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Haletos Orgânicos são compostos que derivam dos hidrocarbonetos pela substituição de átomos de hidrogênio por igual número de átomos de halogênio (F, Cl, Br, I), por isso recebem o nome de derivados halogenados. 
Os haletos se encontram em condições ambientes nas fases sólida, líquida ou gasosa. Esses compostos são solúveis em solventes orgânicos e insolúveis em água, apresentam pontos de fusão e ebulição crescentes com o aumento da massa molecular. 
Os haletos se classificam em monoaletos, dialetos e trialetos, de acordo com o número de halogênios na molécula: 
Monoaleto: Apresenta somente um átomo de halogênio na molécula. 
H3C ─ CH2 ─ CH2 
                       │ 
                       Br 
1- bromo-propano 
Dialeto: Possuem dois átomos de halogênio na molécula. 
           H 
           │ 
H3C ─ C ─ Cl 
           │ 
          Cl 
1,1- dicloro-etano 
Trialeto: Presença de três átomos de halogênio na molécula. 
      Cl 
       │ 
H ─ C ─ Cl 
       │ 
       Cl 
tricloro-metano
Os haletos orgânicos são compostos derivados da substituição de um ou mais hidrogênios de hidrocarbonetos pela mesma quantidade de halogênios (elementos da família 17 (ou VII A) da Tabela Periódica).
Geralmente, os halogênios são representados pela letra X. Assim, seu grupo funcional é dado por:
    X
     |
— C — , sendo que: X = F, Cl, Br e I.
     |
Observe que apesar de o astato (At) também ser membro da família dos halogênios, ele não apareceu na indicação acima porque ele é um elemento radioativo, cujo isótopo mais estável tem meia-vida de pouco mais de 8 horas, o que torna o seu aproveitamento muito difícil.
Os haletos podem ser classificados de quatro formas:
1. Quanto ao número de halogênios ligados à cadeia carbônica: podem ser mono-haletos, di-haletos, tri-haletos etc.;
2. Quanto ao tipo de halogênio presente na molécula: podem ser fluoretos, cloretos, brometos, iodetos ou mistos (se houver mais de um tipo de halogênio);
3. Quanto ao tipo de carbono a que o haleto está ligado diretamente: podem ser primários, secundários ou terciários;
Exemplos:
4. Quanto ao tipo de cadeia carbônica a que o halogênio está ligado diretamente, podendo ser: 
4.1 – Haleto de alcoíla ou alquila: Se o halogênio estiver ligado a um carbono saturado de uma cadeia aberta, como em todos os exemplos anteriores;
4.2 - Haleto de arila: Se o halogênio estiver ligado diretamente a um anel benzênico.
A nomenclatura oficial dos haletos orgânicos segue a seguinte regra:
Regras de nomenclatura de haletos orgânicos
O prefixo “mono” praticamente não é usado. Observe que o halogênio é considerado como um substituinte, assim, se a cadeia for insaturada, a numeração dela começará o mais próximo da insaturação, e não do halogênio.
Além disso, se houver uma ramificação, ela terá o mesmo peso que o halogênio no momento da numeração da cadeia. Assim, para decidir em qual extremidade deverá começar a numerar, leve em conta a regra dos menores números, isto é, a numeração que levar aos menores números na nomenclatura é a correta.
Exemplos:
A maioria dos haletos é organoclorada e eles foram alvo de muitas polêmicas em virtude dos ataques que muitos deles sofreram por ambientalistas que afirmam que essas substâncias representam um perigo para o meio ambiente, principalmente o inseticida DDT. Por isso, alguns haletos orgânicos, que antes eram utilizados, foram abandonados. Já outros, como o gás lacrimogênio e alguns pesticidas, ainda são utilizados. Veja alguns exemplos de haletos orgânicos que foram usados em nossa sociedade:
Clorofórmio (HCCl3 – triclorometano): Ele era muito usado antigamente como anestésico em cirurgias, porém, descobriu-se que ele pode causar parada respiratória e danos irreparáveis ao fígado e, por isso, deixou de ser usado com essa finalidade.
O clorofórmio era usado como anestésico por inalação
O “lança-perfume” contém clorofórmio, podendo levar a pessoa à dependência e gerar danos irreparáveis ao organismo, tais como irritação na pele, olhos e trato respiratório; pode causar queimaduras na boca e garganta, dor no peito, vômitos, atinge o sistema nervoso central, sistema cardiovascular e fígado, além de poder levar ao câncer.
Atualmente, ele é mais usado como solvente orgânico.
CFC (Clorofluorcarbonetos, também conhecidos como Fréons®): Eles são formados por moléculas do tipo metano (CH4) e etano (H3C ? CH3). Seus átomos de hidrogênio são substituídos por átomos de cloro e flúor. Os principais CFCs são CCl3F (nome comercial CFC-11), CCl2F2 (CFC-12), CClF2CClF2 (CFC-114) e CClF2CF3 (CFC-115).
Os CFCs eram produzidos principalmente para serem usados em compressores para refrigeração doméstica (por exemplo, em geladeiras), para expansão de polímeros e em produtos do tipo spray. Porém, eles vêm sendo gradativamente substituídos por outros compostos, pois os CFCs lançados na atmosfera são os principais responsáveis pela destruição da camada de ozônio.
Os CFCs presentes em aerossóis causam a destruição da camada de ozônio
DDT (dicloro-difenil-tricloetano): Esse composto passou a ser muito utilizado como inseticida durante a Segunda Guerra Mundial. Apesar de controlar a proliferação de insetos transmissores de tifo, malária e febre amarela, esse inseticida passou a ser proibido em muitos países por causa da sua potencial toxidade para a cadeia alimentar.
Molécula de DDT (dicloro-difenil-tricloroetano)
Os que atacam o uso desse inseticida apontam como principais alegações para a sua proibição as mencionadas abaixo:
* Pode causar a morte de pássaros, tornar mais fina a casca de seus ovos e levar à extinção de algumas espécies;
* Não pode ser eliminado do meio ambiente;
* Por efeito acumulativo, o DDT pode chegar até os seres humanos e causar câncer.
Os que defendem o seu uso dizem que essas alegações não têm comprovação e basta usar o DDT de modo controlado.
Haletos Orgânicos são os compostos de carbono que apresentam halogênios na sua composição.
Eles derivam de um hidrocarboneto, que são os carbonetos de hidrogênio. Assim, cada vez que sai um hidrogênio de um, dois ou mais hidrocarbonetos há a entrada de um, dois ou mais halogênios.
São halogênios: flúor, cloro, bromo, iodo, astato e ununséptio.
Conforme o número de hidrogênios presentes na sua composição, os haletos orgânicos podem ser classificados em:
Mono-haleto - quando o haleto tem apenas um halogênio.
Di-haleto - quando o haleto tem dois halogênios.
Tri-haleto - quando o haleto tem três halogênios.
Os di-haletos podem ser classificados de acordo com a localização dos haletos:
Di-haleto vicinal - quando os dois haletos são ligados a carbonos vizinhos.
Di-haleto isolado - quando os dois haletos são ligados a carbonos que se encontram distantes um do outro.
Os haletos orgânicos podem, ainda, ser classificados de acordo com a sua reatividade em:
Haletos de alquila - quando um halogênio encontra-se ligado a uma cadeia aberta de um carbono saturado.
Haletos de acila - quando contém um halogênio ligado a um anel benzênico.
Nomenclatura
Os mono-haletos podem ser nomeados de duas formas, através de nomes oficiais e através de nomes usuais. Os nomes oficiais seguem as regras da IUPAC (União Internacional de Química Pura e Aplicada).
O 2-bromo-propano (nome oficial), por exemplo, é usualmente chamado de brometo de isopropila.
2-bromo-propano
O número 2 indica que o halogênio está ligado ao 2.º carbono.
Bromo é o nome do halogênio.
Propano: Prop- indica a presença de 3 carbonos no composto, an- indica que a ligação é simples, -o indica a função orgânica hidrocarboneto.
Quanto aos di-haletos e aos tri-haletos, apenas são utilizados os nomes oficiais.
Di-haleto
Dibromoheptano
Di- indica que é um di-haleto.
Bromo é o nome do halogênio.
Heptano: Hept- indica que são 7 as cadeias de carbono, an- indica que a ligação é simples, -o indica a função orgânica hidrocarboneto.
Tri-haleto
Triclorometano
Tri- indica o número de halogênios.
Cloro é o nome do halogênio.
Metano: Met- indicaa presença de 1 carbono no composto, an- indica que a ligação é simples, -o indica a função orgânica hidrocarboneto.
Exemplos e Aplicações
DDT
O DDT (diclorodifeniltricloroetano) é um inseticida que deixou de ser utilizado em decorrência de ser altamente tóxico.
Estrutura molecular do diclorodifeniltricloroetano C14H9Cl
Gás lacrimogêneo
O gás lacrimogêneo (α-cloroacetofenona) é um gás utilizado como arma pela polícia.
Estrutura molecular do α-cloroacetofenona C3H5BrO
Na Química Orgânica, os compostos que apresentam átomos de Halogênio se classificam como Haletos orgânicos. O que seria um Halogênio? Átomos pertencentes ao grupo 7 A da Tabela Periódica: Cloro (Cl), Bromo (Br), Flúor (F), Iodo (I). Todos estes fazem parte da chamada família dos Halogênios.
Os Haletos orgânicos são representados por R – X onde X = Cl, Br, F, I.
2 – cloro 2 – metil – butano
Repare que o Cl está ligado a uma cadeia de hidrocarbonetos.
Exemplos de Haletos Clorados (Cl): 
CFC’s 
Sigla para Clorofluorcarbonetos, os populares freons. Estes Haletos são usados como propelentes em aerossóis e como líquido para refrigeração em aparelhos de ar condicionado e geladeiras.
DDT
Abreviatura de Dicloro-difenil-tricloroetano, um inseticida que ficou mundialmente conhecido por sua eficiência em controlar doenças transmitidas por insetos (febre amarela, malária, tifo).
Gás lacrimogêneo
Também conhecido como Clorobenzilideno malononitrilo, é usado por policiais para dispersar multidões em protestos, vandalismos, rebeliões, etc. Este gás produz efeito incapacitante no indivíduo: lágrimas, tosse, irritação da pele e vômitos. O gás lacrimogênio também possui o elemento Cloro como grupo substituinte.
Clorofórmio 
Triclorometano 
A presença dos três átomos de Cloro classifica o composto orgânico como Haleto, o mesmo ficou popularmente conhecido como Clorofórmio. Foi muito usado como anestésico em cirurgias, mas foi substituído por causar parada respiratória nos pacientes.
Em termos gerais, a reação de saponificação ocorre quando um éster em solução aquosa de base inorgânica origina um sal orgânico e álcool. 
A Reação de saponificação também é conhecida como hidrólise alcalina, através dela é que se torna possível o feitio do sabão. Falando quimicamente, seria a mistura de um éster (proveniente de um ácido graxo) e uma base (hidróxido de sódio) para se obter sabão (sal orgânico). 
A equação abaixo demonstra este processo: 
Éster + base forte → sabão + glicerol 
Praticamente todos os ésteres são retirados de óleos e gorduras, daí o porquê das donas de casa usarem o óleo comestível para o feitio do sabão caseiro. 
Equação genérica da hidrólise alcalina: 
A equação acima representa a hidrólise alcalina de um óleo (glicerídeo). Dizemos que é uma hidrólise em razão da presença de água (H2O) e que é alcalina pela presença da base NaOH (soda cáustica). O símbolo ∆ indica que houve aquecimento durante o processo. Produtos da reação de Saponificação: sabão e glicerol (álcool).
A reação de saponificação é aquela em que um éster reage em meio aquoso com uma base forte, ou seja, é uma hidrólise alcalina. Os produtos formados são um sal e um álcool. De modo simplificado, temos:?
Essas reações são denominadas de reações de saponificação porque, quando ocorre uma reação desse tipo, com um triéster proveniente de ácidos graxos, formam-se os sabões.
Os ácidos graxos são ácidos carboxílicos de cadeia longa, em geral com 12 átomos de carbono ou mais. Eles reagem com a glicerina (glicerol ou propanotriol), formando os glicerídeos, também denominados de triglicerídeos ou triacilgliceróis, que compõem os óleos e gorduras animais e vegetais:
Reação genérica de formação do triglicerídeo a partir de três ácidos graxos e uma glicerina
Assim, o sabão é produzido por meio do aquecimento de óleos ou gorduras vegetais em uma solução aquosa de uma base forte, como o hidróxido de sódio, que é conhecido comercialmente por soda cáustica.
Reação de saponificação para fabricação de sabão
Os primeiros sabões eram feitos com misturas de gorduras de animais (sebo), como o material graxo, com as cinzas de madeira, que possuem substâncias alcalinas, como o carbonato de sódio e de potássio.
Observe que o sabão formado possui em sua estrutura uma longa cadeia proveniente do ácido graxo que constitui uma parte apolar, enquanto sua extremidade é polar. Isso permite que a parte apolar interaja com as sujeiras gordurosas que também são apolares, enquanto a extremidade polar interage com a água, que também é polar. É assim que os sabões conseguem diminuir a tensão superficial da água (por isso são também chamados de agentes tensoativos ou de surfactantes), eliminando a sujeira.
 
