empresa y Humanismo, em
Pamplona;
 A Fundação ÉTNOR, em Valencia.
Ética Empresarial
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Dada a importância para a visibilidade e para o desenvolvimento da
ética nos negócios na Europa, merece também destacar a existência
da European Business Ethics Network (EBEN).
Fundada em 1987 como resultado da 1ª Conferência Europeia em Ética
nos Negócios, esta rede foi criada com a intenção de potenciar as
relações entre o mundo académico e o mundo empresarial. Os seus
principais objectivos eram promover a qualidade moral no processo de
tomada de decisões nos negócios e servir como espaço aberto de troca
de ideias e de experiências.
A EBEN, para além de outras actividades, proporcionou a promoção de
cursos, publicações, conferências, contactos entre instituições e
centros de investigação, etc. e potenciou a criação de diversas redes
de âmbito nacional, nomeadamente em Itália, França, Alemanha,
Holanda, Suíça e Espanha.
Ética Empresarial
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A nivel internacional
O caso Enron
A Enron era uma das maiores empresas de energia dos Estados
Unidos. Os seus principais responsáveis foram condenados por
diversas fraudes contabilísticas e financeiras que conduziram a
empresa à falencia, ocultando as suas verdadeiras contas para
maquilhar perdas de cerca muitos milhões de euros.
O caso Parmalat
Caso muito parecido ao da Enron, mas em Itália. Contudo, o
governo italiano não permitiu que a empresa entrasse em falência.
O caso Madoff
Um dos escândalos financeiros recentes, de grande envergadura,
foi cometido pelo financeiro norte americano Bernard Madoff. Este
gestor de carteiras cometeu fraude de 50.000 milhões de dólares,
apoiando-se no esquema piramidal de Ponzi. Em 2009 Madoff foi
condenado a 150 anos de prisão por varios crimes de fraude.
Exemplos de falta de Ética Empresarial
A falta de ética é um péssimo negócio.htm
63
O caso Volkswagen
O caso de corrupção protagonizado, recentemente, pela empresa
Volkswagen evidencia também a falta de ética a nivel mundial, em que
para alcançar metas financeiras os responsáveis empresariais pervertem
as boas práticas empresariais e passam por cima do bem comum.
Embora a Alemanha seja uma grande potência económica e com uma
das melhores leis anticorrupção, a Volkswagen concordou com a
manipulação de motores com um software em 11 milhões de veículos,
para simular a repetição de gases contaminantes, o que afetou a sua
credibilidade.
O impacto da notícia deve-se a que a Volkswagen é um dos principais
fabricantes e vendedores de automóviles a nível mundial. Não obstante,
um crítico comentou o seguinte: “surpreendeu-nos o caso Volkswagen
porque somos estudiosos das empresas alemãs e não se pode falar de
um padrão de abuso, não creio que haja uma razão cultural", contudo é
um problema ético e de valores dos agentes económicos
Exemplos de falta de Ética Empresarial
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A nivel nacional: Os casos PBN; BCP; BES; PT; Operação Marquês, entre
outros
O caso PBN
O caso BPN considerado a Maior Burla de Sempre em Portugal terminou com o
colapso do Banco, sua posterior nacionalização e descoberta de um prejuízo de
vários milhões de euros, que os contribuintes tiveram que suportar.
O Que aconteceu ao dinheiro do BPN? Foi aplicado em bons negócios que
geraram lucros e que Oliveira e Costa dividiu, generosamente, pelos amigos e
seus homens de confiança em prémios, ordenados, comissões e empréstimos
bancários.
