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Processos Patológicos

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1 
Sumário: 
 
 1: Conceitos gerais para o estudo de Patologia 
 2: Homeostase Celular 
 3: Estímulos/Agentes Lesivos 
 4: Adaptações Celulares 
 5: Lesões Celulares Reversíveis (Degenerações celulares). 
 6: Lesões Celulares Irreversíveis (Morte Celular). 
 7: Alterações Circulatórias 
 8: Inflamação Aguda e Crônica 
 9: Reparo Tecidual 
 10: Neoplasias Malignas e Benignas 
 1: Conceitos gerais para o estudo de Patologia. 
 
Grego:pathos = sofrimento e logos = estudo 
 
- Investigação das causas das doenças (etiologia). 
- Mecanismos básicos do desenvolvimento de doenças (patogenia). 
 
Procura compreender as alterações Bioquímicas, Estruturais e Funcionais que ocorrem nas 
células, nos tecidos e nos órgãos. 
Diagnóstico baseado nas alterações na aparência Macroscópica e Microscópica (morfologia) das 
células e dos tecidos e as alterações bioquímicas nos fluidos corporais (sangue e urina). 
 
Patologia Geral = Foco nas respostas das células e dos tecidos aos estímulos patológicos. 
Patologia Sistêmica = Foco nas respostas específicas de cada órgão e sistema. 
 
Métodos de estudo prático em Patologia. 
 
Necropsia é o exame médico de um corpo/cadáver para determinar a causa mortis. 
A necropsia clínica geralmente é feita nos hospitais pelos patologistas ou pelo médico 
responsável, para determinar a causa da morte com fins de pesquisa e de estudo. 
A necropsia forense tenta encontrar respostas para a causa da morte como parte de uma 
investigação policial. 
 
Biópsia 
Grego: bios = vida e opsis= aparência, visão 
Obtenção de amostra de tecido vivo com a finalidade de efetuar o estudo 
Histológico, bioquímico, morfológico ou imunológico que permita obter um diagnóstico. 
Tipos de Biopsias 
-Externas: pele e mucosas; 
-Internas: punção às cegas, punção ecoguiada (orgãos maciços), endoscopias (orgãos ocos); 
-Extemporânea: Peri operatória; 
-Incisional: é retirada apenas uma parte da lesão; 
 
 
2 
-Excisional: é retirada a lesão inteira e, em caso de tumores malignos, retira-se a lesão com uma 
margem de segurança de, aproximadamente 2 cm; 
-Por aspiração: utilizando-se de seringa, retira-se células de processos tumorais ou nódulos. 
 
Laudos 
É o relato de um técnico ou especialista em determinada área, que faz um levantamento 
rigoroso de dados com o intuito de avaliar determinada situação e emitir um parecer. 
 
Macroscopia 
Visão a olho nu. 
 
Microscopia 
Grego: micros = pequeno e scopein = observar com atenção 
Graças ao desenvolvimento da microscopia, em 1835, Schleiden e Schwann, propõem as bases da 
teoria celular, primeiro grande princípio unificador da biologia, o qual postula que todos os 
organismos vivos são constituídos por células, sendo estas as unidades estruturais e funcionais 
dos mesmos. 
 
Microscopia eletrônica 
Com o advento da microscopia eletrônica, a qual propicia aumentos de 200.000 a 400.000 vezes 
com resolução de objetos tão pequenos quanto 1 ångstron (1å =10-4 µm), a visualização de 
estruturas celulares e também dos vírus puderam ser, então, desvendados pela ciência. 
 
Congelamento 
Técnica que possibilita o corte no Micrótomo de pedaços de tecido para estudo. 
 
Citologia (célula) ou Histologia (Tecido) 
Ramo da biologia que estuda as células e os tecidos no que diz respeito à sua estrutura, suas 
funções e sua importância na complexidade dos seres vivos. 
 
Fixação 
As células dos órgãos e tecidos, pouco depois de morrerem, decompõem-se rapidamente. O 
processo de fixação destina-se a preservar as células, evitando as modificações post mortem 
conhecidas por autólise e conservando, deste modo, a estrutura morfológica. Consiste 
basicamente na estabilização da estrutura das proteínas, por coagulação. Entre os muitos 
agentes fixadores que se empregam, destacam-se o álcool etílico, o ácido acético, o formol e o 
ácido pícrico. 
 
Coloração 
A maioria dos elementos que constituem os tecidos é naturalmente incolor e os respectivos 
índices de refração não se afastam muito do da água. Para que eles se tornem visíveis ao 
microscópio, recorre-se à coloração quer dos componentes proteicos das estruturas, quer das 
inclusões celulares de natureza química diversa. Alguns dos corantes mais comuns são a 
hematoxilina, a floxina e o verde luz. Mas há muitos mais. 
 
Histoquímica 
A histoquímica é uma técnica histológica que tem por objetivo a identificação da natureza 
química de constituintes celulares. 
Consiste na coloração específica desses constituintes, recorrendo basicamente a substâncias 
que, reagindo com os componentes celulares, dão origem a produtos corados. 
Esta técnica contrasta com a coloração histológica comum, acima referida, na medida em que 
esta última se baseia na absorção, pelas estruturas, de substâncias coradas (os corantes), 
enquanto que na histoquímica, as cores são propriedade de produtos que se formam in sito. 
 
Imunohistoquímica 
Procura a visualização de uma interação antígeno-anticorpo. 
 
 
3 
Processo de localizar antígenos (proteínas) em células de uma amostra de tecido, explorando o 
princípio da ligação específica de anticorpos a antígenos no tecido biológico. 
O nome da técnica provém das raízes "imuno", em referência aos anticorpos utilizados no 
procedimento, e "histo", significando tecido. 
A coloração imuno-histoquímica é amplamente utilizada no diagnóstico de células anormais, tais 
como aquelas encontradas em neoplasias. Marcadores moleculares específicos são 
característicos de eventos celulares particulares, tais como proliferação ou morte celular 
(apoptose). IHQ é também amplamente utilizada na pesquisa básica para compreender a 
distribuição e localização de biomarcadores e proteínas diferentemente expressas em diferentes 
partes de um tecido biológico 
 
 2: Homeostase Celular. 
 
As células tendem a manter a seu meio intracelular dentro de uma faixa estreita de parâmetros 
fisiológicos, mantendo assim a homeostase. 
 
Diante de uma condição de estresse fisiológico ou um estímulo patológico, as células podem 
sofre uma adaptação, se mantendo em um outro estado constante e preservando sua viabilidade 
e função. 
As principais respostas adaptativas são: 
Hipertrofia, hiperplasia, atrofia, metaplasia. 
 
Se a capacidade adaptativa for excedida ou se o estresse externo é nocivo, desenvolve-se a 
lesão celular. 
Lesão celular REVERSÍVEL: dentro de um limite, a célula alcança um novo estado basal, se 
adaptando a condição. 
Lesão celular IRREVERSÍVEL: morte das células afetadas. 
 
 
 
 
4 
 3: Estímulos/Agentes Lesivos. 
 
1. Privação de OXIGÊNIO: A Hipóxia interfere na respiração oxidativa aeróbica e é uma causa 
comum de lesão e morte celular. 
Não confunda com ISQUEMIA, ou seja, perda do suprimento sanguíneo em um tecido por causa 
do impedimento do fluxo arterial ou da redução da drenagem venosa. 
Possíveis causas de hipóxia: 
-Isquemia é a mais comum; 
-Oxigenação inadequada do sangue, como na pneumonia; 
-Redução da capacidade do sangue em carrear oxigênio, como na anemia; 
-Envenenamento por CO (monóxido de carbono) – o CO forma um ligação estável com a 
hemoglobina e que a impede de se ligar ao O2. 
 
2. Agentes Químicos: Muitas substâncias químicas podem lesar a célula, mesmo substâncias 
inócuas, como a glicose e o sal, se estiverem em uma concentração muito alta, podem 
perturbar o ambiente osmótico, resultando em lesão ou morte celular. Até mesmo o oxigênio 
em pressões parciais suficientemente altas é tóxico. Os agentes conhecidos como venenos 
causam danos graves no nível celular porque alteram a permeabilidade da membrana celular, a 
homeostase osmótica e a integridade de uma enzima ou co-fator. A exposição a tais venenos 
pode culminar na morte de todo o organismo. 
Outros agentes possivelmente tóxicos podem ser encontrados no nosso ambiente como: 
poluentesdo ar, inseticidas, CO, asbesto e também o etanol. 
As drogas terapêuticas também podem causar lesão à célula ou a um tecido se estiverem sendo 
usadas por um paciente suscetível ou se usada de modo excessivo ou inapropriado. 
 
3. Agentes Infecciosos: Variam de vírus submicroscópicos até tênias grandes. 
Riquétsias (tipo de bactéria), bactérias, fungos e protozoários. 
 
4. Reações Imunológicas: Embora o sistema imune defenda o corpo contra micróbios 
patogênicos, as reações imunes também podem resultar em lesão as células ou ao tecido. Ex.: 
reações auto-imunes ou reações alérgicas contra substâncias ambientais em indivíduos 
geneticamente suscetíveis. 
 
5. Defeitos Genéticos: Podem resultar em alterações patológicas bastante grosseiras (visíveis) 
como nas malformações congênitas associadas a síndrome de Down, ou tão sutis como a 
substituição de um único aminoácido na hemoglobina originando a anemia falciforme. 
Os defeitos genéticos causam lesão por meio da deficiência de proteínas funcionais (enzimas) 
alterando o metabolismo ou por acumulo de DNA danificado, resultando de mal funcionamento. 
As variações genéticas podem influenciar na suscetibilidade das células às lesões por substâncias 
químicas e outros estímulos ambientais. 
 
6. Desequilíbrios Nutricionais: Uma das maiores causas de lesão celular, ex. Mais óbvio é a 
insuficiência proteico-calórica entre as populações desfavorecidas, ou ainda a deficiência de 
vitaminas específicas comum até mesmo em países desenvolvidos. 
Por outro lado, os excessos nutricionais também são causas importantes da morbidade e 
mortalidade, ex. Obesidade que aumenta o risco para DM tipo2. 
 
