Buscar

4 Controle biofilme supra gengival 2016 02

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

34
R. Periodontia - Março 2009 - Volume 19 - Número 01
INTRODUÇÃO
Os agentes químicos têm emergido, cultural-
mente ou por pesquisas, no intuito de habilitar os
indivíduos a manter sua saúde bucal. A profissão
odontológica, em geral, tem o desafio de aperfeiço-
ar e também, se possível, desenvolver a miríade de
agentes químicos para combater e superar fatores
patogênicos, no caso, o biofilme dental.
A limpeza mecânica dos dentes através da
escovação com dentifrício é a forma de higiene oral
mais comumente empregada pelas pessoas nos pa-
íses desenvolvidos. Entretanto, é comum observar-
mos na clínica odontológica que muitos pacientes
falham na prática de um padrão elevado de remo-
ção de placa, já que a gengivite é altamente predo-
minante mesmo em idades precoces (Lavstedt et al.,
1982, Addy, 1986). Isso supostamente se origina tan-
to da falha no cumprimento das recomendações
sobre a limpeza dos dentes quanto da falta de des-
treza em relação aos hábitos de limpeza dos dentes.
O nível sócio-econômico e o conhecimento sobre o
processo de doença também influenciam o padrão
e a qualidade da higiene bucal (Addo-Yobo et al.,
1991). Desta forma, o uso complementar de agen-
tes químicos tem sido estudado como um modo de
superar as deficiências nos hábitos mecânicos de lim-
CONTROLE QUÍMICO DO BIOFILME DENTÁRIO
SUPRAGENGIVAL: REVISÃO DA LITERATURA
Chemical control of supragingivsl dental biofilm
Roberto Fraga Moreira Lotufo1 (in memorian), Claudio Mendes Pannuti1, Caroline Morini Calil2, Hsu Shao Feng3, Ricardo
Takiy Sekiguchi3, Verônica Franco de Carvalho3
RESUMO
A remoção mecânica da placa bacteriana é a forma
mais utilizada de higiene bucal. Entretanto, muitos indiví-
duos não apresentam destreza e motivação suficientes para
realizar uma correta higienização. Assim, o uso complemen-
tar de agentes químicos tem sido estudado como um modo
de superar as deficiências na higiene bucal. O objetivo des-
te trabalho foi apresentar uma revisão sobre o uso de pro-
dutos para higiene bucal contendo agentes químicos des-
tinados ao controle da placa bacteriana supragengival. Fo-
ram revisados estudos in vitro e ensaios clínicos dos seguin-
tes agentes químicos: clorexidina, óleos essenciais, triclosan,
cloreto de cetilpiridínio e novos produtos como delmopinol
e dióxido de cloro. Os autores concluem que diversos estu-
dos demonstram eficácia de enxaguatórios contendo
clorexidina e óleos essenciais, assim como dentifrícios con-
tendo triclosan. No entanto, mais estudos são necessários
para comprovar a eficácia dos demais agentes químicos.
UNITERMOS:
1 Professor Doutor da Disciplina de Periodontia da FOUSP
2 Pós Doutoranda da Disciplina de Periodontia da FOUSP
3 Mestre em Periodontia pela FOUSP
Recebimento: 21/08/08 - Correção: 29/10/08 - Aceite: 16/12/08
controle químico, biofilme dentário,
gengivite. R Periodontia 2009; 19:34-42.
periomarço09 06-04-09.pmd 4/9/2009, 5:20 PM34
R. Periodontia - 19(1):34-42
35
peza praticados por muitos indivíduos.
De acordo com Van der Ouderaa (1991), para ser em-
pregado na cavidade bucal, um agente químico deve apre-
sentar: 1) segurança, ou seja, não deve ser tóxico ou induzir
à reação alérgica, 2) sabor agradável e facilidade de manipu-
lação, o que motivaria o paciente a usar o produto, 3) eficá-
cia, que consiste na capacidade de reduzir os níveis de
biofilme dentário e gengivite, 4) especificidade para a
microbiota periodontopatogênica e 5) boa substantividade,
ou seja, capacidade de permanecer na cavidade bucal por
período de tempo suficiente para exercer seus efeitos.
Apesar da grande diversidade de produtos com agentes
químicos para higiene bucal, poucos apresentam evidência
científica de eficácia e segurança. Assim, o objetivo desta
revisão é apresentar uma revisão sobre o uso de produtos
para higiene bucal contendo agentes químicos, destinados
ao controle da placa bacteriana supragengival.
REQUISITOS PARA PRODUTOS ANTI-PLACA E ANTI-
GENGIVITE
Nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration
(FDA) regulamenta produtos antiplaca e antigengivite. Al-
guns destes produtos podem ser vendidos sem prescrição
médica (OTC: over-the-counter products), enquanto outros
necessitam de prescrição. Em 2003, o Dental Plaque
Subcommitee of the Non-prescription Drugs Advisory
Committee da FDA publicou os requisitos para que produ-
tos antiplaca e antigengivite possam ser aceitos como segu-
ros e eficazes (Food and Drug Administration, 2003).
Por sua vez, a American Dental Association avalia pro-
dutos antiplaca e antigengivite desde 1931, por meio de seu
Seal of Acceptance Program. No entanto, enquanto a ADA
avalia produtos, a FDA avalia ingredientes ativos. Para obter
o Seal of Acceptance da ADA, o fabricante deve mostrar evi-
dência de que seu produto seja eficaz e seguro, segundo
normas publicadas pela ADA em 1986 e revisadas em 1997
(American Dental Association, 1997). Essas normas são mos-
tradas no quadro 1:
Dois bochechos contendo anti-sépticos (e seus equiva-
lentes genéricos) receberam o selo da ADA para controle de
placa supragengival e gengivite: digluconato de clorexidina
a 0,12% (Peridex) e óleos essenciais (Listerine).