Os sabões produzidos com o hidróxido de sódio são mais duros. Já os produzidos com hidróxido de potássio (KOH) são mais moles ou até mesmo líquidos. Surgiu então o índice de saponificação, que é a quantidade em miligramas de KOH que é necessária para saponificar 1g de óleo ou de gordura. Veja alguns exemplos a seguir:
Óleos e gorduras:                Índice de saponificação (mg):
      Manteiga 210 a 235
   Banha de porco                                190 a 200
 Óleo de algodão                                 190 a 200
Óleo de linhaça                                   190 a 195
Quanto maior é o índice de saponificação, menor é a massa molar do triglicerídeo.
Na reação de saponificação de triglicerídeos, é produzida, além do sabão, a glicerina, que é aproveitada pela indústria para ser usada na fabricação de cosméticos, como cremes e sabonetes.
Também denominada hidrólise alcalina, a reação de saponificação é um tipo de reação química que ocorre entre um éster e uma base inorgânica ou um sal básico, tendo como produtos finais um sal orgânico e um álcool.
O nome saponificação se deve ao fato de que, quando se utiliza um éster derivado de um ácido graxo em reações desse tipo, produz-se o sabão, e já que a principal fonte natural de ácidos graxos são gorduras e óleos, suas hidrólises alcalinas são os principais processos aplicados à produção de sais de ácidos graxos, popularmente conhecidos como sabões. Resumidamente, temos:
Óleo ou gordura +base forte      -->         sabão + glicerol
As bases mais utilizadas nas reações de saponificação são o hidróxido de sódio (NaOH), que produz um sabão mais consistente, ou o hidróxido de potássio (KOH), que dá origem a um sabão mais mole, conhecidos como sabões potássicos. No Brasil, ainda é frequente a fabricação caseira de sabão, para a qual se utiliza a água de cinza (lixívia), em vez de hidróxidos de potássio ou de sódio. A água de cinza tem caráter alcalino devido ao carbonato de potássio que a compõe, que, em solução aquosa, libera íons OH-.
Outro produto da reação de saponificação é o glicerol, um composto orgânico que faz parte do grupo dos alcoóis. Devido a isso, as indústrias de sabão produzem também a glicerina, forma comercial do glicerol com 95% de pureza. Essa substância tem propriedades umectantes, ou seja, é capaz de manter a umidade, sendo, por isso, aplicada à produção de cremes e loções de pele, sabonetes e produtos alimentícios.
Devido à sua ação detergente (do latim detergere, limpar), os sabões auxiliam muito os processos de limpeza, especialmente na eliminação de gorduras. Tal característica é explicada pela estrutura do sabão: sua molécula possui um lado polar que interage com a água, e outro apolar, que interage com a gordura, formando, assim, partículas que se mantêm dispersas na água e são arrastadas durante a lavagem.
Você vai saber agora qual é a reação química usada para se obter o sabão, aquele que usamos todos os dias para tomar banho e cuidar da higiene da casa.
A reação de saponificação não podia ter outro nome, uma vez que ficou muito conhecida em razão de sua enorme utilização na Indústria: confecção de sabonetes e sabão em barra. Para que essa reação aconteça, é preciso haver um éster misturado com umabase forte na presença de água e aquecimento. O produto final é um sal orgânico e álcool.
Para quem não sabe, sal orgânico é nosso popular sabão. O éster usado no processo provém de um ácido graxo.
Acompanhe a equação que demonstra o processo de obtenção do sabão:
Ácido graxo + Hidróxido de sódio → sabão + glicerol (álcool)
O uso de bases no processo (hidróxido de sódio ou potássio) fez com que a reação ficasse conhecida também como Hidrólise alcalina. Ela é usada há muitos anos pelas donas de casa que retiram a matéria prima ácido graxo de suas próprias cozinhas: os chamados óleos comestíveis são compostos por ésteres, daí o por que de serem utilizados para a produção de sabões.
As reações de oxirredução são aquelas em que há transferência de elétrons entre as espécies químicas envolvidas. Isso pode ser percebido por meio do número de oxidação (Nox) de cada elemento, que se trata da carga elétrica real, no caso de íons monoatômicos (um átomo que ganhou ou perdeu elétrons), e, no caso de compostos moleculares ou de íons polinuclerares, é a carga elétrica que ele teria se a ligação fosse rompida, ou seja, sua tendência de atrair os elétrons.
Assim, nós olhamos o Nox de cada elemento envolvido na reação e se percebermos que o seu Nox do reagente era menor que o do produto, isto é, aumentou, isso significa que ele perdeu elétrons na reação. Por outro lado, se o seu Nox no produto é menor, significando que ele diminuiu, quer dizer que essa espécie química ganhou elétrons.
Para entender melhor, vejamos um exemplo: Ao mergulhar uma fita de cobre metálico em uma solução de nitrato de prata, notamos que, com o passar do tempo, forma-se uma camada cinza sobre o cobre, e a solução, que inicialmente era incolor, vai ficando azul, como se pode ver na imagem abaixo:
Precipitação de prata em cobre a partir de uma solução de nitrato de prata*
A cor azul deve-se à formação de cátions cobre (Cu2+) que ficam dissolvidos na solução. Isso significa que o cobre metálico (Cu0) perdeu elétrons para se transformar nesse cátion. Dessa forma, dizemos que ele sofreu uma oxidação. Acompanhe a seguir:
Oxidação → Perda de elétrons → Nox aumenta: Cu0(s) → Cu2+(aq) + 2 e-
 Ao mesmo tempo, os íons prata (Ag+) que existiam na solução de nitrato de prata (AgNO3) receberam esses elétrons que o cobre perdeu e transformaram-se em prata metálica (Ag0), que se depositou na fita de cobre. Isso significa que os íons prata sofreram redução:
Redução → Ganho de elétrons → Nox diminui: 2 Ag+(aq) + 2e-→ 2 Ag0(s)
Visto que houve transferência de elétrons, com ocorrência simultânea de oxidação e de redução, esse é um exemplo de reação de oxirredução, que é dada pela soma das duas semirreações acima:
Reação de oxirredução: Cu(s) + 2 AgNO3(aq) → Cu(NO3)2(aq) + 2 Ag(s)
Outros dois conceitos importantes nas reações de oxirredução são “agente oxidante” e “agente redutor”.  Como os próprios nomes dizem, o agente oxidante é o que causa a oxidação de outra espécie química, enquanto o agente redutor é o que provoca a redução da outra.
No exemplo mencionado, o cobre metálico perdeu elétrons, ou seja, ele doou esses elétrons para o cátion prata, causando a sua redução. Portanto, o cobre é o agente redutor. Por outro lado, os cátions prata da solução de nitrato de prata foram os que receberam os elétrons do cobre, causando a oxidação dele. Por isso, o nitrato de prata (e não o cátion prata) é o agente oxidante.
Observação importante: Note que a substância redutora é a que contém o átomo que forneceu os elétrons e a substância oxidante é a que contém o átomo que recebeu os elétrons. Assim, lembre-se de que os agentes oxidante e redutor não são os átomos isolados, mas as substancias que os contêm.
Resumidamente, temos:
Oxidorredução ou oxirredução refere-se ao processo em que há transferência de elétrons entre espécies químicas (átomos e/ou íons) de substâncias que reagem entre si. Essa palavra é a junção de “oxidação + redução”, que são processos opostos, mas complementares, ou seja, um sempre depende do outro para ocorrer.
A oxidação ocorre quando o átomo perde elétrons. Visto que os elétrons são partículas negativas, a carga elétrica (Número de oxidação – Nox) da espécie que perdeu elétrons aumenta, “fica mais positiva”, por assim dizer.
Já a redução corresponde ao processo inverso, ou seja, a espécie química ganha elétrons e fica com o Nox menor, “mais negativo”.
A reação de oxidorredução ocorre com transferência de elétrons
A espécie química que ganha elétrons recebe-os da espécie química que os perdeu e vice-versa. Por isso, dizemos que sempre que ocorre uma redução, ocorre também uma oxidação, e é também por isso que chamamos esses processos de reações de oxidorredução.
Além disso, se uma substância oxidou, é porque a outra espécie química ocasionou isso por retirar os elétrons dela. Assim, dizemos que a substância que contém o átomo que ganhou os elétrons ou reduziu é o agente oxidante, porque ela causou a oxidação do átomo ou íon da outra substância reagente.
Por outro lado, a substância que contém o átomo que forneceu os elétrons, isto é, que oxidou, é o agente redutor, porque ele causou a redução da outra espécie química.
Resumidamente, temos:
Resumo de determinação de agente redutor e agente oxidante
Vejamos um exemplo de reação de oxidorredução para visualizar melhor esses conceitos mencionados até agora. A reação de fotossíntese realizada pelas plantas para produzir seu próprio alimento e limpar o ar que respiramos é um dos processos químicos mais importantes da natureza e trata-se de uma reação de oxidorredução.
Conforme pode ser visto por meio da equação a seguir, de forma resumida, a planta retira do solo apenas água (H2O) através da raiz para que, juntamente ao gás carbônico (CO2) absorvido pelas folhas e na presença de luz, seja capaz de produzir moléculas orgânicas, como a glicose e também o gás oxigênio:
     +4 -2              +1 -2             +4 -1      -2          0
6 CO2(g) + 6 H2O(l) → C6H12O6(aq) + 6 O2(g)
Essa equação química já está balanceada e acima de cada elemento foram colocados os valores dos Nox para você observar o que aconteceu. Veja que no primeiro membro da equação o Nox do átomo de oxigênio era igual a -2, mas, no segundo membro, esse Nox aumentou para zero. Isso significa que o oxigênio foi a espécie química que sofreu oxidação, ou seja, perdeu elétrons, e o dióxido de carbono (CO2) foi o agente redutor.
Por outro lado, o Nox do hidrogênio da água (H2O) era +1 e passou para -1 na molécula de glicose (C6H12O6). Visto que seu Nox diminuiu, isso significa que o hidrogênio foi o elemento que sofreu redução, ou seja, ganhou elétrons, e a água foi o agente oxidante.
É importante lembrar que em toda reação de oxirredução que estiver devidamente balanceada, a quantidade de elétrons ganhos será a mesma de elétrons perdidos.
Para saber realizar o balanceamento desse tipo de reação e para aprender a determinar o Nox dos átomos, leia os textos: Balanceamento de reações de oxidorredução e Número de Oxidação (Nox) .
As principais classes de reações estudadas no Ensino Médio são as de precipitação, ácido/base e oxirredução. Esta última abrange uma série de reações muito versáteis e importantes, como a combustão, a corrosão, a fotossíntese, a extração de minérios, entre outras. Reações de oxirredução são também chamadas de oxidorredução ou redox, pois trata-se da combinação de semirreações de oxidação (em que ocorre perda de elétrons) e de redução (em que há ganho de elétrons), assim, pode-se dizer que reações desse tipo tratam da migração de elétrons de uma espécie a outra.
