Buscar

PETIÇÃO - INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS POR INSCRIÇÃO INDEVIDA NO SPC

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

___________________________________________________________________
AO JUÍZO DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE XXX, RIO GRANDE DO NORTE
UM DOIS TRÊS DE OLIVEIRA QUATRO, brasileiro, casado, agricultor, portador do RG nº xxx e inscrito no CPF/MF sob o nº xxx, residente e domiciliado na rua Pedro Álvares Cabral, nº 500, Santa Paz, Mossoró-RN, CEP: xx.xxx-xxx, por meio de seus advogados que esta subscrevem (procuração em anexo), com endereço profissional no rodapé da presente, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
em face de BANCO QUALQUER, instituição financeira inscrita no CNPJ/MF sob o nº 00.000.000/0001-91, com sede na Av. Rio Branco, nº 510, Cidade Alta, Natal-RN, CEP: 59.025-900, endereço eletrônico: bancoqualquer@banco.com.br, contato: (xx) xxxx-xxxx, pelas razões de fato e de direito a seguir expostos.
DA JUSTIÇA GRATUITA
Preliminarmente, cumpre informar que a parte demandante é pobre na forma da lei e não possui condições de custear esta demanda sem que comprometa o seu sustento e o de sua família. 
Isto posto, vale ressaltar que a assistência judiciária gratuita é um benefício concedido em razão da Lei nº 10.060/50. O parágrafo único do art. 2º desta lei dispõe que: 	
Parágrafo único. Considera-se necessitado, para os fins legais, todo aquele cuja situação econômica não lhe permita pagar as custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo do sustento próprio ou da família. (Grifo nosso).
No mesmo sentido, o Novo Código de Processo Civil trouxe a seguinte redação:
Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei. (Grifo nosso).
Pelo exposto com base na garantia jurídica que a lei oferece, requer a demandante, a concessão do benefício da justiça gratuita, em todos os seus termos, a fim de que sejam isentos de qualquer ônus decorrente do presente feito.
DOS FATOS
O autor, no mês de outubro de 2018, ao pretender adquirir um eletrodoméstico “fogão”, a prazo, em uma das lojas XXX de XXX-RN, foi informado que existia uma negativação em seu nome, constante no SERASA, em razão de suposta dívida no valor de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais) de 09/06/2018, sem que a dívida existisse (anexo). 
Surpreso com a existência da dívida, o autor realizou uma reclamação na Ouvidoria, através de contato telefônico ocorrido em 06/10/2018, nº de protocolo 2018021001790, pedindo que o Banco exibisse os documentos que comprovasse a existência das dívidas, contudo, pediram-lhe que aguardasse até 3 dias úteis para obter uma resposta, mas não retornaram a ligação. 
O Requerente, desesperado, humilhado e envergonhado, realizou uma nova tentativa de contato, desta vez por e-mail, para o endereço “bancoqualquer@banco.com.br”, solicitando, novamente, que enviassem a comprovação de existência da dívida. Mais uma vez, não obteve resposta, o que se caracteriza como um verdadeiro descaso da empresa com o cliente. (anexo).
É válido destacar que, durante 15 anos de relacionamento com este Banco, o Autor nunca havia registrado débitos indevidos em sua conta, e também nunca agiu de forma irresponsável. Sempre arcou com seus compromissos, por isso não se conforma ao ver essa negativação realizada pelo réu no SERASA. Inclusive, consta nos autos uma declaração de idoneidade, realizada pelo Banco Qualquer, informando que o Autor sempre demonstrou idoneidade moral e financeira nos negócios realizados com esta instituição financeira. (anexo).	
A negativação realizada no nome do autor, propiciaram-lhe grande prejuízo, pois estava precisando, urgentemente, adquirir um novo fogão para sua casa, uma vez que o antigo havia quebrado e, assim, não conseguiria produzir a alimentação para sua família. 
Ainda nesse sentido, Excelência, é possível observar que também houve dano de ordem econômico-financeira, pois registros negativos dessa natureza dificultam o acesso ao crédito, imputando-lhe um histórico de mau pagador. 
É evidente a repercussão negativa gerada pela inscrição indevida, tendo em vista que tal fato acarreta efeitos prejudiciais em diversos aspectos da vida civil, não só limitando imediatamente a obtenção de crédito, mas atentando contra o patrimônio ideal formado pela imagem idônea do consumidor. Assim, enseja a reparação por danos morais em virtude da má prestação de serviço por parte do réu, bem como, pelos transtornos causados.