No Brasil, qualquer produto, antes de ser comercializado,
deve ser apreciado pela Agência Nacional de Vigilância Sani-
tária (Anvisa) na gerência competente. Os produtos para hi-
giene bucal disponíveis no mercado brasileiro são sujeitos a
regularização pela Gerência Geral de Cosméticos da Anvisa,
conforme previsto nas Resoluções 79/00 e 335/99. Esta le-
gislação, bem como os informes para o registro ou notifica-
ção dos produtos, pode ser acessada pelos interessados no
banco de dados desta agência (www.anvisa.gov.br/
cosmeticos/index.htm). Estudos de segurança e eficácia dos
produtos são itens fundamentais a serem avaliados por este
órgão.
Alguns dos produtos comercializados no Brasil são mos-
trados na tabela 1.
1 - Devem ser testados em populações de típicos usuários do produto, em ensaios clínicos aleatórios de delineamento
paralelo ou cruzado. O produto teste deve ser comparado com controle negativo (placebo) ou um controle ativo, se
indicado.
2 – Deve haver evidência de pelo menos dois ensaios clínicos aleatórios independentes, com no mínimo 6 meses de
duração. Deve ser avaliada gengivite e placa supragengival no início do estudo, algum tempo experimental intermediá-
rio (exemplo: 3 meses) e após 6 meses.
3 – Deve ser documentada redução significativa de placa e gengivite nos dois estudos quando comparada com o
controle negativo. A redução de gengivite deve ser de pelo menos 15% em um dos estudos e deve haver redução
média de 20% nos dois estudos, quando comparado com o controle negativo.
4 – Uma análise microbiológica deve avaliar a placa qualitativamente para complementar os índices que mensuram a
placa quantitativamente.
5 – Além de eficaz, o produto deve mostrar segurança. Não deve haver alteração nos tecidos moles bucais (ulcerações,
candidíase, infecções secundárias, etc.) e nos dentes. O uso do produto não pode provocar alterações na composição
da microbiota bucal ou promover o desenvolvimento de resistência microbiana ou emergência de patógenos oportunis-
tas.
6 - O perfil toxicológico dos produtos deve incluir ensaios de carcinogenicidade e mutagenicidade, além dos testes
normalmente empregados para segurança da droga.
Quadro 1
REQUISITOS PARA PRODUTOS ANTIPLACA E ANTIGENGIVITE (ADA, 1997)
periomarço09 06-04-09.pmd 4/9/2009, 5:20 PM35
R. Periodontia - 19(1):34-42
36
CLOREXIDINA
A clorexidina é um bisbiguanídio catiônico de amplo es-
pectro antimicrobiano, que tem ação contra bactérias Gram-
positivas, Gram-negativas e fungos (Heasman & Seymour,1994), sendo considerada atualmente como o padrão ouro
para prevenir e reduzir a formação de biofilme dental (Addy
et al., 1994).
Seu mecanismo de ação depende de sua concentração.
Em baixas concentrações, apresenta ação bacteriostática por
provocar aumento na permeabilidade celular e resultar no
extravasamento de substâncias de baixo peso molecular do
interior da bactéria (Hugo & Longworth, 1966). Neste está-
gio, os efeitos da clorexidina são reversíveis. Quando a
clorexidina se encontra em concentrações elevadas, ela pode
penetrar na parede celular bacteriana e causar
extravasamento de citoplasma, tendo uma ação bactericida
(Hennessey, 1973; Denton, 1991).
Esta substância é classificada como um agente
antimicrobiano de segunda geração devido à sua
substantividade, isto é, a propriedade de ficar retida na cavi-
dade bucal e ser liberada lentamente (Kornmann, 1986). Tal
propriedade foi sugerida pela primeira vez em 1970 por
Princípio ativo Nome do produto Fabricante Concentração
Cloreto de Anti-séptico bucal Cool Mint Johnson & Johnson 0,05%
Cetilpiridínio Plax Kids® Colgate® 0,05%
Plax Sem Álcool®
Scope Proctor & Gamble Não informa
Triclosan Colgate Total 12 Colgate® 0,03%
(creme dental) ®
Plax Clássico®
Plax Fresh Mint®
Óleos essenciais Listerine Original® Johnson & Johnson Timol 0,064%
Eucaliptol 0,092%
Salicilato de metila 0,06%
e mentol 0,042%
Listerine Cool Citrus® Johnson & Johnson Timol 0,064%
Listerine Cool Mint® Eucaliptol 0,092%
Listerine Fresh Burst® Salicilato de metila 0,06%
Listerine Tartar control® Mentol 0,042%
Listerine Defesa dos dentes Sorbitol
e das gengivas®
Listerine Vanilla Mint®
Gluconato de Periogard® Colgate® 0,12%
Clorexidina Gel Dental Maxi Control® Bitufo 0,12%
Solução Bucal Perio Therapy®
NoPlak Max® Daudt 0,12%
Perioxidin Enxaguatório® Laboratório Lacer 0,12%
Perioxidin Gel® 0,2%
Parodontax® GlaxoSmithKline® 0,2%
Tabela 1
ALGUNS AGENTES QUÍMICOS COMERCIALIZADOS NO BRASIL.