Sempre que houver uma oxidação, haverá também uma redução, pois, como elétrons são partículas reais, que não podem ser simplesmente "perdidas" (já que na natureza "nada se perde, nem se cria", segundo Lavoisier), quando uma espécie perder elétrons, outra espécie necessariamente irá ganhá-los, assim, sempre que uma espécie oxidar, outra irá reduzir.
Por exemplo, em uma das etapas da formação da ferrugem, o ferrosólido é oxidado pelo ar úmido (O2 + H2O), e pode ser descrita da seguinte maneira:
Semirreação de oxidação: 2Fe(s) →  2Fe2+(s) + 4e-
Semirreação de redução: O2(g) + 2H2O(l) + 4e- → 4OH-(aq)
________________________________________________
Reação global: 2Fe(s) + O2(g) + 2H2O(l) → 2Fe(OH)2(s)
Neste caso, a espécie que está oxidando (perdendo elétrons) é o ferro, enquanto que quem está reduzindo (ganhando elétrons) é o oxigênio do O2. A espécie que oxida é chamada de agente redutor, pois é quem provoca a redução da outra espécie. Da mesma forma, quem sofre redução é chamado de agente oxidante. Assim, neste exemplo dado, o Fe(s) é agente redutor e O2(g) agente oxidante.
É daí que vem o termo "antioxidante", produtos antioxidantes são aqueles que possuem substâncias capazes de atrasar ou inibir a oxidação de algum material e, portanto, podem ser agentes redutores. As reações de oxidação, embora sejam normais (e essenciais) nos organismos vivos, podem produzir radicais livres, potencialmente perigosos a estes organismos. Acredita-se que muitas doenças, como Alzheimer, Parkinson, diabetes, alguns tipos de câncer, dentre outras e até o envelhecimento da pele estejam atreladas a um "estresse oxidativo" (excesso de oxidação, por assim dizer) e por isso, remédios e alimentos antioxidantes, como uva, maçã, brócolis, linhaça, etc. são consumidos como formas de prevenção.
Para verificar se uma reação é do tipo redox, basta identificar se há variação no número de oxidação (NOx) das espécies envolvidas: se houver diminuição do NOx, significa que a espécie sofreu redução, se houver aumento, oxidação e, portanto, trata-se de uma oxirredução. A espécie que sofreu redução é o agente oxidante, e a que sofreu oxidação, agente redutor. A seguir, um fluxograma para resumir essas informações:
As reações de oxirredução são aquelas em que ocorre transferência de elétrons de uma espécie química para outra, sendo que o átomo ou íon que recebe elétrons tem a sua carga ou número de oxidação (Nox) diminuido, e dizemos que ele sofreu uma redução. Por outro lado, a espécie que perde os elétrons, sofre oxidação, tendo o seu Nox aumentado.
Portanto, ao realizar o balanceamento de equações que representam as reações de oxirredução, pretendemos igualar o número de elétrons que foram perdidos e recebidos. E para tal precisamos primeiramente determinar os Nox de todos os elementos das substâncias nos reagentes e nos produtos, e, com isso descobrir quantos elétrons foram transferidos e quais espécies sofreram redução e oxidação.
Se você tem alguma dúvida sobre como determinar o Nox de um elemento na substância, leia o texto Número de Oxidação (Nox).
Agora, vejamos um exemplo para visualizar como fazer isso. Abaixo temos a reação de oxirredução entre o cobre metálico e o nitrato de hidrogênio, com produção de nitrato de cobre II, monóxido de nitrogênio e água:
Cu(s) + HNO3(aq) → Cu (NO3)2(aq) + NO(g) + H2O(l)
1º passo – Determinar o Nox: 
Cu(s) + HNO3(aq) → Cu (NO3)2(aq) + NO(g) + H2O(l)
 ↓         ↓ ↓ ↓               ↓    ↓ ↓             ↓ ↓         ↓  ↓
 0       +1,+5,-2         +2,+5,-2         +2,-2     +1,-2
Observe que o Cu teve seu Nox aumentado de zero para +2, o que significa que ele é a espécie que sofreu oxidação. Já o N é o que sofreu redução, pois o seu Nox diminuiu de +5 para +2.
Agente oxidante: HNO3;
Agente redutor: Cu(s).
2º passo - Determinar a variação do Nox (ΔNox) para verificar o número de elétrons transferidos:
Cu = ΔNox = 2 – 0 = 2
N = ΔNox = 5 – 2 = 3
Observação importante: Os valores encontrados para os ΔNox permanecem estes porque nas substâncias existem apenas um átomo de nitrogênio e de cobre. Mas, se fosse mais de dois átomos teríamos que levar isso em consideração. Por exemplo, considere a seguinte oxidação: C2O42- → CO2. Aqui, o carbono teve seu Nox aumentado de +3 para + 4, e o ?Nox daria igual a 1. Mas temos que todo carbono presente em C2O42- se oxidou, ou seja, cada átomo de carbono perdeu 1 elétron. Como em C2O42- existem 2 átomos de carbono, então, o número total de elétrons perdidos é igual a 2.
3º Passo – Inverter os valores de ΔNox pelos coeficientes das substâncias:
Visto que o ΔNox do Cu deu 2, então esse será o coeficiente da substância que contém o N, que no primeiro membro é o HNO3 e no segundo membro da equação é o NO. E visto que ΔNox do N deu 3, então esse será o coeficiente da substância que contém o Cu, que no primeiro membro é o Cu e no segundo membro da equação é o Cu(NO3)2.
Observe que, assim, o número total de elétrons perdidos é igual ao número total de elétrons recebidos:
Número de elétrons perdidos e recebidos é igual
Observação importante: Nesse caso, todas as substâncias envolvidas contêm a mesma quantidade de átomos de Cu e de N. Porém, se acontecer de essa quantidade for diferente, nós devemos escolher o membro que tiver a maior quantidade de átomos que sofrem redução e oxidação.
Aqui nós vamos escolher trabalhar com as substâncias do segundo membro, porque é o que tem maior número de substâncias. 
Fica assim, então:
Cu(s) + HNO3(aq) → 3 Cu (NO3)2(aq) + 2 NO(g) + H2O(l)
4º passo: Continuar balanceando pelo método de tentativas:
* Se no segundo membro temos 3 Cu, esse será seu coeficiente no primeiro membro. E no segundo membro temos 8 N (lembre-se de multiplicar o índice pelo coeficiente em cada substância e depois somar com o que tiver nas outras substâncias), então esse será o coeficiente de HNO3 no primeiro membro.
3 Cu(s) + 8 HNO3(aq) → 3 Cu (NO3)2(aq) + 2 NO(g) + H2O(l)
* Agora sabemos que a quantidade de átomos de H no primeiro membro é de 8, então o coeficiente de H2O no segundo membro será 4 (porque tem que multiplicar pelo índice “2”):
3 Cu(s) + 8 HNO3(aq) → 3 Cu (NO3)2(aq) + 2 NO(g) + 4 H2O(l)
Por fim, vamos verificar se o balanceamento está correto vendo se a quantidade de átomos de oxigênios é igual nos dois membros:
3 Cu(s) + 8 HNO3(aq) → 3 Cu (NO3)2(aq) + 2 NO(g) + 4 H2O(l)
O = 8 . 3 = 24            |          O = (2 . 3 . 3) + 2 + 4 = 24
Portanto, o balanceamento está correto.
A Química Orgânica é um ramo da Química que está presente em nossas vidas. Diversas moléculas orgânicas compõem o tecido de plantas, animais, alimentos além de estarem presentes em diversas reações orgânicas que fornecem, por exemplo, energia necessária para permitir nossos pensamentos. O nosso cotidiano está intimamente ligado a Química Orgânica de muitas formas, as nossas peças de roupas, por exemplo, são produtos deste ramo observamos na composição de algumas peças a presença de certas fibras naturais ou sintéticas como o poliéster e a poliamida, ou seja, na composição desses tecidos encontramos várias amidas e ésteres que são funções orgânicas.
Na Química orgânica existem diversas classes de funções orgânicas, o seu estudo nos revela diversas substâncias que fazem parte do estudo da Química Orgânica como o etanol, polímeros como o plástico, flavorizantes que são empregados em doces à base de ésteres e proteínas que contém a função amida.
 Origem da Química Orgânica
Há mais de 200 anos surgiu a expressão compostos orgânicos que designava todas as substâncias em tão conhecidas que eram oriundas de organismos vivos sendo estes animais ou vegetais. As propriedades de algumas substâncias orgânicas já eram conhecidas deste antes de Cristo, como exemplo o sabão de cinzas, o álcool obtido por fermentação e de alguns corantes extraídos da natureza. Somente em meados do século XVIII ao XIX que o ramo da Química Orgânica possuiu certo destaque, nesta época poucas substâncias orgânicas eram conhecidas no seu estado puro. Segundo Peruzzo e Canto (2003) o sueco Torbern Bergman foi o primeiro a distinguir química orgânica de inorgânica em 1780, entretanto o mérito de criar a expressão química orgânica é creditado ao sueco Jöns Jacob Berzelius no seu livro datado de 1807.
As primeiras preocupações dos químicos eram a respeito de algumas substâncias orgânicas de origem animal e vegetal, tais como a urina, o sangue, gorduras, cabelo, açúcares, resinase ceras. Essas substâncias eram consideradas muito complexas pelos químicos da época por isso alguns acreditavam que apenas organismos vivos eram capazes de sintetizar substâncias orgânicas devido uma força misteriosa chamada de força total. Porém em 1828 essa teoria foi refutada pelo químico alemão Friedrich Wöhler que conseguiu sintetizar um composto orgânico a ureia a partir de uma substância inorgânica o cianeto de amônio.
O conceito moderno para Química Orgânica segundo Solomons e Fryhle (2012) afirma que este é um ramo da Química destinado ao estudo de compostos que contenham o elemento carbono. Mas existem algumas substâncias que embora contenham o elemento carbono não são consideradas orgânicas como exemplos podemos citar o monóxido de carbono CO e o dióxido de carbono CO2 estas substâncias são estudas na Química Inorgânica.
 Aplicações da Química Orgânica
A Química Orgânica está muito presente no nosso cotidiano nos alimentos que ingerimos, com exceção da água e de alguns sais minerais, em todos os outros predominam compostos orgânicos. Eles também estão nos combustíveis, nos polímeros (borracha, plásticos), nos corantes, tintas, vernizes, inseticidas e fungicidas, nos lubrificantes (óleos, graxas), nas fibras de tecidos naturais ou artificiais (seda e algodão; náilon, dacron, orlon), nas peles e couros, na indústria farmacêutica (vitaminas, medicamentos, cosméticos), nos sabões e detergentes, no papel e produtos de madeira, nos explosivos, etc. A química orgânica é fundamental para a Biologia e para a Medicina, isso porque, excluída a água, os organismos vivos são formados principalmente por compostos orgânicos, além do papel fundamental realizado pelas reações orgânicas na manutenção da vida e de inúmeros processos industriais.
Produtos naturais