Um comentador da TV refere em fevereiro de 2013:
“Isto é um escândalo sem fim. Não se percebe por que só Oliveira e Costa está
em casa com uma pulseira eletrónica. Houve várias pessoas que usufruíram de
milhões daquele banco, que pediram empréstimo para as operações mais
inacreditáveis, que não pagaram os empréstimos, que ficaram com esse
dinheiro, e esse dinheiro está todo a ser pago pelos contribuintes portugueses,
que por sua vez ouvem diariamente afirmações de políticos de que não há
dinheiro para nada”
Exemplos de falta de Ética Empresarial
65
Apresentámos alguns dos muitos casos de falta
de ética empresarial, o que leva a que muitas
pessoas insistam na necessidade de se
recuperar a ética e a confiança no mundo dos
negócios e que nos leva também a reafirmar
que:
A FALTA DE ÉTICA NÃO COMPENSA,
PELO MENOS A LONGO PRAZO!
Exemplos de falta de Ética Empresarial
66
Responsabilidade Social da Empresa
67
A Responsabilidade Social da Empresa
Durante muito tempo, foram quase exclusivamente as
responsabilidades económicas as grandes
preocupações de empresários e economistas.
Contudo, as dinâmicas socioculturais e a evolução
tecnológica aliadas à emergência de novas
concepções das organizações em geral, conduziram a
uma redefinição e ampliação dosparâmetros da
responsabilidade empresarial.
Começa a delinear-se a ideia de que existe uma
responsabilidade social que é inseparável da
atividade económica.
68
A problemática da responsabilidade social da
empresa, remete para a resposta à questão
fundamental:
“Qual é o papel da empresa na sociedade 
atual?”
A Responsabilidade Social da Empresa
69
A Responsabilidade Social da Empresa
Visão clássica da responsabilidade da empresa:
 A única obrigação da empresa consiste em realizar o máximo
lucro possível para os seus proprietários ou accionistas, não
lhe sendo exigida qualquer outro tipo de responsabilidade.
Para Milton Friedman, 
"existe uma e apenas uma responsabilidade social das
empresas – usar os seus recursos e aplicá-los em actividades
projectadas para aumentar os seus lucros desde que elas se
confinem às regras do jogo, que são envolver-se em
competição livre e aberta, sem logro ou fraude."
MJ4
Diapositivo 69
MJ4 Alguns autores designam esta visão clássica por visão conservadora.
Margarida Jesus; 07/11/2017
70
A Responsabilidade Social da Empresa
Visão contemporânea da responsabilidade da empresa:
 A empresa tem responsabilidades para com um conjunto mais
vasto de entidades, os grupos mais directamente com ela
relacionados ou envolvidos na sua actividade: os seus
stakeholders.
Foram, contudo:
 A obra de Howard Bowen (1953), intitulada “Social Responsibility of
the Businessman”
 E o livro “Primavera Silenciosa” de Rachel Carson (1962) que
abordava os efeitos nocivos da utilização de pesticidas e inseticidas
no meio ambiente e na saúde humana
Que originaram o subsequente debate em torno do tema da
responsabilidade social da empresa e das questões ambientais e
ecológicas.
71
A Responsabilidade Social da Empresa
Visão contemporânea da responsabilidade da empresa:
A ideia central é a de que a empresa já não pode
permanecer alheia aos impactos sociais e
ecológicos que a sua actividade produz no
ambiente humano e natural que a envolve.
Trata-se de uma forma ética de perspetivar a
empresa, na qual se salienta, para além da
importância da dimensão económica a
necessidade de integrar as dimensões social e
ambiental na sua atividade.
O que deu origem à expressão “Tripé da Responsabilidade
Social” (Triple Botom Line).
72
A Responsabilidade Social da Empresa
Visão contemporânea da responsabilidade da empresa
O que está em causa com a questão da responsabilidade social é
a atitude da empresa face ao reconhecimento da sua missão
económica, admitindo simultaneamente as suas responsabilidades
de natureza social e ambiental.
Esta atitude compreende o carácter fundamental da produção em
termos de eficiência económica e, paralelamente, a sua vinculação
à sociedade em que está inserida, aos seus objectivos,
necessidades, aspirações e valores.
73
Entre os vários analistas que se debruçaram sobre esta questão, Carrol
(1991) propõe um modelo em pirâmide onde expressa as quatro dimensões
principais que caracterizam as responsabilidades que a empresa deve
assumir perante a sociedade: económicas, legais, éticas e "discricionárias".