7. Agentes Físicos: O trauma, os extremos de temperatura, a radiação o choque elétrico, e as 
alterações bruscas na pressão atmosférica exercem profundos efeitos nas células. 
 
8. Envelhecimento: A senescência celular leva a alterações nas habilidades replicativas e de 
reparo das células e tecidos. Diminuição da capacidade de responder aos danos, e finalmente, 
morte das células e do organismo. 
 
 
 
 
5 
Os quatro sistemas celulares mais vulneráveis nas lesões celulares são: 
 
1. Manutenção da Integridade das membranas celulares – a qual depende a homeostase iônica e 
osmótica da célula e duas organelas. 
2. Respiração aeróbica – envolve a fosforilação oxidativa mitocondrial e produção de ATP 
(trifosfato de adenosina). 
3. Síntese de proteínas. 
4. Preservação da integridade do aparelho genético da célula. 
Estímulos/Agentes Lesivos 
 
 4: Adaptações Celulares. 
 
São as possíveis respostas celulares a um estresse fisiológico ou estímulo patológico, 
cujos efeitos podem ser os seguintes: 
O estímulo para e a célula volta ao normal (homeostase restaurada) ou o estímulo piora e 
acontece lesão na célula (Degeneração). 
As diferentes adaptações celulares acontecem de maneira mais comum em alguns tipos 
de tecidos, de acordo com a maneira que eles realizam sua proliferação de células. Vejamos os 
tipos de tecidos existentes no corpo: 
 
1. Tecido de divisão contínua (Lábeis): 
 Sempre estão se multiplicando (ciclo celular); 
 São expostos a estímulos lesivos constantemente; 
 Têm alta probabilidade de desenvolver tumores. 
Ex.: Pele, mucosas, útero. 
 
2. Tecidos quiescentes (Estáveis): 
 Permanecem em repouso ou baixa replicação. 
 Podem se dividir rapidamente me resposta à lesões. 
 Têm probabilidade pouco mais baixa de desenvolver tumores, com consequências mais 
graves. 
Ex.: Fígado, rins, pulmões, músculos lisos e pâncreas. 
 
3. Tecidos não-divisores: 
 Células que raramente realizam mitose depois de seu desenvolvimento embrionário. 
 A morte celular resulta em substituição por tecido conjuntivo, não regenera. 
 Risco quase nulo de desenvolver tumores. 
Ex.: Células Nervosas, músculo esquelético e cardíaco. 
 
 Adaptações Fisiológicas: respostas celulares a estimulações normais de hormônios e 
mediadores químico internos. 
Exemplo: Gravidez 
 Adaptações Patológicas: respostas ao estresse de modo que a célula module sua 
estrutura e função a fim de escapar da lesão. 
Ex.: Aumento do músculo cardíaco na Insuficiência cardíaca. 
 
HIPERTROFIA 
 
Aumento do tamanho das células, resultando em aumento do tamanho do órgão que ela compõe, 
em resposta ao aumento da carga de trabalho. 
Célula fica maior devido aumento de organelas e proteínas estruturais, isso acontece em células 
incapazes de se dividir. Não existem células novas! 
Pode ser fisiológica (útero na gravidez) ou patológica (aumento do coração devido hipertensão). 
É uma procura de equilíbrio entre a demanda e capacidade funcional da célula. 
 
 
 
6 
Aumento do tamanho da célula por aumento da síntese dos componentes estruturais 
(membranas e organelas) e não por tumefação (edema). 
Tecidos que mais apresentam capacidade de hipertrofia: músculo estriado cardíaco (sobrecarga 
hemodinâmica crônica advindo da hipertensão arterial ou valvas deficientes por exemplo) e 
músculo esqueléticos (musculação), pois tem capacidade de duplicação baixa e então aumentam 
a demanda das próprias células. 
 
 
 
 
HIPERPLASIA 
 
Aumento do número de células em resposta aos mesmos tipos de estímulos da Hipertrofia por 
exemplo. 
Pode ser fisiológica: 
Hiperplasia Hormonal – hormônio aum. da proliferação do epitélio glandular da mama na 
puberdade ou gravidez. 
Hiperplasia Compensatória – ocorre quando um tecido é removido ou lesado – se um pedaço do 
fígado for retirado, as células do órgão começam a aumenta a atividade mitótica, até restaurá-
lo ao seu tamanho normal (Fatores de crescimento são liberados pelos hepatócitos restantes até 
a restauração da massa perdida, ao final fatores de inibição do crescimento são liberados). 
Ou patológica: 
Geralmente causada por estimulação hormonal excessiva ou fatores de crescimento. Fatores de 
crescimento envolvidos na hiperplasia associada a certas infecções virais (Papilomaviroses – 
verrugas na pele causadas por hiperplasia de epitélio). 
 
Hiperplasia patológica é um solo fértil para surgimento posterior de proliferação cancerosa. 
 
 
ATROFIA 
 
Diminuição do tamanho da célula por perda de substância celular e conseqüentemente, 
diminuição do tamanho do órgão que está inseria. 
Causas possíveis: Dim. Carga de trabalho, perda de inervação, dim. do suprimento sanguíneo, 
nutrição inadequada, perda de estimulação endócrina e envelhecimento. 
Pode ser fisiológico (perda de estimulação hormonal na menopausa) ou patológico 
(desenervação). 
 
 
7 
 
Dim. atividade metabólica – dim. síntese de proteína – aum. degradação protéica 
 
Pode ser acompanhado por Autofagia, “comer a si próprio”, célula privada de nutrientes digere 
seus próprios componentes para sobreviver. 
 
 Atrofia por desuso: redução da carga de trabalho – 
 Atrofia por desenervação: a função normal de um músculo esquelético depende de seu 
suprimento nervoso. 
 Diminuição do suprimento sanguíneo: isquemia – uma redução do suprimento sanguíneo 
em um tecido como consequência de doença oclusiva arterial acarreta atrofia tecidual 
em virtude de perda celular progressiva. 
 Nutrição inadequada: desnutrição protéico-calórica está associada ao uso do músculo 
esquelético como fonte de energia, após a exaustão das outras fontes de reservas (tecido 
adiposo). 
 Perda da estimulação endócrina: perda da estimulação estrogênica durante a menopausa, 
nas mamas, útero (endométrio) e ovários, produz uma atrofia fisiológica destes órgãos. 
 Atrofia senil (envelhecimento): este processo está associado a perda celular, mais visto 
em tecidos de células permanentes como coração e cérebro. 
 Pressão: um tumor benigno crescente pode comprimir o tecido circundante, causando 
atrofia isquêmica devido a diminuição do suprimento sanguíneo pela pressão realizada 
pelotecido em expansão. 
 
As células atróficas têm sua função diminuída, mas não estão mortas. 
Os mecanismos de atrofia afetam mais o equilíbrio entre síntese e degradação de proteínas. 
 
METAPLASIA 
 
 
 
Alteração reversível por estímulo estressante, no qual um tipo de célula adulta é substituída por 
outro tipo de célula adulta, mais capaz de suportar um determinado estresse. “Reprogramação 
genética de células-tronco”. 
Ex.: epitélio respiratório de um fumante – células epiteliais normais colunares e ciliadas da 
traquéia e brônquios são substituídas por células epiteliais escamosas estratificadas. 
Estas células escamosas são mais resistentes do que as normais frágeis, porém, perde 
mecanismos de proteção (secreção de mucos, cílios que removem materiais particulados). 
Se o estímulo estressante persistir por mais tempo, pode predispor a transformação maligna 
deste tecido, como câncer de pulmão. 
 
A metaplasia epitelial mais comum é a colunar para a escamosa (trato respiratório). 
As influências que predispõe a metaplasia, se persistirem, podem induzir a transformação 
cancerosa no epitélio metaplásico. Portanto, a forma mais comum de câncer no trato 
respiratório é formada de células escamosas. 
Membrana 
Basal 
Coluna de 
Células 
Normais 
Células de 
Reserva 
Metaplasia de 
epitélio 
escamosos 
 
 
8 
 
-Metaplasia do tipo escamoso para colunar – esofagite de Barrett – epitélio esofágico escamoso é 
substituído células colunares semelhante as células intestinas (o câncer que pode surgir é o 
adenocarcinoma). 
-Metaplasia do tecido conjuntivo – formação de cartilagem, osso ou tecido adiposo (tecidos 
mesenquimais) em tecidos que normalmente não contém estes tecidos. Ex. Formação de osso no 
músculo (miosite ossificante), as vezes ocorre após fratura. 
 
5: Lesões Celulares Reversíveis (Degenerações celulares). 
 
DEGENERAÇÃO CELULAR 
 
O Sufixo –OSE é como se denominam lesões degenerativas: 
Ex.: Nefrose, Artrose e Endometriose. 
 
CONCEITO DE DEGENERAÇÃO: 
-Literalmente : deterioração (célula doente ou moribunda). 
-Alteração regressiva das células e tecidos, caracterizada pela anormalidade na sua função e 
estrutura. 
 
Lesão celular reversível: as alterações funcionais e morfológicas são reversíveis se o estimulo 
nocivo for retirado, a lesão não progride porque não há dano significativo na membrana e no 
núcleo. 
 
PADRÕES DE DEGENERAÇÃO CELULAR 
 
Composição química da célula: Água, eletrólitos, lipídios, carboidratos e proteínas. 
As alterações degenerativas são encontradas nas três respostas celulares básicas: 
 
1. Alterações do balanço hidro-eletrolítico (edema celular). 
2. Sobrecarga de produtos catabólicos (glicogênio, lipídeos e proteínas). 
3. Acúmulo de produtos complexos não degradáveis (alterações no processamento/excreção 
celular) : pigmentos, minerais e subst. exógenas. 
 