A Química de Produtos Naturais é o ramo da Química Orgânica responsável pelo isolamento e caracterização de substâncias naturais produzidas através do metabolismo secundário de plantas, micro-organismos e animais marinhos. Essas substâncias obtidas da natureza está mais comumente relacionada com a Química das plantas (Fitoquímica). Estas substâncias são importantes porque muitas têm uso prático como, por exemplo, em Medicina. As plantas medicinais têm suas propriedades relacionadas aos compostos chamados princípios ativos, presentes nelas. O crescente uso de fitoterápicos justifica o estudo destas plantas.
Os produtos naturais podem ser derivados de diversas fontes naturais como plantas, micróbios e animais. Podem ser representados por um organismo inteiro como uma planta, uma parte de um organismo como as folhas ou até mesmo um extrato de um organismo como um alcaloide que pode ser isolado de um vegetal, animal ou micro-organismo. No entanto na prática o termo produto natural refere-se aos metabólitos secundários sendo pequenas moléculas produzidas por um organismo, mas não são rigorosamente necessárias para a sua sobrevivência.
Origem da Química dos produtos naturais
Os conhecimentos relativos ao poder de plantas medicinais remontam de longos anos no Brasil, por exemplo, os primeiros médicos portugueses que vieram, diante da escassez, na colônia, de remédios empregados na Europa, muito cedo foram obrigados a perceber a importância dos remédios indígenas. O uso de produtos naturais no tratamento de diversas doenças é muito antigo e universal quanto à própria medicina. O uso de plantas no alívio de diversos sintomas remonta de diversas civilizações como a de suméria e acadiana por volta do terceiro milênio a. C.
Um dos autores da antiguidade Hipócrates (cerca de 460 – 377) descreveu produtos naturais medicinais oriundos de plantas e animais conseguindo listar cerca de 400 diferentes espécies de plantas para fins medicinais. Os produtos naturais faziam parte dos antigos sistemas de medicina tradicional de diversas culturas como a chinesa e egípcia. A natureza é uma importante fonte de produtos naturais com propriedades terapêuticas que vem sendo explorada há milhares de anos.
Aplicações dos produtos naturais
As principais aplicações da Química dos produtos naturais estão no setor farmacêutico. Muitos metabólitos secundários foram isolados e tiveram os seus princípios ativos utilizados na medicina como a morfina. Existem diversos metabólitos secundários que estão presentes no nosso cotidiano como a nicotina. Além de serem utilizados na medicina a indústria cosmética também explora bastante o potencial de muitas plantas. Diversos dados demonstram o crescimento da produção e comercialização de fitoterápicos evidenciando, portanto que o ramo da Química dos Produtos Naturais assim como a Química Orgânica está muito presente e atuante no nosso cotidiano.
Quando você ouve as palavras “Química Orgânica” o que vem à sua mente?
A maioria das pessoas costuma pensar em produtos e principalmente alimentos ditos “naturais”, que são então chamados de “orgânicos”.
No entanto, o que é um produto orgânico?
No cotidiano, esse termo é usado para se referir a alimentos produzidos sem a adição de adubos químicos e de agrotóxicos. É uma expressão muito empregada pela mídia e seu uso teve início com a ideia de produzir alface e verduras sem esses aditivos químicos, para evitar produtos contaminados e envenenamento.
Com o tempo, porém, essa prática se estendeu a outros produtos, como legumes, frutas, café, vinho, etc. Existem até mesmo produtos orgânicos industrializados.
O preço desses produtos costuma ser maior, mas as vantagens estão no melhor sabor e no fato de serem alimentos mais saudáveis.
A produção desses alimentos é pouca em comparação a daqueles que são feitos com o uso de aditivos químicos. No entanto, esse ramo tem crescido muito no Brasil e esse tipo de alimento já é considerado oficialmente como uma categoria de produto específico, à parte do convencional, com regulamentos para a sua produção, certificação e comercialização.
No entanto, apesar de esse termo já estar bem fixado na linguagem do dia a dia, se formos entender o que é química orgânica, veremos que as expressões “produtos orgânicos”, “hortaliças orgânicas”, “legumes orgânicos”, etc. têm, sem dúvida, um emprego “forçado”. Pois a química orgânica é o estudo dos compostos do elemento carbono com propriedades características. 
Assim, todo e qualquer alimento, qualquer que seja seu método de produção, é formado, fundamentalmente, por substâncias orgânicas. Os compostos orgânicos estão presentes em todos os seres vivos.
Por exemplo, a glicose é um carboidrato que é produzido nas plantas clorofiladas em um processo denominado fotossíntese. Essa substância é um composto orgânico de fórmula molecular C6H12O6.
Alimentos como arroz, batata, macarrão e farinha são ricos em carboidratos; os óleos vegetais, manteiga e gordura animal possuem lipídios; e a carne, queijo, ovos, presunto e grãos (soja, grão de bico, lentilha, feijão e ervilha) são fontes de proteínas.
A massa do nosso organismo é constituída de 60% de compostos orgânicos, na forma de lipídios, carboidratos e proteínas.
Além disso, todas as substâncias são químicas, pois a Química estuda a matéria, que é tudo aquilo que ocupa um lugar no espaço. 
Entretanto, na linguagem comum, um aditivo químico é aquele que foi sintetizado em laboratório.
O uso desses termos errados no cotidiano faz com que haja um preconceito referente ao estudo dessa ciência, pois muitos acham que ela só se baseia em produtos feitos em laboratório que podem gerar efeitos nocivos para o meio ambiente e para a saúde pública; quando na verdade o objetivo real da Química é trazer qualidade de vida.
Por isso, é extremamente importante estudar a Química Orgânica, pois, conforme mostrado neste texto, ela é essencial não somente em relação aos alimentos, mas também para o entendimento da natureza, das propriedades da maioria dos produtos de uso diário (como os remédios e os plásticos), dos artigos corriqueiros dos jornais e para formarmos a nossa própria opinião sobre esses assuntos de interesse global. Enfim, ela faz parte de nossa cultura, de nossodia a dia, e está presente até mesmo no funcionamento de nosso corpo.
As substâncias orgânicas são aquelas que são formadas pelo elemento carbono. Atualmente, são conhecidos mais de 19 milhões de compostos orgânicos e por isso existe um ramo da Química destinado apenas para o estudo desses compostos, a Química Orgânica.
Antigamente se pensava que todas as substâncias orgânicas eram naturais, ou seja, que só podiam ser produzidas dentro dos organismos vivos, como os vegetais e os animais. A ureia (CO(NH2)2(s)), por exemplo, é um composto orgânico produzido no fígado dos animais e dos humanos, sendo posteriormente filtrada pelos rins e eliminada na urina e no suor.
Assim, acreditava-se que esse composto orgânico nunca poderia ser sintetizado. Mas isso mudou em 1828, quando o cientista Friedrich Wöhler (1800-1882), através de um experimento, reagiu dois compostos inorgânicos, o cianeto de prata (AgCN(s)) e o cloreto de  amônio (NH4Cl(s)), originando a ureia.
Friedrich Wöhler (1800-1882) demonstrou que substâncias orgânicas naturais podem ser sintetizadas em laboraório
Desse modo, ficou comprovado que existem substâncias orgânicas que podem ser sim sintetizadas em laboratório. Por exemplo, o polietileno, o teflon e a fórmica são compostos orgânicos que formam polímeros sintéticos (plásticos), mas não são substâncias naturais orgânicas, pois são produzidos em laboratório e não são biodegradáveis (não são degradados pelos micro-organismos).
As substâncias naturais orgânicas são, então, aquelas produzidas pelos seres vivos (animais ou vegetais), sendo denominadas de biomoléculas.
Essas substâncias estão presentes em uma diversidade muito grande de lugares e seria impossível enumerarmos todas aqui. Os compostos orgânicos naturais estão presentes em todos os alimentos que ingerimos, nos combustíveis derivados do petróleo, como a gasolina e o óleo diesel, além do próprio corpo humano, que é formado por mais de 60% em massa de compostos orgânicos.
Mas vamos falar um pouco sobre o que chamamos de polímeros naturais, isto é, macromoléculas orgânicas naturais muito importantes para a manutenção da vida. Veja alguns exemplos:
* Carboidratos: a glicose é um exemplo de carboidrato (ou hidrato de carbono) que se liga para formar celulose e amido , que são polímeros de condensação naturais.
A glicose é uma substância orgânica natural produzida pelos vegetais por meio da reação de fotossíntese mostrada a seguir:
6 CO2(g) + 6 H2O(l) + luz solar → C6H12O6(aq) + 6 O2(g)
gás carbônico + água + luz solar → glicose + gás oxigênio
O interessante é que os vegetais produzem substâncias naturais orgânicas a partir de substâncias naturais inorgânicas (água e gás carbônico).
A celulose formada a partir da glicose constitui a parede celular de praticamente todas as plantas. Nós ingerimos a celulose principalmente através de folhas verdes, o que estimula a salivação, a produção de suco gástrico e regulariza o funcionamento de nosso intestino.
A glicose também pode ser armazenada na forma de amido em diferentes órgãos vegetais, estando presente nos grãos das sementes (cereais), tais como arroz, milho, aveia, trigo, cevada e centeio, e nas raízes das plantas, como batata e mandioca.
O amido e a celulose são exemplos de carboidratos que são polímeros naturais
O açúcar comum (sacarose), que também é um exemplo de carboidrato, é uma substância orgânica natural encontrada em diversas plantas, principalmente na beterraba e na cana-de-açúcar.
A sacarose é o açúcar comum, um composto orgânico natural
* Lipídios: Os mais importantes são os óleos (de palma, algodão, oliva, soja, abacate, amendoim, milho etc.) e as gorduras vegetais e animais (manteiga de leite, banha suína, sebo de vaca etc.) que são produzidos a partir de ácidos graxos e glicerol (glicerina), sendo que estes também são substâncias naturais orgânicas.
Os óleos e as gorduras são lipídios
Os esteroides naturais são uma classe especial de lipídios. Um exemplo é o colesterol que está presente principalmente no ovo, carnes vermelhas, nata e manteiga. Ele pode ser sintetizado por todas as células do corpo humano, mas principalmente pelo fígado e intestino. Ele participa da formação dos hormônios sexuais masculino (testosterona) e feminino (estradiol) – que também são esteroides naturais –, da síntese da membrana celular e da produção de vitamina D.
O colesterol é um esteroide natural encontrado nos ovos e no bacon
* Proteínas: São formadas pela união de moléculas de aminoácidos e estão presentes em leguminosas, como feijão, lentilha e soja, laticínios, peixes, ovos e carnes.
Fontes de proteínas na alimentação
