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Aneurisma� d� ao�t� Definição Afecção em que há uma Dilatação de um ou mais nos Segmentos da Aorta Envolvendo Todas as Suas Camadas: íntima, média e adventícia Na prática, é definido como uma dilatação maior que 50% do que seu diâmetro normal Epidemiologia ● 6 casos a cada 100 mil pessoas por ano ● Predomina no sexo masculino ● 3ª causa de morte súbita ● mais comum em brancos ● 20 % em parentes de primeiro grau Localização ● aorta torácica ascendente: 60% ● arco aórtico: (aa. braquiocefálicas, carótida e subclávia): 10% ● aorta torácica descendente: 30% ● abdome superior- aneurismas toracoabdominais: 15% Evolução (crescem de 5 a 10 mm por ano) ● Dissecção aórtica ● Rotura ● Tromboembolismo, sobretudo em aneurismas de aorta torácica descendente >3cm de diâmetro, se for na aorta ascendente pode parar no SNC; ● Compressão ou erosão em estruturas adjacentes; ● Insuficiência valvar aórtica (a. torácica ascendente) ● Oclusão óstio coronários: síncope , angina (distorção das coronárias D e E); Fatores de risco ● Aterosclerose ● Dislipidemia ● HAS Em negrito são os mais importantes para o assunto em questão. ● Tabagismo ● Idade avançada (maioria na 6ª década de vida, perda de elasticidade do sistema arterial) ● Aneurisma em outras partes do corpo ● Histórico Familiar - 20%--> síndrome de Marfan, Síndrome de Ehlers-Danlos ● Trauma torácico Sinais e sintomas ● Maioria: assintomática cerca de 75 % ● Complicações, sobretudo nos aneurismas de maior diâmetro : tromboembolia: podem chegar com quadro de AVC, IAM. 1 https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/dist%C3%BArbios-do-tecido-conjuntivo-em-crian%C3%A7as/s%C3%ADndrome-de-ehlers-danlos ● Tromboembolia→ isquemia mesentérica e/ou dos membros inferiores (oclusão arterial), a. torácica descendente é mais propenso a ter trombos; ● Rotura: parcial ou completa ● Insuficiência aórtica: a. torácica ascendente, queixas de insuficiência cardíaca. ● Dissecção ● Compressão de estruturas adjacentes que pode causar: dor nas costas (compressão das vértebras); Tosse e sibilos (compressão da traquéia- geralmente aneurismas de arco aórtico), Disfagia (compressão esofágica), Rouquidão (compressão do nervo laríngeo recorrente ou vago esquerdo); Angina (compressão da artéria coronária), Síndrome veia cava superior, Síndrome de Horner; Erosão dos aneurismas nos pulmões acarreta: hemoptise ou pneumonite Erosão no esôfago: fístula aortoesofágica, hematêmese maciça; ● Aumentam de 3 a 5 mm por ano ● Fatores de risco para expansão rápida: tamanho maior do aneurisma, localizado na aorta descendente, presença de trombos murais; ● Estudos mostraram que quando os aneurismas crescem até os 6cm eles passam a crescer mais rápido Prognóstico ● Risco anual de ruptura aneurisma: 2% para Aneurismas < 5 cm , 3% para Aneurismas de 5 a 5,9 Cm , 8 a 10% para Aneurismas > 6 Cm → O Risco Parece Aumentar Abruptamente à Medida que Aneurismas Alcançam um Diâmetro de 6 Cm; ● Diâmetro médio da ruptura: 6 cm nos aneurismas de aorta ascendente e 7 cm nos aneurismas de aorta descendente, mas pode ocorrer em aneurismas menores (pacientes com doenças de tecido conjuntivo ou aneurismas saculares); Prognóstico O Índice de Sobrevida de Portadores de Aneurisma de Aorta Torácica de Grandes Dimensões é: → Sem Tratamento é de 65% em 1 Ano e 20% em 5 Anos → Com Tratamento Superior a 90% em 5 Anos → Rotura Tem uma Taxa de Mortalidade de 97% Diagnóstico Achado acidental de RX Imagens: angiotomografia e RM Ecocardiograma: transtorácico e/ou transesofágico RX de tórax: podemos observar→ alargamento do mediastino , dilatação do botão aórtico. Baixa sensibilidade, logo não é muito confiável. Devem ser acompanhadas de exames de imagem em 3D; A escolha do exame depende da