Tipos de acúmulos intracelulares: 
 
1. Substância Normal é produzida em uma 
taxa norma ou aumentada, mas a taxa 
metabólica é inadequada para removê-la. 
Ex. Degeneração Gordurosa 
 
2. Uma substância endógena normal ou 
anormal se acumula em consequência e 
defeitos adquiridos ou genéticos ou no 
dobramento, empacotamento, transporte e 
secreção. 
Ex. Acúmulo de Proteínas (Degeneração 
Hialina) 
 
3. Defeito herdado em uma Enzima 
resultando na deficiência em degradar um 
metabólito. 
Ex. Doenças de Armazenamento 
 
 
9 
 
4. Substâncias EXÓGENAS anormais ficam 
depositadas na célula porque ela não tem 
mecanismos enzimáticos para degradá-la ou 
habilidade de transportá-la para outros 
locais. 
Ex. Acúmulo de partículas de Carbono 
(Carvão) e Sílica. 
 
 
 
10 
 
1. DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA / EDEMA CELULAR /TUMEFAÇÃO 
 
O edema celular é a resposta mais comum e importante às agressões celulares e a primeira manifestação 
de quase todas as formas de injúria celular. 
Como principal consequência ocorre a perda do controle da entrada de água no interior da célula e 
aumento do volume celular. 
 
O EDEMA CELULAR AGUDO É A EXPANSÃO DO VOLUME CELULAR DEVIDO À PERDA DO CONTROLE DA 
ENTRADA DA ÁGUA. 
 
Relacionado a permeabilidade da membrana. A membrana plasmática torna-se permeável, o sódio (Na+) e 
o cálcio (Ca++) entram na célula, o potássio (K+) é perdido e a água entra na célula, diluindo o 
citoplasma. 
 
Possíveis causadores de tumefação: 
 Hipóxia – reduz a produção de ATP(adenosina trifosfato); 
 Hipertermia - aumento no consumo de ATP; 
 Toxinas e Radicais livres – lesam diretamente a membrana; 
 Substâncias inibidoras da ATPase – inibi a produção de ATP. 
 
 
2. DEGENERAÇÃO GORDUROSA (ESTEATOSE) 
 
Advindos da alimentação, os ácidos graxos livres e o glicerol são absorvidos no intestino delgado e 
transportados para o sangue. Quando estão na circulação podem atingir todos os tecidos. A célula precisa 
de ácidos graxos para construir suas membranas, por exemplo. 
Normalmente os ácidos graxo livres (originados da alimentação ou do tecido adiposo) precisam ser 
metabolizadas pelo fígado para serem transformados (esterificados), dando origem aos triglicérideos, que 
por sua vez, podem ser transformados em colesterol, fosfolipídios e corpos cetônicos. 
O acúmulo se dá por erro na entrada, na utilização ou eliminação destas moléculas pelas células. 
 
Acúmulo de triglicerídeos na célula é mais comum no fígado, que faz o metabolismo de gorduras, mas 
pode acontecer também no coração, músculo esquelético, rim ou outros órgãos. 
A ESTEATOSE pode ser causada por substâncias químicas (drogas, álcool e creolina (fenol), desnutrição 
proteica, diabetes melito, obesidade e até vírus. 
 
3. DEGENERAÇÃO POR ACÚMULO DE PROTEÍNA (HIALINA) 
 
O acúmulo se dá por desequilíbrio entre produção e degradação das proteínas celulares, causando perda 
da homeostase. Geralmente formam corpúsculos no interior das células. 
Gotículas de reabsorção – em doenças renais associadas a perda de proteína na urina (proteinúria). 
Normalmente se reabsorve proteínas nos túbulos renais proximais, na proteinúria, com a perda de 
proteínas na urina, a vesícula de pinocitose que reabsorve estas proteínas começa a se fundir com os 
lisossomas celulares e se acumular até que o estimulo termine. 
Corpúsculo de Mallory - Formado na cirrose hepática pode ser também causada por uma infecção virótica 
(citomegalovirus), onde se tem acúmulo de proteínas. 
Corpúsculo de Russel - Acúmulo de Imunoglobulina no citoplasma das células plasmáticas. 
 
4. DEGENERAÇÃO POR ACÚMULO DE AÇÚCARES (CARBOIDRATOS) 
 
São doenças genéticas caracterizadas pelo acúmulo de glicogênio nas células do fígado, rins, músculos 
esqueléticos e coração. 
O glicogênio é uma reserva de energia prontamente disponível que está presente no citoplasma. 
Causa: Deficiência de enzimas que atuam no processo de sua degradação. 
 Diabetes Mellitus – Com a falta do hormônio insulina, a glicose fica em alta concentração no 
sangue, mas com dificuldade para entrar na célula, isso faz com que a célula acumule glicogênio. 
 Doença de Niemann-Pick (fígado, baço, medula óssea linfonodos) 
 
 
11 
 Gangliosidose juvenil (neurônios do SNC- sistema nervoso central) 
 6: Lesões Celulares Irreversíveis (Morte Celular). 
 
APOPTOSE 
 
Morte celular programada; 
Ativação de um mecanismo celular de "suicídio" intracelular; 
Processo regulado e Fisiológico; 
Elimina células indesejadas seletivamente; 
Membrana permanece intacta; 
Forma corpos apoptóticos que sofrem fagocitose; 
Não desencadeia processo inflamatório. 
CASPASES - enzima específica de degradação de proteínas. 
 
Via extrínseca: iniciada por receptores vindos do meio externo. 
Via intrínseca: ou mitocondrial vinda do meio interno. 
NECROSE 
Morte antes do esperado; 
Decorrente de lesão celular, células "assassinadas"; 
ProcessoPatológico; 
Envolve ruptura da membrana da célula e extravasamento para o meio extracelular; 
Afeta as células ao redor causando inflamação. 
 
 
 
1. Necrose de Coagulação 
Mais comum (infartos); 
Falta de irrigação sanguínea; 
Proteínas coaguladas por ação enzimática = digeridas; 
Realizada por lisossomos trazidos por leucócitos ou por autólise (digestão por suas próprias enzimas 
lisossômicas). 
 
2. Necrose de Liquefação 
Tecidos celulares ficam mais amolecidos, desorganizados e até líquidos; 
Mais frequente em abcessos (infecções bacterianas) e no cérebro; 
Células vivas auxiliam na degradação (heterólise) como leucócitos. 
 
3. Necrose Caseosa 
Lembra o aspecto de queijo; 
Típica da Tuberculose; 
É rodeada por processo inflamatório crônico tipo granulomatoso – macrófagos. 
 
4. Necrose Gordurosa 
Observada no tecido adiposo próximo ao pâncreas; 
 
 
12 
Este órgão libera lipases no intestino delgado, quando estão lesados, liberam as enzimas no meio interno e 
matam as células adiposas. 
 
5. Necrose Hemorrágica 
Grande quantidade de sangue no tecido necrosado causando distúrbios da troca da célula com o meio 
externo e consequente morte; 
Ex. tromboembolismo pulmonar (1o acontece a isquemica/coagulativa e depois a hemorrágica. 
 
6. Necrose Gangrenosa 
Somatória de diversos eventos: necrose coagulativa e liquefativa, migração de leucócitos, infecção por 
bactérias; 
 Depois que começa a acontecer o corpo tem que se livrar dela, como se fosse um corpo estranho 
sem serventia ao organismo. 
 Células em volta tentam limpar a área por fagocitose ou 
 Drenar por vias como intestino ou causando fístulas de excreção 
 Se acontecer na superfície corporal é conhecido como úlcera. 
 
 
Calcificação Patológica 
 
Depósito anormal de sais de Cálcio nos tecidos. Dois tipos: 
 
- Calcificação Distrófica: ocorre em tecido que estão passando por morte celular. 
Ex. Artérias na Aterosclerose, em valvas cardíacas danificadas e em áreas de necrose. 
 
- Calcificação Metastática: ocorre em tecidos normais e esta associada à hipercalemia. 
Temos 4 causas principais: 
Aumento da secreção de hormônio da paratireoide; 
Destruição de tecido ósseo; 
Distúrbios relacionados à Vitamina D; 
Insuficiência Renal. 
 
Envelhecimento 
 
Desenvolve-se pela somatória de fatores genéticos e ambientais. 
Caracterizada por funções metabólicas reduzidas: 
 
diminuição da produção de ATP na mitocôndria; 
 diminuição síntese de proteínas (estruturais, enzimáticas e regulatórias); 
Menor capacidade de captar nutrientes; 
 
 
13 
Maior lesão no DNA e reparo reduzido. 
ENVELHECIMENTO e CALCIFICAÇÃO PATOLÓGICA 
 
4. O depósito de Cálcio em um tecido significa a perda da elasticidade do mesmo. Algumas doenças 
cardiovasculares representam este tipo de lesão. Cite 2 exemplos de tecidos onde a calcificação pode 
acontecer com mais frequência. 
 
5. O envelhecimento celular se desenvolve pela somatória de fatores genéticos (tempo de duração 
programada da célula) e ambientais (desgaste natural do tecido ao longo do tempo). Quais são as funções 
celulares que estão dificultadas ou diminuídas no envelhecimento? 
 
 7: Alterações Circulatórias 
 
A Homeostasia corporal depende da boa distribuição doa líquidos que formam o corpo. O corpo humano é 
formado de 60% de líquidos, sendo 40% para formar o LIC – Líquidos Intracelulares, ou seja, dentro das 
células e 20% formando o LEC – Liquido Extracelular. O LEC ainda se divide em 13% de Interstício e 7% 
dentro dos vasos (Veias, artérias e vasos linfáticos). Todo este sistema circulatório é o provedor de 
nutrientes e oxigênio para todos os tecidos. 
1. HEMORRAGIA 
 
Sistema Cardiovascular nos Mamíferos é chamado de fechado formado de: 
-Vasos sanguíneos arteriais e venosos e pelo coração que está dividido por 4 câmaras. Esquema da 
circulação corporal: 
Art. Aorta – Tecidos – Arteríolas – Vênulas – Veia Cava – Átrio Direito – Ventrículo Direito – Artéria Pulmonar 
- Pulmão – Veias Pulmonares – Átrio Esquerdo – Ventrículo Esquerdo – Art. Aorta 
Hemorragia é o escape de sangue do sistema vascular, podendo acontecer extravasamento por lesão ou 
congestão crônica dos capilares (menores vasos sanguíneos que existem). Podem ser Externas (perda para 
o exterior do corpo) ou Internas (sangue permanece dentro do organismo, nas cavidades ou espaços entre 
os tecidos). 
 
