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UNIVERSIDADE CEUMA PRO-REITORIA DE GRADUAÇÃO COORDENADORIA DO CURSO DE DIREITO ADRIELE DE OLIVEIRA PEREIRA ALAN JORGE RODRIGUES CARVALHO ANA JULIA PESSOA TORRES KELLY MENDES AMARAL LETÍCIA NASCIMENTO DOS SANTOS SOUSA LIA RAQUEL VIANA DE ABREU MARIA GABRIELA SOUSA CARDOSO MAYARA LUDMILA SOUZA PESQUEIRO MYRELA NASCIMENTO MEIRELES NEUSA PINHEIRO DE OLIVEIRA RENATO SOARES PIRES ATOS INFRACIONAIS COMETIDOS POR CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM SÃO LUIS: A ATUAÇÃO DO CONSELHO TUTELAR NA SITUAÇÃO São Luís 2018 ADRIELE DE OLIVEIRA PEREIRA ALAN JORGE RODRIGUES CARVALHO ANA JULIA PESSOA TORRES KELLY MENDES AMARAL LETÍCIA NASCIMENTO DOS SANTOS SOUSA LIA RAQUEL VIANA DE ABREU MARIA GABRIELA SOUSA CARDOSO MAYRA LUDMILA SOUZA PESQUEIRO MYRELA NASCIMENTO MEIRELES NEUSA PINHEIRO DE OLIVEIRA RENATO SOARES PIRES ATOS INFRACIONAIS COMETIDOS POR CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM SÃO LUÍS: A ATUAÇÃO DO CONSELHO TUTELAR NA SITUAÇÃO Projeto de pesquisa apresentado como requisito para aprovação na disciplina de Sociologia Geral e Jurídica do Curso de Direito da CEUMA Universidade. Orientador: Prof. Dr. Marcio Aleandro Correia Teixeira. São Luís 2018 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................03 2. PROBLEMATIZAÇÃO...........................................................................................04 3. JUSTIFICATIVA.....................................................................................................05 4. OBJETIVOS...........................................................................................................06 4.1 Gerais...................................................................................................................06 4.2 Específicos..........................................................................................................06 5. REFERENCIAL TEÓRICO E METODOLÓGICO...................................................07 5.1 Referencial teórico..............................................................................................22 5.1 Referencial metodológico..................................................................................22 6. CRONOGRAMA.....................................................................................................23 REFERÊNCIAS 3 1. INTRODUÇÃO Neste projeto de pesquisa trataremos sobre os atos infracionais cometidos por crianças e adolescentes e a atuação do conselho tutelar na situação. “Considera- se atos infracionais a conduta descrita como crime ou contravenção” (ECA, art. 103). O Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu artigo 2º considera criança (pessoa de até 12 anos incompletos) e adolescente (entre 12 a 18 anos de idade). “O conselho tutelar é o órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente” (ECA, art. 131). Nesta pesquisa, tentaremos esclarecer sobre o que leva os jovens a irem de encontros com a lei, bem como a real atribuição do conselho tutelar e sua medidas mediatas ao saber da notícia de um ato infracional e as medidas tomadas no sentido de preservar os direitos da criança e do adolescente. A abordagem feita nesta pesquisa recai sobre os atos infracionais e a atuação do conselho tutelar tomando-se como base, o município de São Luís - MA nos meses de janeiro a agosto de 2018. Traçaremos, também, por uma breve visão histórica do tratamento dado à criança e ao adolescente. 4 2. PROBLEMATIZAÇÃO Segundo dados do IBGE de 2018, São Luís é um município com cerca de 1.094.667 de pessoas, dentre elas, como sabemos, existem milhares de crianças e adolescente. No entanto, é preocupante a situação de que muitos jovens cometem crimes todos os dias. Diante do problema, quais os atos praticados pelas crianças e adolescente e o que os levam a irem de encontro com a lei? Qual a atuação do Conselho tutelar acerca de tal situação? É notório que a vulnerabilidade social e a desorganização familiar sejam um dos fatores. Diante disse, deve se buscar com mais profundidade onde esses fatores venham a interferir no desenvolvimento da criança e do adolescente. Bem como é mister saber qual o real papel do Conselho Tutelar e quais as suas principais atribuições. 