AULA_FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO CARDIOVASCULAR

Prévia do material em texto

1 
Prof. MSc. Rubens Letieri 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
Introdução – Sistema Cardio 
 
• Integra o corpo como uma 
unidade; 
 
• Proporciona um corrente 
contínua de nutrientes e O2; 
 
• Mantém um alto 
rendimento energético; 
 
• Remove rapidamente co-
produtos do metabolismo. 
2 
Introdução 
Números que impressionam 
 
• Pesa menos de 0,5 kg; 
• 160.000 km vasos sanguíneos; 
• 4 x a volta na terra; 
• 40.000.000 de batimentos por ano; 
• Levantaria seu dono até 160 km acima da terra; 
• 5.300.000 L/dia de sangue movimentado; 
• 140.000.000 L durante uma vida inteira (72 anos). 
Sistema cardiovascular 
FUNÇÃO PRIMÁRIA: nutrientes, O2, co-produtos do metabolismo 
 
Bomba - circuito de distribuição - canais de permuta - circuito 
de coleta - retorno de baixa pressão 
 
 CORAÇÃO ESQUERDO (fluxo sangüíneo) 
 
Pulmões - veia pulmonar - átrio esquerdo - ventrículo esquerdo - 
aorta - artérias - arteríolas - capilares 
 
 CORAÇÃO DIREITO (fluxo sangüíneo) 
 
Veias cavas superior e inferior - átrio direito - ventrículo direito - 
artéria pulmonar - pulmões 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
3 
 
Prof. Ms. Rubens Letieri 
 
Prof. Ms. Rubens Letieri 
4 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
Sistema cardiovascular 
ARTERÍOLAS - regulam o fluxo sangüíneo (vasodilatação e 
vasoconstrição) 
CAPILARES - onde ocorrem as trocas metabólicas, 
controle do fluxo sangüíneo (esfíncter pré-capilar) 
Ciclo Cardíaco 
 
Período de contração (sístole) 
Período de relaxamento (diástole) 
Compreende o final de uma contração até o final da 
próxima 
Aproximadamente 70% do sangue dos átrios fluem para os 
ventrículos antes da contração atrial 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
5 
Sistema Cardiovascular: 
Função e Respostas ao 
Exercício 
 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
Introdução 
 
Relembrando conceitos importantes 
↑ Fluxo sanguíneo ou na 
quantidade de sangue levado 
aos músculos ativos. 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
6 
Introdução 
 
Responsáveis pelo aumento do fluxo sanguíneo são: 
 
 
1. Débito cardíaco (sangue por minuto); 
 
2. Redistribuição do fluxo sanguíneo. 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
Introdução 
 
Transporte de gases O2 e CO2 
Músculos ativos 
Aumento no DC 
Redistribuição sangue 
Músculos inativos para ativos 
Alterações no fluxo sanguíneo 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
7 
SISTEMA CARDIOVASCULAR 
 
• Integra o corpo como uma unidade; 
 
• Proporciona uma corrente contínua de 
nutrientes e O2; 
 
• Mantém um alto rendimento energético; 
 
• Remove rapidamente co-produtos do 
metabolismo. 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
SISTEMA CARDIOVASCULAR 
 
CORAÇÃO 
NORMAL 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
8 
SISTEMA CARDIOVASCULAR 
 
CORAÇÃO 
NORMAL 
PAREDE 
VENTRICULAR 
ESQUERDA 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
arco aórtico 
artéria pulmonar 
veias pulmonares 
átrio esquerdo átrio direito 
veia cava superior 
válvula pulmonar 
(semi-lunar) 
válvula bicúspide 
ventrículo esquerdo 
veia cava inferior 
ventrículo direito 
válvula tricúspide 
sépto intra-ventricular 
ESTRUTURA DO CORAÇÃO 
aorta 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
9 
SISTEMA CARDIOVASCULAR 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
• Freqüência cardíaca (FC): 
 
 Reflete a quantidade de trabalho cardíaco 
para satisfazer à demanda imposta pelo 
exercício; aumenta em proporção direta ao 
aumento da intensidade do exercício. 
 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
10 
• Volume sistólico (VS): 
 
 Quantidade de sangue ejetado a cada 
batimento. 
 