A Responsabilidade Social da Empresa
74
A Responsabilidade Social da Empresa
Na perspetiva de Carrol, uma empresa
socialmente responsável deverá realizar lucros,
obedecer à lei, ser "ética" e apoiar as "boas"
causas sociais.
75
A Responsabilidade Social da Empresa
As empresas mais dinâmicas e mais atentas ao
futuro estão, hoje em dia, a adotar esta atitude,
como forma possível de garantir a sua
sobrevivência a longo prazo, face a uma
realidade externa caracterizada por fortes e
constantes mudanças e a uma sociedade global
composta por cidadãos cada vez mais
informados e mais exigentes.
76
A Responsabilidade Social da Empresa
Conceito
O que é a Responsabilidade Social da Empresa
(RSE)?
A Comissão Europeia define no seu Livro Verde
(2001):
“A responsabilidade social das empresas é a
integração voluntária de preocupações sociais e
ambientais nas suas operações e na sua
interacção com todas as partes interessadas”
77
A Responsabilidade Social da Empresa
De destacar o carácter voluntário das actividades de
responsabilidade social, ou seja a RSE traduz-se no
conjunto de práticas de natureza social e/ou ambiental
que a empresa exerce sem, para tal, estar obrigada
por lei.
Ou seja, ser socialmente responsável não se restringe
ao cumprimento de todas as obrigações legais, implica
ir mais além através de um “maior” investimento em
capital humano, no ambiente e nas relações com os
outros stakeholders.
78
A Responsabilidade Social da Empresa
Dimensões da RSE (Livro Verde 2001)
A dimensão interna possui como principal alvo de atenção os
trabalhadores e diz respeito às práticas relacionadas com a saúde
e segurança no trabalho, com a gestão dos recursos humanos,
com a formação, com a melhoria do nível de informação, com a
adaptação à mudança e com a motivação, entre outras.
Na dimensão externa a intervenção da organização direcciona-se
principalmente para os clientes e para a comunidade. Poderá
participar em actividades que vão desde a oferta de espaços
físicos para colóquios/formação ou sessões de esclarecimento
para a comunidade, apoio em acções de promoção ambiental,
recrutamento de pessoas em situação de exclusão social,
patrocínio de eventos culturais e desportivos a nível local ou
regional até doações para actividades filantrópicas.
79
A Responsabilidade Social da Empresa
Razões que justificam as práticas de RSE
 Potencia o reconhecimento das empresas perante a sociedade, melhorando a
imagem e a notoriedade dessas organizações, o que se repercute nos negócios
 Atrai investidores, os quais dão preferência a empresas estáveis, sob o ponto
de vista jurídico, social e ambiental
 Ajuda a legitimar a actividade das empresas perante a sociedade, o que é mais
significativo quanto maior for o impacto que essa actividade provoca em
termos sociais, económicos e ambientais, melhorando, assim, o relacionamento
entre essas empresas e os seus stakeholders
 Aumenta a projecção mediática das empresas. Empresas mais conhecidas e
por boas razões, têm grande probabilidade de aumentar a sua quota de
mercado
 Conduz à fidelização dos clientes e à conquista de novos
 Possibilita aumentos na produtividade das empresas, quando actua ao nível da
educação
80
A Responsabilidade Social da Empresa
Razões que justificam as práticas de RSE
 Proporciona incentivos fiscais às empresas
 Beneficia directamente os accionistas, pois ao conferir a uma empresa uma imagem forte,
contribui para o aumento das vendas, valorizando as acções da empresa na bolsa. E
mesmo para as empresas que não estão cotadas na bolsa, o retorno para os accionistas
também se faz sentir, pelo referido aumento das vendas
 Conduz a aumentos na produtividade, na medida em que os colaboradores se sentem mais
motivados para fazer o seu trabalho, devido ao retorno psicológico proporcionado pelo
envolvimento em projectos sociais
 Ajuda as empresas a captar e a manter talentos e a assegurar a lealdade dos seus
colaboradores, dado o aumento da satisfação destes, o que leva à redução da taxa de
rotatividade e de absentismo
 Torna as empresas mais flexíveis, devido ao desenvolvimento da tendência para
acompanhar as necessidades da sociedade
 Faz com que as empresas poupem em recursos ao adoptarem formas de consumo mais
conscientes
 Contribui para o bem-estar global e para o desenvolvimento sustentável da sociedade, o
que é benéfico para todos, nomeadamente para as empresas, na medida em que uma
sociedade mais educada e com um maior poder de compra, contribui para a longevidade
empresarial.