5 3. JUSTIFICATIVA O trabalho em questão foi realizado com o intuito de expor dados e promover reflexões acerca do tema “atos infracionais cometidos por crianças e adolescentes.” O tema se mostra relevante no que concerne às condições de crianças e adolescentes em conflito com a Lei, como o assunto é tratado pelos órgãos responsáveis e até que ponto a Lei alcança a realidade dessas crianças e adolescentes. O Direito é uma Ciência Humana por excelência, ou seja, uma área do conhecimento voltada para o estudo do homem como ser social. Sendo assim, a questão dos infantes e adolescentes em conflito com a Lei é urgencial para Direito Brasileiro atual, não só pelo apelo social, mas também pelo humanista. Acreditamos que o dito trabalho poderá ser útil à análise e ao entendimento da problemática dos Infratores na região de São Luís. Ao nos debruçarmos sobre o tema e adquirirmos vivência de campo, fomos confrontados com a realidade dos Órgãos responsáveis: seus mecanismos, falhas e acertos no processo de amparo à essas crianças e adolescentes. Como estudantes do Direito, a pesquisa permitiu-nos ver e enxergar o tema por vias não convencionais, sendo essencial para nossa formação como futuros operadores do Direito. 6 4. OBJETIVOS 4.1 Gerais Analisar as possíveis causas que levam a criança e o adolescente a irem de encontro com as normas e analisar papel do Conselho Tutelar quando se depara com uma denúncia, bem como suas atribuições e medidas à problemática dos menores infratores no município de São Luís. 4.2 Específicos Identificar como a desorganização na família pode contribuir para o problema; Identificar a contribuição que a vulnerabilidade social tem em relação aos problemas que temos com jovens; Compreender o real papel do Conselho Tutelar traçando por uma breve regressão história para entender como este órgão surgiu e destrinchar suas atribuições. 7 5. REFERENCIAL TEÓRICO E METODOLÓGICO 5.1 Referencial teórico 5.1.1 A desorganização familiar e suas consequências: A família está presente e permanece enquanto espaço privilegiado de socialização e exercício da cidadania de casa pessoa. A concordância quanto a família como locus privilegiado para o perfeito desenvolvimento humano está consagrado em documentos internacionais. Mas não basta apenas uma série de Leis, Tratados e Documentos para um pleno exercício das funções de uma família e as consequências tanto benéficas quanto maléficas para a criança. Um vínculo familiar estável e o apoio efetivo às famílias através de uma oferta pública de serviços constituem-se em fator decisivo na busca dos objetivos prioritários do desenvolvimento humano, tais como a eliminação da pobreza, o acesso a saúde, à educação e à alimentação, a erradicação do trabalho infantil, a promoção da igualdade entre gênerose a proteção integral de seus membros, das crianças adolescentes. O livro “Família Brasileira - a base de tudo”, traz um conjunto de debates a respeito dessa problematização, o UNICEF uniu uma série de autores quem esperam contribuir significativamente para o debate em torno da promoção e o apoio às famílias, sobretudo àquelas em situação mais vulnerável, com o reconhecimento das mesmas enquanto agente social ativo, merecedor de políticas públicas adequadas, por ser essencial para as transformações às quais a sociedade brasileira aspira, e um dos eixos fundamentais de uma política para a infância. Becker (2004) traz um debate acerca de como a Ruptura Dos Vínculos desencadeia uma série de problemas futuros, e também o que leva a essa Rupturas. Será o abandono pela pobreza? Ou por conta dos pais não estarem cumprindo com seus deveres de sustentar, ter sob guarda e educar os filhos, submetendo a abusos e maus-tratos ou, ainda, deixarem de cumprir determinações judiciais no seu interesse. Ela ressalta que embora isso de fato seja um problema, no Artigo 23 do Estatuto da Criança e do Adolescente diz que a falta de carência de recursos matérias não constitui motivo suficiente para a perda ou a suspensão do pátrio poder e que não existindo outro motivo que por si só autorize a decretação da medida, a criança ou 8 adolescente será mantido em sua família de origem, a qual deverá obrigatoriamente ser incluída em programas oficiais de auxílio. Depois de toda exposição do que leva a ruptura da criança com a família, Becker (2004) traz duas possíveis soluções para o problema: “Com o objetivo de garantir o direito das crianças e dos adolescentes à convivência familiar e comunitária, são necessárias medidas visando, em primeiro lugar, a manutenção dos vínculos com a família natural. Na impossibilidade de assim proceder, tomar todos os cuidados para que a colocação em família substituta seja feita a partir dos interesses e direitos das crianças e dos adolescentes que dela necessitem. Assim recomenda-se: 1) Apoio aos vínculos famílias: - Promover programa de assistência social especialmente destinados a complementar a renda das famílias empobrecidas, para que possam criar e educar seus filhos; - Disseminar a criação de equipamentos sociais e educacionais para o cuidado das crianças durante o período de trabalho de seus pais; 2) princípios básicos para a colocação em família substituta: - Dar preferência, nos casos de crianças necessariamente afastadas de seus pais biológicos, a solução dentro da família extensa (avós, tios etc.) ou da comunidade onde ela vive; - Nos casos em que a adoção for a medida mais