No organismo humano as proteínas são usadas para a formação de tecidos e músculos, estão presentes no cabelo e na pele, além de funcionarem como catalisadores de reações do organismo (enzimas) e reguladoras do metabolismo (hormônios).
Existem inúmeros aminoácidos na natureza, mas apenas vinte estão presentes nas proteínas. O nosso organismo sintetiza alguns deles, mas nove desses aminoácidos nós não produzimos e, por isso, eles são chamados de aminoácidos essenciais, que são: fenilalanina, histidina, isoleucina, leucina, lisina, metionina, treonina, triptofano e valina.
o campo da química são conhecidos como elementos sintéticos aqueles que são produzidos artificialmente, ou seja, pela mão do homem. São geralmente instáveis, ou seja, eles se transformam em outros elementos de modo espontâneo a partir de um certo tempo, até mesmo poucos segundos ou ainda menos depois de obtidos. São todos sintetizados em laboratório ​​e radioativos na natureza, o que significa que eles emitem radiação (propagam a energia de que são constituídos). A partir do século XX, os últimos elementos naturais foram descobertos e então vários materiais sintéticos foram sendo desenvolvidos, e muitos deles já têm suas propriedades determinadas, nome próprio e até mesmo utilização garantida na indústria.
Existem atualmente 118 elementos na tabela periódica, entre os quais 92 são naturais e os restantes são sintéticos. O primeiro sintético descoberto foi o tecnécio (número atômico 43), que, devido às suas características, preencheu uma misteriosa lacuna na tabela periódica entre os elementos molibdênio (número atômico 42) e rutênio (número atômico 44).
Além do tecnécio, o promécio (61), o astato (85), o frâncio (87) e o grupo transurânico são produtos de experiências, não ocorrem na natureza, e são, portanto, sintéticos. Elementos transurânicos são aqueles cujo número atômico é maior do que o urânio, de número atômico 92.
A sintetização desses materiais se dá de duas maneiras. Os elementos de número atômico até o 100 (férmio) são criados a partir do bombardeamento de um elemento pesado, como o urânio ou plutônio, com nêutrons ou partículas alfa. A síntese dos materiais a partir do mendelevium (número atômico 101) é realizado a partir da fusão de núcleos de dois outros elementos mais leves.
A IUPAC (União Internacional de Química Pura e Aplicada) é a responsável pela denominação das novas descobertas. Enquanto alguns são nomeados a partir do lugar onde foram descobertos (exemplo de amerício e califórnio), outros devem seus nomes ao cientista que os descobriu (exemplo de einstênio, cúrio, mendelévio, etc). Para nomear qualquer partícula, sua existência deve ser comprovada por seu descobridor. Até isso acontecer, eles são referidos por nomes provisórios, até que sejam nomeados oficialmente. Os elementos de ununbium para ununoctium ainda aguardam pelos seus nomes oficiais e, portanto, são conhecidos por nomes provisórios em latim (a exemplo de ununtrium, ununpentium, ununseptium, ununoctium, que nada mais são que o equivalente em latim a 111, 115, 117 e 118).
A 2 de junho de 2012 foi divulgada a notícia de que a União Internacional de Química Pura e Aplicada aprovou oficialmente o nome dos dois novos elementos sintéticos que estão localizados no número 114 e 116 da tabela. Estes dois possuíam nomes temporários, ununquadium e ununhexium, respectivamente.
Com o passardos anos, a humanidade começou a modificar algumas das substâncias orgânicas e inorgânicas encontradas na natureza e, a partir delas, obteve outras, que por serem produzidas artificialmente, foram chamadas de substâncias sintéticas.
Exemplos de materiais sintéticos:
1. A sacarina e o ciclamato. Esses materiais não são absorvidos pelas células de nosso organismo e, por isso, são muito utilizados por pessoas que fazem regime alimentar ou são portadoras da doença chamada diabetes;
2. Os plásticos são empregados na fabricação de uma variedade muito grande de objetos. São considerados o material industrial do século XX;
3. O acrílico é uma substância sintética transparente e muito resistente a choques e pressão. Às vezes, ela substitui o vidro, é de fácil utilização e pode ser moldada e corada. Com esse material, fabricamos objetos de cores e formas variadas, obtendo-se com freqüência um efeito estético bastante interessante.
4. Os detergentes utilizados para dissolver gorduras e removê-las constituem outra invenção, por isso, são largamente empregados nas atividades de limpeza industrial ou doméstica, como lavagem de pisos, tapetes, louças, roupas, etc.;
5. A natureza fornece-nos as borrachas naturais, ou seja, orgânicas. Os seres humanos, então, criaram a borracha sintética, que, com propriedades semelhantes e custo mais baixo que a encontrada na natureza, pode substituí-la na maioria de seus usos;
6. Os hidrocarbonetos sintéticos: polialfaolefinas (PAO) e os óleos hidrocraqueados destacam-se hoje por sua importância. Esses óleos são fabricados a partir de óleos minerais, porém passam por um processo de síntese que elimina os radicais livres e impurezas, deixando-os assim mais estáveis à oxidação;
7. Infelizmente os materiais sintéticos foram elaborados não só para beneficiar, mas também para prejudicar o homem. As drogas sintéticas são exemplos de mau uso dessa tecnologia. O ecstasy, denominado farmacologicamente como metileno-dimetoxi- metanfetamina e abreviado por MDMA, é uma substância fortemente psicoativa. Seu princípio ativo estimula a produção de serotonina no cérebro, substância responsável pela sensação de prazer. O grande problema é que boa parte dos consumidores não sabem exatamente o que está contido nos comprimidos distribuídos nas pistas de dança. O que o comprador acredita ser um ecstasy (o sintético MDMA), pode muitas vezes ser um coquetel químico, cujos efeitos são imprevisíveis, por isso, a intensidade e a duração do efeito de um ecstasy podem variar extremamente.
A enorme quantidade de elementos químicos presentes na Tabela Periódica traz uma dúvida: será mesmo que podemos encontrar todos eles ao nosso redor? A resposta a essa pergunta é não, sabe por quê? Alguns dos elementos são produzidos artificialmente em laboratórios, é o que chamamos de síntese.
Elementos naturais: São os elementos químicos encontrados na natureza.
Elementos sintéticos: São os elementos químicos cujos átomos são produzidos artificialmente.
Atualmente são conhecidos 114 elementos, mas somente 92 deles são encontrados na natureza, sendo que 22 são sintéticos e podem se classificar em duas categorias:
Cisurânicos: elementos sintetizados que possuem número atômico inferior a 92, por exemplo: Tecnécio (Tc), Frâncio (Fr), Astato (At).
Transurânicos: elementos sintéticos com número atômico superior a 92, somam 22 elementos na tabela.
Independente de o elemento químico ser natural ou artificial, para representá-lo se utiliza um símbolo, os alquimistas já adotavam esta prática há muitos anos atrás. Nessa época, o ouro era identificado pelo símbolo do Sol e a prata pelo símbolo da Lua.
Atualmente, os símbolos são adotados de acordo com critérios internacionais, sendo que os que representam os elementos da Tabela Periódica são reconhecidos em qualquer língua ou alfabeto, ou seja, o símbolo é o mesmo em qualquer país.
Veja o critério adotado para a escolha da simbologia:
O símbolo é a letra inicial maiúscula do nome latino do elemento, seguida, se necessário, de uma segunda letra minúscula, por exemplo: o Bromo é representado por Br porque já existia outro elemento com símbolo B, que é o Boro.
Também chamados de hidrocarbonetos etilênicos ou olefinas, os alcenos são compostos constituídos exclusivamente por carbono e hidrogênio e possuem fórmula geral CnH 2n, cujo primeiro membro é o eteno (C2H4).
Alcenos são hidrocarbonetos de cadeia carbônica acíclica (alifática), insaturados com uma única dupla ligação e homogêneo.
H2C = CH2      - eteno ou etileno
Os alcenos se apresentam na natureza da seguinte forma: os de cadeia normal de dois a quatro carbonos são gases, de cinco a dezesseis carbonos são líquidos e de dezessete carbonos em diante são sólidos, na temperatura ambiente.
Ao contrário dos alcanos, os alcenos são muito raros na natureza. Os gasosos constituem pequena quantidade dos gases naturais e do petróleo, como é o caso do eteno que é extraído do cracking de petróleo. Muitos alcenos então, são preparados em laboratório.
O mais simples dos alcenos é o eteno (ou etileno), este se apresenta como um gás incolor e insolúvel na água. Quando em reação com cloro ou bromo, esse gás tem a propriedade de formar líquidos oleosos, por isso recebeu o nome de gás oléfiant (gás gerador de óleo). Daí a denominação olefinas, que é empregada para todos os alcenos.
Mas para que servem os alcenos?
Você já se perguntou de que são feito os plásticos, tão usados em nosso dia-a-dia? Borracha sintética, corantes, tecidos sintéticos e até mesmo explosivos são obtidos através de alcenos.
O eteno costuma ser utilizado como anestésico em intervenções cirúrgicas e no amadurecimento forçado de frutas verdes (estas tomam a cor natural das frutas maduras quando em contato com o gás) e ainda na preparação de polietileno, que é um dos plásticos mais importantes na indústria, usado na confecção de sacos e garrafas plásticas, brinquedos, etc.
Alcenos, alquenos ou olefinas são hidrocarbonetos que possuem cadeia aberta e ligações duplas C=C (ligação π). A presença da ligação dupla nos alcenos cíclicos e acíclicos lhes confere características químicas bem diferentes dos alcanos, tornando-os mais reativos.
O termo olefina significa oleoso, pois os alcenos, ao reagirem com halogênios, geram compostos de aspecto gorduroso, do latim oleum = óleo + affinis = afinidade.
Quimicamente falando, os alcenos são apolares e insolúveis em água. Em geral, os de cadeia normal de dois a quatro carbonos são gases, de cinco a dezesseis carbonos são líquidos e de dezessete carbonos em diante são sólidos, na temperatura ambiente.
Enquanto os alcanos são muito comuns na natureza, os alcenos em geral são sintéticos. Apenas alguns são possíveis de se obter a partir do craqueamento do petróleo, como é o caso do eteno. Industrialmente é possível obter alcenos através da pirólise de alcanos.
Eteno.
Grupo Funcional: C, H.
Nomenclatura: regra geral IUPAC + terminação -ENO
Fórmula Geral: CnH2n
Nomenclatura dos alcenos
Na nomenclatura dos alcenos, é importante que a contagem da cadeia principal comece na extremidade mais próxima da dupla ligação. A posição da dupla deve vir antes do infixo que indica o tipo de ligação. Em alcenos com mais de uma ligação dupla, é importante utilizar a menor numeração para as insaturações, para evitar ambiguidade entre estruturas.
Exemplos:
	