Hemorragia Arterial – jatos de sangue vermelho vivo; 
Hemorragia Venosa – sangramento sem espirrar sangue a distância e de cor escura; 
Hemorragia Capilar – discreta, de pouco volume. 
Hemorragias do subcutâneo: 
1) Petéquias – pequeninas do tamanho da cabeça de um alfinete. 
2) Equimoses – tamanho em torno de um grão de ervilha, bordas irregulares. 
3) Hematomas – sangue acumulado em um ponto bem delimitado, debaixo da pele, dentro de uma 
cavidade (peritônio, membranas do cérebro ou câmaras oculares). 
Nomenclaturas usadas de acordo com a localização das hemorragias: 
 Epistaxe: sangramento nasal exteriorizado; 
 Hemoptíse: sangue no escarro; 
 Hematemese: com sangue aparente no vômito; 
 Hemotórax: derrame sanguíneo no tórax, normalmente entre as pleuras; 
 Hemopericárdio: coleção de sangue no pericárdio; 
 Hemoperitônio: sangue solto na cavidade peritoneal; 
 Hemartrose: dentro das articulações; 
 Melena: sangue nas fezes, aspecto coagulado e enegrecido, quando a origem é a ruptura de vasos 
nas primeiras porções do intestino; 
 Enterorragia: porções finais do intestino, sangue vermelho vivo nas fezes; 
 Hifema: mancha de sangue no globo ocular, com o contraste do branco do olho; 
 Hematidrose: saída de sangue pelos poros da pele, com suor. 
 
Exames investigativos de hemorragias: 
 
A. Tempo de sangramento 
Avalia a capacidade do corpo de responder a uma pequena hemorragia provocada por agulha. Mede-se o 
tempo decorrido desde a punção até que pare de vazar sangue. Normalmente de 2 a 8 minutos. Pretende 
avaliar a concentração (diminuição) de plaquetas. 
 
 
14 
 
B. Tempo de Coagulação 
Mede a capacidade do organismo de promover a coagulação sanguínea fora do organismo. Coleta-se 
sangue sem anticoagulante em um tubo de ensaio ou seringa e mede-se o tempo que ele demora a 
coagular. 
 
C. Contagem de Plaquetas 
Geralmente é realizada no hemograma, utiliza-se o frasco com anticoagulante, deve ser realizada até no 
máximo duas horas após a coleta, podendo perder sua confiabilidade com mais tempo, uma vez que as 
plaquetas passam a se agregar após um tempo possibilitando uma análise de falsa plaquetopenia. (valores 
normais = >150.000 e < 400.000 por mm3 de sangue. 
 
D. Protrombina 
Realiza-se para pacientes em processos hemorrágicos, no pré ou pós-operatório e na monitorização de 
terapias anti-hemorrágicas. 
Quanto maior o Tempo de Protrombina, maior o tempo que o sangue leva para coagular e menor o tempo 
de se formarem coágulos (normal = 10 a 14 segundos). A protrombina faz parte da cascata extrínseca de 
coagulação. 
 
E. Tromboplastina 
Mede as reações intrínsecas para a formação de coágulos. 
 
F. Fibrinogênio 
Percursor do coágulo de fibrina. Normal = 200 a 400 mg/dl. Amostra obtida da punção venosa em tubos 
com anticoagulantes. 
 
2. ANEMIAS 
Diminuição da contagem de hemácias (hematócrito = quantidade de hemácias no sangue total) e na 
hemoglobina contida nelas observado no hemograma. 
 
Hemoglobina (Grupos Heme) 
 
A Anemia pode acontecer por 3 razões específicas: 
1. Problemas na produção medular: não estão sendo produzidas em quantidade e velocidade adequada. 
2. Destruição precoce: quando as hemácias são atacadas e destruídas antes do tempo previsto. Tem 
tempo de vida de aproximadamente 120 dias, sendo destruídas pelo Baço quando ficam velhas, danificadas 
ou alteradas. 
3. Perdas por hemorragias: grandes perdas de sanguede forma aguda ou pequenas perdas crônicas. 
 
Tipos de Anemia: 
A. Anemia Ferropriva: 
Anemia carencial por falta de ferro. Quando falta ferro as hemácias não são produzidas em sua quantidade 
normal. 
 
B. Anemia Carencial por deficiência de vitamina B12: 
B12 = cianocobalamina, sem ela o organismo não consegue produzir hemácias. É proveniente dos 
alimentos de origem animal e as pessoas que só comem vegetais podem ter déficit dessa vitamina. Pode 
ser originada também por problemas de absorção. Para que a B12 possa ser absorvida, ela precisa passar 
pelo pH ácido do estômago e juntar-se a um fator intrínseco para que seja absorvida no íleo depois. 
Portanto, problemas de gastrite, mudanças de pH gástrico, uso contínuo de antiácidos podem causar 
anemia por deficiência de B12. 
 
 
15 
 
C. Anemia por carência de ácido fólico: 
Ácido Fólico = B9. É encontrado em grandes quantidades nas folhas vegetais de cor verde-escura e é 
necessária para a formação de proteínas da hemoglobina. 
 
D. Anemia por hipoproteinemia: 
As proteínas são fundamentais para a formação das hemácias de forma que a diminuição da sua ingesta 
acarreta anemia. 
 
E. Anemia Auto-imune: 
Nas doenças auto-imunes os anticorpos atacam o próprio organismo. Quando esses alvos são as hemácias, 
elas são destruídas como algo estranho. Pode ser desencadeada por infecções, quando o parasita está 
aderido as hemácias e ao tentar destruir o patógeno, destrói-se também o hospedeiro. 
 
F. Anemia por destruição das hemácias: 
Baço = produz hemácia nas crianças e destrói hemácias alteradas ou velhas nos adultos, filtrando o 
sangue. Se algum microrganismo se agrega a parede das hemácias tornando-as alteradas, o Baço as 
destrói. 
 
 
G. Anemia por Talassemia: 
Doença genética hereditária. Dá-se por defeito nas hemoglobinas produzidas com consequente alteração 
na forma das hemácias. Causando anemia. 
 
 
 
H. Anemia Hemolítica do Recém-nascido: 
Eritroblastose Fetal – a gestante tem anticorpos contra as substâncias do sangue do filho. 
 
Rh é uma proteína (antígeno) e quando está presente na membrana da hemácia dizemos que este fator é 
positivo. Quando está ausente dizemos que o Rh é negativo. 
 
Mãe Rh- com primeiro filho Rh+ 
= Gera imunidade, ou seja, produz anticorpos para o fator Rh. 
 
Se o segundo filho for Rh-, não acontece nada. Mas se for Rh+, os anticorpos produzidos pela mãe 
destroem as hemácias do bebê causando sua morte. 
O tratamento é feito com Anti-anti Rh! 
 
 
 
 
16 
 
 
I. Anemia Infecciosa: 
Alguns agentes infecciosos destroem hemácias, como o Plasmodium causador da Malária, a Babesia 
(agente etiológico da babesiose), Trypanossoma cruzi, causador da doença de Chagas, Ancylostoma 
duodenale, causador do amarelão, etc. 
 
3. HIPEREMIAS 
 
É o processo pelo qual sempre observamos mais sangue do que o normal em uma região causando 
vermelhidão da área, não importando por qual motivo. 
É diferente da hemorragia que é caracterizada pelo extravasamento de sangue para fora do vaso. No caso 
da hiperemia, temos sangue circulando em maior volume por uma vasodilatação periférica. 
Nem sempre caracteriza alguma doença, por exemplo, quando sentimos vergonha, temos um súbito rubor 
na face involuntariamente, causado por estimulação do sistema nervoso autonômico simpático. Nas 
situações em que o organismo precisa perder calor, também acontece aumento da circulação periférica a 
fim de facilitar o suor. 
 
Hiperemias ATIVAS 
Acúmulo de sangue arterial nos tecido. 
Na situação fisiológica = aumento na demanda de oxigênio em algum tecido, como acontece no intestino 
durante a digestão ou nos músculos esqueléticos quando praticamos exercícios físicos, ou ainda durante a 
ereção, como os enchimentos dos corpos cavernosos. 
Na situação patológica 1 e 2 = quando há aumento de mediadores químicos de inflamação (aminas 
vasodilatadoras) presentes nos processos inflamatórios. Ex.: após picada de insetos, queimaduras, nas 
conjuntivites, etc. 
 
Hiperemias PASSIVAS (Congestão) 
Processo também conhecido como congestão passiva. Acontece quando o sangue encontra dificuldade de 
retornar aos compartimentos centrais da circulação, aos pulmões e aos coração. 
O sangue envolvido é venoso, pobre em oxigênio de cor azulada ou arroxeada. A cor também é refletida 
no órgão ou tecido que está passando pelo processo de congestão. Hipóxia dos tecidos, chamados de 
cianose e cianótico. 
Pode envolver uma pequena região resultando do bloqueio de uma veia, ou em grandes partes do corpo, 
como na insuficiência cardíaca congestiva. Se persistir por longos períodos pode levar às células a 
degeneração. 
 
4. EDEMA 
 
*Edema Celular = acúmulo de líquido dentro da célula 
*Edema Tissular = acúmulo de líquido entre as células (Interstício) e fora do compartimento vascular 
(vaso). 
 
Quando extravasamento do plasma (parte líquida do sangue) para o Interstício acontece em quantidade 
maior que a esperada (normal), desequilibrando a Homeostase, processo chamado de EDEMA tissular. 
RH- 
RH+ 
 
 
17 
 
Existem duas forças ou pressões que regulam a permanência ou saída dos líquidos de dentro dos vasos para 
o interstício: 
 
1. Pressão Hidrostática = é aquela exercida pelo líquido nas paredes do recipiente que o contém. Ex. O 
sangue exerce pressão hidrostática nas paredes dos vasos sanguíneos, a consequência disto é que quanto 
mais parado o sangue estiver, maior a pressão hidrostática que ele exerce. 
 O aumento da volemia (quantidade de líquido corporal) e da pressão arterial são exemplos de 
alterações que aumentam a pressão hidrostática. 
 
