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Administração Aduaneira e Alfandegamento

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16/11/2018 Disciplina Portal
http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2388103&classId=981467&topicId=2652873&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f03… 1/20
Legislação Aduaneira
Aula 2 - A Administração Aduaneira, o
Alfandegamento e os Recintos Alfandegados
INTRODUÇÃO
Os negócios internacionais referem-se ao desempenho de atividades de comércio (mercadorias ou serviços) através
das fronteiras entre países. 
O crescimento da atividade de negócios internacionais coincide com o fenômeno do qual tanto ouvimos falar hoje em
dia, a globalização, ou seja, a crescente integração econômica e a interdependência dos países. Esta
interconectividade econômica conduz o mundo a uma compressão do tempo e do espaço, levando alguns autores a
utilizarem o termo de “aldeia global” para de�nir as curtas distâncias e a redução do tempo com que a vida dos
negócios e até pessoal é vivida atualmente, devido a todas as facilidades que a tecnologia da informação (TI) continua
nos proporcionando. 
16/11/2018 Disciplina Portal
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Todavia, apesar de termos a sensação de que tudo podemos no mundo virtual, os métodos de recebimento de
produtos que compramos, muitas vezes praticando o chamado e-commerce, ainda chegam as nossas casas de forma
tradicional, com mais rapidez sem dúvida, mas ainda utilizado o transporte marítimo ou o aéreo. 
Nesta aula, vamos aproveitar para falar sobre a importância dos portos, aeroportos, pontos de fronteira alfandegados e
compreender como funciona a Administração aduaneira.
OBJETIVOS
Compreender os conceitos, as diferenças e os objetivos do Alfandegamento e dos Recintos Alfandegados: os portos,
aeroportos e pontos de fronteira alfandegados.
Reconhecer como funciona a Administração aduaneira e seus impactos no comércio exterior brasileiro.
16/11/2018 Disciplina Portal
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OS CONCEITOS, AS DIFERENÇAS E OS OBJETIVOS DO
ALFANDEGAMENTO E DOS RECINTOS ALFANDEGADOS: OS PORTOS,
AEROPORTOS E PONTOS DE FRONTEIRA ALFANDEGADOS
Na aula anterior, vimos que o Regulamento Aduaneiro, no seu art. 5º, fala sobre alfandegamento. Vamos recapitular?
Os portos, aeroportos e pontos de fronteira serão alfandegados (glossário) por ato declaratório da autoridade
aduaneira competente, para que neles possam, sob o controle aduaneiro:
Estacionar ou transitar veículos procedentes do exterior ou
a eles destinados;
Efetuar operações de carga, descarga, armazenagem ou
passagem de mercadorias procedentes do exterior ou a ele
destinadas;
Embarcar, desembarcar ou transitar viajantes procedentes
do exterior ou a ele destinados.
Assim sendo, entendemos que o alfandegamento é uma permissão, por parte da Receita Federal do Brasil (RFB -
permissionário) por meio de Ato Declaratório Executivo emitido pelo superintendente da região de jurisdição do porto,
aeroporto ou ponto de fronteira a ser alfandegado.
Tratam ainda desta matéria: 
• O artigo 6º estabelece que o alfandegamento de portos, aeroportos ou pontos de fronteira será precedido da
respectiva habilitação ao tráfego internacional pelas autoridades competentes em matéria de transporte; 
• O seu parágrafo único diz que ao iniciar o processo de habilitação de que trata o caput (art. 6º), a autoridade
competente noti�cará a Secretaria da Receita Federal do Brasil; 
• O artigo 7° estabelece que o ato que declarar o alfandegamento estabelecerá as operações aduaneiras autorizadas e
os termos, limites e condições para sua execução.
16/11/2018 Disciplina Portal
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Observando essa matéria, concluímos que os veículos que circulam, nestas áreas, merecem especial atenção, tanto os
nacionais quanto os internacionais utilizados no transporte de pessoas. Por este motivo, somente transitam, nestes
locais, os veículos previamente autorizados, por meio de solicitação dos interessados à administração de cada porto
aeroporto ou ponto de fronteira, indicando itinerários, procedimentos de carga, descarga, embarque e desembarque.
Da mesma forma o controle aduaneiro exige que todas as operações relacionadas ao exterior ou dele procedentes
(inclusive o trânsito de pessoas) tenham segurança física e jurídica, identi�cando os responsáveis. Portanto as
empresas que atuam na armazenagem, movimentação de mercadorias e trânsito de passageiros, obrigatoriamente
devem possuir cadastro e autorização para funcionamento.
Atenção
, A armazenagem e movimentação de mercadorias pode ser gratuita ou remunerada. O Supremo
Tribunal de Justiça decidiu que a cobrança de tarifas é absolutamente legal. 
Desta forma, o armazenamento e a movimentação de mercadorias na área primária e também na
secundária, normalmente, são pagos. A Zona Secundária, em geral, é menos dispendiosa do que a
Zona Primária. Esta é uma das vantagens da transferência das mercadorias para esta área
alfandegada, utilizando o Regime Aduaneiro Especial denominado: Trânsito Aduaneiro (TA).
Obs.: O Art. 8, do Regulamento Aduaneiro, aborda um assunto muito interessante sobre o qual não podemos deixar de
comentar. Vamos conferir do que se trata?
“Somente nos portos, aeroportos e pontos de fronteira
alfandegados poderá efetuar-se a entrada ou a saída de
mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas”.
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica: 
I - À importação e à exportação de mercadorias conduzidas por linhas de transmissão ou por dutos, ligados ao exterior,
observadas as regras de controle estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.
O caput não nos surpreende, ele já foi bastante comentado nas nossas duas primeiras aulas, mas o seu Item I do
Parágrafo único é muito interessante.
É a legislação aduaneira atualizando-se. Atualmente, podemos exportar e importar gás e outros produtos via duto
(tubos), é o caso da importação do gás da Bolívia através do chamado “Gasoduto Brasil-Bolívia”. Por outro lado,
importamos (Paraguai e Uruguai) e exportamos (Argentina) energia conduzida por linhas de transmissão. 