disponibilidade e experiência; Ecocardiografia transesofágico: suspeita de ruptura maioria de a. aorta descendente. Esse exame pode nao mostrar toda a aorta torácica, útil para identificar ponto de entrada da dissecção aórtica Eco transtorácico pode delinear: tamanho e extensão, extravasamento de aneurismas de aorta ascendente, mas não da aorta descendente. Angiotomografia (padrão-ouro): suspeita de ruptura; pode definir (detectar extravasamento, identificar patologias e concomitantes, tamanho do aneurisma, extensão proximal ou distal) Realizar TC a cada seis meses para avaliar: tamanho do aneurisma e taxa de expansão. Tratamento Clínico: medicamentos , controle comorbidades (anti-hipertensivo, anti-lipêmico, mudanças no estilo de vida) 2 Cirúrgico: endovascular e convencional- aberta. Recomenda-se intervenção em: aneurismas Maiores que 5,0 ou 5,5 Cm e com Taxa de Expansão Maior ou Igual a 0,5 a 1,0 centímetro ao ano. Recomendação: pacientes que se tornem sintomáticos ou apresentem complicações relacionadas ao aneurisma → insuficiência aórtica aguda, dissecção e rotura aórtica. Em pacientes assintomáticos, a indicação da cirurgia depende do diâmetro, e da localização, bem como da taxa de expansão do aneurisma → complicações como dissecção ou rotura da aorta aumentam a partir de cm ao ano ou quando a taxa de rotura supera 10%/ano. Aorta ascendente e arco aórtico: cirurgia aberta/ convencional; Aorta descendente: cirurgia convencional, procedimento endovascular (punção de a. ilíaca ou femoral, implante de próteses na aorta excluindo o saco aneurismático da circulação, sendo complicações tardias: migração do enxerto e/ou rotura da aorta, e a mais comum no Brasil e tem a menor mortalidade intra-hospitalar e o menor tempo de internação), reparo híbrido. Síndrome� aó�tica� aguda� DISSECÇÃO AGUDA DE AORTA Definição: delaminação de sua camada média ocasionada pelo extravasamento de sangue a partir da luz verdadeira através de um orifício de entrada na camada íntima, criando uma falsa luz de extensão variável ao longo do vaso. Condição potencialmente catastrófica (diagnóstico e tto precoces são eficazes para sobrevida dos pacientes); Mortalidade continua alta → 25 a 30% Epidemiologia: incidência 3 a 4 / 100.000/ano Idade média: 63 anos, mais comum em homens → 65% Aorta ascendente: 65%, aorta descendente: 25%, arco aórtico: 10% Fisiopatologia Rotura da íntima pela força de cisalhamento fluxo sanguíneo Delaminação camada média → formação da falsa luz entre camadas íntima e média, normalmente anterógrada. Progressão do deslocamento distalmente Fatores de risco ● Degeneração da camada média → HAS e idade mais que 60 anos ● Doenças do tecido conectivo: Síndrome de Marfan e síndrome Ehlers-Danlos ● Sexo masculino, aneurima prévio, coarctação da aorta; ● Valva aórtica bicúspide (fluxo turbulento) ● Cirurgia cardíaca prévia (sutura em bolsa → ponto de fraqueza da aorta) ● Drogadição (simpatomiméticas, cocaína, crack → aumentam HAS); Quadro clínico Maioria assintomático ● Morte súbita (cirurgia vascular nas primeiras 24 horas) ● Dor torácica (dor intensa- lancinante, em pontada , em facada- início súbito, migratória - a lâmina está progredindo, sendo instável-, irradia para o dorso, região cervical e abdômen) 3 ● Sinais oclusão ramos aórticos: AVC (6%) → oclusão TBC ou a. carótida esquerda Paraplegia (19%) → oclusão da artéria espinal Isquemia mesentérica (3%-5%) Isquemia de membros inferiores (oclusão arterial aguda) Sinais oclusão ramos aórticos : assimetria de pulsos : 30% dissecção proximal, 15% dissecção distal Isquemia renal > oligoanuria (IRA- 5 a 8%) ● Insuficiência aórtica (a. ascendente, na maioria dos casos) → sopro diastólico, insuficiência cardíaca aguda (7%). → choque cardiogênico EMERGÊNCIA. ● Síncope: baixo