	
DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA 
O artigo 300 do Novo Código de Processo Civil estabelece como requisitos para a concessão de tutela antecipada a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado.
Deste contorno, o débito indevido no valor de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), trará diversos prejuízos ao Autor, uma vez que não pretende pagar uma dívida que nunca existiu. 
Ressalte-se que a Reclamada não demonstrou interesse em resolver a questão administrativamente, uma vez que as duas tentativas de contato do Autor foram frustradas com o não recebimento da resposta requerida.
A Verossimilhança da alegação está devidamente demonstrada pelos documentos carreados nos autos, especialmente no que concerne às provas de que o Autor tentou resolver seu problema administrativamente, através de contato telefônico e por e-mail (doc. em anexo).
Sendo assim, é importante que se faça cessar de imediato os efeitos maléficos decorrente de registro negativo junto ao órgão de proteção ao crédito. 
O artigo 294 do CPC/15 dispõe que a Tutela Provisória, pode ser motivada em Urgência ou Evidência, completando o referido artigo acerca da matéria, o artigo 300 do código traz:
 	Art. 300. A Tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo.
A aplicação deste direito evidencia-se com o fato de que o nome do Autor estar no rol dos MAUS PAGADORES, de forma injusta, pois em momento algum adquiriu esta dívida, ainda mais quando é evidente a negligência da Reclamada esclarecer o problema. 
O artigo 186, do Código Civil Brasileiro considera que: 
 “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”. 
Portanto, observar-se-á que o ato praticado pela Ré viola o direito do Autor, que sempre agiu de boa fé. Ressalte-se que, até então, o Sr. Um Dois Três de Oliveira Quatro era cliente do Banco há 15 (quinze) anos, e nunca havia passado por situação tão constrangedora.
Sobre o assunto, Humberto Theodoro Júnior (2016, p. 610), explica que:
 “As tutelas provisórias têm em comum a meta de combater os riscos da injustiça ou de dano, derivados da espera, sempre longa, pelo desate final do conflito submetido à solução da justiça.”
A despeito dos requisitos para concessão de tutela de urgência, temos, em primeiro lugar, o fumus boni iuris, ou a probabilidade de direito. É preciso que a parte comprove a existência da veracidade do que está sendo pleiteado. O outro requisito é o chamado periculum in mora, ou perigo do dano ou risco que poderá ocorrer caso a tutela não seja concedida. Com isso, a tutela de urgência visa assegurar a eficácia do processo de conhecimento ou do processo de execução. 
Quanto ao fumus boni iuris, já foi exaustivamente demonstrado, através da legislação pátria supracitada, que no caso em tela cabe a aplicação da tutela de urgência.
Quanto ao “periculum in mora”, resta evidenciado pelo prejuízo que terá o requerente em seu direito à imagem, em razão da demora na prestação da tutela jurisdicional, notadamente pelo fato de que não deveria este aguardar até a sentença,para ver seu nome excluído dos cadastros desabonadores, mesmo sendo diligentes em suas dívidas e, nesse sentido, ser punido por uma conduta abusiva da ré.
Destarte, por estarem preenchidos os requisitos para a concessão da tutela de urgência antecipada, o autor pleiteia a Vossa Excelência, a ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA, determinando que o Réu retire o nome do Autor dos órgãos de proteção ao crédito: SPC/SERASA.
Não sendo possível a concessão da Tutela Provisória de Urgência Antecipada por Vossa Excelência, passa-se a expor o direito.
DO DIREITO 
Conforme demonstrado pelos fatos narrados e provas juntadas no presente processo, a má prestação do serviço por parte do Banco que, agindo de forma imprudente, violou vários direitos do Autor, é motivo plausível para aplicação de indenização por danos morais, de acordo com o disposto no Art. 186 com Art. 927 do Código Civil e ainda nos moldes dos artigos 6º e 14 do Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/1990).
O texto legal, do Código Civil, não deixa dúvida quanto a responsabilidade do réu na presente questão e o seu dever de indenizar. O art. 186 abre uma grande gama de possibilidades de indenização quando expressa:
 “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência, ou imprudência, violar direito, ou causar prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar o dano”.
O Código Civil no seu Art. 186 combinado com o Art. 927 impõem o dever de indenizar àqueles que causam prejuízos a outras pessoas. Assim, o código busca trazer para o ordenamento jurídico positivo os diferentes tipos de danos indenizáveis já consolidados pela jurisprudência. Visando este objetivo, procura enumerar as possibilidades em que o dano pode ser causado. Um exemplo claro é o dano moral que será pleiteado aqui.