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Esta alteração no Regulamento Aduaneiro só foi realizada em 2013, por meio do Decreto nº 8.010, de 16/05/2013. 
De volta ao nosso assunto:
Os recintos alfandegados eram administrados pelo Estado, mas, devido à necessidade de modernização e adaptação à
nova realidade, que o aumento dos negócios ocasionou, por conta da globalização e da logística, eles passaram a ser
administrados por empresas privadas por meio de licitação.
No comércio internacional, são utilizados diversos modais de transporte, como:
• Aéreo 
• Aquaviário (marítimo, �uvial e lacustre) 
• Terrestre (rodoviário e ferroviário)
Para efeitos de controle, destas diversas classes de atividade, foram criadas as Agências Reguladoras: 
• Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) 
• Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) 
• Agência Nacional de Transportes terrestres (ANTT) 
• Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) 
• Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) 
• Agência Nacional de Mineração (ANM) — a mais jovem, criada em 26/07/2017. 
Estas agências são as responsáveis pela habilitação ao tráfego internacional, condição indispensável para a obtenção
do alfandegamento.
OS RECINTOS ALFANDEGADOS
Já falamos bastante sobre o alfandegamento, mas como a nossa matéria é Legislação Aduaneira, necessitamos
conhecer um pouco mais sobre o assunto. 
Comentamos que portos, aeroportos, instalações portuáriase aeroportuárias, poderão ser recintos alfandegados,
administrados por pessoas jurídicas. 
Qualquer pessoa jurídica pode fazer esta administração? Vamos conferir!
galeria/aula2/img/img3.jpg
Concessionárias ou permissionárias dos serviços portuários e aeroportuários ou empresas e órgãos
públicos constituídos para prestá-los.
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Pessoas jurídicas autorizadas a explorar instalações portuárias de uso privativo exclusivo, misto ou de
turismo nas respectivas instalações.
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Arrendatários de instalações portuárias de uso público.
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E muito mais, como: 
• Bases militares sob a responsabilidade das Forças Armadas; 
• Unidades de venda e armazenamento das lojas francas; 
• Silos ou tanques para armazenamento de produtos a granel; 
• Local para movimentação e armazenagem de correspondência internacional (ECT); 
• Recintos para quarentena de animais (MAPA); 
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• Zonas de Processamento de Exportações (ZPE); 
• Portos secos; 
• Recintos de exposições, feiras, congressos e outros eventos, sob a responsabilidade da pessoa
promotora do evento.
Atenção
, No caso das lojas francas, também poderão ser vendidos produtos brasileiros (nacionais), mas este
assunto será tratado com mais profundidade quando falarmos do regime “Loja Franca”.
Outro assunto que chama a atenção é o caso dos recintos de exposições e feiras. O próprio local do evento poderá ser
alfandegado. Normalmente, nas grandes feiras, como petróleo e gás, por exemplo, onde é exposta uma grande
quantidade de maquinário importado, por motivos de segurança e logísticos, o local é alfandegado. Nesse caso, a
permissão é concedida pela Receita Federal à empresa responsável pelo evento.
A ZPE também recebe a concessão porque se situa na Zona Secundária e tem como objetivo desenvolver
determinadas regiões cujos produtos serão destinados à exportação. 
Na nossa lista, não constam os pontos de fronteira, mas também poderão ser alfandegados sob a responsabilidade
direta da Receita Federal. 
O Regulamento aduaneiro, no seu artigo 13, especi�ca as exigências normativas para a efetivação do alfandegamento.
No que diz respeito à área física, o Ato Declaratório do Alfandegamento mencionará todos os itens necessários ao seu
funcionamento.
Eis a lista (Portaria RFB nº 3518, de 30 de setembro de 2011 e portaria RFB nº 1001, de 06 de maio de 2014): 
• Cais e águas para atracação, carga, descarga ou transbordo de embarcações no transporte internacional; 
• Pátios contíguos à faixa de cais referidos no inciso I, necessários à movimentação de cargas para embarque (pré-
stacking) ou imediatamente após o desembarque (stacking); 
• Pistas e pátios de manobras, utilizados por aeronaves em voos internacionais; 
• Áreas destinadas ao carregamento, descarregamento, embarque e desembarque de aeronaves no transporte
internacional; 
• Pistas de circulação de veículos e equipamentos de movimentação de cargas para acesso às áreas referidas nos
incisos I a IV, bem como as pontes de embarque e desembarque; 
• Estruturas de armazenagem, tais como silos e tanques, pátios e edifícios de armazéns, ou qualquer outra estrutura
adequada à guarda e preservação de carga 
• Terminais de carga e terminais de passageiros internacionais.
As instalações físicas devem estar prontas para as operações autorizadas, inclusive com os equipamentos
necessários ao controle aduaneiro por sua conta e ordem, ou seja, a RFB não terá qualquer custo ou ônus. Esses
equipamentos incluem balanças, medidores de �uxos, scanners de grande porte e outros.
A Secretaria da Receita Federal tem competência para de�nir os requisitos técnicos e operacionais para o
funcionamento do recinto alfandegado. Tais espaços físicos destinados ao controle aduaneiro também deverão ser
segregados.
Percebemos, então, que o Ato Declaratório de Alfandegamento procura englobar todas as áreas possíveis em que
possa haver qualquer fuga ou perda de controle da atividade aduaneira, tentando evitar infrações à atividade de
comércio, cujas consequências podem ser tão sérias, podendo até ameaçar a segurança nacional (comércio de
drogas, venda ilícita de armas, prática de contrabando (glossário) e descaminho (glossário) em geral).
O alfandegamento pode ser declarado em diversas modalidades:
Permanente
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Entendemos por Alfandegamento Permanente aquele concedido pelo prazo �xado no ADE
(Ato Declaratório Executivo), normalmente de acordo com o prazo de vigência do contrato
ou ato de concessão, permissão, arrendamento ou autorização a título precário, signi�cando
que poderá ser revogado se não atender às condições de uso do respectivo ADE. 
 