81
A Responsabilidade Social da Empresa
A Responsabilidade Social é: (Dimensão interna)
 Promovera diversidade e a igualdade de oportunidades entre todos os
colaboradores, independentemente da raça, sexo, idade ou crença política ou
religiosa
 Promover o emprego de pessoas com deficiências
 Proporcionar o desenvolvimento profissional dos colaboradores, tendo por base o
mérito e a atribuição de recompensas pelo desempenho profissional
 Promover a formação e a educação contínua dos colaboradores (quer pela
atribuição de bolsas de estudo, quer pela atribuição de um estatuto especial aos
que estudam ou frequentam acções de formação)
 Proporcionar a harmonia entre a vida profissional e familiar dos colaboradores
 Desenvolver uma comunicação eficaz e transparente entre todos os integrantes da
organização
 Encorajar a capacidade de iniciativa e de envolvimento com as questões da empresa, entre
todos os colaboradores;
82
A Responsabilidade Social da Empresa
A Responsabilidade Social é: (Dimensão interna)
 Incutir valores éticos e socialmente responsáveis em todos os stakeholders da
organização
 Facilitar a todos os colaboradores a prática de trabalho voluntário, remunerando-
- o, se possível, quando realizado fora do horário laboral
 Zelar pela higiene, qualidade e segurança no dia-a-dia dos trabalhadores
 Proporcionar cuidados de saúde a todos os colaboradores
 Fazer dos despedimentos a última alternativa à redução dos custos empresariais
e, caso o despedimento seja inevitável, fazê-lo da forma menos penosa para o
funcionário, não deixando de lhe prestar todo o apoio necessário à sua reinserção
no mercado de trabalho
 Diminuir, sempre que possível, o nível de discrepância entre as remunerações dos
vários colaboradores, sobretudo entre aqueles que se encontram em condições
idênticas
83
A Responsabilidade Social da Empresa
A Responsabilidade Social é: (Dimensão interna)
 Proporcionar aos colaboradores a alimentação gratuita ou a um preço simbólico,
dentro da empresa e durante o horário de trabalho
 Promover condições que facilitem a mobilidade dos colaboradores, sobretudo
quando estes moram longe das instalações da organização (aqui, as acções
podem ir desde a prestação de um serviço de transporte, até à atribuição de
residências perto da empresa)
 Promover apoios especiais aos colaboradores que possuam filhos, como a
flexibilidade no horário ou até mesmo a criação de creches nas instalações da
empresa
 Promover actividades recreativas para os colaboradores e familiares
 Não negligenciar os colaboradores com contratos precários
 Promover o acompanhamento contínuo dos ex-colaboradores desempregados ou
aposentados.
84
A Responsabilidade Social da Empresa
A Responsabilidade Social é: (Dimensão externa)
 Não poluir o meio ambiente e contribuir para a sua preservação (esta actuação
passa pela utilização de métodos não poluentes, pelo uso racional de recursos,
pelo apoio a projectos ambientais e pela consciencialização ambiental de todos os
stakeholders da empresa)
 Escolher os fornecedores com base em critérios socialmente e ambientalmente
responsáveis
 Colaborar com a criação de projectos na comunidade, nas mais diversas áreas
(educação, desporto, cultura, saúde e emprego)
 Proporcionar apoios a determinados segmentos da população como crianças,
adolescentes, deficientes, mulheres em situação de risco social, mães solteiras,
idosos, desempregados e pessoas com uma situação económica desfavorecida
 Trabalhar em parceria com entidades sem fins lucrativos
 Apoiar projectos de interesse público
 Participar em campanhas públicas e comunitárias.