Gjermo et al e é, em grande parte, responsável por sua
efetividade e superioridade in vivo em relação aos demais
agentes.
Alguns trabalhos mostraram que a clorexidina retida à
superfície dental é a que apresenta maior importância na
prevenção da formação de placa bacteriana (Jenkins et al.,
1988; Jones, 1997). Após bochecho com a substância, há
uma redução imediata no número de bactérias presentes na
saliva. Essa redução persiste por várias horas devido à
clorexidina ligada a componentes salivares e às superfícies
da mucosa bucal. Uma porção da quantidade total de
clorexidina liga-se à superfície dental, permanecendo assim
por várias horas, interferindo na aderência de bactérias. A
clorexidina inibe a formação do biofilme dental e também
diminui a quantidade de biofilme previamente formado. Po-
rém, o seu efeito sobre o biofilme dental estabelecido é me-
nor do que no biofilme em formação (Francis et al., 1987) e
daí a importância da remoção mecânica do mesmo.
Atualmente, podemos encontrar a clorexidina sob vári-
as formas. A clorexidina na forma de enxaguatório bucal
parece ser, dos agentes químicos, o mais efetivo na redução
de biofilme e gengivite (Siegrist et al., 1986). Sua eficácia foi
periomarço09 06-04-09.pmd 4/9/2009, 5:20 PM36
R. Periodontia - 19(1):34-42
37
documentada em estudos de curta (Löe & Schiott, 1970;
Flotra et al., 1972) e longa duração (Löe et al., 1976;
Grossman et al., 1986; Segreto et al., 1986) mostrando re-
duções de placa e gengivite de 55 e 45%, respectivamente.
O uso de solução de clorexidina na forma de
enxaguatório bucal a 0,12% é um dos mais utilizados pois,
segundo a literatura, essa concentração apresentou bons
resultados para a redução de biofilme dental e gengivite.
Segreto et al. (1986) e Keijser et al. (2003) mostraram que a
realização de dois bochechos diários com 15ml de solução
de clorexidina a 0,12% produzia efeitos clínicos semelhantes
aos de dois bochechos diários com 10 ml da solução a 0,2%.
Quando comparada a outros agentes, a clorexidina se
mostra bastante superior na redução da formação de biofilme
dental. Renton-Harper et al. (1996), compararam clorexidina,
cloreto de cetilperidínio, C31G e triclosan na inibição de
biofilme dental. A clorexidina se mostrou mais eficaz que os
demais agentes, sendo seguida por cloreto de cetilperidínio,
triclosan e C31G.
Os efeitos adversos mais comuns relacionados com o
uso desta droga incluem manchamento ou pigmentação dos
dentes e língua, sensação de queimação, lesões
descamativas, alteração do paladar e formação acentuada
de cálculo supragengival. Quanto à pigmentação dentária,
esta parece depender da concentração do produto e varia
muito de indivíduo para indivíduo, sendo facilmente removi-
da após profilaxia (Al-Tannir & Goodman, 1994).
ÓLEOS ESSENCIAIS
Produtos contendo óleos essenciais fenólicos (Listerine)
apresentam uma combinação de timol (0,064%), mentol
(0,042%), eucaliptol (0,092%) e salicilato de metila (0,060%),
além de álcool, com concentração variando entre 21,6% e
26,9%.
Os óleos essenciais têm a capacidade de romper a mem-
brana celular de bactérias, resultando em morte celular. Tam-
bém causam desnaturação de proteínas e inibem a ativida-
de enzimática de microrganismos (Walker, 1988). Além dis-
so, podem extrair endotoxinas de patógenos Gram-negati-
vos, o que poderia diminuir a patogenicidade da placa
(Ouhayoun, 2003). Há evidência de que óleos essenciais
penetram no biofilme dentário e exercem ação bactericida
contra bactérias localizadas dentro do biofilme (Pan et al.,
2000).
Três estudos clínicos de longa duração foram submeti-
dos ao Conselho em Terapêutica Dental para mostrar a
efetividade do LISTERINE (Warner-Lambert Co) (Lamster et
al., 1983; Gordon et al., 1985; De Paola et al., 1989), obten-
do o American Dental Association Council on Scientific Affairs
Seal of Acceptance, em 1988. Em dois estudos, os indivídu-
os foram acompanhados por 6 meses (Lamster et al., 1983;
De Paola et al., 1989) e no outro, por 9 meses (Gordon et al.,
1985). Nos três estudos o bochecho associado ao controle
mecânico do biofilme dental reduziu significativamente os
índices de placa e gengival quando comparados ao placebo.
Não foram observadas, nestas investigações, alterações
aberrantes na mucosa ou aparecimento de manchas sobre
os dentes. O efeito colateral associado a este produto foi a
sensação de queimação.
Uma meta-análise recente avaliou a eficácia de
bochechos com óleos essenciais na redução de placa e
gengivite (Gunsolley et al., 2006). A meta-análise de ensaios
clínicos de 6 meses de duração mostrou eficácia na redução
de placa e gengivite.
Triclosan
O triclosan é um antimicrobiano não iônico pertencente
aos fenóis e que tem sido largamente usado em vários pro-
dutos, incluindo antiperspirantes e sabonetes (Lindhe et al.,
1997). Atualmente, o triclosan tem sido introduzido nos den-
tifrícios como uma forma de inibição da placa bacteriana e
da gengivite e também pode ser utilizado na forma de
bochechos. Sabe-se que esse efeito antimicrobiano é mode-
rado e tem duração de aproximadamente cinco horas
(Jenkins et al., 1991). Quando o citrato de zinco ou o
copolímero (PVM ácido éter) é adicionado ao triclosan, sua
substantividade é aumentada consideravelmente (Binney et
al., 1996; Cummins & Creeth, 1992; Gaffar et al., 1994).