adequada, privilegiar os candidatos nacionais”. (BECKER, 2004, p. 74-75) 5.1.2 Das consequências da vulnerabilidade: Vulnerabilidade social é o conceito que caracteriza a condição dos grupos de indivíduos que estão à margem da sociedade, ou seja, pessoas ou famílias que estão em processo de exclusão social, principalmente por fatores socioeconômicos. De acordo com o art. 3°, do Estatuto da Criança e do Adolescente, toda criança e adolescente goza de todos os direitos fundamentais inerentes a pessoa humana, sendo assim, a proteção integrada e todos os instrumentos necessários para assegurar seu desenvolvimento físico, mental e espiritual, em condições de liberdade e dignidade, tendo com a ausência desses direitos o caso da vulnerabilidade social, são aquelas que vivem negativamente as consequências das desigualdades sociais, da pobreza e da exclusão social, da falta de vínculos afetivos na família e nos demais espaços de socialização, da falta de acesso à educação, trabalho, saúde, lazer, alimentação e cultura, da inserção precoce no mundo do trabalho, da falta de perspectivas de entrada no mercado formal de trabalho, da exploração do trabalho infantil, da falta de perspectivas profissionais e projetos para o futuro, do alto índice 9 de reprovação ou abandono escolar, da oferta de integração ao consumo de drogas e de bens, ao uso de armas, ao tráfico de drogas. Por isso, em conformidade com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA - Lei n. 8.069/90), a falta de recursos materiais por si só não constitui motivo suficiente para afastar crianças e adolescentes do seu convívio familiar, encaminhá-los para serviços de acolhimento ou inviabilizar sua reintegração, representam um avanço extraordinário. Colocam o Brasil na vanguarda de legislações a respeito da criança. São, portanto, instrumentos muito significativos. A realidade, de outro lado, é adversa. Todavia, é melhor termos ferramentas jurídicas qualificadas para a luta pela modificação desta realidade. O afastamento apenas é justificado quando o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores é descumprido (ECA, art.22). Portanto, para se trabalhar com crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, marcadas pelo abandono ou afastamento do convívio familiar, devesse compreender antes de tudo que esta “vulnerabilidade” aborda diversas modalidades de desvantagem social, mas principalmente a fragilização dos vínculos afetivos, relacionais, de pertencimento social ou vinculados à violência. As relações em contexto de vulnerabilidade social geram crianças, adolescentes e famílias passivas e dependentes, com a autoestima consideravelmente comprometida. Estes jovens e suas famílias intrometam como atributos negativos pessoais as falhas próprias de sua condição histórico-social. De forma circular e quase inevitável, este ciclo se instala reforçando-se a condição de miséria, não só no nível material, como no nível afetivo. As pessoas, desde muito jovens, percebem-se como inferiores, incapazes, desvalorizadas, sem o reconhecimento social mínimo que as faça crer em seu próprio potencial como ser humano. O número de crianças e jovens que estão ingressando no mundo do crime é cada vez maior, e o pioneiro para esse acontecimento são diversos fatores que levam milhares e milhares de jovens a praticar atos delituoso é a falta de estrutura familiar, falta de um projeto de vida, valorização do ter ao invés do ser, falta de políticas públicas que combatam a desigualdade social, impunidade da estrutura penal brasileira, aumento de consumo de drogas. 10 A cada dia que passa mais crianças deixam a inocência da infância de lado para dar lugar ao universo sombrio do crime. Ao invés dos carrinhos, bolas e bonecas para brincar no quintal de casa, meninos que com 11, 12, 13 anos de idade brincam com armas, canivetes, e facas. A droga ganhou espaço no meio familiar que, cada vez mais desestruturado, não sabe impor limites, ensinar valores e educar para a vida. Estes são alguns fatores apontados por especialistas como motivadores para o envolvimento de adolescentes com o crime. Uma sociedade só será justa no momento em que oportunizar a todas as crianças e aos adolescentes estas condições de desenvolvimento íntegro, nas diferentes dimensões fundamentais do ser humano. Para que este desenvolvimento não seja transporto como objetivo para organizações autoritárias, sufocantes, como muitas vezes acontece em seu nome, o Estatuto condiciona explicitamente a liberdade e a dignidade da criança ou do adolescente. 