Como exemplo, deste tipo de alfandegamento, podemos mencionar o realizado nos portos,
aeroportos e portos secos e alguns casos especí�cos como o terminal de ferro gusa em Vila
Velha (ES), áreas de colis postaux (correspondência internacional para a ECT) e outros.
Esses alfandegamentos são considerados permanentes porque só poderão ser cassados se
for comprovada infringência quanto aos termos da concessão.
Temporário (provisório)
O Alfandegamento Temporário (ou provisório) acontece nos locais onde se realizam feiras,
atividades culturais, artísticas ou esportivas, sob a responsabilidade do promotor do evento.
A sua duração é de�nida de acordo com a duração do evento, acrescida de 30 dias antes e
depois do evento para as providências necessárias, como instalação e desinstalação de
stands, equipamentos e futura devolução dos bens ao exterior. 
 
Também podem ser alfandegadas a título temporário e parcialmente, portos, aeroportos,
pontos de fronteira e outros como: 
• silos, 
• terminais portuários, 
• tanques para recebimento de produtos a granel etc.
Extraordinário (eventual)
A Receita Federal ainda prevê o Alfandegamento Extraordinário a título eventual, ou mesmo
chamado de alfandegamento eventual o qual será outorgado especi�camente para um voo,
uma carga ou descarga, mediante solicitação justi�cada do administrador do local a ser
alfandegado, dirigida à Superintendência Regional da Receita Federal jurisdicionante. 
 