 Controlado por uma série de fatores: 
Enchimento Ventricular (pré-carga), resistência 
ao fluxo (pós-carga), propriedades 
intrínsecas contráteis e processos do 
ventrículo, ou contratilidade (muitas vezes 
referido como o estado inotrópico). 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
• Débito cardíaco (DC = FC x VS): 
 
 Volume de sangue ejetado pelo coração por 
minuto; por ser uma função da FC e VS 
também aumenta durante o exercício para 
satisfazer à demanda energética aumentada. 
 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
11 
Sistema cardiovascular 
 respostas agudas ao exercício 
físico dinâmico 
Débito cardíaco 
 DC= FC x VS 
 FC: número de vezes que o coração bate por minuto, 
em repouso é aproximadamente 70 a 80 bpm 
 VS: volume de sangue ejetado pelo coração por 
minuto 
 DC: quantidade de sangue bombeada por minuto 
 Exercício Físico:  FC  VS  DC 
 o débito cardíaco aumenta proporcionalmente com a 
intensidade do exercício físico dinâmico 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
Sistema cardiovascular 
 Volume diastólico final (pré-carga): quantidade de 
sangue que está no ventrículo antes da contração. 
 Volume sistólico final (pós-carga): quantidade de 
sangue que permanece no ventrículo esquerdo após 
a contração. 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
12 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
13 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
14 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
15 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
16 
Sistema cardiovascular 
 Resposta da FC, VS e DC durante o exercício 
 físico prolongado 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
17 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
18 
Sistema cardiovascular 
 adaptações crônicas provocadas pelo exercício 
físico dinâmico 
Regulação da freqüência cardíaca durante o 
exercício 
 regulação intrínseca:(marcapasso cardíaco) 
 regulação extrínseca:sistema neuro - humoral 
 
Adaptações cardiovasculares 
ao exercício físico dinâmico 
Bradicardia de repouso:  vago  simpático e 
adaptações iônicas das células de 
marcapasso do coração 
 Prof. Msc. Rubens Letieri 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
19 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
Sistema cardiovascular 
Exercício máximo 
 DC = FC x VE 
 
 O T possui maior DC devido a um maior VS. 
 Indivíduos T e S - o VS alcança platô durante 
o exercício físico dinâmico por volta de 40 - 
50% do VO2máx. 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
20 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
21 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
22 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
23 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
Sistema cardiovascular 
Taquicardia antecipatória do exercício 
 
Córtex cerebral 
 
Centro cardiovascular (Bulbo) 
 simpático  vago 
 
FC  
contratilidade  
Prof. Msc. Rubens Letieri 
24 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
Sistema cardiovascular 
Durante o exercício: 
 Ativação dos receptores III e IV nas articulações 
e músculos 
 
 III estímulos mecânicos 
 IV estímulos químicos 
 bulbo 
 resposta mais adequada 
músculo 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
25 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
Sistema cardiovascular 
Distribuição de fluxo sanguíneo durante o repouso e 
exercício 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
26 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
27 
 a) Freqüência Cardíaca – respostas: 
 
 Nódulo sinusal (regulação intrínseca da freqüência 
cardíaca); 
 Atividade simpática (regulação extrínseca da freqüência 
cardíaca); 
 Aumenta proporcionalmente ao esforço aeróbio; 
 Esforço Maximo: ao VO2 Maximo corresponde a FC 
máxima; Esforço sub-maximo: Steady state da freqüência cardíaca; 
 Anaerobiose → aumento desproporcional da freqüência 
cardíaca; 
 Resposta antecipatória da freqüência cardíaca (adrenalina). 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
 a1) Freqüência Cardíaca - adaptações: 
 - A freqüência cardíaca diminui para a mesma 
intensidade de esforço; 
 - Critério mais utilizado para controlar a intensidade 
do esforço; 
 - FC repouso diminui. 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
28 
 CONCEITOS: 
 