5.1.3 Evolução histórica dos direitos da criança e do adolescente e natureza jurídica do Conselho Tutelar: Para começar a se avaliar a situação das crianças e adolescentes em conflito com a lei é necessário fazer-se uma regressão histórica, observando assim como a lei brasileira os tratou durante os anos, conforme Ishida (2014, p.246): “O direito infracional no Brasil pode ser dividido em três etapas: (1) Doutrina do direitopenal do menor que vai do início do século XIX e finaliza com o início do século XX, o tratamento penal era indiferenciado em relação aos adultos, os menores entre sete e dezoito anos só possuíam direito a uma diminuição de 1/3 da pena, tendo essa caráter retributivo” (ISHIDA, 2014, p.246) O primeiro código que tratou de forma especifica dedicada à proteção da infância e da adolescência foi o Código Mello Matos, assinado por Washington Luiz em 1927, foi o Código Mello Matos que estabeleceu que o jovem é penalmente inimputável até os 17 anos e que somente a partir dos 18 responde por seus crimes e pode ser condenado à prisão, anos depois, em 1979 um novo código batizado de Código de Menores entrou em vigor, trazendo consigo uma visão um pouco mais abrangente para a lei brasileira, pois seguia a doutrina jurídica de proteção do “menor em situação irregular”, que abrange os casos de abandono, prática de infração penal, desvio de conduta, falta de assistência ou representação legal, entre outros. A 11 regulamentação da situação da criança e do adolescente finda-se com a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) em 1990, sendo criado, junto a esse novo estatuto, um órgão permanente e autônomo, não-jurisdicional chamado Conselho Tutelar. O Estatuto da Criança e do Adolescente chega definindo, enfim, o que é criança e o que é adolescente na visão da lei: Conforme o ECA (Lei Nº 8.069, de 13 de julho de 1990) em seu art. 2º determina: “Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.” (ECA, art. 2º). A revolução do modo de pensar a criança e o adolescente no Brasil que já havia se iniciado com o advento do ECA e do Conselho Tutelar, acabou que se concretizou com a Constituição Federal de 1988, que incluiu os ideais dos direitos humanos sendo eles uma das mais importantes dimensões na construção de um sistema de valores compartilhados, segundo Amaral e Silva (2005, p.45): “A extensão dos regimes de direitos humanos perpassa os cidadãos mais vulneráveis como as minorias éticas, raciais e religiosas, assim como mulheres e crianças, postulando que todos, segundo a lei, apresentam o mesmo direito à proteção”. (AMARAL E SILVA, 2005, p.45) Estando prevista na Constituição Federal de 1988, a doutrina da proteção integral (art. 227 e art. 228, da CF/88) é a nova forma de se tratar as crianças e adolescentes na ordem jurídica brasileira e declarou ser dever da família, da sociedade e do Estado assegurar, à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Basicamente, a doutrina jurídica da proteção integral adotada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente assenta-se em três princípios, a saber: Criança e adolescente como sujeitos de direito - deixam de ser objetos passivos para se tornarem titulares de direitos, destinatários de absoluta prioridade e respeitando a condição peculiar de pessoa em desenvolvimento. Dessa forma, a criança e o adolescente assume o papel de vítima. Nesse sentido Saraiva (2009), diz que: 12 “Seja da exclusão social, seja da negligência familiar etc., faz-se sujeito de medida de proteção (do sistema secundário de prevenção, de nítido caráter preventivo à delinquência)”. (SARAIVA,2009, p.89) 5.1.4 Do Conselho Tutelar e suas atribuições: A importância de estudar as atribuições do Conselho, é porque muitos têm uma visão inversa das reais atribuições que o Conselho tutelar tem, principalmente pela falta de capacitação, isto é, por desconhecerem as normas do Estatuto. Uma das principais interpretações que se tem do Conselho é este sendo como um órgão repressor. Esse tipo de interpretação se dá também por algumas vezes os próprios profissionais do Conselho, erroneamente, agem de tal forma fazendo o papel de pai da criança. Deve-se entender que o Conselho tutelar não é um órgão repressor, pois, “não é revestido de poder para fazer cumprir determinações legais ou punir quem as infrinja” (LIBERATI, 2008, p. 132). O primordial papel do Conselho tutelar é adotar medidas de proteção todas as vezes que a criança ou o adolescente tiverem os direitos reconhecidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente violados ou ameaçados. Ele é também, como ensina Liberati (2008), um órgão da sociedade, pois divide com o Estado e a família a responsabilidade da execução da política e atendimento social da criança e do adolescente. O Estatuto da Criança e do Adolescente trouxe órgão Conselho tutelar e conferindo a ele atribuições específicas extremamente sérias e importantes na defesa do cumprimento do direito da criança e do adolescente. Para cumprir com eficiência a sua missão, o Conselho Tutelar deve efetuar com zelo as atribuições que lhe foram conferidas, as quais estão estabelecidas no art. 136 do referido Estatuto. “Por essas atribuições verifica-se a importância que terá esse órgão” (LIBERATI, 2008, p. 135). 