Podemos incluir, neste tipo de alfandegamento, estaleiros, porto, instalação ou outra área
portuária, para as operações previstas nos incisos I e II, do art. 4º, do Regulamento
Aduaneiro, na hipótese de exportação ou importação de mercadorias cuja dimensão, peso
ou qualquer outra característica impeça ou di�culte o carregamento ou a descarga em outro
local alfandegado, em razão de calado ou de inexistência de equipamentos ou de condições
de segurança adequados à movimentação ou armazenagem da carga.
Saiba mais
, Calado - é a expressão referente a um navio e signi�ca a profundidade em que cada navio está
submerso na água. Tecnicamente, é a distância da lâmina de água (demarcação no casco do navio)
até à quilha (ponto mais baixo da estrutura do navio).
Dois pontos devem ser considerados nesta matéria:
1. Independentemente da modalidade de alfandegamento, o ADE deverá indicar: a forma de �scalização do local e
bens e a unidade da Receita Federal responsável pelo controle aduaneiro.
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2. O alfandegamento e os recintos alfandegados têm como objetivo facilitar a logística de mercadorias a serem
importadas e exportadas bem como as atividades econômicas do país, sem descuidar do controle aduaneiro.
Podemos falar do Desalfandegamento? 
Ele é necessário e, portanto, existe.
Quando ele ocorre?Respostas: 
- Na hipótese de descumprimento dos requisitos para o alfandegamento, mencionados na legislação especí�ca e ou no
ADE. 
- Quando expirado o prazo concedido.
Recapitulando: 
• O Desalfandegamento é a extinção do alfandegamento, quando descumpridos os requisitos deste ou pela extinção do
prazo do mesmo, por solicitação da administradora do local ou recinto alfandegado ou através de ato Declaratório
Executivo da Receita Federal. 
• O Desalfandegamento pode ter a imposição de sanção administrativa, caso as exigências do alfandegamento tenham
sido descumpridas e a Receita Federal assim o entenda. 
• O Desalfandegamento também poderá acontecer de forma parcial.
Vale a pena conhecer 
Áreas de Controle Integrado (ACI): as chamadas “cabeceiras” são os locais onde existe o controle de integração que
pode ser dividido em:
Veja um exemplo, para simpli�car o aprendizado:
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Saiba mais
, Visite o site: https://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/aduaneira/importacao-e-
exportacao/recinto-alfandegados/area-de-controle-integrado-aci
(https://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/aduaneira/importacao-e-exportacao/recinto-
alfandegados/area-de-controle-integrado-aci). 
O Brasil tem outras ACIs.
COMO FUNCIONA A ADMINISTRAÇÃO ADUANEIRA E SEUS IMPACTOS
NO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO
A Administração Aduaneira 
O que nos diz o regulamento aduaneiro sobre este assunto?
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O Art. 15 diz: O exercício da administração aduaneira compreende a �scalização e o controle sobre o comércio exterior,
essenciais à defesa dos interesses fazendários nacionais, em todo o território aduaneiro. (BRASIL, Constituição
Federal, art. 237)
Parágrafo único: As atividades de �scalização de tributos incidentes sobre as operações de comércio exterior serão
supervisionadas e executadas por auditor-�scal da Receita Federal do Brasil.
Comentário
, Logo concluímos que a Administração Aduaneira diz respeito a toda atividade das alfândegas no
país. Comumente, ouvimos falar em aduana. Usamos um ou outro termo, indistintamente, porém a
tendência é o uso do termo “alfândega”, talvez porque seja mais moderno. Na língua espanhola, por
exemplo, o termo utilizado é aduana.
Todavia, como de�nir “alfândega” ou “aduana”?
Ambas representam uma repartição sob a administração federal que jurisdiciona todo o território nacional com o
objetivo de controlar a entrada e saída do país de pessoas, mercadorias e veículos. É a repartição pública que controla
a importação e a exportação. 
Na nossa primeira aula, já de�nimos território nacional e jurisdição aduaneira, portanto não vamos entrar neste mérito,
vamos diretamente para a �scalização. 
Os aviões, de passageiros ou de carga, chegam a qualquer horário e precisam passar pelo processo de �scalização
aduaneira ou de forma eventual, normalmente na Zona Secundária, onde a �scalização aduaneira comparece sem
qualquer aviso ou determinação de dia e hora, por questões óbvias. (Art. 16 do RA (glossário)).
Atenção
, A �scalização deve ser realizada pelos auditores �scais de forma ininterrupta, exercida na zona
primária, onde há setores que não podem fechar, funcionam 24 horas por dia, como é o caso do Setor
de Bagagem dos aeroportos, por exemplo.
Outro assunto importante no que diz respeito à Administração Aduaneira, são os documentos. 
O RA, no seu art. 18, menciona:
“O importador, o exportador ou o adquirente de mercadoria
importada por sua conta e ordem têm a obrigação de
manter, em boa guarda e ordem, os documentos relativos
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às transações que realizarem, pelo prazo decadencial
estabelecido na legislação tributária a que estão