Estudo recente de Davies, Ellwood e Davies (2004) ana-
lisou, por meio de uma revisão sistemática, a efetividade dos
dentifrícios contendo triclosan (0,3%), copolímero
polivinilmetil éter ácido maléico (2%) e fluoreto de sódio em
sílica base (0.243%) na melhora do controle de placa e da
saúde gengival. Os autores concluíram que os dentifrícioscontendo triclosan e copolímeros demonstraram maior efici-
ência no controle da placa e na saúde periodontal em rela-
ção aos dentifrícios convencionais.
Cloreto de Cetilpriridínio
O Cloreto de cetilpiridínio (CPC) é um agente
antimicrobiano catiônico, cujo mecanismo de ação é seme-
lhante ao da Clorexidina, ambos alteram a estrutura da pa-
rede celular microbiana. Compostos de CPC possuem am-
plo espectro de ação e rápido efeito bactericida em patógenos
Gram-positivos e fungos (Pitten & Kramer, 2001). São rapi-
damente adsorvidos às superfícies bucais e perdem sua ati-
vidade em três horas. Portanto, são agentes de baixa
substantividade e menor eficácia clínica (Bonesvoll & Gjermo,
periomarço09 06-04-09.pmd 4/9/2009, 5:20 PM37
R. Periodontia - 19(1):34-42
38
1978; Moran et al., 2000). O colutório que é apresentado
normalmente numa concentração de 0,05% mostrou efeti-
va inibição da formação de placa bacteriana, quando admi-
nistrado pelo menos quatro vezes ao dia (Bonesvoll & Gjermo,
1978).
Estudos clínicos controlados de longa duração mostram
que quando comparado a um controle negativo ou placebo,
o cloreto de cetilpiridínio apresenta efeitos adicionais na re-
dução de placa supragengival em relação à remoção mecâ-
nica da placa (Witt et al., 2005; Witt et al., 2006; Stookey et
al., 2005; Mankodi et al, 2005; Rawlison et al, 2008). Ainda
assim, a eficácia superior da clorexidina é indiscutível, o que
a caracteriza como controle positivo em alguns desses expe-
rimentos (Moran et al, 2000; Stookey et al, 2005; Quirynen
et al., 2005).
Estudos mais recentes vêm testando uma nova formu-
lação para o CPC, sem álcool e com a concentração de
0,07%. Num acompanhamento de seis meses, os resulta-
dos mostraram que a redução de placa e gengivite foi tão
eficaz quanto à dos óleos essenciais, tidos como controles
positivos (Witt et al., 2005; Albert et al., 2007).
A associação de clorexidina e CPC também foi analisada
com objetivo de manter altos níveis de redução de placa
bacteriana com menores efeitos adversos. Quirynen et al.
(2005) demonstraram que a formulação não alcoólica de
0,05% de clorexidina associada a 0,05% de CPC foi efetiva
como agente antiplaca, quando comparada ao controle
positivo (solução alcoólica de clorexidina a 0,2%), e também
apresentou redução dos efeitos colaterais subjetivos.
Novos produtos
A maioria dos agentes químicos antiplaca, incluindo a
clorexidina, tem sua efetividade baseada na combinação de
atividades bactericidas e bacteriostáticas associadas à
substantividade na cavidade oral (Schiott 1972, Jenkins et
al., 1988). Agentes de 3ª geração começam a emergir. São
caracterizados, entretanto, pela habilidade em inibir ou im-
pedir (interromper) a formação de placa bacteriana demons-
trando não ter efeito sobre a bactéria. O derivado do
morpholinoethanol, delmopinol, é um exemplo dessa cate-
goria de novos agentes químicos de controle de placa (Addy
et al., 2007). Tem sido demonstrado que esse composto é
capaz de inibir a formação de placa in vitro e in vivo e a
gengivite (Collaert et al., 1992, Hase et al., 1995), apesar de
seu mecanismo de ação ser destituído de efeitos bactericidas
e bacteriostáticos (Simonsson et al., 1991; Rundegren et al.,
1992a). Estudos envolvendo a placa bacteriana e o
delmopinol revelaram que o biofilme neoformado possui a
aderência comprometida (Rundegren et al., 1992b) e redu-
ção significativa de Streptoccocos produtores de dextrano
(Elworthy et al., 1995). Ainda os mesmos autores, através
desses resultados, sugerem que o delmopinol pode interfe-
rir na formação da matriz da placa reduzindo a aderência
dos principais microrganismos formadores do biofilme ou de
bactérias successionais.
A efetividade do delmopinol, acoplada à sua capacida-
de em reduzir o potencial de manchamento dos dentes tan-
to qualitativa quanto quantitativamente quando compara-
da a clorexidina faz desse composto uma alternativa atrativa
a clorexidina para o controle químico da placa bacteriana
(Lang et al., 1998, Addy et al., 2007). Enxaguatórios
contendo delmopinol ainda não são comercializados no
Brasil. A indústria farmacêutica Sinclair® comercializa
enxaguatórios contendo decapinol (princípio ativo de
mesmo mecanismo de ação do delmopinol) nos Estados
Unidos e Europa.