Assim, verifica-se que a lei não dá abrigo a postura do réu, e ainda, prevê a indenização pelos danos causados por essa postura irresponsável praticada pelo Banco.
Da mesma forma a CF/88 garante a todos o acesso ao judiciário. Garante também em sem artigo 5º, inciso X, a proteção à honra e a indenização por eventual violação causadora de dano material ou moral. 
No mesmo sentido, o Código de Defesa do Consumidor também estabelece a possibilidade de reparação por danos morais e materiais causado ao consumidor na relação de consumo (Art. 14 CDC). O que ocorreu, de fato, foi que o réu negativou o autor no órgão de proteção ao crédito, prejudicou a sua vivência familiar, desestabilizou sua vida financeira, e o expôs a situação vexatória, causando-lhe sofrimento e dor, devendo indenizá-lo pela má prestação do serviço.
A inscrição indevida no cadastro de inadimplentes é, por si, suficiente para ensejar a reparação. Vejamos os entendimentos do TJ-DF a respeito desse assunto:
 DIREITO DO CONSUMIDOR. CONCILIAÇÃO PARCIAL. POSSIBILIDADE. CADASTRO DE INADIMPLENTES. INSCRIÇÃO INDEVIDA. DANO MORAL. REVELIA. 1. INEXISTE REGRA PROCESSUAL QUE VEDE A CONCILIAÇÃO DAS PARTES EM RELAÇÃO A UM DOS PEDIDOS FORMULADOS NA EXORDIAL. TRATANDO-SE DE PLEITOS INDEPENDENTES E CUMULATIVOS, CORRETA A DECISÃO QUE HOMOLOGA O ACORDO PARCIAL E DETERMINA O PROSSEGUIMENTO DO FEITO EM RELAÇÃO ÀS POSTULAÇÕES REMANESCENTES. 2. INSCRITO O NOME DO CONSUMIDOR NOS CADASTROS DE INADIMPLENTES, DE FORMA INDEVIDA, É PATENTE A EXISTÊNCIA DO DEVER DE INDENIZAR, POIS CABE À PRESTADORA DE SERVIÇOS, QUE AUFERE LUCRO COM A ATIVIDADE, ASSUMIR OS RISCOS INERENTES. 3. A "NEGATIVAÇÃO" INDEVIDA, POR SI SÓ, É SUFICIENTE A ENSEJAR INDENIZAÇÃO A TÍTULO DE DANO MORAL, NÃO SENDO NECESSÁRIO QUE O PREJUDICADO TENHA QUE COMPROVAR PREJUÍZO, QUE EMERGE DA SIMPLES RESTRIÇÃO CREDITÍCIA. 4. A ARGUMENTAÇÃO RECURSAL A RESPEITO DA AUSÊNCIA DE DOLO OU MÁ-FÉ DA PRESTADORA DE SERVIÇOS É IMPERTINENTE, EIS QUE A RESPONSABILIDADE POR DANOS CAUSADOS AO CONSUMIDOR É OBJETIVA. 5. A INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL DEVE SER FIXADA EM MONTANTE SUFICIENTE À REPARAÇÃO DO PREJUÍZO, LEVANDO-SE EM CONTA A MODERAÇÃO E A PRUDÊNCIA DO JUIZ, SEGUNDO O CRITÉRIO DE RAZOABILIDADE PARA EVITAR O ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA, E A RUÍNA DO RÉU, EM OBSERV NCIA, AINDA, ÀS SITUAÇÕES DAS PARTES. 6. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO (TJ-DF - ACJ: 20071110019165 DF, Relator: SANDOVAL OLIVEIRA, Data de Julgamento: 24/06/2008, Primeira Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do D.F., Data de Publicação: DJU 06/08/2008. Pág.: 139)
(...)
 “DANO MORAL. INSCRIÇÃO INDEVIDA EM CADASTRO DE INADIMPLENTES. SERASA E SPC. DANO CONFIGURADO. INDENIZAÇÃO. VALOR. PROPORÇÃO AO DANO. Para a reparação do dano moral em decorrência de inscrição indevida em cadastro de inadimplentes, basta a comprovação do ato ilícito. Não se exige a comprovação efetiva do dano que se dá in repisa. (...).” )ACJ 2007.02.1.001158-8, Relator Juiz Carlos Pires Soares Neto, DJ de 7.8.2008)”.
(...)