2. Pressão Osmótica = exerce força contrária a pressão Hidrostática. A proteína Albumina é produzida 
pela Fígado e liberada na circulação sanguínea. Ajuda a manter o equilíbrio de entrada e saída de água do 
sangue, uma vez que atrair a parte líquida do plasma, fazendo uma força para manter o líquido dentro do 
vaso. 
 Insuficiência hepática, perda de Albumina durante a filtração Renal, problemas de absorção de 
nutrientes no intestino são causas de diminuição da Albumina circulante no sangue 
(Hipoalbuminemia), com consequente diminuição da pressão Osmótica, o que também pode fazer 
com que o líquido sanguíneo extravase para o interstício. 
 
 
 
 
O equilíbrio das duas forças mantém a Homeostase e as concentrações de água equilibradas dentro e fora 
do vaso sanguíneo. 
 
Tipos de Edema: 
 
 
Edema Depressível – É do tipo localizado, quando comprimimos a região com a ponta dos dedos, 
verificamos que a depressão ou covinha permanece na área pressionada, chamamos de Teste ou Sinal de 
Godet. Serve para observar a existência de excesso de líquido no tecido subcutâneo. 
Edema de Declive – Sempre que os líquidos estão soltos entre as células, eles tendem a ir a favor da 
pressão atmosférica, ou seja, quando ficamos de pé (posição ortostática), os líquidos tendem a descer e se 
acumular na região das pernas e pés, mas ao levantarmos as pernas, os líquidos se redistribuem no corpo. 
 
 
18 
Edema Pulmonar – O tecido epitelial pulmonar é muito fino e pode sofrer lesões com facilidade. Se o 
acúmulo de líquidos no interstício persistir, eles poderão extravasar para dentro dos alvéolos, dificultando 
as trocas gasosas. Acontece com frequência na Insuficiência Ventricular Esquerda (o sangue que sai do 
coração para o pulmão está com menos pressão, fica mais parado e o líquido intersticial fica com mais 
pressão Hidrostática), Insuficiência Renal (Elimina muita albumina e temos um quadro de diminuição da 
pressão Osmótica), SARA (lesão microvascular com infiltração de líquido intersticial) e em Infecções 
(Pneumonia) (acúmulo de líquido devido infecção). 
Edema transitório da Gestante – Comum ao final da gravidez (a partir do 7 mês), acontece porque o 
aumento do tamanho do útero e do tamanhodo feto, comprimem os vasos sanguíneos ao redor, 
dificultando o retorno venoso, causando portanto um aumento da pressão Hidrostática, causando edema 
de pernas e pés. É um estado passageiro e fisiológico na gestante saudável. 
Edema Cerebral – Pode ser localizado (abcessos ou neoplasma) ou generalizado (encefalites, crises 
hipertensivas, ou obstrução do fluxo externo venoso). No edema generalizado, o cérebro é excessivamente 
expandido mostrando sinais de achatamento contra o crânio. 
Anasarca – edema generalizado com distribuição por todo corpo. 
Linfedema – Oriundo de obstruções do sistema linfático. Ex. Câncer de Mama com obstrução do sistema 
linfático pelo acometimento dos linfonodos regionais, que permanece com a retirada cirúrgica para 
tratamento do câncer. A elefantíase é causada pelo verme Wuchereria bancrofti que se instala no sistema 
linfático, causando linfedema nas regiões dos membros, mamas, bolsa escrotal e outras partes. 
 
5. EMBOLIA 
 
São obstruções vasculares, parciais ou totais, com substâncias que dificultem ou impeçam a circulação 
sanguínea. Os êmbolos podem ser sólidos (coágulos, partículas ósseas, projétil de arma de fogo, fragmento 
de tecidos adiposos ou de massa tumoral), líquidos (mais comum é líquido amniótico) ou gasosos 
(decorrentes de lesão pulmonar), a consequência desta obstrução pode ser a necrose isquêmica do tecido 
que aquele vaso irriga (infarto). 
A grande maioria dos êmbolos é causada por coágulos (trombos), conhecida como Tromboembolia. A 
formação de coágulos é necessária para nossa preservação, uma vez que evita sangramentos, mas se o 
coágulo se desprende do local onde é formado, origina uma obstrução de vasos de menores calibres. A 
formação de coágulos intravasculares em pessoas vivas é conhecida como Trombose, que pode ser 
causada quando estímulos de coagulação são ativados patologicamente, causando diminuição da 
velocidade sanguínea, turbulência na circulação, compressão vascular crônica, presença de substância 
estranha (bactérias, placas de gordura (aterosclerose) e até coágulos). 
Tromboembolismo Pulmonar – Causa mais comum de morte entre pacientes cirúrgicos, onde a formação 
de trombos derivados da manipulação de artérias e veias pode parar nos capilares pulmonares que são 
estreitos e causar lesão isquêmica do tecido pulmonar, levando a morte por falta de troca gasosa. 
Tromboembolismo Sistêmico – refere-se a êmbolos que viajam na circulação arterial, geralmente 
advindos das paredes do coração (devido infartos ou doenças de valva mitral) ou aneurismas arteriais, 
placas ateroscleróticas por exemplo. Principais tecidos isquemiados podem ser MMII, Cérebro e Vísceras. 
Embolia Gordurosa - liberação de êmbolo gorduroso saído de fratura de ossos longos (medula óssea) e 
mais raramente de queimaduras e traumas de tecido mole (adiposo). 
Embolia Gasosa – bolhas gasosas dentro dos vasos que obstruem o fluxo sanguíneo e causam isquemias. O 
ar pode entrar na circulação como consequência de lesão da parede torácica. A doença da 
descompressão é uma forma particular de embolia gasosa causada por mudança brusca da pressão 
atmosférica. Nos casos de mergulhadores, que respiram ar com alta pressão, quantidades elevadas de gás 
nitrogênio se dissolvem no sangue, quando o mergulhador sob muita depressão, queda brusca da pressão 
externa, o gás borbulha na solução sanguínea e forma êmbolos gasosos. (Tratamento Câmera de 
descompressão). 
Embolia de Líquido Amniótico – é uma complicação grave e incomum do período de parto e pós-parto 
imediato, causada pela infusão de líquido amniótico na circulação materna. A síndrome é caracterizada 
por dispneia aguda profunda, cianose e choque hipotensivo. 
 
6. TROMBOSE 
 
Ativação inapropriada da cascata de coagulação sanguínea na vasculatura lesionada. Os trombos são 
importantes porque eles podem A. Causar obstrução de artérias e veias e B. São fontes de êmbolos. 
Há três influencias principais que levam a formação do trombo, conhecida com Tríade de Wirchow: 
 
 
19 
 
1. Lesão endotelial (vaso) – pode ser causada por endocardites ou placas ateroscleróticas ulceradas, 
causando por ela mesma o excesso de coagulação e consequente Trombose. 
2. Alteração do fluxo sanguíneo – o fluxo sanguíneo é laminar (células sanguíneas são transportadas no 
centro do lúmen do vaso, e uma fina camada de plasma fica entre as células e a parede do vaso. 
Em situação de turbulência sanguínea ou estase (sangue parado), este fluxo laminar é rompido, trazendo 
plaquetas ao encontro do endotélio, acontece o impedimento da diluição dos fatores de coagulação 
ativados, retarda o influxo dos fatores inibidores de coagulação, formando o trombo. 
A estase causa trombose na circulação venosa, nas câmaras cardíacas e aneurismas. 
3. Hipercoagulabilidade – pode ser hereditária, acontece com menos frequência. É definida como 
qualquer alteração das vias de coagulação que predispõe a trombose. 
 
Trombose Venosa Profunda (Flebotrombose) 
Acontece nas veias superficiais ou profundas dos MMII. 
Superficiais: geralmente se dá na veia Safena e causa congestão e dor, raramente emboliza. O 
consequente edema local e a drenagem venosa deficiente predispõem a pele a infecções e a úlceras 
varicosas. 
Profundas: veias calibrosas como a Poplítea, Femoral e Ilíaca. Emboliza rapidamente. Também podem 
apresentar dor e edema, mas geralmente a obstrução venosa é compensada pela circulação colateral. 
Quando é assintomática (50% dos casos) só é diagnosticada pelas embolias que formam. 
Ex.: Incidência comum em Idade avançada, imobilizações de longo prazo, Insuficiência Cardíaca 
Congestiva, Traumas, Cirurgias, Queimaduras e Pós-partos. 
 
Trombose Arterial 
Além da obstrução local (cardíaco ou aórtico) também podem emboliza perifericamente (Cérebro, Rins, 
Baço- alvos principais). 
Infarto Miocárdico – relacionado a contração desigual do miocárdio assim como dano da parede interna 
(endocárdio). 
Doença Cardíaca Reumática – estenose da valva mitral, seguida pela dilatação atrial esquerda e formação 
de trombos nos Átrios. 
Aterosclerose – principal causa de trombos arteriais está relacionada ao fluxo vascular diminuído pelo 
entupimento da artéria. 
 
Coagulação Intravascular Disseminada (CID) 
Refere-se a trombos de fibrina disseminados na microcirculação (capilares). É uma complicação (sintoma) 
de qualquer doença a ativação disseminada d Trombina. Podem causar insuficiência circulatória difusa por 
formar microtrombos que podem atingir cérebro, pulmão, coração e rins. 
 
7. INFARTO 
 
Área de necrose isquêmica causada pela oclusão do suprimento arterial ou da drenagem venosa em um 
tecido, quase sempre resultantes de eventos trombolíticos ou embólicos, mas também pode acontecer por 
vaso espasmo, compressão extrínseca de vaso por tumor, edema, torção de vaso (torção testicular). 
Podem ser vermelhos (Hemorrágicos) ou brancos (Isquêmicos), sépticos ou assépticos. 
 