Um outro agente alternativo importante, atualmente
muito em uso, é o dióxido de cloro (Cl
2
O), que faz parte da
família dos compostos clorados. O dióxido de cloro não se
hidrolisa em solução aquosa e a maior parte da molécula é
considerada o agente ativo. As características desodorizan-
tes e antibacterianas do Cl
2
O em solução aquosa são bem
conhecidas. (Gordon et al., 1972; White, 1992; Tárzia, 2003).
Aparentemente há mais de um mecanismo de ação do
cloro sob formas vegetativas de bactérias. Um deles, pro-
posto por volta de 1950, sugere que ao penetrar através da
membrana celular, elimina a célula bacteriana por inibição
da via glicolítica. Porém os mecanismos pelos quais a via
glicolítica é inibida e qual concentração de dióxido de cloro
presente nos enxaguatórios disponíveis no mercado é efeti-
va ainda não estão bem esclarecidos (Andrade e Macedo,
1996). Se existe a possibilidade de inibição dessa via, o Cl
2
O
pode ser importante na redução de microorganismos
cariogênicos (Tarzia, 2003). Essa hipótese tem sido testada
com resultados ainda não publicados. Enxaguatórios con-
tendo Cl
2
O são comercializados no Brasil através do nome
comercial SaúdeBucal® e também são conhecidos pela sua
capacidade de reação e neutralização dos Compostos
Sulfurados Voláteis, um dos principais causadores de mau
hálito. Na Europa, mais precisamente no Reino Unido,
enxaguatórios contendo dióxido de cloro são comercializados
com o nome de Retardex®.
É importante ressaltar que a realidade do cirurgião-den-
tista hoje compreende a relação desse profissional com um
paciente que tem acesso a todo tipo de informação, inclusi-
ve aquelas relacionadas aos produtos naturais ou chama-
dos fitoterápicos. Em resposta, fórmulas personalizadas co-
meçam a emergir oferecendo uma variedade de produtos
periomarço09 06-04-09.pmd 4/9/2009, 5:20 PM38
R. Periodontia - 19(1):34-42
39
feitos para auxiliar o paciente-consumidor a manter sua saúde
sem ingredientes ativos “artificiais”. Além disso, atualmente
se nota uma maior aplicação de plantas medicinais e produ-
tos de origem natural na terapia de certas doenças e não é
inconcebível, portanto, o interesse despertado pelos
fitoterápicos na Odontologia.
Nos Estados Unidos, fabricantes de produtos para uso
odontológico, incluindo também indústrias farmacêuticas,
têm direcionado sua produção à necessidade emergente de
atender esse mercado de produtos de higiene oral a base de
ingredientes naturais requerido por um grupo restrito de
pacientes (Haffajee et al., 2008). Porém, os resultados de
estudos feitos com esses produtos ainda são empíricos e
necessitam de mais investigações tanto laboratoriais quan-
to clínicas.
O uso de extrato de semente de grapefruit (conhecida
no Brasil como pomelo ou toranja) tem mostrado inibir uma
ampla variedade de biótipos bacterianos, Gram-positivos e
gram-negativos, bem como ter propriedades antioxidativas
e protetivas benéficas a mucosa gástrica. Em 2002, Reagor
et al. demonstraram o efeito antibacteriano de extrato de
semente de grapefruit em concentrações seguras. No estu-
do de Haffajee et al., 2008, os autores encontraram que
enxaguatórios contendo extrato de planta de grapefruit foi
efetivo em inibir bactérias orais, demonstrando assim o uso
como potencial agente antiplaca e antigengivite. Apesar de
menos potente quando comparadoa clorexidina, esse
enxaguatório foi mais efetivo comparado a enxaguatórios
contendo óleos essenciais na inibição do crescimento de
bactérias orais in vitro. Além disso, esse produto pode servir
como alternativa a aqueles pacientes que desejam evitar o
uso de álcool, preservativos, flavorizantes e colorantes artifi-
ciais. O mesmo grupo de pesquisadores tem conduzido es-
tudos clínicos em humanos para esclarecer o entendimento
do papel desses enxaguatórios naturais no manejo da do-
ença periodontal, mas investigações futuras ainda são ne-
cessárias para esclarecer o exato mecanismo de ação de pro-
dutos a base desse extrato.
Ainda com relação aos produtos naturais, a sanguinarina
é um alcalóide vegetal derivado da planta Sanguinarina
canadensis e encontrado no enxaguatório de nome comer-
cial Viadent® , nos EUA, e Perioguard® , na União Européia. A
mesma tem sido adicionada tanto em dentifrícios quanto
em enxaguatórios, mas os resultados publicados sobre sua
eficácia ainda são contraditórios (Adams and Addys, 1994;
Torres et al., 2000). Além dela, outros fitoterápicos como
guaco e própolis também estão envolvidos em estudos com
resultados satisfatórios (Manara et al., 1999).
A diversidade molecular no reino vegetal é ainda consi-
derada ilimitada, apesar dos avanços científicos (Simões et
al., 1999). Portanto, é bastante lógica a valorização da sabe-
doria popular que fornece indícios de plantas portadoras de
efeitos terapêuticos, as quais podem representar a etapa ini-
cial de novos projetos de pesquisa. Ainda sugere-se que os
produtos odontológicos contendo substâncias naturais apre-
sentem boas perspectivas no mercado devido à aceitação
popular da fitoterapia. Muitos produtos com extratos
fitoterápicos estão sendo estudados, porém com resultados
ainda empíricos. Estes podem ser introduzidos no mercado
odontológico, desde que amplamente amparados, por es-
tudos laboratoriais e clínicos específicos.