 “Dano moral. Inscrição indevida do nome em cadastro de inadimplentes. Fraude. Valor da indenização. (...) 2 – A inscrição indevida do nome em serviço de proteção ao crédito gera constrangimentos, com danos morais, que devem ser reparados. 3 – Valor de indenização por dano moral que se mostra adequado não reclama alteração. 4 – Agravo retido não reconhecido e apelação não provida. (Apelação Cível 2009 01 1 075609-5 APC – Relator Desembargador JAIR SOARES.)”
Em relação ao valor da indenização, o STJ firmou o seguinte entendimento:
 AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. DANOS MORAIS. VALOR DA INDENIZAÇÃO. REEXAME DE FATOS E PROVAS. VEDAÇÃO. SÚMULA N. 7/STJ.
 	(...) 2. O valor da indenização sujeita-se ao controle do Superior Tribunal de Justiça, sendo certo que, na sua fixação, recomendável que o arbitramento seja feito com moderação, proporcional ainda, ao porte econômico dos Réus, orientando-se o juiz pelos critérios sugeridos pela doutrina e pela jurisprudência com razoabilidade, valendo-se de sua experiência e do bom senso e atento à realidade da vida e às peculiaridades de cada caso. 3.In casu, o quantum fixado pelo Tribunal a quo a título de reparação de danos morais mostra-se razoável, limitando-se à compensação do sofrimento advindo do evento danoso. 4. Agravo regimental improvido. (AgRg no Ag 884.139/SC, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, QUARTA TURMA, julgado em 18.12.2007, DJ 11.02.2008 p. 1)”
Não obstante a isto, as reiteradas tentativas de resolver a necessidade do Autor ultrapassa a esfera dos aborrecimentos aceitáveis do cotidiano, demonstrando completo descaso do Réu.
Sendo assim, ficou constatada a responsabilidade do réu. Por conta disso, o Autor experimentou humilhação, sofrimento e dor. A situação chegou a comprometer até a alimentação de sua família, uma vez que precisavam do fogão para produzir a comida ideal.
O fato é que, o prejuízo moral experimentado pelo autor deve ser ressarcido numa soma que não apenas compense a dor e sofrimento causados, mas especialmente deve atender às circunstâncias do caso em tela, tendo em vista da situação pessoal do ofendido.
A respeito do valor da indenização por dano moral, a orientação doutrinária e jurisprudencial está baseada no bom senso do julgador:
 	“No direito brasileiro, o arbitramento da indenização do dano moral ficou entregue ao prudente arbítrio do Juiz. Portanto, em sendo assim, desinfluente será o parâmetro por ele usado na fixação da mesma, desde que leve em conta a repercussão social do dano e seja compatível com a situação econômica das partes e, portanto, razoável”. (Antônio Chaves, “Responsabilidade Civil, atualização em matéria de responsabilidade por danos moral”, publicada na RJ nº. 231, jan/1997, p. 11).
Ademais, conforme exposto ao longo da peça, o Autor buscou resolver a situação amigavelmente, entrando em contato com o Banco, porém não conseguiu, o que gera com clareza, o pleno dano moral,requerendo a condenação do Banco ao pagamento de R$ 10.000,00 (dez mil reais), a título de danos morais.
Resta assim, indubitável existência de danos morais a serem ressarcidos pelo Réu, pois com seu procedimento, afetou de forma significativa a tranquilidade do Autor, causando-lhe constrangimentos e aborrecimentos, numa situação de urgência.
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência:
Que seja concedido os benefícios da justiça gratuita ao promovente, tendo em vista ser pessoa hipossuficiente, não tendo momentaneamente condições de arcar com despesas e demais custas processuais sem prejuízo próprio;
A citação do réu no endereço supra, para que, querendo, venha contestar os fatos narrados (art. 336 do CPC/15), sob pena de revelia;
Que seja concedida a tutela antecipada, para que seja retirado o nome do Autor do cadastro de proteção ao crédito;
A citação da requerida para comparecer em audiência de conciliação;
Que seja declarado a inexistência da dívida que originou a inscrição no SERASA/SPC pelo Banco Qualquer, no valor de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais).
A condenação do Banco-réu ao pagamento de indenização por dano moral no importe de R$ 10.000,00 (dez mil reais); 
A condenação do réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios fixados por Vossa Excelência, nos termos do Art. 85, parágrafo 2º, do novo CPC; e
A procedência de todos os pedidos constantes na inicial.
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova, notadamente prova documental.
Dá-se à causa o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais).
Nestes termos,
Pede deferimento.
CIDADE/XX, 05 de novembro de 2018.
ADVOGADO
OAB/XX 25.000

Continue navegando