submetidos, e de apresentá-los à �scalização aduaneira
quando exigidos”.
Nos parágrafos deste mesmo artigo, faz menção: 
• aos documentos de instrução das declarações aduaneiras, 
• à correspondência comercial, incluídos os documentos de negociação e cotação de preços, 
• aos instrumentos de contrato comercial, �nanceiro e cambial, de transporte e seguro das mercadorias, 
• aos registros contábeis e 
• aos correspondentes documentos �scais que a Receita possa solicitar.
Atenção
, O descumprimento de obrigação referida implicará o não reconhecimento de tratamento mais
bené�co de natureza tarifária, tributária ou aduaneira eventualmente concedido, com efeitos
retroativos à data da ocorrência do fato gerador. 
Estas instruções também se aplicam ao despachante aduaneiro, ao transportador, ao agente de carga,
ao depositário e aos demais intervenientes em operação de comércio exterior quanto aos
documentos e registros relativos às transações em que intervierem.
Neste quesito, cabe mencionar, que o Código Tributário Nacional (CTN) também faz menção aos deveres instrumentais
dos sujeitos passivos das obrigações advindas dos tributos aduaneiros, reproduzidas nos arts. 21 e 22 do
Regulamento Aduaneiro.
A OMA (Organização Mundial Aduaneira) traça as normas a serem seguidas pelas alfândegas dos países-membros da
ONU e lista as seguintes funções para as alfândegas:
• Arrecadação de tributos 
• Proteção da sociedade 
• Proteção do meio ambiente 
• Coleta de informações estatísticas 
• Obediência aos tratados referentes ao comércio internacional 
• Facilitação do comércio internacional 
• Proteção da herança cultural
Todavia, como os países são soberanos, eles podem ter sua própria legislação. O Brasil especi�cou as atribuições da
Alfândega Brasileira na Lei 12.815/2013, a chamada “Lei dos Portos”, no seu art. 24.
Vemos, neste artigo, a intenção e a necessidade do Governo em determinar pontos especí�cos para a realização desta
atividade. Porém, existem mercadorias, cujo controle não pode ser realizado enquanto trafega. Nesses casos o
controle deve ser realizado através de amostragem, volume ou capacidade de transferência, como no caso do
transporte dutoviário.
16/11/2018 Disciplina Portal
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O transporte dutoviário, como já foi abordado quando falamos dos modais, é utilizado para o transporte de
mercadorias sólidas ou líquidas em grandes quantidades. Assim temos:
• OLEODUTOS: utilizados para o transporte de petróleo e derivados, álcool e outros; 
• MINERODUTOS: normalmente utilizados no transporte de granéis sólidos como minérios de ferro, sal e outros; 
• GASODUTOS: utilizados para o transporte de produtos gasosos. O mais conhecido é o transporte de gás, derivado do
petróleo; 
• DUTOS OU CABOS DE TRANSMISSÃO: utilizados no transporte de energia elétrica.
Este tipo de transporte, apesar de ser considerado diferente, também tem o controle da Receita Federal do Brasil.
Ainda falando sobre controle, não podemos deixar de comentar o controle aduaneiro de veículos. Vamos lá?
ZONA PRIMÁRIA 
É o local para a entrada e saída do país de mercadorias, veículos e pessoas. 
Nessa área, o controle é realizado 24 horas por dia (diuturno). 
Portanto, o “controle de veículos” é realizado, exclusivamente na Zona Primária,
garantindo assim a segurança nacional e o direito de soberania.
• O controle aduaneiro de veículos é realizado desde o seu ingresso no país até a sua saída. 
• Esse controle será estendido a outros bens e mercadorias, inclusive à bagagem dos passageiros, embora, em casos
especiais a autoridade local (titular da unidade aduaneira jurisdicionante) pode autorizar a entrada ou saída de veículospor porto, aeroporto ou ponto de fronteira não alfandegado.
O título de “Autoridade Local” é atribuído ao titular das delegacias, alfândegas e inspetorias nomeado por meio de
Portaria.
É conveniente lembrarmos que o ingresso de veículos no
país por local não alfandegado, não autorizado, pode levar
à pena de perda do veículo e da mercadoria. (Art. 104 do
DL 37/66)
O controle de veículos tem como objetivo principal a proteção das fronteiras nacionais. O RA, no art. 27, detalha os
deveres e as obrigações do condutor nesses casos, como por exemplo, estacioná-lo perto de outro que tenha vindo do
exterior ou que a ele se destine, para evitar o transbordo de pessoas ou mercadorias, com algumas exceções. 
Cuidados especiais de controle são realizados em áreas de maior risco como, por exemplo:
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Orla Marítima
Faixa de 100 metros medida a partir da linha da preamar média, considerada faixa de
segurança nacional;
Faixa de Fronteira
Área indispensável à segurança nacional com 150 km de largura, paralela à linha divisória
terrestre do território nacional; (LEI 6.634/79, art. 1º)
Zona de Vigilância Aduaneira
A competência para demarcação ou alteração na orla marítima ou na faixa de fronteira da
zona de vigilância, compete ao Coordenador Geral de Administração Aduaneira (COANA).
Essa regulamentação encontra-se na Portaria da COANA, nrº 17/2010. 
 