-Hemorrágicos ou Vermelhos – oclusão venosa até estourar o vaso, tecidos frouxos (pulmão). 
-Isquêmicos ou Brancos – ocorrem em órgãos sólidos que tem circulação arterial terminal (coração, 
pâncreas e rins). 
 
A característica dominante do infarto é a Necrose coagulativa isquêmica, resultando de futura infamação 
na área seguida de resposta reparativa (substituindo tecido necrosado por tecido cicatricial). No tecido 
cerebral acontece NecroseLiquefativa. 
 
-Infarto séptico ocorre em decorrência de um embolo formado por colônia bacteriana desprendida de uma 
valva cardíaca ou quando micróbios invadem e se reproduzem em uma região de necrose formando um 
abcesso purulento. 
 
 
 
 
20 
8: Inflamação 
 
 A inflamação é uma resposta do tecido à lesão, ela procura conter e isolar a lesão e preparar o 
tecido para o reparo. 
 Pode ser desencadeada por infecções microbianas, agentes físicos, substancias químicas, tecido 
necrosadoou reações imunes. 
 É caracterizada por 2 componentes: uma reação Vascular e uma reação Celular. 
 
A inflamação termina quando o agente agressor é eliminado e os mediadores inflamatórios liberados são 
destruídos. 
 
Geralmente a nomenclatura utilizada para um tecido inflamado é o uso do sufixo –ITE + nome do tecido 
(pancreatite, artrite, pericardite, meningite, etc). 
 
 
 
Inflamação AGUDA = inicia-se rapidamente (seg. ou min.) e tem uma duração relativamente curta (min. 
ou dias). Envolve o processo de exsudação de líquido (EDEMA) e migração de NEUTRÓFILO. 
Inflamação CRÔNICA = se instala em um período maior (dias) e tem maior duração (semanas e até anos). 
Envolve LINFÓCITOS e MACRÓFAGOS, além de induzir a proliferação de vasos sanguíneos e FIBROSE. 
 *O 4 sinais clínicos clássicos de inflamação (mais fortes na inflamação aguda) são: 
-CALOR (aumento da temperatura local) 
-RUBOR (Hiperemia por aumento do fluxo sanguíneo) 
-EDEMA (inchaço pela saída de líquido do vaso para o interstício) 
-DOR (provocada pela liberação de substâncias químicas ativadoras de neurônio) 
+ 
-PERDA DA FUNÇÃO (as células não fazem seu funcionamento normal) = Inflamação Crônica. 
 
Definições importantes: 
Edema = excesso de líquidos no interstício, pode ser um exsudato ou transudato. 
Exsudato = líquido inflamatório extra vascular que tem alta concentração de Proteínas e fragmentos 
celulares. 
Exsudação = extravasamento de líquido, proteínas e células sanguíneas do sistema vascular para o 
interstício ou cavidades corporais. 
Pus = exsudato purulento inflamatório rico em neutrófilos e fragmentos de células. 
Transudato = líquido com pouco teor proteico, é um ultrafiltrado do plasma sanguíneo resultante de 
Pressão Hidrostática elevada ou Força Osmótica diminuída no plasma. 
 
INFLAMAÇÃO AGUDA 
 
A resposta inflamatória aguda é caracterizada principalmente por: 
 
 
 
21 
 Alterações no calibre vascular, com aumento do fluxo sanguíneo (HIPEREMIA) = CALOR e RUBOR; 
 Mudanças na microcirculação que permitem a saída de líquidos e leucócitos (especialmente 
Neutrófilos) na forma de EXSUDATO dos vasos = EDEMA; 
 Migração de leucócitos da circulação que se acumulam no foco da injúria e se são ativados para 
eliminar o agente irritante = EDEMA e CALOR. 
 
Os eventos inflamatórios têm o propósito de destruir e remover o agente agressor, diluir substâncias 
tóxicas produzidas e o próprio agente lesivo, na tentativa de manter a homeostase. 
 
1. Fatores de INDUÇÃO Inflamatórios 
 
O que faz com que o processo inflamatório comece, ou seja, induzido? 
Algum agente irritante Endógeno (meio interno) ou Exógeno (meio ambiente externo) é percebido e 
reconhecido por sensores no corpo chamados de AGENTES INDUTORES de inflamação, que por sua vez 
ativam os MEDIADORES inflamatórios, que são os efetores ou realizadores do processo inflamatório. 
Resumindo: 1o Agente Indutor percebe a lesão e 2o temos o disparo dos Mediadores! 
 
Se o agente lesivo é Exógeno o corpo é capaz de detectar as proteínas estranhas deste agente e disparar o 
processo inflamatório. 
O agente é Interno ou Endógeno é caracterizado por sinais dos tecidos ou das células danificadas e mortas 
pelo estresse. 
*Os MEDIADORES mais conhecidos são: 
 
A. Aminas Vasoativas: HISTAMINA (coceira) e SEROTONINA (relaxa vaso) conhecidas como. Elas são 
liberadas pelos Mastócitos/Basófilos e plaquetas. Função: VASODILATAÇÃO 
 
B. Mediadores Lipídicos: Quando a Membrana celular é lesionada, os fosfolipídios presentes nela são 
transformados em Ácido Araquidônico pela enzima Fosfolipase A2. 
O ácido Araquidônico por sua vez é transformado pela COX1 e COX2 em 3 componentes: Tromboxanos, 
Leucotrienos e Prostaglandinas. Esquema a seguir: 
 
 
 
***As Ciclooxigenases são o alvo da maioria dos Anti-inflamatórios pois eles impedem a formação dos 
principais mediadores inflamatórios e dos Analgésicos, que por sua vez impedem a DOR. 
 
C. Citocinas: Moduladores de atividade celular, ou seja, são responsáveis por definir quais células serão 
ativadas no processo inflamatório e como se dará este processo. 
Ex.: Bater a perna na cama é diferente de cortar o dedo com uma faca que é diferente de uma gripe. 
Portanto, imaginando-se a enorme variedade de lesões possíveis, todas causam inflamação, mas 
acontecem por meios celulares diferentes. 
 
Dentro desta família destacamos 3 de grande importância clinica: 
-Interleucinas (responsáveis pela comunicação entre as famílias de leucócitos; definem a ordem e a forma 
de ativação dos Leucócitos); 
-Interferon (família de mediadores que surgem em infecções virais); 
-TNF (fator de necrose tumoral – diariamente as células do corpo sofrem transformações malignas, esta 
substância é lançada por células vizinhas sadias e causam a necrose desta célula maligna). 
 
***Se a Inflamação faz parte da defesa do organismo, por que se administra Anti-inflamatórios? 
 
 
22 
Primeiro é uma maneira de controlar a DOR e em segundo lugar, em casos de lesões extensas ou graves, é 
uma maneira de impedir a expansão descontrolada do processo inflamatório, que acontece em cascata, ou 
seja, tem alto poder de se amplificar. 
 
2. Alterações Vasculares: 
Relembrando: 
Pressão Hidrostática faz com que o líquido saia da circulação. 
Pressão Osmótica faz com que o líquido fique nos vasos. 
 
Na Inflamação Aguda estas pressões ficam alteradas devido: 
1. Aumento do calibre dos vasos (vasodilatação) = Aumento da Pressão Hidrostática e; 
2. Aumento da permeabilidade vascular e saída de exsudato líquido rico em proteínas diminuindo a 
Pressão Osmótica. 
Resumindo: 
Vasodilatação = Aumento da Pressão Hidrostática 
Aumento da Permeabilidade do vaso = Diminuição da Pressão Osmótica 
 
3. 
 
3. Eventos Celulares: 
Extravasamento de Leucócitos e a Fagocitose. 
-1.Marginação, 2. rolamento e 3.adesão dos Leucócitos para o endotélio (camada interna do vaso). 
-Transmigração através do endotélio (chamado de 4. DIAPEDESE). 
-Migração do Leucócito em direção ao local da lesão. 
 
Então, quando o Leucócito chega na lesão ele ataca o agente lesivo, causando também sua própria 
destruição e do ambiente local. Os restos desta destruição atraem os Monócitos que se transformam em 
Macrófagos e fazem a fagocitose destes fragmentos. Temos duas situações possíveis depois destes eventos: 
 
1. O tecido se regenera e reocupa o lugar com tecido funcional (Ex. Fígado) 
2. A inflamação não passa, ou porque o estímulo não foi retirado ou porque a inflamação está fora de 
controle (se torna Crônica), então o organismo precisa tomar uma atitude diante disso. Esta situação atrai 
FIBROBLASTOS, responsáveis por “cimentar” o lugar da lesão com tecido fibroso que é disfuncional. Isso 
provoca uma cicatriz. 
 
 
PADRÕES de Inflamação AGUDA 
Inflamação Serosa: É refletida por acúmulo de líquido tecidual indicando um modesto aumento da 
permeabilidade vascular. Ex. Bolha de uma queimadura. 
 
Inflamação Fibrinosa: É marcada por uma maior permeabilidade vascular, onde o exsudato é rico em 
fibrinogênio, o qual é convertido em Fibrina pela ativação da cascata de coagulação. 
 
Inflamação Supurativa ou Purulenta: É caracterizada pela produção de exsudato purulento (PUS) que é 
formado por neutrófilos e células necróticas. Ex. Abcessos – tecido inflamatório purulento acompanhado 
de liquefação do tecido. 
 
Úlceras: erosão local na superfície epitelial produzida pela descamação do tecido inflamatório necrótico. 
 
 
23 
 
INFLAMAÇÃO CRÔNICA 
É um processo prolongado pela persistência do agente lesivo ou persistência da infecção. É caracterizada 
por: 
-Infiltrado de Macrófagos, Linfócitos e Plasmócitos; 
-Destruição Tecidual induzida pela persistência do agente lesivo ou pelas células inflamatórias; 
-Tentativa de Cicatrização por substituição por tecido Conjuntivo acompanhadopor Fibrose. 
 