85
 Delta Cafés
 DHL Portugal
 Grupo Auchan
 Salvador Caetano
 Millennium BCP
 Grupo Portucel Soporcel
 REN
 Siemens Portugal
 Zoomarine
 Quesdata
 Grupo Sonae: Modelo Continente SGPS, S.A.
 AXA Portugal
 Vodafone
 Brisa
Algumas Empresas Socialmente Responsáveis em Portugal
A Responsabilidade Social da Empresa
86
O paradigma das sociedades modernas exige o desafio da empresa para a
mudança, tendo presente a ideia de que a performance de uma empresa deve
ser medida com base na sua contribuição para a prosperidade económica,
qualidade ambiental e capital social (Comissão Europeia, 2001).
O esgotamento progressivo dos recursos naturais, o agravamento das tensões
sociais e a deterioração das condições ambientais do planeta têm sido motivo
de constante preocupação da sociedade.
O relatório Brundtland, elaborado em 1987 pela Comissão Mundial do Meio
Ambiente e Desenvolvimento, defende que somente a responsabilidade social
empresarial fundamentada no conceito do desenvolvimento sustentável pode
criar novas perspectivas de um mundo melhor, segundo um modelo que
procura eliminar o impacto nocivo da actividade empresarial para a espécie
humana.
Responsabilidade Social, Desenvolvimento Sustentável e Cidadania Empresarial
A Responsabilidade Social da Empresa
87
Entende-se por práticas de cidadania empresarial todo o tipo
de acções da iniciativa de empresas ou em eventual associação
com outras organizações, que visem promover a coesão social,
a qualidade do emprego e a qualidade de vida dos
trabalhadores, a igualdade de oportunidades relativamente a
pessoas ou grupos sociais vulneráveis, ou, ainda, acções que
tenham como finalidade apoiar dinâmicas locais e regionais de
desenvolvimento económico e social sustentável,
nomeadamente, a preservação do ambiente, dos recursos
naturais e do património colectivo, pela mobilização dos
cidadãos para uma efectiva participação cívica e pela redução
das desigualdades sociais.
Responsabilidade Social, Desenvolvimento Sustentável e Cidadania Empresarial
A Responsabilidade Social da Empresa
88
Em complemento ao esforço individual das
empresas desenvolveram-se, (tendo início na
década de 90) em Portugal, associações
empresariais com a finalidade de promover a RSE,
entre elas:
BCSD Portugal – Conselho Empresarial Português
para o Desenvolvimento Sustentável
GRACE – Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania
Empresarial
RSE Portugal – Associação Portuguesa para a
Responsabilidade Social das Empresas
A Responsabilidade Social da Empresa
89
Pacto Global da Organização das Nações Unidas-
Global Compact (www.unglobalcompact.org)
Constitui “uma rede internacional voluntária de cidadania
empresarial iniciada com a participação quer do setor privado
quer de outros atores sociais para promover a cidadania
responsável de empresas e princípios universais sociais e
ambientais para enfrentar o desafio da globalização.”
Teve início em 1999, quando a 32 de janeiro, Kofi A. Annan,
enquanto secretário-geral da ONU apresentou a ideia e
desafiou os líderes mundiais.