5.1.4.1 Atender a crianças e adolescentes e aplicar medidas de proteção (art. 136, I, ECA): Incumbe, pois, ao Concelho Tutelar, nos termos inciso I do art. 136 do ECA: “I – atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts. 98 e 105, aplicando as medidas previstas no art. 101, I a VII”. Atender à criança é, sobre tudo, ouvir o que ela tem a dizer, ouvir o que o adolescente tem a dizer, como sujeitos de 13 direitos. O papel do conselheiro é atender, em todas as hipóteses a criança e/ou o adolescente, por qualquer meio, seja por telefone, pessoalmente, etc. de forma que, sempre verifique, de imediato e sem complicações, se há realmente uma violação ou ameaça ao direito adquirido e, verificado essa violação ou ameaça, adotar medidas. Devemos lembrar que, se há um direito violado, há um violador, que deverá ser responsabilizado civil e penalmente. Feitas essas considerações, podemos dizer, que o art. 101 dos incisos I ao VII do ECA estabelece como medidas de proteção: a) através de termo de responsabilidade, encaminhamento aos pais ou responsável; b) dar orientação, apoio e acompanhamento temporários; c) matrícula e frequência obrigatória em estabelecimento oficial de ensino fundamental, visto que, a educação básica é obrigatória (art. 208, I, CF); d) dever constitucional que o profissional tem de fazer a inclusão de crianças, adolescente e sua família em serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e promoção; e) requisitar de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico em regime hospitalar ou ambulatorial; f) determinar a inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento de alcoólatras e toxicômanos; g) como medida excepcional, o acolhimento institucional em entidade; h) promover inclusão em programas de proteção; I) colocação em família substituta, caso em que não for possível a reintegração familiar. 5.1.4.2 – Atender e acolher pais ou responsável e aplicar medidas cabíveis (art. 136, II, ECA): 14 Há na Constituição Federal, uma previsão legal afirmando que “a família é a base da sociedade e, constitucional e legalmente, tem especial proteção do Estado” (MORAES, 2016, p. 897). Sendo assim, quando os pais, não puderam, por razõeseconômicas, de saúde, etc. assistir (proteger) os seus filhos, têm o direito de serem acolhidos pelas órgãos assistenciais competentes para serem assistidos em proteção do Estado. Nesse sentido, é mister as palavras de Liberati (2008): “Como núcleo principal da sociedade, a família deve receber imprescindível tratamento tutelar para proteger sua constituição, pois é no lar que a criança ou o adolescente irá receber a melhor preparação para a vida adulta” (LIBERATI, 2008, p. 126). Vale ressaltar que, o Conselho Tutelar não é aplique punições aos pais. Sendo assim, se os pais praticarem qualquer crime previsto no art. 13 do Estatuto, quais sejam: castigo físico, maus-tratos, etc. contra a criança ou o adolescente, e tal conduta chegar a conhecimento do Conselho Tutelar, seja por terceiros ou pela própria criança, o que este deve fazer é requisitar investigação policial para apurar o delito cometido e requisitar a Assistência Social pra zelar pela proteção da vítima. Sendo assim, as medidas previstas no art. 129 do Estatuto da Criança e do Adolescente que são aplicadas pelo Conselho Tutelar são, especificamente, para atender às necessidades dos pais ou responsável, não para puni-los, pois, como já vimos, o Conselho não é órgão repressor. Em exemplo, temos a medida de advertência prevista no art. 129, VII do Estatuto, que trata-se de uma forma de orientar os pais ou responsável. 5.1.4.3 Promover a execução de suas decisões (art. 136, III, ECA): O Conselho Tutelar não executa suas decisões, pois não é órgão e execução. Entretanto, o instrumento administrativo do Conselho Tutelar, como forma de fazer valer o que decide é, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, nos termos do art. 136 é: a) requisitar serviços públicos nas áreas da saúde, educação, serviço social, previdência, trabalho e segurança, em outras palavras, determinar que o requisitado cumpra um dever de prestar um serviço previsto 15 legalmente; e b) representar junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento injustificado de suas deliberações. Com efeito, quem descumpriu um serviço requisitado pelo Conselho Tutelar, comete o crime previsto no art. 249 do Estatuto, pois, vale lembrar que a requisição não se trata de um simples pedido e sim de uma ordem, portanto, sendo a ordem descumprida, o destinatário da requisição será processado. Bem como, quando há um descumprimento injustificado da determinação do Conselho, este pode, recorrer a via judicial para que o juiz determine que a determinação do Conselho seja cumprida. 