 Nódulo sinusal: comanda intrinsecamente a Freqüência Cardíaca, uma vez que 
é o responsável pela despolarização do coração. Se não sofrer influências 
externas a Freqüência Cardíaca vai corresponder a Freqüência Cardíaca de 
repouso. 
 Atividade simpática: Durante o esforço aumenta a atividade do Sistema Nervoso 
Simpático e diminui a do Parassimpático. 
 Steady state: Momento a partir do qual a Freqüência Cardíaca estabiliza. Quanto 
mais intenso for o esforço, mais tempo se demora para atingir o steady state. 
 FC Adaptações: A medida que melhora a capacidade aeróbia, a Freqüência 
Cardíaca diminui para uma mesma intensidade de esforço devido as adaptações 
cardíacas que vão surgindo e que possibilitam um maior volume sistólico. 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
 b) Volume Sistólico - respostas: 
 
 - Retorno venoso, resistências periféricas, estado inotrópico do miocárdio 
(regulação intrínseca do Volume Sistólico); 
 - Atividade simpática (regulação extrínseca do Volume Sistólico); 
 - Volume Sistólico aumenta → Retorno venoso ↑ ou resistência vascular periférica 
↓; 
 - Aumenta paralelamente a intensidade do esforço ate 50% do VO2 Max. 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
29 
 b1) Volume Sistólico - adaptações: 
 
 - Treino → + volemia → + retorno venoso (repouso) → Maior distensão 
cavidades cardíacas → + Volume Sistólico. 
 Para tirar partido do aumento do retorno venoso o coração tem que manter a sua 
 distensibilidade! 
 O Volume Sistólico aumenta paralelamente a intensidade do esforço, embora só 
até 50% do VO2 Max., porque com o aumento da Freqüência Cardíaca o 
encurtamento do ciclo cardíaco deve-se sobretudo a diminuição do tempo 
diastólico, diminuindo assim o tempo de enchimento ventricular. Neste momento o 
Debito Cardíaco aumenta apenas a custa do aumento da Freqüência Cardíaca. 
 O volume sistólico de repouso relaciona-se com a superfície corporal. Homens: 
70 a 80ml Mulheres: 50 a 75ml 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
 c) Debito Cardíaco - respostas: 
 
 DC = FC x VS (regulação intrínseca); 
 SN simpático (regulação extrínseca): 
 ↑ Força de contração do coração; 
 ↑ Freqüência Cardíaca; 
 ↑ Excitabilidade do coração; 
 ↑ Condução do estimulo. 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
30 
 c1) Debito Cardíaco - adaptações: 
 
 - O Debito Cardíaco é o fator limitante do VO2max.; 
 - O Debito Cardíaco necessário para uma intensidade do esforço representa uma 
menor percentagem do DC Máximo. 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
 d) Pressão Arterial – respostas: 
 - Exercícios gerais dinâmicos: 
 Pressão Arterial Sistólica ↑ em função do Debito Cardíaco; 
 Pressão Arterial Diastólica = ou ↓; 
 
 - Esforços submáximos (intensidade constante): 
 Pressão Arterial atinge um steady state; 
 - Exercícios de força: 
 ↑ Pressão intra torácica; 
 ↑ Pressão fluxo sanguíneo da musculatura solicitada; 
 ↑ Pressão Arterial. 
 Numa 1ª fase existe um aumento da resistência vascular periférica total porque 
não existe vasodilatação (a atividade do Sistema Nervoso Simpático ainda não 
reagiu a solicitação do volume de sangue solicitado). Um esforço isométrico com 
apenas 25% da forca isométrica máxima implica um aumento bastante 
pronunciado. 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
31 
 d1) Pressão Arterial - adaptações: 
 
 - Pressão Arterial ↓; 
 - Resistência vascular periférica ↓. 
 
 Adaptações: 
 Normotensos – resposta discreta após o esforço (3mmHg); 
 Hipertensos – resposta um pouco mais pronunciada. 
Prof. Msc. Rubens Letieri 
 e) Respostas Ventilatórias: 
 
 - ↑ ventilação por minuto (5 a 6 litros ate ≥150 litros); 
 - Ventilação minuto = F x VC; 
 - ↑ pressão media da artéria pulmonar; 
 - ↑ recrutamento e distensão dos vasos pulmonares; 
 - ↓ resistência vascular; 
 - Melhoria da perfusão nas regiões superiores do pulmão. 
Prof. Msc. Rubens Letieri