A medida tem por objetivo intensi�car o combate ao contrabando e descaminho nessas
regiões.
Saiba mais
, Preamar ou maré alta: Quando a água do mar atinge sua altura “mais alta” dentro do ciclo das marés.
Costumamos dizer que o mar subiu. O fenômeno inverso é chamado de baixa-mar ou maré baixa.
Esse movimento da água do mar está associado às fases da Lua.
Considerando as operações internacionais, o transportador é o agente de contato entre o exportador e o importador,
transportando as mercadorias do ponto de origem ao seu ponto de destino. Ele assume a responsabilidade pelo trajeto
internacional e, portanto, o seu veículo será a garantia dos débitos �scais, inclusive multas a ele aplicadas ou ao seu
condutor. 
Ele também será responsável pela emissão do Conhecimento de Transporte e por prestar todas as informações
necessárias sobre as mercadorias e os veículos procedentes do exterior. Tem ainda como responsabilidade informar
ao importador e exportador e à Receita Federal a chegada da mercadoria para o início dos procedimentos aduaneiros,
inclusive a emissão do Termo de Entrada, documento necessário para o ingresso do veículo em território aduaneiro. 
O transportador também deve apresentar à RF o Manifesto de Carga, documento que especi�ca detalhadamente toda a
mercadoria destinada ao país. 
Se tiver recebido carga de diversos pontos, no país de origem, devem ser apresentados tantos manifestos quantos
lotes de carga recebidos. (Art. 35 do RA) 
O manifesto é um rol descritivo de acordo com o art. 44, do RA, onde diz o que um MDC deve mencionar. 
Também devem ser prestadas informações sobre peças sobressalentes e provisões de bordo, caso haja. Esse
documento só poderá ser alterado pelo emitente, via “carta de correção” para a autoridade aduaneira do local de
descarga. Caso o manifesto não seja apresentado, pressupõe-se declaração negativa de carga e a mesma poderá ter
pena de perdimento. (Art. 689, IV do RA) Esse documento também tem como função a conferência �nal de
mercadorias servindo, portanto, como fato gerador do imposto de importação daquelas que porventura não tenham
sido declaradas. 
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Um caso curioso que pode ser relatado é a volta da Apollo 11 (glossário). Quando aterrissou, necessitou apresentar à
aduana do porto de Honolulu (local onde mergulhou) um Manifesto de Carga com a relação de produtos coletados,
devidamente assinado pelos aeronautas Neil Armstrong, Edwin “Buzz” Aldrin, Jr. e Michael Collins!
ESTRUTURA DA ALFÂNDEGA BRASILEIRA
Na maior parte dos países do mundo, a alfândega ou aduana é uma repartição pública autônoma, geralmente ligada ao
Ministério da Fazenda, porém desligada dos demais tributos. No Brasil, foi colocada dentro da Secretaria da Receita
Federal, do Ministério da Fazenda, sujeita à administração que cuida dos demais tributos federais.
Na maioria dos países, o órgão que trata da administração das alfândegas, em nível nacional, denomina-se Direção
Geral das Alfândegas. No Brasil, como vimos, é um órgão da Secretaria da Receita Federal que se denomina
Coordenação Geral de Administração Aduaneira (COANA).
Nos grandes portos e aeroportos, como os de Santos, São Paulo e do Rio de Janeiro, é normal, na
alfândega, encontrarmos uma Superintendência Regional, uma Delegacia e uma Inspetoria da Receita
Federal, além dos �scais. 
Os portos e os aeroportos menores, não têm superintendência, podem não ter delegacia nem
inspetoria, mas sempre terão os �scais. Esta estrutura é constituída de acordo com o movimento do
porto, aeroporto ou ponto de fronteira.
Atenção
, Não existe �scal aduaneiro no Brasil, mas, sim, auditor �scal da Receita Federal, com capacidade
legal para atuar em quaisquer dos tributos federais. Porém, quando localizado em uma alfândega só
tem poderes para atuar em assuntos aduaneiros.
Segundo o Professor José Lence Carluci, no seu livro Uma introdução ao Direito Aduaneiro (ADUANEIRAS, p. 20):
“Entendemos que aduana tem sentido mais abrangente que alfândega. Aduana denota mais do que uma repartição,
órgão administrativo ou estação arrecadadora: designa a instituição jurídica, a organização ou entidade na totalidade
dos seus aspectos e funções e seus múltiplos �ns: arrecadação, protecionismo, controle administrativo etc. Neste
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contexto, poder-se-ia dizer que as alfândegas são as repartições da aduana, que aplicam as normas e controles da
aduana. Fazendo um paralelo com o corpo humano, a aduana é como se fosse a pele; protege o corpo e, somente se
sentirá a sua importância, se ela se deteriorar ou extinguir.”
José Lence Carluci
Para terminarmos este assunto, resta-nos falar mais detalhadamente sobre a infraestrutura alfandegária nos portos e
aeroportos (alfandegados). 
Já mencionamos esta expressão tantas vezes que parece que nada mais teremos a falar sobre o assunto, mas sempre
teremos algo mais para ser dito. 
Vejamos:
1. Portos Alfandegados
São áreas pertencentes à União, exploradas diretamente ou mediante concessão, e
autorizadas a operar no comércio exterior. Exemplos: Porto de Santos, Rio de janeiro,
Paranaguá, Vitória e outros. 
 