5.1.4.4 Encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração administrativa ou penal contra os direitos da criança e do adolescente (art. 136, IV, ECA): Cabe ao Conselho Tutelar encaminhar ao Ministério Público os fatos que constituem crime. Porém, são crimes em que o Conselho não tem competência para requerer ao juiz, por se tratar de matéria exclusiva do promotor de justiça, a quem o Conselho comunica assim que toma ciência do fato. São exemplos: a entrega do filho menor a pessoa inidônea, previsto no art. 245 do CP, bem como o abandono de intelectual previsto no art. 246 também do código penal, entre outros. Em suma, Conselho tutelar deverá encaminhar nos casos em que ocorrer infrações penais e administrativas contra os direitos da criança e do adolescente todas as vezes que tiver conhecimento. 5.1.4.5 Encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência (art. 136, V, ECA): São as hipóteses em que o Conselho tutelar verificar que a situação não é de sua alçada, ou seja, não é de sua competência. São as questões litigiosas, de conflitos de interesses, como por exemplo: guarda, tutela, etc. A lista da competência da Justiça da Infância e da Juventude estão previstas nos arts. 148 e 149 do Estatuto da Criança e do Adolescente. Portanto, as partes deverão ser encaminhas ao órgão competente os casos de sua competência, 16 onde as partes, no dizer de Liberati (2008), terão uma orientação certa acerca da solução de seus problemas. 5.1.4.6 Providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, dentre as previstas no art. 101, de I a VI, para o adolescente autor de ato infracional (art. 136, VI, ECA): Conforme estabelece o art. 151 do Estatuto, o Conselho Tutelar não é órgão executor de medidas, isto é, não investiga, não pune, etc. podendo somente, desenvolver trabalhos de aconselhamento, orientação, entre outros. Entretanto, segundo o inciso I do art. 136 do ECA, o Conselho é competente para acionar os pais ou responsáveis, serviços públicos e outras medidas ao adolescente infrator desde que seja qualquer das previstas nos incisos I a VI do art. 101 do ECA. 5.1.4.7 Expedir notificações (art. 136, VII, ECA): Notificar é, segundo Liberati (2008), levar ou dar a alguém uma notícia de um fato ou de um ato praticado que gera modificações no campo jurídico-social. Portanto, expedir notificação é levar ou dar uma notícia a alguém, por qualquer meio, acerca de um fato ou de um ato passado ou futuro que deva gerar direitos ou obrigações para a criança e/ou adolescente. Sendo assim, o Conselho Tutelar, ao determinar uma matrícula nos casos em a criança não seja matriculado, deverá notificar o diretor da escola, bem como também deverá notificar os pais da criança de que o Conselho determinou a matrícula. 5.1.4.8 Requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente quando necessário (art. 136, VIII, ECA): Como sabemos, certidão de nascimento são extremamente importantes, principalmente para o mundo jurídico, visto que, uma pessoa sem registro de nascimento, é uma pessoa que não existe para qualquer efeitos jurídicos, assim como, a certidão de óbito não deixa de ser importante. Sendo assim, por exemplo, nos casos em que a criança ou adolescente não possuir certidão de nascimento, cabe ao Conselho, assim que tiver ciência, requisitar a certidão ao cartório. O Conselho Tutelar tem apenas competência para 17 requisitar certidão e não para determinar tais registros, de forma que, o Cartório de Registros é que deverá cumprir tais requisições. Vale ressaltar que, uma requisição não se trata de um pedido e sim de uma ordem e, sendo esta legal, deve ser cumprida, caso haja descumprimento, como já vimos, o destinatário da requisição será processado criminalmente. 5.1.4.9 Assessorar o Poder Executivo na elaboração da proposta orçamentária para planos e programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente (art. 136, IX, ECA): O inciso IX, do art. 136 do Estatuto, traz uma atribuição muito importante ao Conselho Tutelar. Salienta Ramos (2005) sobre o assunto: “Consta o de prestar assessoramento ao Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária para planos e programas de atendimento dos direitos de crianças e adolescentes” (RAMOS, 2005, p. 41). E Rodrigues (2005): “Na lei orçamentária (Municipal, Estadual ou Federal) o Executivo deverá prever recursos para o desenvolvimento da política de proteção integral à criança e ao adolescente, sendo representadas por planos e programas, condizentes com as necessidades da comunidade, ou seja, deverá indicar o concelho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, a não oferta ou oferta irregular dos serviços públicos de atendimento à população infanto- juvenil e às suas famílias” (RODRIGUES, 2005, p. 35). O Conselho Tutelar, a partir de seus atendimentos, dispõe de dados estatísticos úteis que são capazes de fazer um verdadeiro diagnósticos sobre as carências e/ou deficiências que tem os serviços públicos prestados às crianças e aos adolescentes. Comisso, tem plena capacidade de assessorar o Poder Executivo na elaboração da proposta orçamentária. 