Buscar

Direito do Consumidor 3.4 Exercícios

Prévia do material em texto

DIREITO DO CONSUMIDOR
3a aula
	
 
Lupa
 
	 
	�
Vídeo�
	�
PPT�
	�
MP3�
	 
	
�
	
	 
	Exercício: CCJ0023_EX_A3_201601155921_V7 
	24/10/2018 07:16:08 (Finalizada)
	Aluno(a): ROBSON JOSE DA SILVA
	2018.2
	Disciplina: CCJ0023 - DIREITO DO CONSUMIDOR 
	201601155921
�
	 
	
	 1a Questão
	
	
	
	
	Considerando as três assertivas abaixo, assinale a alternativa correta: I ¿ Quando se trata da análise do conceito de consumidor deve ser observada a teoria finalista porque é a adota de forma predominante no ordenamento jurídico. II ¿ Nos casos de revisão da cláusula contratual em razão de onerosidade excessiva, no âmbito do CDC, deve ser observada a teoria da imprevisão. III ¿ A inversão do ônus da prova sempre se faz presente nos casos que envolver relação de consumo.
	
	
	Nenhuma está correta.
	
	Apenas a I e II estão corretas.
	 
	Somente a I está correta.
	
	Apenas a II e III estão corretas.
	
	
	 
	
	 2a Questão
	
	
	
	
	No que concerne à relação jurídica de consumo, assinale a opção correta.
	
	
	Toda venda de produto implica a prestação de serviço, bem como toda prestação de serviço implica a venda de produto. apartamentos para alugar em santos
	 
	As pessoas atingidas por um acidente aéreo, ainda que não sejam passageiros, são equiparadas aos consumidores.
	
	Segundo o entendimento do STF, nas operações de natureza securitária, não se aplica o Código de Defesa do Consumidor.
	
	Para que seja equiparado a consumidor, um grupo de pessoas deve ser determinável.
	
	Há relação de consumo quando uma montadora de automóveis adquire peças para montar um veículo.
	
Explicação: consumidor por equiparação
	
	
	 
	
	 3a Questão
	
	
	
	
	Marcos é caminhoneiro e comprou um veículo novo para o seu trabalho independente de transportes de mercadorias, sendo esta sua fonte de trabalho e sustento próprio e de sua família. Dois meses após a compra, o veículo apresenta um grave defeito de fabricação, conforme os julgados do STJ, é correto afirmar:
	
	
	Marcos não é destinatário final, já que utiliza o caminhão como instrumento de trabalho, portanto, não poderia este utilizar a proteção do CDC
	
	Marcos não poderá arrogar para si a condição de consumidor, já que este trabalha de forma independente e por isso é um indivíduo profissional, portanto o STJ não prevê a possibilidade de se estabelecer sua vulnerabilidade no caso concreto
	 
	Aplica-se o CDC ao caso, adotando-se a teoria finalista mitigada, que determina esta excepcionalidade, onde pessoa física ou jurídica, embora não seja propriamente a destinatária final do produto ou do serviço, apresenta-se em situação de vulnerabilidade
	
	Aplica-se o CDC ao caso, já que o STJ segue a teoria maximalista, que determina que todas as relações podem ser de consumo, flexibilizando a noção de destinatário final
	
	Marcos poderia ser considerado um empresário e a partir do Código Civil de 2002, a jurisprudência deixou de reconhecer a pessoa jurídica como consumidora, afastando a aplicação do CDC
	
Explicação:
O STJ, em geral, tem manifestado o entendimento pela Teoria Finalista Mitigada, ou seja, considera-se consumidor tanto a pessoa que adquire para o uso pessoal quanto os profissionais liberais e os pequenos empreendimentos que conferem ao bem adquirido a participação no implemento de sua unidade produtiva, desde que, nesse caso, demonstrada a hipossuficiência, sob pena da relação estabelecida passar a ser regida pelo Código Civil.
	
	
	 
	
	 4a Questão
	
	
	
	
	Na análise de casos concretos, a identificação da relação de consumo e seus elementos é o critério básico para determinar-se a aplicação do Código de Defesa do Consumidor. Nesta análise
	
	
	Para a teoria maximalista, destinatário final do artigo 2º do CDC é aquele destinatário fático e econômico do bem ou serviço, seja ele pessoa jurídica ou física. Não basta ser destinatário fático, é necessário ser destinatário econômico do bem.
	
	O STJ hodiernamente adota a teoria maximalista
	 
	É preciso identificar a existência de consumidor e fornecedor. Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire o produto ou serviço como destinatário final. A expressão ¿destinatário final¿ encontra na doutrina e jurisprudência diversas interpretações, surgindo a este respeito as teorias finalista, maximalista e do finalismo aprofundado
	
	O CDC define a expressão destinatário final
	
	A teoria finalista aprofundada considera que a definição de consumidor é objetiva, não importando se a pessoa física ou jurídica tem ou não fim de lucro quando adquire um produto ou utiliza um serviço. Destinatário final seria o destinatário fático do produto.
	
Explicação:
 Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
        Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.
        Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
        § 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.
        § 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
	
	
	 
	
	 5a Questão
	
	
	
	
	Gregório é proprietário de apartamento que integra o Condomínio Vila Bela e pretende propor ação judicial contra o mencionado condomínio sob o argumento de que houve ofensa aos seus direitos de consumidor, ao ser majorada a taxa condominial em 300%. O síndico do Condomínio Vila Bela justificou o aumento da taxa condominial com a alegação de que a competente concessionária de serviços públicos estaria cobrando indevida taxa de esgoto, que deveria ser custeada por todos os condôminos. Considerando a situação hipotética apresentada, assinale a opção correta acerca do Código de Defesa do Consumidor (CDC).
	
