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A hanseníase é uma doença crônica

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A Situação da Hanseníase no mundo, no Brasil, no Nordeste e em Alagoas 
A hanseníase é considerada doença de notificação compulsória no Brasil e seus aspectos epidemiológicos exprimem um dos principais fatores para tratá-la como problema de saúde pública, afirma que o maior desafio à erradicação da hanseníase ainda se refere à falta de pesquisas que proponham inovações, pois as recomendações mundiais ainda se baseiam em estratégias iniciadas há 25 anos atrás. Com efeito, o projeto “Estratégia de Pesquisa da Hanseníase( Karen et, al 2015)
È uma doença crônica, infectocontagiosa, cujo agente etiológico é o Mycobacterium leprae (M. Leprae). Esse bacilo tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos, no entanto poucos adoecem. A doença acomete principalmente pele e nervos periféricos podendo levar a sérias incapacidades físicas. É de notificação compulsória em todo o território nacional e de investigação obrigatória. A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, cujo agente etiológico é o  Mycobacterium leprae (M. Leprae). Esse bacilo tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos (alta infectividade), no entanto poucos adoecem (baixa patogenicidade). Estas propriedades não ocorrem em função apenas de suas características intrínsecas, mas dependem, sobretudo, da relação com o hospedeiro e o grau de endemicidade do meio, entre outros aspectos.( Data sus, acesso em 19\09\2017 ás 20:30)
A doença acomete principalmente pele e nervos periféricos podendo levar a sérias incapacidades físicas. O alto potencial incapacitante da hanseníase está diretamente relacionado ao poder imunogênico do M. leprae. A hanseníase é uma das doenças mais antigas da humanidade. As referências mais remotas datam de 600 a.C. e procedem da Ásia, que, juntamente com a África, são consideradas o berço da doença. A melhoria das condições de vida e o avanço do conhecimento científico modificaram o quadro da hanseníase, que há mais de 20 anos tem tratamento e cura. No Brasil, no período de 2007 a 2011, uma média de 37.000 casos novos foram detectados a cada ano, sendo 7% deles em menores de 15 anos.
Reservatório 
O ser humano é reconhecido como a única fonte de infecção, embora tenham sido identificados animais naturalmente infectados – o tatu, o macaco mangabei e o chimpanzé. Os doentes com muitos bacilos (multibacilares-MB) sem tratamento – hanseníase virchowiana e hanseníase dimorfa – são capazes de eliminar grande quantidade de bacilos para o meio exterior (carga bacilar de cerca de 10 milhões de bacilos presentes na mucosa nasal).
Modo de transmissão 
A hanseníase é transmitida principalmente pelas vias áreas superiores, por meio de contato próximo e prolongado de uma pessoa suscetível (com maior probabilidade de adoecer) com uma pessoa doente sem tratamento.
Período de incubação 
A hanseníase apresenta longo período de incubação; em média, de 2 a 7 anos. Há referências com períodos mais curtos, de 7 meses, como também a mais longos, de 10 anos.
Transmissibilidade 
Os doentes com poucos bacilos – Paucibacilares (PB), indeterminado e  não são considerados importantes como fonte de transmissão da doença devido à baixa carga bacilar. Os doentes Multibacilares (MB), no entanto, constituem o grupo contagiante, assim se mantendo como fonte de infecção, enquanto o tratamento específico não for iniciado.
Suscetibilidade e imunidade 
Como em outras doenças infecciosas, a conversão de infecção em doença depende de interações entre fatores individuais do hospedeiro, ambientais e do próprio agente. Mas na hanseníase o estado de infecção ainda não foi claramente estabelecido. A história natural da doença mostra que existe uma forma de alta resistência à infecção pelo  bacilo, hanseníase  HT, na qual há manifestações em relação à exacerbação da resposta imunecelular,com limitação de lesões,  formação de granuloma bem definido e destruição completa dos bacilos. Mas também pode ocorrer a forma de alta suscetibilidade, hanseníase wirchowiana - HV, onde ocorre uma deficiência da resposta imunecelular, com excessiva multiplicação de bacilos e disseminação da doença para o tecido nervoso e vísceras. Entre estas duas formas polares, estão as formas instaveis da doença:  hanseníase dimorfa - HD, podendo permanecer como dimorfa  ou apresentar características tuberculoide   ou virchowiana.
Na hanseníase virchowiana além da deficiência imunológica celular observa-se a exacerbação e especificidade da resposta humoral. Observa-se que os pacientes com a forma virchowiana e dimorfos  apresentam no curso da evolução da doença, altas concentrações de anticorpos específicos ao M. leprae no soro, como o anti PGL-1, associados à depressão da imunidade celular.  
A eficácia da resposta imune é feita por células capazes de fagocitar a bactéria e destruí-la, apresentado apenas pela sua fração antigênica - macrófagos, através do complexo principal de histocompatibilidade - MHC.         
Devido ao longo período de incubação, a hanseníase é menos frequente em menores de 15 anos, contudo, em áreas mais endêmicas a exposição precoce, em focos domiciliares, aumenta a incidência de casos nessa faixa etária. Embora acometa ambos os sexos, observa-se predominância do sexo masculino. (acesso em 16\09\2017 ás 20:30). 
Foi realizado um estudo descritivo e retrospectivo, com informações do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) geradas pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS), além de artigos coletados na Livraria Científica Eletrônica Online (SCIELO) e no guia de Vigilância Epidemiológica elaborado pelo Ministério da Saúde.
Vigilância Epidemiológica
A vigilância epidemiológica envolve a coleta, processamento, análise e interpretação dos dados referentes aos casos de hanseníase e seus contatos. Ela subsidia a tomada de decisões por meio de recomendações, a promoção e a análise da efetividade das intervenções. É fundamental a divulgação das informações obtidas como fonte de planejamento das intervenções a serem desencadeadas.
A vigilância epidemiológica deve ser organizada em todos os níveis de atenção, da unidade básica de saúde à alta complexidade, de modo a garantir informações acerca da distribuição e da carga de morbidade da doença nas diversas áreas geográficas. Ela propicia o acompanhamento rotineiro das principais ações estratégicas para a eliminação da hanseníase como problema de saúde pública
	Acompanhamento dos dados da hanseníase – Alagoas
Barra de São Miguel
	
5 
	
	..... Coqueiro Seco 
	1 
	
	..... Flexeiras 
	2 
	
	..... Maceió 
	121 
	
	..... Marechal Deodoro 
	9 
	
	..... Messias 
	1 
	
	..... Paripueira 
	5 
	
	..... Pilar 
	5 
	
	..... Rio Largo 
	15 
	
	..... Satuba 
	1 
	
	27002 2ª Região de Saúde(acesso Data sus em 19\09\2017 ás 20:30)
	
	
Referências
Ministério da saúde. Hanseníase, disponível em 19 de set, 2017.
Data sus. Hanseníase vigilância epidemiológica, disponível em 19 de set, 2017.
Kátia et al. Análise epidemiológico da hanseníase em um estado endêmico do nordeste brasileiro
Rev Gaúcha Enferm. 2015;36(esp): 24-30.

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