5.1.4.10 Representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos previsto no art. 220, § 3.º, inciso II da Constituição Federal (art. 136, X, ECA): O Conselho Tutelar tem como uma de suas atribuições, representar perante a autoridade judiciária ou o Ministério Público, as pessoas que, no dizer de Liberati (2008), se sintam ofendidas em seu direitos ou desrespeitados em seus valores éticos, sociais e morais, visto que os meios de comunicação, como rádio e 18 televisão não respeitam o horário estabelecido pelo Ministério da Justiça, de modo que estes, recebem sansão de pena prevista nos termos do art. 254 do Estatuto da Criança e do Adolescente. 5.1.4.11 Representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou suspensão do poder familiar, após esgotadas as possibilidades de manutenção da criança ou do adolescente junto à família natural (art. 136, XI, ECA): A Constituição Federal, em seu art. 229 dispões que “os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores [...]”. Bem como, o Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu art. 22, também dispões que “aos pais incube o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores”. Entretanto, quando o pais descumprem o dever assistir, criar e educar seus filhos, incube ao Conselho Tutelar, após esgotadas todas as formas possíveis de orientação e atendimento, como assim determinar o inciso XI, do art. 136 do ECA, encaminhar representação ao promotor de Justiça da Infância e da Juventude para que este promova as ações de perda ou suspensão do poder pátrio. Deve o Conselho, ao realizar o encaminhamento, expor a situação e a norma violada apresentando as devidas provas. Por conseguinte, o promotor de justiça nos termos do art. 201, III c/c 155 do ECA, irá propor ação de suspensão e destituição do poder familiar. 5.1.4.12 Promover e incentivar, na comunidade e nos grupos profissionais, ações de divulgação e treinamento para o reconhecimento de sintomas de maus-tratos em crianças e adolescentes (art. 136, XII, ECA): O inciso XII, do art. 136 do ECA é uma novidade acrescentado pela Lei n. 13.046 de 2014. Este dispositivo trata de mais uma das atribuições conferidas ao Conselho Tutelar para que este órgão possa promover mecanismos com o intuito de diminuir os maus-tratos causados por pais ou responsáveis em seus filhos, problema este, muito presente no dia a dia. Todas essas atribuições conferidas ao Conselho, como vimos, são de extrema relevância para entender a importância deste órgão. Os direitos conferidos 19 às crianças e aos adolescentes devem ser assegurados em todos os sentidos. Nesse sentido, Liberati (2008): “Se o Estado protege e garante os direitos do cidadãos, com igualdade e sem discriminação, com maias razão deverá assegurar os direitos da criança e do adolescente, que gozam de prioridade absoluta no atendimento de qualquer necessidade ou direito” (LIBERATI, 2008. p. 138-139). Convém ressaltar que, a atuação do Conselho Tutelar, como registrado, tem uma importância fundamental. Sua atuação em São Luís não deixa de ser importante também. Quando este órgão se depara como uma situação, ele não deve reprimir o infrator, nem lhe aplicar pena alguma, “não deverá passar nem em frente à delegacia de Polícia, não devendo ser lavrado qualquer auto de apreensão” (MARCOS, 2006, p. 51). O Conselho deve acolher o caso e o encaminhar ao um órgão competente. Se a criança ou o adolescente tem seu direito, garantido pelo ECA, violado, o Conselho deve adotar as medidas cabíveis até onde pode, e encaminhar ao órgão competente, em São Luís temos a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente – DPCA, localizada na Rua Coelho Neto. Já quando uma um adolescente comete um ato infracional, o Conselho deve encaminhar também a um órgão competente para que possa resolver o caso, em São Luís temos a Delegacia do Adolescente Infrator - DAI, localizada na Avenida Cajazeiras. 