	But-2-eno
	
	Hex-2,4-dieno
	
	5-metil-hex-2-eno
	
	ciclopenteno
É muito frequente que alcenos apresentem isomeria geométrica (cis-trans) devido a possibilidade de se traçar um plano de simetria sobre a ligação dupla da molécula. Essa propriedade amplia os possíveis campos de utilização dessa classe de compostos.
Alguns alcenos importantes:
Eteno ou etileno
O etileno é utilizado comercialmente e industrialmente para diversos fins, dentre eles:
Anestésico: o etileno é um anestésico moderado.
Amadurecimento de frutas: é utilizado para o amadurecimento artificial de frutas após colheita. É mais fácil colheras frutas verdes para transporte e adicionar o etileno nos depósitos para amadurecê-las artificialmente.
Matéria prima para polímeros: o etileno é uma importante matéria prima na fabricação de polímeros e plásticos como o polietileno e o policloreto de vinila (PVC).
Obtenção de álcool: em países com pouco espaço para agricultura, o etileno é utilizado como matéria prima na fabricação de álcool etílico (etanol).
Propeno ou propileno
Propeno.
O propileno é a maior matéria-prima da indústria petroquímica, sendo utilizado em larga escala na indústria de polímeros. Seus usos incluem:
Obtenção do polipropileno: um polímero muito usado nas indústrias têxteis e na produção de utensílios domésticos, dentre outras aplicações.
Combustível industrial: devido a sua chama ser mais quente que o propano, ele é mais utilizado como combustível.
Produção de ácido acrílico: processo realizado a partir da oxidação parcial catalítica do propileno.
Radicais dos Alcenos
Os radicais dos Alcenos são formados pela presença de um ou mais elétrons livres. Recebem a terminação -enil no lugar de –eno. Exemplos:
	Número de carbonos
	Prefixo
	Molécula
	Radical
	Nomenclatura
	2
	Et
	C2H4
	C2H3
	Etenil ou vinil
	3
	Prop
	C3H6
	C3H5
	Propenil ou alil
	4
	But
	C4H8
	C4H7
	Butenil
	5
	Pent
	C5H10
	C5H9
	Pentenil
Os álcoois são substâncias que possuem o grupo hidroxila (OH) ligado a um átomo de carbono saturado. Portanto, o seu grupo funcional é:
OH
|
— C —
|
Observe que o carbono ao qual a hidroxila está ligada tem que ser saturado, ou seja, realizar apenas ligações simples com outros átomos de carbono ou hidrogênio, pois se tal carbono apresentar uma dupla ligação com outro carbono, então não teremos um álcool, mas sim um enol. Além disso, se a hidroxila estiver ligada a um anel aromático, teremos um fenol.
Compostos que não são álcoois, mas sim um enol e fenol
A classificação dos álcoois pode considerar dois critérios principais:
Quantidade de hidroxilas ligadas à cadeia carbônica:
* 1 OH: Monoálcool ou monol;
          OH
            |
H3C — CH2 — CH3
* 2 OH: Diálcool, diol ou glicol;
           OH
            |
H3C — CH2 — CH2— CH2 — CH2 — OH
* 3 OH: Triálcool ou triol;
          OH
            |
HO — CH2 — CH2 — OH
* Alcoóis com mais de uma hidroxila: Poliálcoois ou poliois.
Tipo de carbono ligado à hidroxila:
* Carbono primário (ligado a apenas um átomo de carbono): Álcool primário
         OH
          |
H3C — CH3
* Carbono secundário (ligado a dois átomos de carbono): Álcool secundário
           OH
            |
H3C — CH2— CH2 — CH2 — CH3
* Carbono terciário (ligado a três átomos de carbono): Álcool terciário
 