CONCLUSÕES
Diversos estudos mostram eficácia de enxaguatórios
contendo clorexidina e óleos essenciais. Da mesma forma,
estudos têm demonstrado eficácia de dentifrícios contendo
triclosan. No entanto, mais estudos são necessários para
comprovar a eficácia dos demais agentes químicos.
ABSTRACT
The mechanical removal of plaque is the most widely
used form of oral hygiene. However, many individuals do
not have enough dexterity and motivation to carry out a
proper cleaning. Thus, the additional use of chemical agents
has been studied as an alternative to overcome the
deficiencies in oral hygiene. The purpose of this study was to
present a review on the use of products for oral hygiene
containing chemical agents for the control of supra-gingival
plaque. Clinical trials and in vitro studies of the following
agents were reviewed: chlorhexidine, essential oils, triclosan,
cetylpyridinium chloride and new products such as
delmopinol and chlorine dioxide. The authors conclude that
several studies show effectiveness of mouthrinses containing
chlorhexidine and essential oils as well as dentifrice containing
triclosan. However, addicional studies are needed to prove
the effectiveness of other chemical agents.
UNITERMS: chemical control, dental biofilm, gingivitis.
periomarço09 06-04-09.pmd 4/9/2009, 5:20 PM39
R. Periodontia - 19(1):34-42
40
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1- Addo-Yobo C, Williams SA, Curzon ME. Oral hygiene practices, oral
cleanliness and periodontal treatment needs in 12-year old urban and
rural school children in Ghana. Community Dent Health. 1991
Jul;8(2):155-62.
2- Addy M. Chlorhexidine compared with other locally delivered
antimicrobials. A short review. J Clin Periodontol 1986; 13: 957-964.
3- Addy M, Moran J, Newcombe RG. Meta-analyses of studies of 0.2%
delmopinol mouth rinse as an adjunct to gingival health and plaque
control measures. J Clin Periodontol 2007; 34: 58–65.
4- Addy, M, Moran J, Wade W. Chemical plaque control in prevention of
gingivitis and periodontitis. In: Lang, N.P. & Karring, T. (eds). Proceedings
of the 1st European Workshop on periodontology. London: Quintessence
Publishing. 1994; 244-257.
5- Adams D, Addy M. Mouthrinses. Adv Dent Res 1994; 8 (2): 291-301.
6- Albert-Kiszely A, Pjetursson BE, Salvi GE, Witt J, Hamilton A, Persson
GR, Lang NP. Comparison of the effects of cetylpyridinium chloride
with an essential oil mouth rinse on dental plaque and gingivitis - a six-
month randomized controlled clinical trial. J Clin Periodontol. 2007
Aug;34(8):658-67.
7- Al-Tannir M, Goodman HS. A review of chlorexidine and its use in
special populations. Spec Care Dent 1994; 14 (3): 116-122.
8- American Dental Association Council on Scientific Affairs. Acceptance
Program Guidelines: Chemotherapeutic Products for Control of
Gingivitis. Disponível em http://www.ada.org/ada/seal/standards/
guide_chemo_ging.pdf. Publicado em Julho 1997. Acessado em 21
de Abril de 2008.
9- Andrade NJ, Macedo JAB. Higienização na indústria de alimentos. S.
Ed., São Paulo, Livraria Varela Ltda, 1996, p. 29, 30, 55, 95.
10- Binney A, Addy M, Mckeown S, Everatt L. The choise of controls in
toothpaste studies. J Clin Periodontol 1996;23(6):456-9.
11- Bonesvoll P, Gjermo. A comparison between chlorexidine and some
quaternary ammonium compounds with regard to retention, salivary
concentration and plaque inhibiting effect in the human mouth after
mouthrinses. Archives of Oral Biology. 1978; 23(4): 289-294.
12- Collaert B, Attstrom R, de Bruyn H, Movert R. The effect of delmopinol
rinsing on dental plaque formation and gingivitis healing. J Clin
Periodontol 1992; 19: 274-280.
13- Cummins D, Creeth JE. Delivery of antiplaque agents from dentifrices,
gels and mouthwashes. J Dent Res 1992; 71:1439-49.
14- Davies RM, Ellwood RP, Davies GM . The effectiveness of a toothpaste
containing triclosan and polyvinyl-methyl ether maleic acid copolymer
in improving plaque control and gingival health. A systematic rewiew.
J Clin Periodontol 2004; 31:1029-33.
15- DePaola LG, Overholser CD, Meiller TF, Minah GE, Niehaus C.
Chemotherapeutic inhibition of supragingival dental plaque and
gingivitis development. J Clin Periodontol 1989; 16(5): 311-5.
16- Denton GW. Chlorexidine. In: Block, S.S. Desinfection, sterilization
and preservation. 4.ed. Philadelphia: Lea & Febiger, 1991. 638p.
17- Elworthy A J, Edgar R, Moran J, Movert R, Kelty E. & Wade W G A. 6-
month home use trial of 0.1% and 0.2% delmopinol mouthwashes. II.
Effects on the plaque microflora. Journal of Clinical Periodontology
1995; 22: 527–532.
18- Flotra L. Different modes of chlorexidine application and related local
side effects. J Periodontal Res 1973; 12: 41-44.
19- Food and Drug Administration. Oral Health Care drug products for
over-the-counter human use: antigingivitis / antiplaque drug products.
