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INSTITUTO POLIGONO DE ENSINO – UNIDADE GLICERIO Auxiliar em Enfermagem SINAIS VITAIS Santo André 2018 INSTITUTO POLÍGONO DE ENSINO CURSOS TÉCNICOS PROFISSIONALIZANTES Curso de: Auxiliar de Enfermagem Unidade: ☐Centro ☐Glicério ☐São Bernardo Período: ☐Matutino ☐Vespertino ☐ Noturno SINAIS VITAIS Otavio Henrique Ferreira Tomazine da Silva Turma: 2EBACS Santo André 2018 INTRODUÇÃO Os sinais vitais, provavelmente é um dos procedimentos que a enfermagem mais realiza no seu dia a dia. As alterações das funções corporais geralmente se refletem na temperatura do corpo, na pulsação, na respiração e na pressão arterial, podendo indicar enfermidades. Por essa razão são chamados sinais vitais, ainda temos como o quinto elemento dos sinais vitais a dor. A avaliação dos sinais vitais instrumentaliza a equipe de saúde na tomada de decisão sobre as intervenções. Essas medidas fornecem informações muito importantes sobre as condições de saúde dos pacientes, pois é um método eficiente de monitoramento. OBJETIVO O objetivo deste trabalho serve para enfatizar sobre os Sinais Vitais, a sua importância e como aferi-los corretamente. TEMPERATURA Um dos sinais vitais a temperatura é mantida entre produção e perda de calor pelo organismo no ambiente e deve-se ao mecanismo controlado pelo hipotálamo. O ser humano é um ser homeotérmico, isto é, possui a capacidade de manter a temperatura corporal dentro de certo intervalo pré-determinado apesar das variações térmicas do meio ambiente (homeostasia térmica). O equilíbrio térmico é conseguido através do balanço entre a perda e a produção ou aquisição de calor. Terminologia Hipotermia: Temperatura abaixo de 35°C Afebril: 36,1°C a 37,2°C Febril: 37,3°C a 37,7°C Febre: 37,8°C a 38,9°C Pirexia: 39°C a 40°C Hiperpirexia: acima de 40°C Valores de referência para a temperatura Temperatura axilar: 35,8°C a 37°C Temperatura bucal: 36,3°C a 37,4°C Temperatura retal: 37°C a 38°C Verificação da temperatura axilar Higienize as mãos Prepare o material necessário Explique o procedimento ao paciente Realize a assepsia do termômetro utilizando algodão embebecido em álcool a 70% Enxugue a axila, caso seja necessário, coloque o termômetro na região axilar com o bulbo em contato direto com a pele do paciente, pedindo ao paciente que mantenha o braço por sobre o tórax, com a mão no ombro oposto e o cotovelo rente ao corpo Retire o termômetro após 5 min, realiza a leitura e memorize o resultado Agite o termômetro para que o mercúrio desça abaixo de 35°C Realize a assepsia do termômetro com algodão embebido em álcool a 70% Higienize as mãos Cheque o procedimento realizado e anote o valor obtido no prontuário do paciente. Verificação de temperatura oral Higienize as mãos Prepare o material necessário Explique o procedimento ao paciente Realize a assepsia do termômetro utilizando algodão embebecido em álcool a 70% Coloque o termômetro sob a língua do paciente, recomendando a ele que o conserve na posição, mantendo a boca fechada Retire o termômetro após 5 min, realize a leitura e memorize o resultado Realize assepsia do termômetro com algodão embebido em álcool a 70% e guarde-o em local apropriado Higienize as mãos Cheque o procedimento realizado e anote o valor obtido no prontuário do paciente. Verificação da temperatura retal Higienize as mãos Prepare o material necessário Explique o procedimento ao paciente Calce as luvas de procedimento Realize a assepsia do termômetro utilizando algodão embebecido em álcool a 70% Coloque o paciente em decúbito lateral esquerdo com a perna direita flexionada (posição de Sims) Lubrifique a ponta do termômetro e introduza-o no ânus, acompanhado a curvatura do reto, aproximadamente 1,5 cm em lactentes e 4 cm em adultos Retire o termômetro após 3 min, realize a leitura e memorize o valor Lave o termômetro com água e sabão Realize assepsia do termômetro com algodão embebido em álcool a 70% Retire as luvas de procedimento Higienize as mãos Cheque o procedimento realizado e anote o valor obtido no prontuário do paciente. FREQUENCIA CARDIACA O pulso também compõe os sinais vitais que quando se palpa uma artéria, o pulso arterial é percebido como uma expansão da parede arterial síncrona com o batimento cardíaco. A expansão é devida à distensão súbita da parede arterial originada pela ejeção ventricular na aorta e sua transmissão aos vasos periféricos. Na realidade, o pulso arterial é uma onda de pressão dependente da ejeção ventricular e, por isso, a análise do pulso arterial proporciona dados inestimáveis da ejeção ventricular esquerda, do mesmo modo que o pulso venoso expressa a dinâmica do enchimento ventricular direito. Terminologia Pulso normocárdico: Batimento cardíaco normal Pulso rítmico: os intervalos entre os batimentos são iguais Pulso arrítmico: os intervalos entre os batimentos são desiguais Pulso dicrótico: dá impressão de dois batimentos Taquisfigmia: pulso acelerado Bradisfigmia: frequência abaixo da faixa normal Pulso filiforme: indica redução da força ou do volume do pulso periférico Outros pontos para aferição da frequência cardíaca. Valores de referência para pulsação Adultos – 60 a 100 bpm; Crianças – 80 a 120 bpm; Bebês – 100 a 160 bpm. Verificação do pulso periférico Higienize as mãos Explique o procedimento ao paciente Aqueça as mãos se necessário, friccionando-as Coloque as polpas digitais dos dedos médios e indicador sobre uma artéria superficial e comprima levemente Conte os batimentos durante 1 min Observe arritmias e amplitude Higienize