A inflamação Crônica pode ser do tipo Granulomatosa, quando os Macrófagos isolam o agente causador da 
inflamação, como se formassem um tecido que circundam (encapsula) o corpo estranho formado 
agregados chamados granulomas. Ex. Tuberculose, Leprose (Hanseníase) e Sífilis. 
 9: Reparo Tecidual 
 
A FERIDA está relacionada com 3 processos que envolvem: 
1. Hemostasia (rompem-se vasos e acontece saída do sangue para fora - hemorragia), 2. Inflamação 
(proteção do tecido contra a lesão) e 3. Regeneração (as estruturas lesadas precisam ser reconstituídas). 
 
Regeneração X Cicatrização 
 
Dependendo do tecido e do tipo de lesão envolvidos há duas possibilidade de Reparo: 
A Regeneração acontece quando substituímos o tecido lesionado por células do mesmo tipo, ou seja, ao 
final do processo de reparo, o tecido resultante é muito parecido com o original (Fígado). 
Na Cicatrização substitui-se o tecido original por um tecido conjuntivo (Fibrose), caracterizado pela 
cicatriz permanente (Coração e Cérebro). 
 
Capacidade Proliferativa e Ciclo Celular 
As células de todos os tecidos sempre realizam 3 processos constantemente: 
 
Proliferação (multiplicação) – Diferenciação – Apoptose (Morte Celular) 
 
Estes processos precisam ser mantidos em equilíbrio de acordo com a necessidade do tecido para que 
consigam manter sua homeostase e seu tamanho normal (precisam ter sempre a mesma quantidade de 
células). A Proliferação é cíclica e acontece em diferentes velocidades dependendo do tecido, vejamos 
suas fases: 
 
 
 
G0 G1 S G2 M 
Célula em 
Repouso 
Pré-síntese Síntese de DNA Pré-Mitótica Mitótica 
 
As células em repouso são chamadas de Quiescentes. 
 
De acordo com sua capacidade de proliferação os tecidos podem ser classificados em: 
 
 
24 
Tecidos de divisão contínua (Lábeis) – realizam proliferação contínua, ou sejam, estão sempre entrando 
no ciclo celular. Geralmente é o que acontece em tecidos que estão expostos a estímulos lesivos 
constantemente, como a Pele, Mucosas (Cavidade oral, TGI, útero e vagina). 
Tecidos quiescente (Estáveis) - permanecem em repouso e possuem baixo nível de replicação, mas 
podem ser submetidas à divisão rápida em resposta a estímulos, tendo grande capacidade de regeneração, 
como Fígado, Rins, Músculo liso e Pâncreas por exemplo. 
Tecidos não-divisores (Permanentes) – é formado por células que não podem realizar mitose depois de 
seu desenvolvimento embrionário, ou seja, não conseguem mais se proliferar e a morte celular não resulta 
na substituição por outra. Temos como exemplo as células nervosas, músculo esquelético músculo 
cardíaco. 
 
Controle da Proliferação dos Tecidos 
As células dos tecidos conversam entre si por meio da ação de moléculas (comunicação intracelular) para 
poder decidir quando é o momento de se multiplicar e quando é o momento de parar. 
 
Mecanismos de sinalização celular: 
Autácrina (ex. Fatores de Crescimento), Parácrina (ex. Reparo de feridas) e Endócrina (ex. Hormônios na 
corrente sanguínea). 
 
 
 
 
 
Receptores: 
Para que as moléculas sinalizadoras atuem, a célula ou tecido Alvo precisa ter Receptores, capazes de 
mandar informações para dentro da célula e fazer com que esta perceba a informação. Estas informações 
chegam no núcleo da célula (DNA) e a orienta em relação a se dividir ou parar de se dividir, ou seja 
estimulam ou inibem a proliferação. 
 
Fatores de Crescimento mais importantes: 
 Fator de Crescimento Epidérmico (EGF) 
 Fator de Crescimento de Fibroblastos (FGF) 
 Fator de Crescimento do Endotélio Vascular (VEGF) 
 Angiopoetinas (Ang) 
 Fatores de Crescimento semelhantes à Insulina (IGFs) 
 Fator de Crescimento do Hepatócitos (HGF) 
 Fator de Crescimento do Tecido Conjuntivo (CTGF) 
 Citocinas: Interleucinas, Interferons 
 Fator de Crescimento do Nervo (NGF) 
 
Matriz Extracelular (MEC) 
A MEC influencia o crescimento e a diferenciação celular. 
É constituída de proteínas estruturais fibrosas (ex. Colágeno e Elastina), glicoproteínas adesivas e gel de 
Proteoglicanos e ácido hialurônico. 
Estas macromoléculas se agrupam na Matriz Intersticial (espaço entre as células) ou na Membrana Basal 
(estrutura que separa populações celulares diferentes dentro de um mesmo órgão). 
 
 
25 
 Colágeno – Principal constituinte da pele, tendão, ligamentos, cartilagens e ossos. É a principal 
proteína dos tecidos conjuntivos. É produzida pelos fibroblastos. Sua função é proporcionar força 
elástica pra os tecido (capacidade de estiramento). 
 Fibras Elásticas – Elastina e Fibrilina – são responsáveis pela capacidade de retornar ao tamanho 
origina após um estiramento. 
 Proteínas Adesivas – são responsáveis pela aderência entre as células e dentro das células pelo 
citoesqueleto, formando assim os diferentes tecidos. 
 Proteoglicanos – exercem papel de estrutura de matriz extracelular, influenciando no crescimento 
e diferenciação celular. 
 Ácido Hialurônico – capacidade de se ligar a grande quantidade de água formando um gel 
hidratado viscoso que dá ao tecido capacidade de resistir as forças de compressão. 
 
Cicatrização – reparo por Fibrose 
Após uma lesão os tecido podem se REGENERAR ou CICATRIZAR. 
A Regeneração envolve uma restituição idêntica aquela removida ou lesada. A Cicatrização é uma forma 
de “remendo” para manter o tecido saudável, por meio de uma proliferação fibrosa. 
 
Alguns tecidos são capazes de se regenerar completamente após a lesão (Ossos), outros a reparação é 
realizada por depósito de MEC, produzindo uma cicatriz. No caso das inflamações Crônicas, onde o 
estimulo lesivo persiste, o dano e a reparação tecidual acontecem concomitantemente, e o depósito de 
MEC nestas condições é chamado de FIBROSE. 
 
 
A sequência da Cicatrização envolve: 
 
-Indução de inflamação, com remoção do tecido danificado ou morto e início do depósito de MEC. 
-Proliferação e migração de células teciduais Conjuntivas. 
-Formação de novos vasos (Angiogênese) e tecido de Granulação. 
-Síntese de proteínas da MEC 
-Remodelação tecidual 
-Contração da ferida e aquisição de resistência da ferida. 
 
 * Tecido de Granulação é formado por fibroblastos e células endoteliais, indicando cicatrização. 
 
ANGIOGÊNESE: 
 
Também chamada de Neovascularização, é a formação de vasos sanguíneos a partir de vasos pré-
existentes, sendo originado de células endoteliais. Isquemia e Hipóxia são estímulos para surgimento de 
Angiogênese. 
Passos: 
-Degradação da membrana Basal. 
-Migração em direção ao estímulo. 
-Proliferação e formação do tubo capilar. 
-Manutenção (depósito de membrana basal). 
-Recrutamento de células acessórias (arteríolas têm musculatura contrátil; vênulas têm fibras elásticas). 
-Regressão: ocorre ou não dependendo da necessidade do tecido. 
 
FIBROSE: 
Ocorre no tecido de granulação dos novos vasos sanguíneos e da MEC frouxa que de forma no local de 
reparo. Dois processos são envolvidos na Fibrose: 
-Migração de Fibroblasto: Acontece por meio da ativação de plaquetas, células inflamatórias e pelo 
endotélio ativado. 
-Deposição de MEC: após algum tempo os fibroblastos diminuem em número, mas depositam mais 
quantidade de MEC. Existe a formação de uma rede de colágeno que auxilia no desenvolvimento da 
resistência da ferida. 
 
Ao final destas etapas, o tecido granulado se torna a cicatriz composta por Fibroblastos, Colágeno denso, 
tecido elástico e MEC. 
 
 
26 
Com a maturação da cicatriz, a regressão vascular se inicia, tornando a cicatriz pálida e vascularizada. 
 
Cicatrização de Feridas Cutâneas: 
 
As feridas podem ser consideradas de acordo com os seguintes aspectos: 
 
 Feridas são agudas ou crônicas 
 Feridas possuem diferentes causas 
 Ferias possuem diferentes localizações e extensões 
 Feridas podem estar infectadas 
 O processode cicatrização pode der influenciado por doenças e deficiências 
 
Fases da Cicatrização 
 
1. Fase Inflamatória – lesão provoca a inflamação (vasodilatação, edema, fatores mediadores e migração 
de leucócitos). 
2. Fase Proliferativa – produção de tecido de granulação (Fibroblastos e proliferação endotelial). 
3. Fase de Maturação – depósito de MEC e contração da ferida (deposição, agrupamento e remodelação 
pelo Colágeno e Regressão Endotelial). 
 
Cicatrização por Primeira Intenção (feridas com margens em contato): 
Exemplo – Ferida Cirúrgica que causa morte de um pequeno número de células. 
Etapas: 
-1a Hora: incisão é preenchida por coágulo. 
-3 a 24 horas: Neutrófilos se infiltram no coágulo. 
-24 a 48 horas: Células epiteliais migram para o local da lesão depositado componentes de Membrana Basal 
(MEC) 
-3 dias: Neutrófilos foram substituídos por Macrófagos. Aparece Tecido de Granulação. 
-5 dias: espaço da incisão é totalmente preenchido por tecido de granulação, Angiogênese está no ápice, 
as fibras Colágenas começam a aparecer. 
- Segunda semana: Leucócitos, Edema e Vascularização somem por completo, ainda a Fibroblastos e 
produção de Colágeno (cicatriz) 
-Segundo mês: Cicatriz é feita de tecido conjuntivo e recoberta por epiderme intacta com resistência para 
estiramento aumentada. 
 