DC, tamponamento cardíaco ● IAM ( 1 a 2%), principalmente na parede inferior (coronária direita), na falsa luz se forma uma quantidade enorme de trombos, trombólise química. ● Choque : rotura e tamponamento cardíaco Evolução → mortalidade 1 a 2 %/h primeiras 24 a 48 h, 20% nas primeiras 24h; 50% nas primeiras 48h e 70% na primeira semana Início de dissecção Aorta ascendente → 65% → logo após valva aórtica (2-4 cm após emergência óstio coronária direita) Aorta descendente → istmo aorta → apósemergência de subclávia esquerda Arco aórtico → 10% Classificação de Stanford A – Acomete Aorta Ascendente B – Após Emergência Artéria Subclávia Esquerda Classificação DeBakey I – Acomete Aorta Ascendente, Arco e Descendente e Habitualmente, Inclui Abdominal II – Acomete Apenas Aorta Ascendente e Cessa na Emergência Artéria Inominada III A – Começa Abaixo Subclávia Esquerda e Termina Acima Diafragma III B – Começa Abaixo Subclávia Esquerda e Alcança Aorta Abdominal Diagnóstico Quadro clínico Alterações semiológicas Propedêutica armada Confirmação dissecção aguda aorta (identificar orifício de entrada) Envolvimento de aorta ascendente (chances maiores de complicações) Acometimento cardíaco (marcadores de gravidade: IAM, IAO, derrame pericárdico) Acometimento cardíaco regurgitação aortica → choque / EAP derrame pericárdico → tamponamento cardíaco dissecção / deinserção coronária → BAVT/ IAM inferior Exames de imagem Rx tórax: alargamento mediastinal, cardiomegalia, derrame pleural Eco: transtorácico, transesofágico Angiotomografia, angioRM 4 Aortografia: sinais angiográficos diretos → dois lumens e flap intimal indiretos → deformidade lúmen aórtico, espessamento paredes aórticas, anormalidades ramos secundários, regurgitação aórtica Eco transesofágico Transtorácico: disponibilidade a beira leito, sem contraste ou irradiação, menos invasivo Transesofágico Exame Escolha Hemodinamicamente Instáveis → Tipo A: S: 96-100%; E: 86-100% →Tipo B: S: 98-100%; E: 96-100% → Lâmina Dissecção (Tipo A Stanford) Vantagens: disponibilidade , sem contraste ou irradiação Desvantagens: mais invasivo Tomografia/ angiotomografia computadorizada: Exame Escolha Hemodinamicamente Estáveis → ampla disponibilidade → delineação dissecção , presença de flap. Identifica dois lumens distintos separados por flap intimal e pode identificar orifício de entrada. Alta sensibilidade e alta especificidade/ menos invasiva , detectar presença de trombos, detectar derrame pericárdico. Desvantagens: uso de contraste, Dificuldade Visualizar Local Laceração e Regurgitação Aórtica → Disponibilidade Menor Ressonância magnética Vantagens: menos invasiva, sem contraste ou irradiação Desvantagens: Pacientes com MP (Marca-Passo), Desfibriladores e Clipes → Dificuldade Identificar Regurgitação Aórtica → Contra-Indicado Pacientes Instáveis TRATAMENTO ● Clínico ● Hemodinâmico – Endovascular ● Cirúrgico TRATAMENTO→ Clínico → Redução Pressão Arterial e Diminuição Velocidade Ejeção VE q PAS 100 – 120 mmHg (Média 60 – 75 Mmhg) → Nitroprussiato Sódio → Betabloqueadores → Analgesia Clínico Dissecções Confinadas Aorta Descendente (Tipo B de Stanford) Devem Receber Inicialmente Tratamento Medicamentoso Exclusivo Endovascular Revestir Toda Aorta Doente com Endoprótese Ocluindo Orifício Entrada da Íntima e Expandindo Luz Verdadeira Amplamente Utilizado como Alternativa à Cirurgia Aberta Convencional O Princípio Básico da Abordagem Cirúrgica → Redirecionamento do Sangue para a Luz Verdadeira o que é Conseguido pela Excisão do Segmento de Aorta Onde Está Localizada a Lesão Intimal, Substituindo-o por um Enxerto Vascular Protético Cirúrgico ● É a Abordagem de Escolha para Dissecções de Aorta Ascendente ● Mortalidade Operatória – 7 a 36% 5
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