           OH
            |
H3C — CH — CH2 — CH3
             |
            CH3
Lembrando-se de que os álcoois não podem apresentar mais de uma hidroxila ligada a um mesmo átomo de carbono.
A nomenclatura dos álcoois, segundo a IUPAC, é feita basicamente seguindo a regra abaixo:
Regras de nomenclatura dos álcoois
A cadeia principal é sempre a que possui a hidroxila. Se houver insaturação (ligações duplas ou triplas entre carbonos), ramificações ou mais de uma possibilidade para a localização da hidroxila, é necessário colocar o número do carbono onde estão localizadas.
Exemplos: 
Nomenclatura oficial de alguns álcoois
O álcool mais simples é o metanol (H3C — OH), conhecido também como álcool metílico, que pode ser obtido através da destilação da madeira. Ele já foi usado como combustível, mas é muito perigoso, visto que é inflamável e sua chama é invisível a olho nu, o que dificulta o controle de incêndios. É também tóxico, podendo levar à cegueira e à morte.
O etanol (H3C — CH2 — OH) é o principal álcool, sendo usado como combustível obtido principalmente por fermentação de açúcares e cereais, da cana-de-açúcar, de beterraba, milho, arroz etc. Outros usos do etanol são em antissépticos, como solvente de tintas, vernizes, perfumes, como matéria-prima na obtenção de vários compostos orgânicos, como acetaldeído, ácido acético e éter comum; e em bebidas alcoólicas.
O etanol (álcool comum) é usado como antisséptico e em bebidas alcoólicas
Os Alcoóis são compostos que se caracterizam pela presença do grupo OH (Hidroxila) ligado à cadeia saturada de carbonos. 
Existem muitas maneiras de classificar os alcoóis, uma delas é através do número de Hidroxilas ligadas: 
Monoálcool: apresenta apenas uma Hidroxila (OH) na molécula. 
1 - Propanol 
Diálcool: se caracteriza pela presença de duas Hidroxilas. 
1,2 - Propanol 
Poliálcool: classificação dada aos alcoóis que possuem mais de dois grupos OH ligados à cadeia carbônica. 
Glicerol: tri-álcool com três carbonos. 
Os monoálcoois podem ainda ser classificados de acordo com a posição que ocupam na cadeia carbônica. 
Álcool primário: classificação dada ao álcool cuja hidroxila está ligada a carbono primário. 
Etanol 
Repare que o grupo OH está ligado à extremidade da cadeia. 
Álcool secundário: a hidroxila localiza-se entre dois carbonos. 
2 – Propanol 
O carbono ligado a OH é secundário, temos então um álcool secundário. 
Álcool terciário: quando o grupo Hidroxila se liga a carbono terciário dá origem a este tipo de álcool. 
2 – metilpropanol
Os álcoois (função álcool) são compostos que apresentam como grupo funcional a hidroxila (‒OH), ligados a carbonos saturados, em sua estrutura. Podem possuir insaturações, cadeias cíclicas e ramificações. Em geral são solúveis em água e até onze carbonos são líquidos.
Os álcoois podem ser considerados ácidos fracos pois, como o oxigênio é muito eletronegativo, atrai os elétrons da ligação para si e deixa o hidrogênio com caráter ácido. Isto faz com que os álcoois sejam capazes de realizar diversas reações.
Fórmula geral dos álcoois: R‒OH
Os álcoois podem ser classificados de acordo com o número de grupos hidroxilas presentes na estrutura:
Uma hidroxila: monoálcool
Duas hidroxilas: diálcool
Mais de três hidroxilas: poliálcool
Exemplos:
	Monoálcool
	Diálcool
	
	
	Triálcool
	
Uma outra forma de classificar os álcoois, é de acordo com o tipo de carbono ligado à hidroxila:
Carbono primário: álcool primário
Carbono secundário: álcool secundário
Carbono terciário: álcool terciário
Exemplos:
	Álcool primário
	Álcool secundário
	
	
	Álcool terciário
	
Nomenclatura dos álcoois
Prefixo + tipo de ligação + OL
Como nos álcoois há a presença de um grupo funcional, a contagem da cadeia principal deve iniciar na extremidade mais próxima da hidroxila.
Etanol
Em estruturas que possuem mais de um grupo hidroxila, a contagem deve ser a que proporciona a menor numeração para estes grupos e, deve-se usar, os prefixos di, tri, tetra para designar a quantidade de hidroxilas.
Hexan-1,4-diol
Em cadeias ramificadas, valem as regras na IUPAC, sendo a contagem da cadeia principal a que contenha a ramificação na menor numeração a partir da hidroxila.
4-metil-hexan-2-ol
Em álcoois insaturados, em seus nomes devem constar as posições do grupo funcional, das insaturações e das ramificações, sendo esta a ordem de prioridade.
2-metil-pent-3-enol
No caso dos monoálcoois, há a possibilidade de utilizar uma nomenclatura usual, na qual o radical ligado ao grupo hidroxila é nomeado seguindo os prefixos e utilizando a terminação ÍLICO.
	Álcool etílico
	
	Álcool butílico
	
	Álcool isopropílico
	
Alguns álcoois importantes
Álcool metílico (metanol)
O metanol (CH3OH) é um líquido inflamável de chama invisível, muito utilizado na fórmula Indy. Devido a característica de sua chama, as equipes de trabalho na área recebem treinamento especial para evitar acidentes. Seu manuseio exige cuidados especiais e cautela ao contato com a pele, pois o metanol causa irritação às membranas das mucosas, tendo efeito mais agressivo no sistema nervoso.
Álcool etílico (etanol)
O etanol (C2H5OH) é muito usado como combustível, principalmente em países maistropicais, devido a sua baixa temperatura de operação e sua queima limpa em comparação à gasolina e ao óleo diesel, pois não libera compostos de enxofre na atmosfera. No Brasil, é obtido pela fermentação principalmente da cana-de açúcar, mas pode ser obtido de diversas outras fontes.
Colesterol
O colesterol (C27H45OH) é um esteroide que compõe as membranas celulares de todos os mamíferos, sendo transportado pelo plasma sanguíneo. É um álcool policíclico de cadeia longa, insolúvel em água e no sangue, e por esta razão, ao ser transportado, se liga a proteínas hidrossolúveis.
Os álcoois são compostos orgânicos caracterizados pelo grupo hidroxila (OH) ligado a um carbono saturado (que realiza somente ligações simples) de uma cadeia carbônica. O grupo funcional dos álcoois costuma ser representado por R ? OH, em que “R” representa um grupo alquila.
Se a hidroxila estiver ligada a um carbono insaturado (que está realizando uma dupla ligação), na verdade, não será um composto orgânico pertencente à função dos álcoois, mas sim à função dos enóis. E se a hidroxila estiver ligada diretamente a um carbono do anel benzênico, então teremos um fenol.
A nomenclatura dos álcoois segue a mesma regra de nomenclatura dos alcanos, com a única diferença de que o sufixo é ol. Por exemplo, o álcool etílico possui dois átomos de carbono na cadeia (et), assim, seu nome oficial é etanol. Mais detalhes podem ser vistos no texto Nomenclatura dos álcoois.
A classificação dos álcoois mais realizada é de acordo com o tipo de carbono ao qual a hidroxila está ligada. Se o carbono for primário, ou seja, se ele estiver ligado somente a mais um átomo de carbono, então o álcool será classificado como primário. Se a hidroxila estiver ligada a um carbono secundário (que está ligado a dois átomos de carbono), o álcool será secundário. E se a hidroxila estiver ligada a um carbono terciário (que está ligado a três átomos de carbono), o álcool será terciário.
Classificação dos álcoois em primário, secundário e terciário
Outra forma de classificar os álcoois é de acordo com a quantidade de hidroxilas ligadas à cadeia: uma hidroxila, monoálcool; duas ou mais hidroxilas, poliálcool. O etanol é um monoálcool, enquanto a glicerina (ou glicerol, cujo nome oficial é propanotriol) é um poliálcool, mais especificadamente um triálcool ou triol.
OH    OH   OH
?     ?     ?
H2C ? CH2 ? CH2
Glicerina
Os dois monoálcoois mais comuns e de importância comercial são também os de estrutura mais simples, o metanol e o etanol.
O metanol foi por muito tempo obtido por meio da destilação da madeira e por isso é conhecido como álcool de madeira. Ele já foi usado como combustível em motores a explosão quando o etanol estava em falta. Mas esse uso foi abandonado porque ele é tóxico e corrosivo, além de ter uma chama transparente quando entra em combustão, tornando muito difícil o controle de casos de incêndio com ele. Hoje as suas principais utilizações são na síntese de formaldeído (formol) e como solvente de tintas e vernizes. Leia mais detalhes no texto Metanol.
O etanol é o álcool comum, sendo chamado assim porque é o álcool mais usado. Ele pode ser usado em limpezas, desinfecção, higienização, como combustível, em laboratório, como solvente de tintas, vernizes e perfumes, na síntese de vários produtos orgânicos como acetaldeído, ácido acetoico e éter comum, além de estar presente nas bebidas alcoólicas. Veja mais sobre esses e outros álcoois no texto Principais álcoois.
O etanol é o álcool que possui mais aplicações no cotidiano
* O metanal, em solução aquosa, é o formol (ou formaldeído) usado em conservação de cadáveres e peças anatômicas;
* O etanal (acetaldeído ou aldeído acético) é usado na síntese de compostos orgânicos, como no preparo de etanol, de ácido acético e do cloral (que é usado como hipnótico e que leva à formação do clorofórmio, que é um anestésico, e do inseticida DDT); na redução de sais de prata na fabricação de espelhos (reativo de Tollens) e na obtenção de resinas;
* A vanilina (3-metóxi-4-hidroxibenzenocarbaldeído), extraída da orquídea Vanilla planifólia, é o composto ativo da essência de baunilha;
* O cinamaldeído confere o sabor e o odor característicos da canela.
Esses exemplos mencionados, apesar de possuírem propriedades bem diferentes e serem usados em aplicações distintas, possuem algo em comum: todos eles são do grupo dos aldeídos.
Os aldeídos são todos os compostos orgânicos que possuem o grupo carbonila ligado a um hidrogênio, ou seja, esse grupo funcional sempre vem na extremidade da cadeia carbônica:
Grupo funcional dos aldeídos
“R” representa qualquer radical orgânico. Se na cadeia carbônica há apenas um grupo COH dos aldeídos, o composto é classificado como monoaldeído; mas se há dois ou mais desse grupo, então é um polialdeído.
Conforme os exemplos acima mostram, os aldeídos de menores massas molares possuem cheiro forte e irritante, mas à medida que a cadeia carbônica vai crescendo, eles passam a ter aromas agradáveis. O metanal e outros aldeídos menores são solúveis em água porque realizam ligações de hidrogênio. Todavia, as moléculas maiores vão se tornando cada vez mais insolúveis em água, mas são solúveis em solventes orgânicos como o álcool, o éter e o benzeno.
Apesar de realizarem ligações de hidrogênio com a água, graças à presença da carbonila, os aldeídos não realizam esse tipo de interação entre suas próprias moléculas. Em vez disso, elas atraem-se pela forças intermoleculares do tipo dipolo permanente.
O metanal e o etanal que possuem 1 e 2 carbonos na cadeia, respectivamente, são gases em condições ambientes. Os demais são líquidos em sua maioria, e os que possuem a massa molecular bem elevada apresentam-se no estado sólido.
A nomenclatura dos aldeídos segundo as regras oficiais estabelecidas pela IUPAC é a seguinte:
Regra de nomenclatura dos aldeídos
Exemplos:
Nomenclatura de aldeídos não ramificados
Observe que, diferentemente das demais funções orgânicas, não é preciso numerar a cadeia para indicar de onde o grupo funcional indicado pelo sufixo “al” está saindo. Isso porque, conforme dito, esse grupo funcional dos aldeídos vem somente no carbono da extremidade.
No entanto, os exemplos apresentados acima são aldeídos não ramificados, ou seja, que apresentam somente duas extremidades livres. No caso de aldeídos ramificados ou com insaturações (ligações duplas ou triplas) na cadeia carbônica, é necessário sim escolher a cadeia principal e numerar os carbonos.
A cadeia principal será aquela que conter o grupo funcional, as insaturações e a maior quantidade de átomos de carbono. Se houver algum empate, será escolhida a cadeia que tiver mais ramificações. A numeração dos carbonos inicia do carbono do grupo funcional:
Veja alguns exemplos:
Nomenclatura de aldeídos segundo as regras da IUPAC
A nomenclatura usual é feita escrevendo-se a palavra “aldeído” seguida do nome usual do ácido carboxílico correspondente. Mas ela só é utilizada para aldeídos de cadeia normal (não ramificada) e saturada (que possui somente ligações simples entre carbonos.
Exemplos:
Nomenclatura usual de aldeídos de cadeia normal e saturada
Os aldeídos são compostos que apresentam o grupamento carbonila (C=O) na extremidade da cadeia, ou seja, o carbono da carbonila é primário. O odor dos aldeídos que têm baixo peso molecular é irritante, porém, à medida que o número de carbonos aumenta, torna-se mais agradável. Se apresentam sob a forma gasosa, líquida ou sólida e os aldeídos de cadeias pequenas são solúveis em água devido as ligações hidrogênio que fazem, ganhando apolaridade conforme a cadeia de carbonos aumenta. Um fato interessante sobre os aldeídos é que as suas moléculas não realizam ligação hidrogênio entre si, atraindo-se por forças de dipolo permanente.
Carbonila, o grupo funcional dos aldeídos.
Devido a hibridização do carbono vicinal ser sp2, essa ligação tem caráter polar – o carbono está com caráter positivo: eletrofílico – que é responsável pela grande reatividadedesta classe de compostos. Em geral, devido ao tamanho do grupo hidrogênio frente ao grupo alquila, o maior espaço torna mais fácil atacar carbonila de aldeídos e, em reações de adição nucleofílica, os aldeídos reagem mais rapidamente que as cetonas. O formaldeído por possuir hidrogênio dos dois lados é o aldeído mais reativo de todos.
Os aldeídos com pelo menos um hidrogênio α (hidrogênio ligado no carbono vizinho ao grupo carbonila) encontram-se em um equilíbrio dinâmico com um isômero denominado enol. Esse equilíbrio é conhecido como tautomeria aldo-enólica.
Nomenclatura dos aldeídos
Prefixo + tipo de ligação + AL
Como o grupo funcional dos aldeídos sempre está na ponta da cadeia, para nomear basta iniciar a contagem pelo carbono na extremidade do grupo funcional.
	