Cicatrização por Segunda Intensão (feridas com margens separadas): 
Perda mais extensa de tecido, com reação inflamatória é mais intensa e a formação de tecido de 
granulação também. É caracterizada pela contração da Ferida, no qual se tenta tornar o tamanho da 
cicatriz acentuadamente parecido com o original (Miofibroblastos). 
 
Complicações na Cicatrização de Feridas 
 
Há vários fatores que influenciam a cicatrização e muitas vezes o processo fica inadequado, vejamos 
exemplos de complicações na cicatrização: 
 
 Formação deficiente: tecido de granulação ou colágeno insuficiente, levando a deiscência e 
ulceração da ferida. 
 Cicatrização Hipertrófica: acontece por excesso de tecido de granulação dentro dos contornos 
originais da ferida. 
 Quelóide: Tipo de cicatriz hipertrófica onde o tecido de reparo cresce além das bordas originais da 
ferida, invadindo o tecido integra ao redor. 
 Contratura: exagero no processo de contração da ferida, podendo causar, por exemplo, mão em 
garra ou movimentos das articulações limitado. 
 
10: Neoplasias Benignas e Malignas. 
 
NEOPLASIA significa “crescimento novo”. 
DEFINIÇÃO: 
 
 
27 
É uma massa anormal de tecido, cujo crescimento é descontrolado e ultrapassa o tecido normal, 
persistindo da mesma maneira excessiva mesmo quando os estímulos que provocaram sua proliferação 
terminam. 
Também chamamos os neoplasmas de TUMORES e o estudo dos tumores chama-se Oncologia. 
CÂNCER é a denominação para neoplasias ou tumores que apresentam características de crescimento 
maligno. 
 
As lesões PRÉ-NEOPLÁSICAS (reversíveis) envolvem HIPERPLASIA (aumento do número de células), 
METAPLASIA (uma célula adulta é substituída por outra) e DISPLASIA (tecido que cresceu anormalmente). 
 
Todos os Tumores, benignos ou malignos, possuem 2 componentes básicos: 
Parênquima: É formado de células neoplásicas (transformadas). É formado do tecido de onde o tumor é 
originado. 
Estroma: É o tecido de sustentação não-neoplásico, ou seja, é o tecido que alimenta o crescimento do 
Tumor. É formado por tecido conjuntivo, vasos sanguíneos e células inflamatórias do hospedeiro (não-
transformados). 
 
1. Características e Nomenclatura dos Tumores Benignos e Malignos 
 
Tumores Benignos 
Não invadem os tecidos adjacentes (vizinhos) nem migram para outro local do corpo, são tratáveis e 
raramente levam a óbito. Crescimento lento. 
Geralmente utilizamos o sufixo –OMA para denominar tumores benignos de acordo com o tecido onde se 
originam. 
 Adenoma: neoplasia epitelial benigna originada de GLÂNDULAS. 
 Cistoadenomas: lesões que formam grandes massas císticas, vistas tipicamente no OVÁRIO. 
 Papilomas: neoplasias que produzem projeções verrucosas. 
 Pólipo: Neoplasma que se projeta de uma superfície mucosa para luz do órgão, como no estômago 
ou cólon. 
 
Tumores Malignos 
Quando não tratados rapidamente, Invadem os tecidos adjacentes e disseminam-se para outros lugares por 
meio de METÁSTASES (disseminação de células neoplásicas para outro tecido suscetível), normalmente 
matando o hospedeiro. Crescimento rápido. 
Divididos em 2 categorias gerais: 
 Carcinomas: originados de células epiteliais (Ex. Adenocarcinoma –tecido glandular) 
 Sarcomas: originados de tecido mesenquimal (Ex. Fibrossarcoma – tecido fibroso) 
Alguns tumores podem ser formados por dois ou mais tipos de células diferentes. 
 Tumores Mistos: originado da glândula salivar contém células tumorais de origem do epitélio, do 
estroma e até cartilaginoso. 
 Teratomas: em geral tecidos que possuem 3 camadas germinativas (endoderma, ectoderma e 
mesoderma) que sofrem neoplasia igualmente, por exemplo alguns tumores de ovário e testículo. 
 
As METÁSTASES podem acontecem por 3 vias diferentes: 
-Disseminação para as cavidades corporais: no espaço peritoneal, pleural, pericárdico ou subaracnóideo. 
Ex. Nos ovários pode se disseminar para intestino, fígado e outras vísceras. 
-Disseminação Linfática: transporte de células tumorais para linfonodos. 
-Disseminação Hematogênica: típica nos sarcomas, mais comum em veias que artérias devido a parede 
mis fina do vaso, sendo, portanto, mais comum no pulmão e no fígado. 
 
2. Agentes Carcinogênicos 
 
Lesões, mutações e proliferação descontrolada das células acontecem algumas vezes no organismo adulto, 
e raramente produzem neoplasias. 
Carcinógenos são agentes indutores de transformações neoplásicas. Sabemos que primeiramente aparece a 
predisposição individual genética do indivíduo, para ter maior propensão ou não a desenvolver um 
neoplasma, e temos ainda o combate constante do nosso próprio sistema imune para correção ou exclusão 
 
 
28 
de células mutantes. O organismo pode ser capaz de reprimir as proliferações e repara o dano no genoma 
e pode ainda parar de se expor ao agente carcinógeno. 
 Agentes Físicos: Radiação de fonte solar (UV), raio-X ou fissão nuclear. 
Bombas atômicas e o acidente com as usinas nucleares de Chernobyl (Ucrânia) e Fukushima (Japão). 
As radiações têm dois efeitos potencializadores de neoplasias: lesões permanentes de DNA e 
imunossupressão. 
 Agentes Químicos: Podem ser DIRETOS (realizam mutações ou danos genéticos) ou INDIRETOS 
(ficam inativos até que sejam convertidos em carcinógenos pela via metabólica). 
Duas fases – Iniciação (mutação genética e células latentes) e Promoção (agente desencadeia o 
crescimento descontrolado das células mutadas – Ex.: amianto, asbesto, processo inflamatório crônico, 
hormônios, Fatores de Crescimento Normais). 
Ex.: Fumo (Cigarro) 
 Agentes Biológicos: Como o VÍRUS age se instalando e utilizando o metabolismo genético de uma 
célula para se manter vivo, existem alguns vírus que são potencializadores do aparecimento de 
neoplasias. 
HPV – papilomavírus humano (carcinoma de colo de útero), EBV – Epstein-Barr (linfomas), HBV e HBC– vírus 
da Hepatite B e C (carcinoma hepático). 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
3. CARCINOGÊNESE ou ONCOGÊNESE 
Ciclo Celular 
 
Possui 5 fases: G1, S, G2, M e G0. 
Nas células normais o ciclo dura de 24 a 48 horas, nas células cancerígenas dura de 72 a 120 horas. 
A cada passagem de fase existe um mecanismo de checagem para avaliar se tudo está correndo bem, 
como um controle de qualidade. Eles garantem que só haverá mudança de fase se houver finalização da 
fase anterior e que não há danos genéticos que impeçam a continuação do ciclo. 
Existem substâncias que atuam desencadeando, reparo, mutação ou APOTOSE na fase G1-S (ponto de 
restrição mais importante) dechecagem para tentar corrigir algum erro. Estes pontos de checagem 
podem, portanto, ser alterados no processo patológico de um câncer. 
 
As principais características do desenvolvimento de um tumor são: 
1. Autossuficiência nos sinais de crescimento (proliferação sem estímulos externos) 
2. Insensibilidade dos Fatores INIBIDORES de crescimento 
3. Evasão da Apoptose 
4. Defeitos no reparo de DNA 
5. Potencial Replicativo Ilimitado 
6. Desenvolvimento de Angiogênese 
7. Capacidade de escapar ao reconhecimento e regulação imune (causando imunossupressão) 
8. Invasão e Metástase 
 
4. Efeitos do Tumor nos Hospedeiros 
 
Efeitos Locais e Hormonais: 
-Localização: No caso de tumores intracranianos (ex. Adenoma Hipofisário) eles podem se expandir até 
destruir seu tecido de origem (hipófise) dando origem a um distúrbio endócrino ou podem fazer obstrução, 
como no caso do intestino e podem ainda, ulcerar e causar sangramento. 
-Produção de Hormônio: tumores das glândulas são capazes de produzir hormônios e de forma excessiva, 
mais comum em benignos do que malignos. 
Caquexia do Câncer: 
Perda progressiva de gordura e massa corporal e fraqueza profunda. É multifatorial: perda do apetite, 
alterações no metabolismo com lipólise e proteólise, produção de TNF que destrói outras células pelos 
macrófagos ativados. 
 
Síndromes Paraneoplásicas: 
1. Endocrinopatias (carcinoma de pulmão produz produzindo síndrome de Cushing (aumento da produção 
de cortisol) mesmo com tumor não glandular. 
2. Hipercalcemia – reabsorção de material ósseo. 
3. Acanthosis nigricans – lesão verrucosa pigmentada na pele, associada a malignidade visceral de um 
tumor. 
4. Baqueteamento digital – associado a cânceres pulmonares. 
5. Diástases trombóticas – coagulação induzida por substâncias tromboplásicas liberadas pelas células 
tumorais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
5. Graduação e Estagiamento dos Tumores: 
Avaliação que propicia uma estimativa de gravidade de um tumor. São ferramentas de prognóstico e 
planejamento do tratamento. 
Graduação: baseia-se no grau de diferenciação (célula tumoral mais ou menos parecida com a original) 
das células tumorais e o número de mitoses no tumor. Grau I a IV crescente. As desvantagens são a 
mudança de grau a medida que o tumor evolui e a diferença de uma amostra pra outra. 
Estadiamento: baseia-se na extensão do tumor. Estágios mais elevados aos tumores maiores, mais 
invasivos e metastáticos. UICC (União Internacional Contra o Câncer) sistematizou por uma classificação de 
tumores malignos chamada de TNM: T (1 a 4) – dimensão do tumor primário, N (0 a 3) – disseminação nos 
linfonodos regionais e M (0 ou 1) – presença ou não de metástase a distância.

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