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Aneurisma de aorta História 1903, Rudolph Matas: Endoaneurisma obliterante; 1906, Carrel et Guthrie: anastomoses e homoenxertos vasculares Dubost em 1951 fez a 1ª correção de aneurisma de aorta abdominal (AAA) utilizando enxerto de aorta torácica de um paciente jovem 1953, Cooley et DeBakey: correção de aneurisma de aorta torácica descendente com aorta de cadáver Em 1954, Blakemore e Voorjees publicaram série de 17 casos utilizando próteses de tecido Em 1955, Cooley e DeBakey publicaram trabalho sobre correção de aneurismas utilizando enxertos 1965, Crawford: combinação das técnicas de Javid, Spencer e Carrel et Guthrie para abreviação do tempo cirúrgico 1979, Braile: alargamento e correção total da aorta ascendente com pericárdio bovino 1991, Parodi: utilização de enxertos-stents na reparação dos aneurismas da aorta abdominal Atual, técnicas associadas de cirurgia convencional e endovascular – híbridas – ganham espaço Definição Aneurismas verdadeiros x aneurismas falsos “Uma dilatação localizada permanente de uma artéria tendo pelo menos 50% a mais do diâmetro comparado ao diâmetro normal esperado da artéria em questão” Incidência >50anos 2-6x mais comuns em homens 2-3x mais comuns em brancos História familiar: 12-19% Incidência crescente USG Menor taxa de ruptura recentemente EVAR Prrevalência 3-10% na população > 50 anos AAA Desenvolvimento Tabagismo Hipercolesterolemia HAS Sexo masculino História familiar AAA expansão Idade avançada Avc prévio Doença cardíaca grave Tabagismo Transplante renal ou cardíaco AAA rotura Sexo feminino Baixo VEF1 Diâmetro grande inicial Elevada pressão arterial Tempo elevado tabagismo Transplante renal ou cardíaco Epidemiologia Aneurisma femoral – 85% aneurisma aorta abdominal Aneurisma poplítea – 62% aneurisma aorta abdominal Aneurisma de poplíteas – 80% aneurisma aorta abdominal Aneurisma aorta abdominal – 14% femoral ou poplítea aneurisma Etiologia Principal: Doença degenerativa da média: 85% aterosclerose Secundária: - Doença do tecido conjuntivo: Lúpus eritematoso sistêmico, arterite de células gigantes, nefropatia juvenil - Traumas: Rotura tamponada + pseudoaneurisma - Síndromes genéticas: Síndrome de Marfan, Síndrome de Turner, Síndrome de Ehlers-Danlos - Micóticos: Salmonella, Haemophilus influenzae, Staphylococcus, Treponema Forma e aspecto Fusiformes: dilatações circinferenciais Saculares: evaginações de parte lateral da parede arterial Dissecções: disrrupção entre as camadas íntima e média da artéria Classificação História natural Doença potencialmente letal que culmina, invariavelmente, com a ruptura Após 3 anos do diagnóstico, 74% dos aneurismas torácicos e toracoabdominais apresentam ruptura com letalidade de 94% No seguimento de 2 anos em 94 pacientes não operados, foi constatado óbito de 76%, sendo 50% devido a ruptura; No seguimento dos pacientes que receberam tratamento cirúrgico, a sobrevida em 2 anos foi de 70%, e em 5 anos, 59% Crescimento médio dos Aneurismas de Aorta Torácica costumam ser o dobro dos Aneurismas de Aorta Abdominal Screening e vigilância Screening: homens x mulheres Vigilância: -<2,6cm -2,6 à 2,9cm -3 à 3,4cm -3,5 à 4,4cm -4,5 à 5,4cm Quadro clínico Assintomáticos em 75% dos casos; Sintomas devido a compressão de estruturas adjacentes ou ruptura: Dor é o sintoma mais comum e pode estar localizada no tórax, dorso, abdome ou flanco; Chiado, Tosse ou Pneumonite devido a compressão da traquéia ou brônquio principal esquerdo; Hemoptise devido à erosão das vias aéreas; Disfagia e Hematêmese devido à compressão e erosão do esôfago; Hemorragia Digestiva Alta devido à erosão duodenal; Tração do Nervo Vago e seu ramo recorrente podendo levar a paralisia das cordas vocais e rouquidão; Embolização distal e trombose de ramos arteriais viscerais ou de extremidades; Ruptura na Veia Cava ou Veias Ilíacas pode