Establishment of a monograph; proposed rules. Fed Regist May 29,
2003; 68: 32232-32287.
20- Francis JR, Addy M, Hunter B. A comparison of three delivery methods
of chlorexidine in handicapped children. 2. Parents and house-parents
preferences. J Periodontol 1987; 58 (7): 456-459.
21- Gaffar A, Afflitto J, Nabi N, Herles S, Kruger I, Olsen S. Recent advances
in plaque, gingivitis, tartar and caries prevention technology. Int Dent J
1994;44:63-70.
22- Gjermo P, Baastad KL, Rölla G. The plaque-inhibiting capacity of 11
antibacterial compounds. J Periodontal Res 1970; 5 (2): 102-109.
23- Gordon JM, Lamster IB, Seiger MC. Efficacy of Listerine antiseptic in
inhibiting the development of plaque and gingivitis. J Clin Periodontol
1985; 12(8): 697-704.
24- Gordon G, Kieffer R, Rosenblatt D. The Chemistry of Chlorine dioxide.
In Lippard S. J. (Ed) Progress in Inorganic Chemistry15, New York,
Wiley-Interscience 1972: 210-287.
25- Grossman E, Reiter G, Sturzemberger OP, De La Rosa M, Dickinson
TD, Ferreti GA, Ludlam GE, Meckel AH. Six-month study of the effects
of a chlorexidine mouthrinse on gingivitis in adults. J Periodontal Res
1986; 21: 33-43.
26- Gunsolley JC. A meta-analysis of six-month studies of antiplaque and
antigingivitis agents. J Am Dent Assoc. 2006 Dec;137(12):1649-57.
27- Haffajee AD, Yaskell T, Socransky SS. Antimicrobial Effectiveness of an
Herbal Mouthrinse Compared With an Essential Oil and a Chlorhexidine
Mouthrinse. J Am Dent Assoc 2008; 139: 606-611.
28- Hase JC, Ainamo J, Etemadzadeh H, Astrom M. Plaque formation and
gingivitis after mouthrinsing with 0.2% delmopinol hydrochloride,
0.2% chlorhexidine digluconate and placebo for 4 weeks, following
an initial professional cleaning. J Clin Periodontol 1995; 22: 533–539.
29- Heasman PA, Seymour RA. Pharmacological control off periodontal
disease. I. Antiplaque agents. J Dent 1994; 22: 323-335.
30- Hennessey, T.D. Some antibacterial properties of chlorhexidine. Journal
of Periodontal Research 1973; 8: 11-16.
periomarço09 06-04-09.pmd 4/9/2009, 5:20 PM40
R. Periodontia - 19(1):34-42
41
31- Hugo WB, Longworth AR. The effect of chlorhexidine on
electrophoretic mobility, cytoplasmic constituents, dehydrogenase
activity and cell walls of Escherichia coli and Staphylococcus mutans.
Journal of Pharmacy and Pharmacology 1966; 18: 569-584.
32- Jenkins S, Addy M, Newcombe R. Triclosan and sodium lauryl sulphate
mouthwashes. I. Effects on salivary bacterial counts. J Clin Periodontol
1991;17:85-9.
33- Jenkins S, Addy M, Wade W. The mechanism of action of chlorhexidine:
a study of plaque growth on enamel inserts in vivo. J Clin Periodontol
1988; 15: 415–424.
34- Jones CG. Chlorexidine: is it still the gold standard? Periodontol.
2000 1997; 15: 55-62.
35- Keijser JA, Verkade H, Timmerman MF, Van Der Weijden FA.
Comparison of 2 commercially available chlorhexidine mouthrinses. J
Periodontol. 2003; 74(2): 214-8.
36- Kornmann, K.S. The role of supragingival plaque in the prevention
and treatment of periodontal diseases. J Periodontal Res 1986; 21: 5-
22.
37- Lamster IB, Alfano MC, Seiger MC, Gordon JM. The effect of Listerine®
Antiseptic on reduction of existing plaque and gingivitis. Clin Prev Dent.
1983;5:12-16.
38- Lang N P, Hase J C, Grassi M, Hammerle C H, Weigel C, Kelty E, Frutig
F. Plaque formation and gingivitis after supervised mouthrinsing with
0.2% delmopinol hydrochloride, 0.2% chlorhexidine digluconate and
placebo for 6 months. Oral Diseases 1998; 4: 105–113.
39- Lavstedt S, Modéer T, Welander E. Plaque and gingivitis in a group of
Swedish schoolchildren with special reference to toothbrushing habits.
Acta Odontol Scand. 1982;40(5): 307-11.
40- Lindhe J, Karring T, Lang NP. Tratado de periodontia clínica e
implantologia oral. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A.; 1997.
41- Löe H, Schiott CR. The effect of mouthrinses and topical application
of chlorexidine on the development of dental plaque and gingivitis in
man. J Periodontal Res 1970; 5 (2): 79-83.
42- Löe H, Schiott CR, GlavindL, Karring T. Two years oral use of chlorexidine
in man. I. General design and clinical effects. J Periodontal Res 1976;
11 (3): 135-144.
43- Mankodi S, Bauroth K, Witt JJ, Bsoul S, He T, Gibb R, Dunavent J,
Hamilton A. A 6-month clinical trial to study the effects of a
cetylpyridinium chloride mouthrinse on gingivitis and plaque. Am J
Dent. 2005 Jul;18 Spec No:9A-14A.
44- Manara LRB, Anconi SI, Gromatzky A, Conde MC, Bretz WA. Utilização
da própolis em odontologia. Revista da Faculdade de Odontologia de
Bauru 1999; Jul/Dez 7(3/4):15-20.