A Responsabilidade Social da Empresa
90
Princípios do Global Compact
(Direitos Humanos)
1. Apoiar e respeitar a proteção dos Direitos Humanos internacionais dentro
do seu âmbito de influência
2. Certificar-se de que as suas próprias empresas não estão a ser cúmplices
de abusos de Direitos Humanos
(Padrões laborais)
3. Apoiar a liberdade de associação e o reconhecimento efetivo do direito à
negociação coletiva
4. Apoiar a eliminação de todas as formas de trabalho forçado e
Compulsório
A Responsabilidade Social da Empresa
91
Princípios do Global Compact
5. Apoiar a erradicação efetiva do trabalho infantil
6. Eliminar a discriminação com respeito ao emprego e cargo
(Ambiente)
7. Adotar uma abordagem preventiva para os desafios ambientais
8. Tomar iniciativas para a promoção de maior responsabilidade ambiental
9. Incentivar o desenvolvimento e difusão de tecnologias ambientalmente
sustentáveis
(Corrupção)
10. Trabalhar contra todas as formas de corrupção, inclusive extorsão e
suborno
A Responsabilidade Social da Empresa
92
Uma abordagem com grande destaque nas modernas
teorias éticas e da responsabilidade social é ateoria
dos stakeholders.
A ideia central desta teoria é a de que a condução das
empresas não deve apenas pautar-se pelos interesses
dos seus accionistas ou proprietários, mas também
pelos interesses de outros stakeholders (partes
interessadas) designadamente, os empregados, os
gestores, a comunidade local, os clientes e os
fornecedores.
Teoria dos Stakeholders
93
Esta teoria encara a empresa como o centro de uma
constelação de interesses de indivíduos e grupos que
afetam, ou podem ser afetados pela atividade da
empresa, e que legitimamente procuram influenciar os
processos de decisão, com vista a obter benefícios
para os interesses que representam ou defendem.
Uma empresa eticamente responsável deve ter uma
elevada preocupação com as necessidades e com os
direitos de todos os seus stakeholders.
Teoria dos Stakeholders
94
Teoria dos Stakeholders
95
A palavra stakeholder surge como uma
transformação da palavra stockholder (accionista)
para indicar que as empresas devem passar a
estender as suas obrigações a um conjunto mais
amplo de entidades do que aquele a que
tradicionalmente a teoria económica se referia: os
accionistas.
Teoria dos Stakeholders
96
 Em 1963, o Stanford Research Institute definia o
conceito de stakeholders como "Os grupos sem o
apoio dos quais a organização não poderia
existir". Os stakeholders eram então os proprietários
ou accionistas, os empregados, os clientes, os
fornecedores, os financiadores e a sociedade.
 Em 1984, Freeman amplia a definição para "qualquer
grupo ou indivíduo que pode afetar ou ser afetado
pela prossecução dos objectivos da empresa".
Teoria dos Stakeholders
97
Na tentativa de alargar a perceção de que existe
apenas um interesse dominante na empresa - o dos
acionistas - esta teoria contesta a opinião de que o
primeiro ou mesmo o único propósito de uma
empresa, seja a de maximizar os lucros e desafia a
visão predominante na legislação de muitos países,
que dá a primazia aos acionistas, introduzindo a
noção de que, em qualquer negócio, existem vários
stakeholders.
Teoria dos Stakeholders
98
Um código de ética pode ser entendido como o
conjunto de regras de conduta ética que devem ser
observadas pelos membros de uma profissão, de um
sector de actividade ou de uma empresa.
As regras e os princípios de um código de ética
empresarial estabelecem o enquadramento normativo
da empresa, ou seja, os critérios de orientação para
decidir o que é correcto e o que não é, pretendendo
assim assegurar o comportamento ético dos seus
membros.
Códigos de Ética
99
As primeiras referências aos códigos de ética
empresarial situam-se no princípio do século passado,
mas só a emergência do movimento ético nos negócios
irá proporcionar a sua generalização. Durante os anos
sessenta, como resultado das incorrectas actuações
empresariais, tais como os pagamentos ilegais ou
discutíveis, a falsificação dos livros e dos registos
empresariais, tanto nos EUA como no estrangeiro, a
atenção pública sobre as empresas aumentou. Discute-
se a forma de moderar essas actuações.
A comunidade empresarial interessou-se, então, pelos
códigos de conduta especificamente empresariais como
um meio de definir e comunicar normas de conduta.