A chamada Lei dos Portos, Lei 12.815/2013, em seu art. 2°, mencionou a infraestrutura
portuária e os seus conceitos: 
 
• Porto Organizado: bem público construído e aparelhado para atender às necessidades de
navegação, de movimentação de passageiros ou de movimentação e armazenagem de
mercadorias, e cujo tráfego e operações portuárias estejam sob a jurisdição de autoridade
portuária; 
 
• Área do Porto Organizado: delimitada por ato do Poder Executivo que compreende as
instalações portuárias e a infraestrutura de proteção e de acesso ao porto organizado; 
 
• Instalação portuária: localizada dentro ou fora da área do porto organizado e utilizada em
movimentação de passageiros, em movimentação ou armazenagem de mercadorias,
destinadas ou provenientes de transporte aquaviário; 
 
• Terminal de uso privado: instalação portuária explorada mediante autorização e localizada
fora da área do porto organizado; 
 
• Estação de transbordo de cargas:instalação portuária explorada mediante autorização,
localizada fora da área do porto organizado e utilizada exclusivamente para operação de
transbordo de mercadorias em embarcações de navegação interior ou cabotagem; 
 
• Instalação portuária pública de pequeno porte: explorada mediante autorização, localizada
fora do porto organizado e utilizada em movimentação de passageiros ou mercadorias em
embarcações de navegação interior; 
 
• Instalação portuária de turismo: explorada mediante arrendamento ou autorização e
utilizada em embarque, desembarque e trânsito de passageiros, tripulantes e bagagens, e de
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insumos para o provimento e abastecimento de embarcações de turismo; 
 
• Concessão: cessão onerosa do porto organizado, com vistas à administração e à
exploração de sua infraestrutura por prazo determinado; 
 
• Delegação: transferência, mediante convênio, da administração e da exploração do porto
organizado para municípios ou estados, ou a consórcio público; 
 
• Arrendamento: cessão onerosa de área e infraestrutura públicas localizadas dentro do
porto organizado, para exploração por prazo determinado; 
 
• Autorização: outorga de direito à exploração de instalação portuária localizada fora da área
do porto organizado e formalizada mediante contrato de adesão; e 
 