45- Moran J, Addy M, Jackson R, Newcombe RG. Comparative effects of
quaternary ammonium mouthrinses on 4-day plaque regrowth. J Clin
Periodontol. 2000; Jan; 27(1):37-40.
46- Ouhayoun JP. Penetrating the plaque biofilm: impact of essential oil
mouthwash. J Clin Periodontol 2003; 30 Suppl 5:10-2.
47- Pan P, Barnett ML, Coelho J. Determination of the in situ bactericidal
activity of an essential oil mouthrinse using a vital stain method. J Clin
Periodontol 2000; 27: 256-261.
48- Pitten FA, Kramer A. Efficacy of cetylpyridinium chloride used as
oropharyngeal antiseptic. Arzneimittelforschung. 2001;51(7):588-95.
49- Quirynen M, Soers C, Deskeyder M, Pauwels M, van Steenberghe D.
A 0,05% cetyl pyridinium chloride/ 0,05% chlorexidine mouth rinse
during maintenance phase after initial periodontal therapy. J Clin
Periodontol. 2005; 32: 390-400.
50- Rawlinson A, Pollington S, Walsh TF, Lamb DJ, Marlow I, Haywood J,
Wright P. Efficacy of two alcohol-free cetylpyridinium chloride
mouthwashes - a randomized double-blind crossover study. J Clin
Periodontol. 2008 Mar;35(3): 230-5.
51- Reagor L, Gusman J, McCoy L, Carino E, Heggers JP. The effectiveness
of processed grapefruit-seed extract as an antibacterial agent, I: an in
vitro agar assay. J Altern Complement Med 2002; 8(3): 325-332.
52- Renton-Harper P, Addy M, Moran J, Doherty FM, Newcombe RG. A
comparison of chlorexidine, cetylperidinium chloride, triclosan and
C31G mouthrinse products for plaque inhibition. J Periodontol 1996;
67(5): 486-489.
53- Rundegren J, Hvid E B, Johansson M, Astrom M. Effect of 4 days of
mouth rinsing with delmopinol and chlorhexidine on the vitality of
plaque bacteria. J of Clin Periodontol 1992a; 19: 322–325.
54- Rundegren J, Simonsson T, Petersson L, Hansson E. Effect of delmopinol
on the cohesion of glucan-containing plaque formed by Streptococcus
mutans in a flow cell system. Journal of Dental Research 1992b; 71:
1792–1796.
55- Schiott CR. Effect of chlorhexidine on the microflora of the oral cavity.
Journal of Periodontal Research 1972; 8 (Suppl. 12): 7–10.
56- Segreto VA, Collins EM, Beiswanger BB, De La Rosa M, Isaacs RL, Lang
NP, Mallatt ME, Meckel AH. A comparison of mouthrinses containing
two concentrations of chlorexidine. J Periodontal Res 1986; 21: 23-32.
57- Siegrist, B.E.; Gusberti, F.A.; Brecx, M.C.; Weber, H.P.; Lang, N.P. Efficacy
of supervised rinsing with chlorexidine digluconate in comparison to
phenolic and plant alkaloid compounds. J Periodontal Res 1986; 21:
60-73.
58- Simões CMO, Schenkel EP, Gosmann G, Mello J CP, Mentz LA, Petrovick
PR. Farmacognosia: da planta ao medicamento 1999.
59- Simonsson T, Arnebrant T, Peterson L. The effect of delmopinol on the
salivary pellicles, the wettability of tooth surfaces in vivo and bacterial
cell surfaces in vitro. Biofouling 1991; 3: 251–260.
60- Stookey GK, Beiswanger B, Mau M, Isaacs RL, Witt JJ, Gibb R. A 6-
month clinical study assessing the safety and efficacy of two
cetylpyridinium chloride mouthrinses. Am J Dent. 2005 Jul;18 Spec
No:24A-28A.
periomarço09 06-04-09.pmd 4/9/2009, 5:20 PM41
R. Periodontia - 19(1):34-42
42
61- Tarzia O. Halitose: Um desafio que tem cura. São Paulo: Editora de
publicações biomédicas; 2003.
62- Van der Ouderaa FJG. Anti-plaque agents. Rationale and prospects
for prevention of gingivitis and periodontal disease. J Clin Periodontol
1991; 18: 447-454.
63- Walker CB. Microbiological effects of mouthrinses containing
antimicrobials. J Clin Periodontol 1988; 15: 499-505.
64- White GC. Chlorine dioxide. The Handbook of Chlorination and
alternative disinfectives, s. Ed. New York Van Nostrand Reinold 1992;
980-1045.
65- Witt J, Bsoul S, He T, Gibb R, Dunavent J, Hamilton A. The effect of
toothbrushing regimens on the plaque inhibitory properties of an
experimental cetylpyridinium chloride mouthrinse. J Clin Periodontol.
2006 Oct;33(10):737-42.
66- Witt JJ, Walters P, Bsoul S, Gibb R, Dunavent J, Putt M. Comparative
clinical trialof two antigingivitis mouthrinses. Am J Dent. 2005 Jul;18
Spec No:15A-17A.
Endereço para correspondência:
Av. Lineu Prestes, 2229
Faculdade de Odontologia da USP
Departamento de Estomatologia
Cidade Universitaria
Sao Paulo - SP
periomarço09 06-04-09.pmd 4/9/2009, 5:20 PM42

Continue navegando