Códigos de Ética
100
O desenvolvimento dos códigos de ética nas empresas deve-se à
coincidência dos seguintes factores:
1. O crescimento da falta de confiança na actividade empresarial.
2. O aumento da importância da qualidade de vida nas expectativas
das pessoas, levando-as a uma crescente exigência para com as
empresas no tratamento de questões ambientais.
3. A exigência, por parte da sociedade, de sanções significativas para
os comportamentos não éticos dos dirigentes empresariais.
4. O aumento do poder de alguns stakeholders.
5. O crescimento da divulgação pública dos comportamentos não
éticos.
6. A mudança nos objectivos dos negócios, com a crescente aceitação
de que os seus objectivos não se reduzem à maximização do lucro a
curto prazo.
Códigos de Ética
101
As empresas começam a sentir a necessidade de adoptar
códigos de ética, com o objectivo de:
1. Adoptar uma auto-regulação em vez da regulação do estado
2. Melhorar a imagem pública da empresa
3. Guiar e orientar os membros da empresa, protegendo-os de
cometer actos imorais
4. Servir como meio de penalizar os que não cumprem, satisfazendo
assim as expectativas de justiça dos seus membros e do público
em geral
5. Promover e incutir os princípios e os valores que caracterizam a
empresa, desempenhando assim um papel formativo.
Assiste-se, assim, a partir da segunda metade do século XX, ao
crescimento do número de empresas que adotam códigos de ética.
Códigos de Ética
102
Pode distinguir-se três formas diferentes de códigos de acordo
com a sua extensão: códigos de ética profissionais, códigos de
ética sectoriais e códigos de ética empresariais.
Os primeiros definem as atividades e os comportamentos de uma
determinada atividade profissional, isto é, estabelecem o seu
enquadramento deontológico; são próprios dos grupos
profissionais (p. ex. o Código Deontológico dos Contabilistas).
Os segundos são códigos específicos de um sector empresarial
que têm como finalidade evitar as práticas incorrectas que
perturbam o ambiente ético desse sector, aproveitar as sinergias
entre as empresas do sector e evitar os custos resultantes da má
imagem.
Os códigos de ética empresarial definem o projeto comum que
caracteriza e une a empresa.
Códigos de Ética
103
Em muitos casos os códigos de ética empresariais são informais,
sendo implicitamente assumidos pelos membros da empresa.
Contudo, os códigos de empresa que nos interessa estudar são
códigos formais, escritos, que constituem um instrumento de gestão.
Um código de ética empresarial pode então ser
definido:
"como um documento formal que estabelece
os valores principais de uma organização e as
regras éticas que espera que os seus
empregados sigam"
Códigos de Ética
104
Funções internas:
1. Institucionalizar os valores, normas e critérios de decisão que definem o
projecto da empresa e que devem regular toda a actividade empresarial.
2. Criar uma cultura e um clima ético que potencie a identificação dos
dirigentes e do resto do pessoal com o projecto comum que define a
empresa.
3. Servir de ponto de referência ou critério de orientação, para a tomada de
decisões em todos os níveis empresariais que elimine as incertezas e as
ambiguidades.
4. Definir a responsabilidade, os direitos e as obrigações, de todos os grupos
de interesses. Evidenciar o compromisso da empresa com a satisfação dos
interesses internos em jogo.
5. Servir como instrumento estratégico para a criação, manutenção e
desenvolvimento do capital confiança.
Códigos de Ética
105
Códigos de Ética
Funções externas:
1. Comunicar a imagem pública, o carácter próprio da empresa, perante o
mercado, perante o Estado e perante a sociedade. Dar a conhecer o que é
a empresa e quais são os seus objectivos.
2. Explicitar as linhas de actuação com que a empresa se compromete perante
os seus clientes, fornecedores e concorrentes.
3. Evidenciar as obrigações legais da empresa, assim como o grau de
compromisso com o cumprimento dos direitos humanos.
4. Possibilitar a credibilidade social da empresa através da definição da sua
responsabilidade social e ecológica perante a sua envolvente social e da
declaração das medidas que está disposta a seguir para o seu
cumprimento.