5.1.5 Dos atos praticados por crianças e adolescentes em São Luís: Para melhor ilustrar o número de atos infracionais cometidos por menores, verificou-se, de acordo com estatísticas obtidas junto a Centro Integrado de Justiça Juvenil – CIJJUV, no período de jan/2018 a ago/2018, foram registrados 399 atos infracionais praticados por adolescentes de 12 a 21 anos. Logo abaixo estão as tabelas acerca dos atos praticados, idades e quantidade de atos praticados dentro desses meses. Vejamos: Tipo de atos praticados Total Ameaça 04 Associação Criminosa 01 Estupro 07 20 Furto 02 Homicídio 10 Latrocínio 01 Lesão Corporal 02 Porte ilegal de arma de fogo 02 Receptação 01 Roubo 357 Tentativa de Homicídio 02 Tentativa de Roubo 02 Tráfico de Drogas 08 Fonte: CIJJUV – Centro Integrado de Justiça Juvenil Quadro 1 – Tipo de atos praticados Fonte: CIJJUV – Centro Integrado de Justiça Juvenil, 2018 Gráfico 1 – Idade dos infratores. De acordo com este gráfico, podemos observar que dentre os jovens infratores, os de idade entre 15 a 17 anos de idade são os que mais cometem crimes. Sendo que os de 12 anos, foram registrados 3 atos; de 13 anos, 5 cometeram atos; de 14 anos, foram 31 registros; de 15 anos, 66 cometeram tais atos; de 16 anos, 106 IDADE DOS INFRATORES 12 Anos 13 Anos 14 Anos 15 Anos 16 Anos 17 Anos 18 Anos 19 Anos 20 Anos 21 cometeram atos; 17 anos com 174 registros e; de 18 19 e 20anos, foram registrados, respectivamente, 7, 6 e 1 atos infracionais. Fonte: CIJJUV – Centro Integrado de Justiça Juvenil, 2018. Gráfico 2 – Número de atos praticados As ilustrações acima apresentada nos revelam como é grande o problema com que vivemos hoje. Vale ressaltar que os dados obtidos são apenas os casos que são registrados. Pois, como sabemos, na maioria das vezes, esses atos praticados por menores nem chegam a conhecimento do poder público. 0 10 20 30 40 50 60 70 Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto N ú m er o d e ca so s Meses 2018 NÚMERO DE ATOS PRATICADOS 22 5.2 Referencial metodológico Esta elaboração do projeto de pesquisa será feita com o levantamento bibliográfico. Segundo Köche (1997) esse tipo de pesquisa fornece as contribuições já existentes na área, que através da investigação acerca das teorias, o pesquisador analisa e avalia obtendo a compreensão de modo que possibilite a explicar o problema objeto. Isso é fundamental, haja vista que não se pode proceder com o estudo de algo sem averiguar o que já foi produzido sobre o mesmo, evitando um conhecimento inédito pré-existente que possa desguarnecer a fundamentação teórica. Assim, os pilares de sustentação para a fundamentação deste projeto são as fontes referências teóricas ou fontes bibliográficas encontradas, conforme Lakatos e Marconi (1996) retrata, em livros, monografias, pesquisas, artigos, etc. Destes meios foram utilizados, neste projeto de pesquisa, apenas livros, monografias e levantamento de dados estatísticos, nos quais disponibilizaram seus conhecimentos a partir de autores competentes e especializados no assunto, nas pertinentes áreas do ordenamento jurídico brasileiro. O presente estudo discorre sobre os atos infracionais cometidos por crianças e adolescentes, discorrendo sobre a atuação do Concelho Tutelar na situação. Além da repercussão dos seus atos praticados que implica, preocupantemente, a ordem social. Vale ressaltar que a ótica,da elaboração do projeto de pesquisa, almeja a atuação do Concelho Tutelar na situação. 23 6. CRONOGRAMA 1ª Sem. 2ª Sem. 3ª Sem. 4ª Sem. 5ª Sem. 6ª Sem. 7ª Sem. 8ª Sem. Elaboração do Projeto X X Leituras de Aprofundamento X X Coleta de Dados X Análise de Dados X X Revisão de Leitura X Redação do Texto X X Depósito do Texto X Publicação do Texto X 24 REFERÊNCIAS AMARAL E SILVA, Antônio Fernando do. Poder Judiciário e Rede de Atendimento. In MARQUES, Antônio Emílio Sendim; BRANCHER, Leoberto Narciso (coords.) – Encontros pela Justiça na Educação. Brasília: Fundescola/MEC, 2001. BECKER, Maria Josefina. A ruptura dos vínculos: quando a tragédia acontece. In: Família brasileira: a base de tudo. 6.ed. São Paulo: Cortez, 2004, p. 60-76. ISHIDA, Valter Kenji. Estatuto da Criança e do Adolescente: Doutrina e Jurisprudência. 15.ª ed. São Paulo: Atlas, 2014. KÖCHE, José Carlos. Fundamentos de metodologia científica: teoria da ciência e prática da pesquisa. 14.ed. rev. e ampl. Petrópolis: Vozes, 1997. LAKATOS, Eva Maria, MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia Científica. 3.ed. São Paulo: Atlas, 1991. LIBERATI, Wilson Donizeti. Comentários ao estatuto da criança e do adolescente. 10.ed. São Paulo: Malheiros, 2008. MARCOS, Bandeira. Atos infracionais e medidas socioeducativas: uma leitura dogmática, crítica e constitucional. 1.ed. Bahia: Editus, 2006. MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 32.ed. São Paulo: Atlas, 2016. RAMOS, Bianca Batista. A importância do Conselho Tutelar na garantia da cidadania das crianças e dos adolescentes. 2005. Monografia (Bacharelado em Direito) – Centro Universitário do Maranhão – UniCeuma, 2005. RODRIGUES, José Franklin Seba. Atuação do conselho tutelar em São Luís. 2005. Monografia (Bacharelado em Direito) – Centro Universitário do Maranhão – UniCeuma, 2005. SARAIVA, João Batista Costa. Adolescente em conflito com a Lei: Da indiferença à proteção integral – uma abordagem sobre a responsabilidade penal juvenil. 3.ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2009.
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