	Butanal
	
	4-etil-hexanal
Os quatro aldeídos mais simples apresentam nomes usuais formados pelos prefixos: form, acet, propion, butir, seguidos da palavra aldeído.
	Metanal (Formaldeído)
	Etanal (Acetaldeído)
	
	
	 Propanal (Propionaldeído)
	 Butanal (Butiraldeído)
	
	
Se por ventura houverem dois grupos funcionais na cadeia (um em cada extremidade), este aldeído receberá o infixo di, como abaixo:
	Pentanodial
	
Na nomenclatura usual, podemos usar a palavra ‘aldeído’ seguida do nome usual do ácido carboxílico correspondente. Note que este tipo de nomenclatura só é válida para aldeídos de cadeia normal e saturada, pois não há a possibilidade de indicar ramificações e insaturações nela.
	Aldeído fórmico
	Aldeído propiônico
	
	
Os aldeídos podem ser obtidos através da hidratação de alcinos, pela ozonólise de alcenos ou pela oxidação de álcoois.
Alguns aldeídos importantes
Metanal: é um gás incolor extremamente irritante para as mucosas que, quando dissolvido em água, forma uma solução que tem a propriedade de desnaturar as proteínas, o que as torna resistentes a ação de bactérias e permite a conservação de tecidos vivos para estudo em medicina e veterinária e também em processos de embalsamamento. Também é usado como desinfetante e na indústria de plásticos e resinas. A solução de formol possui concentração de no máximo 40% em massa.
Etanal: é um gás de cheiro forte e solubilidade em água. É usado como matéria-prima na indústria de medicamentos e pesticidas, sendo também utilizado na fabricação de espelhos. O etanal é capaz de reduzir os sais de prata através de reação e os fixa no espelho para reflexão da imagem.
Vanilina: é um aldeído fenólico de coloração branca e odor característico de baunilha. É extraída naturalmente da vagem da baunilha, mas sua forma sintética também é industrialmente usada como um agente aromatizante em alimentos, bebidas e produtos farmacêuticos.
Os aldeídos são um grupo de compostos orgânicos caracterizados pela presença do grupo carbonila (C = O) em um carbono primário da cadeia, ou seja, esse grupo sempre vem em uma extremidade:
A nomenclatura desses compostos segue as regras estabelecidas pela IUPAC para a nomenclatura dos compostos orgânicos com a terminação “al”, que indica o grupo funcional:
Nomenclatura oficial dos aldeídos
Não é necessário numerar de onde está saindo o grupo funcional, pois conforme já foi explicado, ele vem somente na extremidade da cadeia. Se a carbonila ocorresse em outro carbono, seria uma cetona, e não um aldeído.
Exemplos:
H2C = O: met + an + al = Metanal
H3C — HC = O: et + an + al = etanal
H3C — CH — CH2 —HC = O: prop + an + al = propanal
O — CH — CH2 — HC = O: propandial (temos aqui dois grupos aldeídos, em que o sufixo que se usa é o “dial”).
H3C4 — CH3 = CH2 — HC1 = O: but-2-enal (note que a numeração colocada para indicar a localização da insaturação [dupla ligação] foi a menor possível).
?
Os aldeídos mais simples como o metanal e o etanal possuem cheiro bem forte e irritante, enquanto os de massas molares maiores possuem aromas agradáveis, tanto que muitos deles são responsáveis pelo odor e sabor de vários vegetais. Por exemplo, o cheiro e sabor característicos da canela devem-se ao aldeído cinâmico ou cinamaldeído, e a vanilina (4-hidróxi-3-metoxibenzaldeído) extraída da orquídea Vanilla planifólia é o principal compenente da essência ou aroma de baunilha:
O aldeído cinâmico da canela e vanilina da baunilha
O mais simples dos aldeídos, o metanal, é também o de maior diversidade de uso. Ele é conhecido também como formol e, em condições ambientes, é um gás incolor cujo ponto de ebulição é -21 ºC, de cheiro característico e irritante. Em solução aquosa de 40% em massa, ele é usado para a conservação de cadáveres.
Também pode ser usado em alguns cosméticos, como endurecedor de unha, com a porcentagem máxima de 5%, e em cosméticos capilares, com o limite máximo de 2%, como conservante, pois impede a proliferação de micro-organismos.
Infelizmente, porém, ele também tem sido muito utilizado em escovas progressivas para alisar os fios de cabelos. Mas esse é um uso proibido por lei, sendo considerado um crime hediondo pelo Código Penal Brasileiro. Isso porque os vapores do formol possuem um odor irritante e penetrante, sendo comprovadamente cancerígeno, além de destruir a estrutura dos fios de cabelo.
Os aldeídos são denominados de compostos carbonílicos porque apresentam o grupo carbonila C = O. Esses compostos são incolores, e os de tamanho inferior têm cheiro irritante e os de cadeia carbônica maior têm cheiro agradável, na natureza podem ser encontrados nas fases sólida, líquida ou gasosa.
Essa classe de compostos pode ser encontrada em flores e frutos. Veja a estrutura da forma mais simples de aldeído:
Principais aldeídos:
Etanal: de fórmula C2H4O, esse composto é usado como matéria-prima na indústria de pesticidas e medicamentos. É também conhecido como aldeído acético, e possui uma importante função na fabricação de espelhos: o etanal reduz os sais de prata através de reação e os fixa no espelho para reflexão da imagem.
Metanal: quem já visitou um laboratório de anatomia sabe bem do que se trata esta substância, aquele cheiro que irrita as narinas provém de uma solução de metanal (37% de metanal e 63% de água), essa solução é usada para conservar cadáveres humanos e animais para estudos posteriores. Na verdade é mais conhecida como formol e é empregada ainda na fabricação de desinfetantes (anti-sépticos) e na indústria de plásticos e resinas.
O formol (ou formaldeído) é um gás incolor em temperatura ambiente que tem a propriedade de desnaturar proteínas, essas ficam mais resistentes não sendo degradadas pela ação de bactérias, daí o porquê do formol ser aplicado como fluido de embalsamamento.
Os aldeídos são muito reativos em razão do grupo carbonila que é muito polar, este grupo polar atrai outras substâncias para formar ligações.
* Definição:
Cetona é todo composto orgânico que possui o grupo carbonila (C = O) em um carbono secundário da cadeia, ou seja, esse grupo sempre vem entre dois carbonos:
O
||
C — C — C
Grupo funcional das cetonas
* Classificação:
As cetonas podem ser classificadas de acordo com a quantidade de carbonilas. Se há apenas um grupo carbonila na cadeia, trata-se de uma monocetona; se há dois grupos, trata-se de uma dicetona; se são três grupos, trata-se de uma tricetona.
Se os dois radicais ligados ao carbono da carbonila são iguais, há uma cetona simétrica; mas se são diferentes, há uma cetona assimétrica.
Outra classificação das cetonas é em relação aos tipos de radicais ligados ao grupo carbonila. Veja:
Classificação das cetonas quanto ao tipo de radical ligado ao grupo carbonila
* Fontes e Propriedades:
As cetonas de cadeias menores, com até dez átomos de carbono, apresentam-se no estado líquido e menos densas que a água em condições ambientes. As demais são sólidas.
As cetonas líquidas são parcialmente solúveis em água, e a propanona é totalmente solúvel. Já as cetonas sólidas são insolúveis. A solubilidade das cetonas em água é maior que a dos aldeídos em razão de sua maior polaridade por causa do grupo carbonila, que estabelece

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