as mãos Cheque o procedimento realizado e anote o valor obtido no prontuário do paciente. FREQUENCIA RESPIRATÓRIA Na respiração, o oxigênio inspirado entra no sangue e o dióxido de carbono (CO2) é expelido, com frequência regular. A troca destes gases ocorre quando o ar chega aos alvéolos pulmonares, que é a parte funcional do pulmão. É nesse processo que o sangue venoso se transforma em sangue arterial. A frequência respiratória em geral é mensurada através da observação da expansão torácica contando o número de inspirações por um minuto. Terminologia Eupneia: respiração normal Dispneia: é a respiração difícil, trabalhosa ou curta. É sintoma comum de várias doenças pulmonares e cardíacas; pode ser súbita ou lenta e gradativa. Ortopneia: é a incapacidade de respirar facilmente, exceto na posição ereta. Taquipneia: respiração rápida, acima dos valores da normalidade, frequentemente pouco profunda. Bradipneia: respiração lenta, abaixo da normalidade Apneia: ausência da respiração Respiração de Cheyne-Stokes: respiração em ciclos, que aumenta e diminui a profundidade, com períodos de apneia. Quase sempre ocorre com a aproximação da morte Respiração de Kussmaul: inspiração profunda seguida de apneia e expiração suspirante, característica de como diabético. Respiração de Biot: respirações superficiais durante 2 ou 3 ciclos, seguidos por período irregular de apneia. Respiração sibilante: sons que se assemelham a assovios Valores de referência para respiração Adultos – 12 a 20 inspirações/ min; Crianças – 20 a 25 inspirações/ min; Bebês – 30 a 60 respirações/ min. Verificação de frequência respiratória Higieniza as mãos Posicione o paciente confortavelmente Coloque a mão no pulso radial do paciente, como se fosse controlar o pulso, e observe os movimentos respiratórios Conte a frequência respiratória por 1 minuto e memorize Higienize as mãos Registre o valor e as características da respiração na folha de anotação de enfermagem PRESSÃO ARTERIAL Esse sinal vital é a medida da pressão exercida pelo sangue nas paredes das artérias. A pressão ou tensão arterial depende da força de contração do coração, da quantidade de sangue circulante e da resistênciados vasos. Ao medir a pressão arterial consideramos a pressão máxima ou sistólica que resulta da contração dos ventrículos para ejetar o sangue nas grandes artérias e a pressão mais baixa ou diastólica, que ocorre assim que o coração relaxa. A pulsação ventricular ocorre em intervalos regulares. A PA é medida em mmHg. Difícil definir exatamente o que é pressão arterial normal. Terminologia Hipertensão: PA acima da média Hipotensão: PA inferior à média Convergente: a sistólica e a diastólica se aproximam Divergente: a sistólica e a diastólica se afastam Valores de referência para pressão arterial Hipotensão – inferior a 100 x 60 Normotensão – 120 x 80 Hipertensão limite – 140 x 90 Hipertensão moderada – 160 x 100 Hipertensão grave – superior a 180 x 110 Verificação da pressão arterial Higienize as mãos Prepare o material na bandeja Explique o procedimento ao paciente Remova as roupas do braço no qual será colocado o manguito Posicione o braço na altura do coração, apoiado, com a palma da mão voltada para cima. Realize a assepsia, com algodão embebido em álcool a 70% nas olivas e no diafragma do estetoscópio Selecione o manguito de tamanho adequado ao braço Centralize o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial Solicite que o paciente não fale durante a mensuração Palpe a artéria braquial e coloque o estetoscópio sobre ela sem comprimi-la excessivamente Insufle o manguito até ultrapassar 20 a30 mmHg o nível estimado da pressão sistólica ( ponto de desaparecimento do pulso radial) Proceda à deflação lentamente Determine a pressão sistólica na ausculta do primeiro som ( Fase I de Korotkoff), que é um som fraco seguido de batidas regulares, e em seguida, aumente ligeiramente a velocidade de deflação Determine a pressão diastólica no desaparecimento do som (Fase V de Korotkoff) Ausculte cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som, para confirmar seu desaparecimento Informe o valor da pressão arterial medido ao paciente Realize a assepsia com álcool a 70% nas olivas e no diafragma do estetoscópio Guarde o material Higienize as mãos Registre o valor obtido na folha de anotação de enfermagem CONCLUSÃO A aferição dos sinais vitais constitui um importante indicador de resultado do cuidado seguro, sendo seu efetivo controle influenciado por uma cultura organizacional de segurança ativa, que deve estar em concordância com a revisão dos processos de trabalho, da acessibilidade de materiais básicos e, especialmente, considerar os profissionais de saúde os principais parceiros da qualidade da assistência. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS BERNE, R.M.; LEVY, M.N. Fisiologia. 5ªed. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan, 2005. GUYTON, A.C. Tratado de Fisiologia Médica. 10ªed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. POTTER, PA; PERRY, AG. Fundamentos de Enfermagem. 5ªed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. TAYLOR, C; LILLIS, C; LeMONE, P. Fundamentos de Enfermagem. 5ªed. Porto Alegre: Artmed, 2007. BARROS, A.L.B.L e cols. Anamnese e exame físico. Avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. Porto Alegre: Artmed, 2003. Santos ESF; Passos VCS. Procedimentos de verificação de sinais vitais e controles do cliente. In: Volpato ACB & Passos VCS(org). Técnicas Básicas de Enfermagem. Editora Martinari.4ª ed, 2015. 480p.