	 
	Sendo constatada relação de consumo, presume-se a vulnerabilidade de Gregório, por ser pessoa física, ao contrário das pessoas jurídicas, que devem demonstrar esse requisito de aplicação do CDC.
	
	Quanto às despesas de manutenção, aplica-se o CDC à relação jurídica entre Gregório e o Condomínio Vila Bela.
	
	O Condomínio Vila Bela não é considerado consumidor de bens e serviços de consumo, por ser apenas pessoa formal, sem personalidade jurídica.
	
	Inexiste relação de consumo entre o Condomínio Vila Bela e a concessionária de serviços públicos que cobra indevidamente taxa de esgoto.
	
	Todo consumidor é vulnerável e hipossuficiente, pois referidas expressões são tratadas no CDC como sinônimas.
	
Explicação:
Há possibilidade de atuação em face do condomínio, assim como também existe posicionamento do STJ no sentido de que o condomínio pode atuar como polo ativo em casos envolvendo relação de consumo.
"CDC pode ser aplicado em conflito de condomínio contra empresa
Para os ministros da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), disputas entre um condomínio de proprietários e empresas podem caracterizar relação de consumo direta, o que possibilita a aplicação do Código de Defesa do Consumidor (CDC) para resolver o litígio.
No caso analisado pelo STJ, um condomínio questionou na Justiça uma alienação feita pela construtora do prédio, e no rito da ação pediu a aplicação do inciso VIII do artigo 6º do CDC para inverter o ônus da prova, paraque a construtora provasse a necessidade da alienação, bem como sua efetividade.
Em primeira e segunda instância, o pedido foi negado, ao entendimento de que a relação entre o condomínio e a construtora não configura consumo de acordo com a definição do CDC. Com a negativa, o condomínio entrou com recurso no STJ."
	
	
	 
	
	 6a Questão
	
	
	
	
	Segundo o entendimento do STJ considera-se consumidor:
	
	 
	Pessoas físicas e jurídicas que adquirem produtos na qualidade de destinatário final, devendo a pessoa jurídica produtos não destinados a sua atividade fim, nos termos da teoria híbrida ou mitigada.
	
	Excluem-se as pessoas jurídicas de direito público, segundo a teoria híbrida ou mitigada adotada pelo STJ
	
	Todas as pessoas físicas que adquirirem produtos na qualidade de destinatário final, nos termos da teoria finalista.
	
	Tanto pessoas físicas como jurídicas desde que adquirentes na qualidade de destinátario final, conforme teoria maximalistica adotada pelo STJ.
	
Explicação:
O STJ costuma se posicionar de forma mais constante segundo a teoria finalista mitigada, apresentando decisões que buscam atingir maior sensação de justiça nos casos concretos analisados.
	
	
	 
	
	 7a Questão
	
	
	
	
	¿De regra, o consumidor intermediário, por adquirir produto ou usufruir de serviço com o fim de, direta ou indiretamente, dinamizar ou instrumentalizar seu próprio negócio lucrativo, não se enquadra na definição constante no art.2º do CDC. Denota-se, todavia, certo abrandamento na interpretação finalista, na medida em que se admite, excepcionalmente, a aplicação das normas do CDC a determinados consumidores profissionais, desde que demonstrada, in concreto, a vulnerabilidade técnica, jurídica ou econômica.¿ (REsp nº 660.026/RJ). Nesse julgado, o STJ adotou, com relação ao conceito de consumidor, a teoria (assinale a opção correta):
	
	
	A teoria maximalista;
	
	A teoria subjetiva.
	
	A teoria finalista;
	 
	A teoria finalista atenuada;
	
	A teoria objetiva;
	
Explicação:
A teoria finalista mitigada ou atenuada representa uma flexibilização da teoria finalista clássica, cuja aplicação não conseguia proteger todas as relações de consumo que se apresentavam aos tribunais brasileiros. 
	
	
	 
	
	 8a Questão
	
	
	
	
	Qual seria o termo utilizado na parte suprimida da seguinte descrição: ¿os _______ viam nas normas do CDC o novo regulamento do mercado de consumo brasileiro, e não normas orientadas para proteger somente o consumidor não profissional. O CDC seria um código geral sobre o consumo um código para a sociedade de consumo, que institui normas e princípios para todos os agentes do mercado, os quais podem assumir os papéis ora de fornecedores, ora de consumidores. A definição do art. 2º deve ser interpretada o mais extensivamente possível, segundo esta corrente, para que as normas do CDC possam ser aplicadas a um número cada vez maior de relações de consumo.¿ MARQUES, Claudia Lima; BENJAMIN, Antonio Herman V.; BESSA, Leonardo Roscoe. Manual de Direito do Consumidor. 3. ed. São Paulo: RT, 2010. p. 85.
	
	
	finalistas mitigados
	 
	maximalistas
	
	maximalistas e os finalistas tradicionais
	
	finalistas tradicionais
	
	finalistas tradicionais e mitigados
	
Explicação:
Para os seguidores desta corrente, consumidor é  considerado aquele que retira um bem do mercado de consumo, independentemente do destino que dara ao mesmo, ou seja, basta que seja destinatário fático.

Continue navegando