• Operador portuário: pessoa jurídica pré-quali�cada para exercer as atividades de
movimentação de passageiros ou movimentação e armazenagem de mercadorias,
destinadas ou provenientes de transporte aquaviário, dentro da área do porto organizado.
2. Aeroportos Alfandegados
São terminais de zona primária, destinados a aeronaves, cujo alfandegamento depende de
prévia autorização do Ministério da Aeronáutica e do Ministério da Fazenda. Possuem
algumas partes de destaque, na organização da alfândega, que os jurisdiciona, entre as
quais podemos listar:
• Pista: setor exterior do aeroporto, para �scalizar a chegada e saída de aeronaves,
orientando o encaminhamento do que é doméstico e o que é internacional, �scalizando a
descarga da mercadoria e seu destino aos armazéns, bem como a chegada de passageiros
internacionais, encaminhando-os para o Setor de Bagagem;
• Bagagem: setor que �scaliza o conteúdo das bagagens que chegam do exterior;
• Armazém de conferência de despacho aduaneiro: setor que �scaliza os despachos
aduaneiros, assim divididos: despacho de importação e despacho de exportação;
• Tributação: cuida dos processos em trâmite na repartição, assessorando o chefe da
alfândega na parte legal e decisória;
• Revisão do despacho: setor que revisa a correta propositura dos despachos de
mercadorias já desembaraçadas com menos de 5 anos de sua propositura, quando ocorre a
decadência do direito do Fisco;
• Setor de perdimento de bens: cuida do recinto onde se encontram os bens apreendidos ou
abandonados, elabora os autos de infração objetivando o perdimento e os remete à
destinação �nal;
• Setor de leilão: cuida dos leilões de mercadorias cujo perdimento foi decretado, elaborando
o respectivo edital e administrando os leilões, hoje eletrônicos, porém com dia e hora para a
sessão pública de decisão dos vencedores;
• Gabinete da che�a: onde trabalha o chefe da repartição aduaneira e seus assessores;
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• Administração: setor que cuida dos aspectos administrativos da alfândega, como
protocolo e assessoria administrativa a todos os demais setores.
ATIVIDADE PROPOSTA
Vamos trabalhar o Território Aduaneiro e a Jurisdição Aduaneira? 
Caso 1 
A empresa Caminhando Com Charme S.A., situada em Franca (SP), exporta calçados para a CEI (Comunidade dos
Estados Independentes, uma organização supranacional envolvendo 11 repúblicas, que pertenciam à antiga União
Soviética, fundada em 8 de dezembro de 1991). Segundo o conceito de território e jurisdição aduaneira, fará diferença
para esta empresa exportar para a Rússia ou para a Ucrânia? Justi�que a sua resposta. 
A resposta será a mesma se a empresa exportar os seus sapatos para a Suíça ou para Portugal? Por quê? 
Caso 2 
Imaginemos outra situação: A empresa Caminhando Com Charme S.A. também tem uma fábrica na ZFM (Zona Franca
de Manaus). Se ela exportar para um desses países (seja ele qual for) o tratamento a ser observado por esta
exportação será o mesmo aplicado às exportações brasileiras em geral? Justi�que a sua resposta.
Resposta Correta
EXERCÍCIOS
Questão 1: Os portos, aeroportos e pontos de fronteira serão alfandegados por ato declaratório da autoridade
aduaneira competente, para que neles possam, sob o controle aduaneiro, realizar as operações a seguir. 
Dentre as alternativas abaixo sinalize a única que NÃO necessita de um porto alfandegado para a sua realização.
Estacionar veículos procedentes do exterior ou a eles destinados.
Efetuar operações de carga, descarga, armazenagem ou passagem de mercadorias procedentes do exterior ou a ele
destinadas.
Embarcar, desembarcar ou transitar viajantes de nacionalidade brasileira realizando cruzeiro com embarque no porto de Santos
(SP) para o porto de Salvador (BA).
Transitar veículos de carga ou passageiros procedentes do exterior ou a eles destinados.
Embarcar, desembarcar ou transitar viajantes procedentes do exterior ou a ele destinados.
Justi�cativa
Questão 2: No comércio internacional, são utilizados diversos modais de transporte, como: aéreo, aquaviário (marítimo,
�uvial e lacustre) e o terrestre (rodoviário e ferroviário). Para efeitos de controle destas diversas classes de atividade,
foram criadas as Agências Reguladoras. Essas agências são as responsáveis pela Habilitação ao Tráfego
Internacional, condição indispensável para a obtenção do alfandegamento. Nas opções sugeridas, qual a agência que
NÃO realiza o controle dos modais mencionados na questão?
Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC)
Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ)
Agência Nacional de Transportes terrestres (ANTT)
Agência Nacional de Mineração (ANM)
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Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL)
Justi�cativa
Questão 3: No que diz respeito à área física, o Ato Declaratório do Alfandegamento menciona todos os itens
necessários ao seu funcionamento, no que diz respeito à área física dos portos e aeroportos. Identi�que, nas opções
sugeridas, o único que NÃO faz parte desta relação.
Cais e águas para atracação, carga, descarga ou transbordo de embarcações no transporte internacional.
Pátios contíguos à faixa de cais referidos no inciso I, necessários à movimentação de cargas para embarque (pré-stacking) ou
imediatamente após o desembarque (stacking).
Pistas e pátios de manobras, utilizados por aeronaves em voos internacionais.
Revisão do despacho: setor que revisa a correta propositura dos despachos de mercadorias já desembaraçadas com menos
de 5 anos de sua propositura, quando ocorre a decadência do direito do Fisco.
Áreas destinadas ao carregamento, descarregamento, embarque e desembarque de aeronaves no transporte internacional.
Justi�cativa
Questão 4: A zona primária é o local para a entrada e saída do país de mercadorias, veículos e pessoas. Nessa área, o
controle é realizado 24 horas por dia (diuturno). Portanto, o “controle de veículos” é realizado, exclusivamente
_____________, garantindo assim a _______________ e _______________. Preencha com uma das opções sugeridas as
lacunas desta questão.
Na zona secundária/segurança nacional/o direito de ir e vir.
Na zona primária/ segurançanacional/ o direito de soberania
Na zona primária/ permissão do veículo/ o direito de circular no país.
Na zona secundária/entrada dos passageiros/do veículo.
Na zona primária/ segurança nacional/ o direito de circular no país.
Justi�cativa
Questão 5: Os portos alfandegados são as áreas pertencentes à União, exploradas diretamente ou mediante
concessão, autorizadas a operarem no comércio exterior. Qual o conceito de “porto organizado”?
Resposta Correta
Questão 6: Os aeroportos alfandegados são terminais de zona primária, destinados a aeronaves, cujo alfandegamento
depende de prévia autorização do Ministério da Aeronáutica e do Ministério da Fazenda. Eles são constituídos por
algumas partes sob a jurisdição do órgão competente. A pista é uma dessas partes. No contexto de alfandegamento,
qual o conceito da parte chamada “pista”?
Resposta Correta
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Glossário
ALFANDEGADOS
É o local previamente demarcado pelas autoridades competentes, para operações de tráfego
internacional, por meio de Ato Declaratório de Alfandegamento, sob o controle aduaneiro da Receita
Federal.
As operações de comércio exterior somente poderão acontecer em locais alfandegados, o que
signi�ca dizer que somente alguns portos e aeroportos, no Brasil, podem realizar estas operações.
Para conhecimento: o aeroporto de Congonhas (SP), um dos maiores do Brasil, não pode receber
tráfego internacional por falta de controle apropriado, e obviamente, falta do Ato Declaratório.
CONTRABANDO
É a entrada ou saída de produtos considerados proibidos pelas leis brasileiras (cigarros, armas,
munições, animais silvestres, drogas...). O contrabando é um crime de ordem penal e tributária e
ina�ançável; é uma prática ilegal do transporte e comercialização de produtos e bens de consumo
cuja venda é proibida em território nacional.
DESCAMINHO
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É a entrada ou saída do país de produtos permitidos, mas sem o recolhimento dos impostos devidos.
Pode ser realizado por pessoa jurídica ou física. O descaminho é um crime que tem características
tributárias. Neste tipo de delito, as mercadorias importadas ou exportadas não são submetidas aos
trâmites legais obrigatórios, principalmente nas fronteiras, aeroportos e correios. A ação penal para o
descaminho termina quando o réu paga os respectivos tributos antes de ser denunciado.
RA
Sigla para Regulamento Aduaneiro

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