originar fístulas artério-venosas; Quadro clínico abdominal -Aneurisma abdominal não Roto: Maioria Assintomáticos Compressão estruturas vizinhas Embolização distal: rara menor 5% -Aneurisma abdominal roto: Tríade 26% casos Dor principal sintoma: lado esquerdo 30% diagnóstico errado 20% peritôneo livre e 80% retroperitôneo Duodeno/Veia cava/Veias ilíacas Exame físico 3-3,9 cm -> 29% palpáveis 4-4,9 cm -> 50% palpáveis >5cm -> 76% palpáveis -> Sinal de DeBakev Risco de ruptura HAS DPOC Sexo feminine Tabagismo Diâmetro **Trombos **Lei de Laplace AAA diâmetro (cm) Risco de rotura/ano <4 0 4-5 0,5 a 5% 5-6 3-15% 6-7 10-20% 7-8 20-40% >8 30-50% Aneurisma – localização Aorta abdominal: 5-15% aorta suprarenal 25% envolve artérias ilíacas 12% envolve aorta torácica 5% envolve artérias periféricas Camada elástica ↓ + vasa vasorum ↓ estresse hemodinâmico = aorta abdominal ↑ Diagnóstico - Radiografia de tórax: Pode ser o primeiro achado da doença As patologias mediastinais costumam confundir-se com dilatações do arco aórtico Dilatações da aorta ascendente podem passar despercebidas - Tomografia computadorizada: Deve ser realizada, preferencialmente, com contraste iodado Melhor acurácia para determinar o diâmetro e extensão do aneurisma Deve incluir tórax, abdome e pelve Importante para o seguimento dos pacientes não operados Diagnostica complicações: Rupturas retroperitoneais, intracavitária, vísceras ocas; Trombos intraluminais; Rupturas contidas -Aortografia por subtração digital: Impõe-se para aqueles que serão submetidos ao tratamento cirúrgico -Ressonância nuclear magnética e angiorressonância: Utilizadas em substituição, respectivamente, à tomografia e angiografia Impossibilidade ao uso de contraste Alto custo, execução demorada Impraticável em pacientes instáveis, usuários de marcapasso cardíaco, desfribriladores e clips cirúrgicos metálicos Indicação cirúrgica -Pacientes de baixo risco: Aneurismas de aorta torácica > 6cm Aneurismas de aorta toracoabdominal > 5,5 cm Aneurismas de aorta abdominal > 5,5 cm em homens e > 5 cm em mulheres Crescimento (> 0,5cm – 6 mese) -Indicações independente do diâmetro: Trombose do aneurisma Embolização periférica Compressão de órgãos adjacentes Aneurismas inflamatórios: Dor, febre, mal-estar, adinamia e perda ponderal Indicação cirúrgica – analisar: Risco cirúrgico Anatomia Expectativa de vida Risco de rotura Cirurgia toraco-abdominal -Posição: Decúbito lateral direito com ombros 45 a 60 graus e quadris horizontais ou 30 graus com a mesa -Passos técnicos: Prinçamento procimal da aorta, geralmente, na porção distal do arco aórtico Pinça proximal é transferida para prótese, testando a anastomose Cirurgia abdominal Causas de morte toracoabdominal Infarto Agudo do Miocárdio: 37%; Complicações Pulmonares: 36%; Insuficiência Renal: 27%; Sepse: 19%; Coagulopatia: 14%; Tromboembolismo Pulmonar: 8%; Ruptura de outro Aneurisma: 6% Tratamento endovascular Inicialmente: Considerada como técnica “alternativa” Proposta para população de paciente com comorbidades que contra-indicavam o tratamento cirúrgico convencional Hoje: Menor tempo de internação hospitalar Menor mortalidade cirúrgica e peri-operatória Associação com técnicas de revascularização do tronco supra-aórtico e viscerais para correção de aneurismas de arco aórtico *Tratamento híbrido Morbimortalidade EVAR Estudos: EVAR-1 e DREAM 1,7% e 1,2% para EVAR e 6% e 4,6% para OSR (porém sem significância estatística) Estudos: AneuRx 1,7% mortalidade, Excluder 1,3%, Zenith 1,1%, Powerlink 1% New York State 2002: 0,8% EVAR vs 4,2% OSR Lee et al 1,3% EVAR Vs 3,8% OSR Timaran et al: 2001-2004 – 2,2% mortalidade; 1,7% pacientes comorbidades graves, 0,4% pouca comorbidade Schermerhorn et al 2008: 1,2% EVAR vs 4,8% OSR – p<0,01 e: 80-84 anos1,6% vs 7,2% e > 85 anos 2,7% vs 11,2% p<0,01 TOP 10 guideline
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