5. Desenvolver uma cultura de aproximação à sociedade, procurando detectar
as suas necessidades, para incorporá-las e para ser líder na sua satisfação.
106
Códigos de Ética
A elaboração de um código
 Um código de ética pretende ser um instrumento que facilite o
reconhecimento e a eventual resolução dos problemasde natureza
ética que surjam numa empresa, sendo de admitir que cada
empresa adopte regras de acordo com as suas características
próprias (actividade, objectivos, meio envolvente, etc.)
 Não existem regras fixas para elaborar um código; este deve
adaptar-se às especificidades da cada empresa. García-Marzá
considera que um moderno sistema de direcção e organização
empresarial deve incluir um código de ética no qual se possam
distinguir três componentes básicas: a filosofia, a cultura e a política
empresarial, de acordo com o seguinte esquema:
107
Códigos de Ética
ESTRUTURA DE UM CÓDIGO DE ÉTICA
FILOSOFIA EMPRESARIAL
Definição da empresa, do seu objectivo e do lugar económico e social que quer
ocupar. Grau de compromisso com a qualidade.
CULTURA EMPRESARIAL
Conjunto de normas gerais e valores que definem o projecto comum que é a
empresa. Possibilita a identificação corporativa de todos os seus membros e é um
ponto de referência para a tomada de decisões.
POLÍTICA EMPRESARIAL
Concretização dos objectivos gerais, normas e valores em estratégias e linhas de
actuação perante os seus próprios membros, perante o mercado, perante o estado e
perante a sociedade.
+
BALANÇO SOCIAL
Elaboração, análise e interpretação do cumprimento por parte da empresa dos
compromissos adquiridos que definem a sua responsabilidade social.
108
Códigos de Ética Empresarial
Aspetos gerais a ter em consideração na elaboração e na 
implementação de um Código de Ética:
1.Deverá ser o presidente da organização a avaliar e autorizar o Código de
Ética.
2. Deverá estar bem integrado no negócio da empresa, no momento em
que for criado.
3. Dará garantia que todos os colaboradores têm acesso a este
documento.
4. Garantirá formação à equipa de colaboradores de forma a
responderem às solicitações do código.
5. As chefias e supervisores devem ter a capacidade de responder a
dúvidas na aplicação do código.
109
Códigos de Ética Empresarial
Aspetos gerais a ter em consideração na elaboração e na 
implementação de um Código de Ética:
6. Considerará a adesão ao Código de Ética como algo obrigatório nos
procedimentos disciplinares.
7. Deverá indicar os procedimentos que garantam a revisão e atualização
do código com regularidade.
8. No caso de a empresa ter filiais em vários países, apresentará a
tradução do código de ética para as várias línguas.
9. Deverá rarantir que todos os stakeholders têm acesso e aderem ao
Código de Ética da empresa.
10. Deverá ser introduzido no relatório anual da empresa.
110
Códigos de Ética
Alguns aspetos a considerar aquando da elaboração do Código
de Ética, relativos à tolerância, liberdade, justiça e
individualidade que podem ser aplicados à generalidade das
empresas, independentemente do setor de atividade:
 dar e receber ofertas/ presentes de clientes/ fornecedores
 conflito de interesses
 tráfico de informação confidencial (insider trading)
 privacidade e segurança dos empregados
 preocupações ambientais.
111
Códigos de Ética
Em termos de estrutura, é comum os Códigos de Ética
estarem divididos em duas partes:
I. O preâmbulo, em que a empresa expressa ideias
motivadoras, os ideais, a cultura da organização e um
conjunto de valores.
II. As normas de ética propriamente ditas onde estão
incluídos os princípios que deverão ser seguidos pela
empresa
112
Códigos de Ética
Um código de ética para ser efetivo, deve ser muito mais
do que um documento escrito. Deve, não só, estar
presente nas práticas e comportamentos dos membros
da empresa e em primeiro lugar dos seus responsáveis,
mas também, deve corresponder a um generalizado
sentido do dever em toda a comunidade empresarial.

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